Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 34 - A Vida Passa...

Aproveitando que sou portuguesa...vou começar a divulgar músicas de grandes músicos portugueses. Esta chama-se "Manto de Água" e é cantada pelo AGIR e pela fadista ANA MOURA.

Pov  Bob

Depois de deixar Leila caída na sala vou até ao quarto onde prendo a minha menina, apenas eu tenho a chave. A porta tem uma pequena entrada por onde Leila lhe dá comida, não as quero com  muito contacto. Ela sabe o que lhe acontece se a tentar soltar, ou se conversar com ela, e ela não é louca para me desafiar, sabe bem do que sou capaz. Abro a porta e quando entro a minha menina não está. Onde foi que se meteu, procuro no armário, debaixo da cama e nada. Leila! Se foi ela que a deixou fugir eu mato-a, eu juro que a mato.

Chego à sala e ela está ainda no chão, mas já acordada. Tem um corte no lábio, e um pequeno hematoma na cabeça, nada de muito grave. Olho para Leila, só pode ter sido ela, ninguém mais sabe da existencia da menina.

- Onde é que ela está? Deixaste-a fugir?- vou em sua direcção, estou stressado e com raiva acumulada sou bem capaz de fazer uma asneira com Leila.

- Bob...eu não sei, eu saí...fui dar um passeio...

- Gastar o meu dinheiro não é vagabunda...- e dou-lhe uma bofetada, que ela cai no chão de novo...- Onde está o meu "brinquedo"? Ela não ia conseguir fugir se você não a ajudasse, só eu tenho a chave...- algo me vem à cabeça, é isso Leila conseguiu não sei como fazer uma cópia da chave...só pode ser isso...- Como é que conseguiste fazer uma cópia da chave...como sua ordinária?

- Bob para...por favor para...- ela já está toda encolhida no chão...e eu continuo a bater-lhe, a minha raiva é maior que o medo de a matar...- eu não fiz nada, eu não a deixei sair...eu juro...

- Eu não acredito sua desgraçada foste tu sim...és a única que sabes da existência dela cá em casa...

- Bob...por favor...eu...- desmaiou...morreu...não sei.

Tento ver se ainda respira ou se tem pulso. Está fraco mas ainda está viva, como subi pelo elevador de serviço que vem da garagem, ninguém me viu entrar pela porta principal do prédio, menos mal...posso sair de novo e fazer uma chamada anónima para a virem socorrer se bem que se ela morresse seria menos um problema na minha vida. Desço pelas escadas mesmo, vou até ao meu carro e saio da garagem...felizmente ainda não se lembraram de colocar camaras aqui. Vou até à casa de Carla, é já descobri onde elas moram, e não vai faltar muito para ter a minha Ana comigo.

Ligo para a emergência e dou o alarme em relação à Leila, eles agora que tratem dela. Mas algo me alerta para outra situação: Carla e outro lá que pelo que percebi anda com ela saem de casa bastante apressados, Carla está a chorar...será que aconteceu alguma coisa à minha Ana...ligo o carro e vou atrás deles. Chegamos ao hospital...saio do carro e tento ir atrás deles mas sem que eles me vejam...lá dentro para além daquele médico metido a D. Juan está o pai advogado e a mãe com a filhinha dele ao colo.

Consigo perceber pela atitude de Carla que se passou sim algo com a minha menina, com a minha Ana. E de súbito me vem à cabeça que esta é sem dúvida a melhor oportunidade para eu colocar o plano de raptar a minha menina. Sim e não vou esperar muito tempo, vou tentar apenas organizar as ideias e amanhã mesmo volto para colocar em acção. Agora está na altura de voltar para casa e mostrar-me o marido mais surpreendido e triste pela fatalidade que se passou com Leila na nossa casa...

Pov Jack

Estava na empresa hoje estou cheio de trabalho, são reuniões atrás de reuniões. Trabalho com o meu Tio, marido da minha Tia Bia, que tem uma empresa de tecnologia informática, não é o melhor trabalho do mundo e não ganho um grande salário, mas dá para manter um bom padrão de vida. 

A Helena preferiu ajudar a Tia Bia na agência de modelos, que depois dos nossos avós decidirem se aposentar passou para ela. A minha irmã nunca gostou daquela vida, mas a tia Bia pediu-lhe que a ajudasse na parte da organização de algumas festas e eventos que a agência tinha, e ela acabou por concordar.

O dia estava cansativo, era reunião atrás de reunião, contratos para analisar, que quando Helena entrou na minha sala me apeteceu descontar em cima dela...mas assim que a vi deixei o que estava a fazer e fui ter com ela. A tia Bia entrou atrás dela com o meu tio...os dois apenas olharam para mim...enquanto a minha irmã apenas chorava agarrada a mim.

- Helena acalme-se por favor...o que é que se passa?- olho para ela e algo passa pela minha cabeça...não, ele não seria capaz...- Helena foi ele? Ele fez-te alguma coisa?

- Jack a culpa é minha...a culpa é minha....eu não tive intenção de fazer aquilo...eu só queria...eu só...- olho para a minha tia, Helena não iria conseguir dizer-me nada, estava demasiado nervosa, eu diria mesmo em choque.

- Ligaram-nos do hospital, encontraram a tua mãe...- olho para a minha tia, Leila podia até ter-me gerado mas coisa que ela nunca foi nem nunca iria ser era minha mãe...- A Leila, ela entrou no hospital com uma hemorragia interna grave...Jack ela...

- Helena...porque é que o ela estar naquele hospital pode ser culpa tua? Foste tu...tu...

- Não. Ela é minha mãe...ela é nossa mãe...mesmo que nunca o tenha sido na verdade. Eu nunca iria...

- Explica-me o que se passou, porque é que a culpa foi tua. Se não foste tu...deve ter sido o outro lá...

- Jack...eu fui a casa deles. Eu fiquei à espera que eles saíssem e...eu ajudei a miúda a fugir...eu tirei-a de lá. Ele deve...deve ter descontado nela...percebeste agora...a culpa foi minha.

- Porque é que te foste meter nessa história. Porra, eu disse-te para não te meteres nisso...eu avisei-te...

- Era uma miúda, não devia ter mais de 14 anos...eu não podia continuar a fechar os olhos...não podia. Mas nunca pensei que...Jack...- e começa a chorar de novo.

- É grave mesmo Tia?- não que eu me interessasse muito, mas Helena se sentia culpada por tudo o que se estava a passar...

- É querido. Eles pediram que vos chamasse, ela quer-vos ver...aos dois. Eu acho que ela se quer despedir...

- Ei!- olho para os olhos de Helena...- Queres lá ir?- ela assente...- Tudo bem então vamos os dois, ok? Mas não quer que te sintas culpada, ela sabia como ele era, ela sempre soube e nunca fez nada, então o que lhe aconteceu foi culpa dela...e não tua, ouviste?

- O teu irmão tem razão querida, a Leila sempre soube o ser nojento que era o vosso...aquele homem...então não te quero a pensar que a culpa é tua. Fizeste mal sim, mas a Leila colheu o que plantou.

Helena abraça-se à Tia Bia, e saímos os quatro. O meu tio avisa a secretária que já não voltamos hoje e vamos em direcção ao elevador que nos vai levar para a garagem e por sua vez ao carro. Aproveito a viagem até ao hospital e envio uma mensagem para Amélia dizendo-lhe o que se estava a passar, e quando lá chegámos vi quem eu não estava à espera...

- Aquela é a vossa Tia, não é?- pergunta a Tia Bia...- Talvez fosse melhor falarmos com ela, afinal a Leila é irmã dela?

- Não, elas nem se davam...acho melhor nem falar com elas...- e de repente entra uma miúda a correr, e era impressionante como era parecida com...não...não podia ser.

- Aquela miúda....ela é a cara da avó.- diz Helena, que diz em voz alta o que eu não tive coragem...- Tia, será que ela...mas como?

- Não sei. Mas vou tirar esta história a limpo e é agora.- eu tento evitar mas a Tia Bia e Helena encaminham-se até Carla. - Boa Tarde, desculpa, mas és a Carla Steele certo?

- Sim...- responde a minha suposta Tia, que apenas vi uma ou duas vezes...- Eu conheço-a?

- Eu sou irmã do Bob, o marido da tua irmã Leila.- e assim que ouve o nome do meu "pai" Carla estremece, assim como a miúda que está com ela...- Esta é a minha, quer dizer nossa sobrinha Helena, e aquele é o irmão o teu sobrinho Jack e o meu marido claro.

- Eu nem sabia que a Leila tinha tido filhos...eu não falo com ela há anos...eu...

- Eu sei que é estranho, mas bem a Leila entrou hoje aqui neste hospital. Os médicos acham que ela não vai...não vai resistir. Ela chamou os filhos, eu não sei se tu queres despedir-te dela, afinal ela é tua irmã e...

- Não querendo parecer mal educada nem indelicada, mas da Leila eu quero é distância. Desculpem mas a minha filha está internada e nem sei bem o que ela tem...por isso que menos quero é ver a minha irmã.

- Tia...posso chama-la assim...-pergunta Helena à nossa suposta "Tia"...- Eu sei que não nos conhecemos, e que a minha "mãe" lhe deve ter feito coisas horríveis para ficar com toda essa raiva, mas eu gostava de a conhecer, conhecer as minhas primas...

- Mãe...eu não quero...por favor...eu não quero...- a miúda que estava até ali agarrada a um homem grita desesperada...

- Paula, vai com o Taylor até à cantina por favor...- e trocando um olhar cumplíce com o homem  eles saem e vão suponho eu para a cantina...- Eu não quero contacto com nada que se refira a Leila...nada mesmo...muito menos que as minhas filhas tenham.

- Mas...nós somos família. Por favor, a minha "mãe" nunca foi uma boa mãe, e o simples facto de a tia nunca ter nos conhecido prova isso mesmo. O meu...esse nunca foi nada para nós...por favor, eu só quero sentir que tenho uma família, para além do meu irmão, da Tia Bia, do Tio Beni e dos meu avós.

- Não. Não vos quero junto de nós...e chega por favor...- vejo-a a afastar-se, mas não posso permitir que ela faça isto a Helena, não ela apenas quer uma família, aquilo que nunca teve.

- Desculpe, eu sei que deve estar magoada com a Leila e até mesmo com o Bob, eu percebi que o simples facto de ouvir o nome deles a incomodou...já para não falar da reacção da menina que estava consigo. Mas eu e a Helena somos seus sobrinhos, e não nos pode culpar pelos erros que os nossos supostos "pais" fizeram...

- Talvez até tenhas razão...mas eu fiz a minha opção...não quero nada com esses dois...quero vos a todos bem longe da minha família. Já sofremos muito...chega.

E assim se vira e deixa-nos a olhar uns para os outros, abraço a minha irmã e prometo para mim mesmo que vou encontrar uma solução para que ela possa ter a família que sempre quis ter. Afastámo-nos e vamos em direcção ao quarto da "nossa mãe", segundo os médicos nos informaram ela estava num estado se semi-inconsciência, e com múltiplas falhas em vários orgãos e seria uma questão de tempo até o seu coração falhar.

- Peço-vos que não a coloquem ansiosa ou nervosa, o quadro da paciente é muito vulnerável como vos disse.

- Tudo bem doutor, não quero estar lá dentro senão o tempo necessário...-digo, levando um olhar frio e sério da minha tia. Mas não posso evitar esta sensação que tenho que apesar de tudo não conseguir sentir nada. Não a amo como mãe, mas também não a consigo odiar...no fundo acho que tenho pena dela...e esse é um sentimento que não quero sentir.

(Começar a ouvir o Audio a partir daqui)

E assim depois de falarmos mais um pouco com o médico entramos. Helena vai à frente com a minha tia...eu sigo atrás como o meu tio. Ela está deitada com inúmeros fios ligados por todo o corpo, e uma máscara de oxigénio. Helena chora de novo, apesar de tudo ela é talvez a melhor de nós quatro...sim sem dúvida...

- Mãe...desculpa. A culpa foi minha...fui eu...fui eu que a ajudei a fugir...desculpa...

- Foste...tu...eu...sabia...eu...sabia...que algum...de nós...tinha...que ser...diferente.

- Não fales...por favor...tens que descansar, tens que descansar para recuperares. Conheci a Tia Carla...ela está lá fora...

- A Carla? O que...está...a fazer...aqui...no hospital...?

- Acho que uma das filha está doente, ela não nos disse muita coisa.- diz a minha tia.- Foi ele, não foi? Leila, acaba de uma vez com isto...

- Eu...já...não vou...a tempo...para isso. Helena...Jack...eu queria...pedir-vos ...perdão. Não fui a, melhor mãe...aliás...não fui...nada vosso. A vossa vida, passou-me ao lado...como passa...um rio que desce...no seu curso. A minha vida toda...eu sonhei...sonhei em ser feliz...e no momento que eu fui...eu não aproveitei...no dia em que vos vi...pela primeira vez...esse foi o dia...mais feliz.

- Mãe, por favor descansa...não te podes cansar...- diz Helena chorando, ela sabe assim como eu que Leila se está a despedir, foi para isto que ela nos chamou, foi para isto que ela esperou para partir...para pedir perdão, para se despedir.

- Minha Filha...minha Helena...eu errei....muito...e sei que não...mereço perdão. Que devia...ter aprendido...a lição...anos atrás...que hoje...de nada vale...o meu pedido...de desculpas...

- Desculpa...por nunca teres sido uma mãe, por nunca nos teres protegido daquele homem. Por nos teres abandonado em casa dos avós, porque não irias abdicar da tua carreira...

- Não...eu deixei-vos...porque eu sabia..como o...vosso...pai era...eu sabia...que ele iria...ele iria ...tentar fazer...a Helena...o que tentou...fazer a Ana...o que faz...a todas.

- Mas ele tentou na mesma, ele fez à Tia, e ia fazendo à Helena, foi a Tia Bia que a salvou, sacrificando-se...

- Beatriz, do que é que o Jack está a falar? O Bob...ele...- porra o meu tio não sabia de nada, a minha tia nunca lhe tinha tido nada...se bem que eu sempre tentei convencê-la a contar.

- Eu fui a primeira vitima do Bob...o que ele faz a todas aquelas meninas...foi comigo que ele...

- Eu...nunca...soube...o porquê...do teu...ódio...mas agora...percebo...Jack...eu sei...eu sei...que nunca...fiz nada...por vocês. Mas...só vos quero...pedir que...se cuidem...ele está...pior. Ele está...obcecado...pela Ana...pela vossa prima...

- Como assim, como é que o Bob...

- Falem...com a...Carla. Digam-lhe...para ter...cuidado...que me...perdoe...que vos...conte...tudo. Tudo...o que... fiz...- a sua respiração começa a falhar, as máquinas a apitar...- Prometam-me...que o...fazem...

E de repente aquele som de Piiiiiiiiiii....que irrita e que ao mesmo tempo nos dá uma sensação de perda, apesar de tudo...ela era minha mãe...foi ela que me gerou dentro dela...foi ela que mal ou bem me tentou proteger...cuidar para que fossemos felizes, para que tivéssemos pelo menos uma infância feliz, apesar de longe dela. E agora...acabou...ela partiu...morreu...sem nem ao menos eu ter tido tempo para digerir tudo o que ela nos contou...sem nem ter tido tempo para lhe dizer que a perdoava sim...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro