Capítulo 27 - We are Bad (Somos Maus)
Avisando só que o Capitulo está um pouco "pesado" mas era a única forma de perceberem um pouco a personagem do Bob, e também o que Leila viu nele. Podem matar ele...porque eu estou com uma vontade de o matar já...
Pov Amélia
Tudo correu mal naquela bendita reunião, Christian ficou com aquela coisa e conseguiu sair por cima não me dando o que eu queria. Acabei apenas por ficar a receber uma mixórdia de pensão que mal paga as minhas despesas, e fiquei com a casa. Estou espumando pela boca, e Bob não está melhor. Esse acho que está bem pior que eu, porque para além de ter perdido a hipótese de dirigir o hospital que lhe prometi ficou sem o sua "companhia". Não sei como Leila aguenta este homem.
- E agora Amélia. Tu prometeste-me o hospital em troca de ficar com aquela coisinha, eu fiz o que me pediste, cumpri a minha parte espero que agora cumpras a tua...porque senão...
- Senão o quê "sogrinho"? Ah! Bob, não me faças fazer o que não quero, ou achas mesmo que eu acredito no teu amor de "paizinho" por aquela menina...eu sei bem que tipo de amor tens, ou tinhas, por aquela menina...
- Tu não terias coragem de me entregar, e depois Jack nunca o iria permitir...ele é meu filho e...
- Não queimes as tuas mãos. Jack e Elena odeiam-te, aliás odeiam vocês aos dois. Vocês largaram-os com os avós e continuaram na boa vida. Queriam o quê que eles vos amassem como pais que nunca foram?
- Eu amo os meus filhos...- diz Leila...- Se os deixei com os meus sogros foi por amá-los...
- Ah! Conta outra Leila, tu nunca os amaste. Querias continuar com a tua vida perfeita de modelo. E tu Jack querias continuar com a tua vida de garanhão, que pegava todas as modelos. Vocês nunca os amaram.- e com isto chegámos a casa de Elena, onde esta e Jack nos esperavam.
- Amor, então como foi? Conseguiram? Tiraram tudo lá do otário?- pergunta-me Jack me beijando...
- Não. Correu tudo mal, ele conseguiu a guarda da menina no tribunal e apenas me vai dar uma pensaõ irrisória. Perdemos amor, ele me passou a perna...mas eu pensar em algo, ah se vou aquele idiota não se vai ficar a rir. Não vai mesmo.
- E também não vai haver hospital...- diz Bob irritado indo sentar-se no sofá...- E o Grey ainda ficou com Ella.
- Graças a Deus.- diz Elena, sei que a minha amiga odeia o que o pai faz a estas meninas...ela o odeia mesmo. Já Jack apenas o suporta...-E não me lembro de Jack os ter convidado para entrar.
- Eu sou vosso pai. Não preciso de convite...e vê como falas comigo.- diz Bob levantando a voz para a filha. Eu tenho medo de Bob quando fica neste estado...e agarro-me mais a Jack tentando que ele perceba que não quero Bob e Leila ali em casa.
- Bob. Embora Elena o tenha feito de forma errada, ela tem alguma razão, eu não te convidei nem a Leila para entrarem. Por isso senão te importas podem ir andando para vossa casa, eu quero ficar na minha com a Elena e com Amélia.
- Estás a expulsar-me da tua casa? É isso Jack, eu sou teu...
- Não estou a expulsar ninguém, apenas a pedir educadamente que saias...
- E a tua irmã pode ficar? É isso...
- Elena mora comigo e Amélia é minha namorada, por isso sim elas ficam. Agora por favor podem sair os dois, quero ir namorar um pouco com a minha lindona aqui. - Bob levanta-se, passa por Elena, depois por mim...
- Eu vou, mas eu ainda quero o Hospital para mim. Por isso Amélia Warner acho bom que arranjes uma solução para o conseguires. Vamos Leila...- e saíram os dois, eu abracei-me ainda mais a Jack.
- Eu não sei o que o teu pai quer, eu não posso fazer nada. O Christian venceu, ele foi mais esperto que nós...
- Nós vamos arranjar uma forma de lhe tirarmos tudo...não se preocupe. Agora, podíamos ir para o quarto e matar as saudades que eu tenho suas.
- Hummm! Está com saudades é?- digo-lhe já abrindo a sua camisa...- acho que podemos ir matar essa saudade toda...
- Arranjem um quarto...- diz Elena rindo-se...- Mas não obriguem a assistir a esse show...credo tanto mel, chega até a enjoar.
- Sabe qual é o teu mal maninha?- pergunta Jack, subindo as escadas comigo ao colo...- Falta de Homem...- e entramos no nosso quarto onde nos amamos a tarde toda. Não me canso de sentir Jack em mim. Com Christian era quase que mecânico, eu não me sentia desejada, amada e acho mesmo que nunca o amei ou desejei. Mas com Jack é tudo tão diferente, é amor, paixão, desejo, atracção...é carnal. Me sinto nas nuvens literalmente cada vez que chego a um orgasmo com ele.
- Jack...- estávamos neste momento no nosso ninho apenas nos acariciando...- E se nós raptássemos a menina, e pedíssemos um bruto de um resgate.
- Acabamos de entregar a menina à três meses e você já a quer raptar?- ele ri-se mas percebo que ele gostou da ideia...- Temos que planear muito bem essa história, nós não podemos deixar eles perceberem que estamos envolvidos...e eu até já sei quem vai fazer o trabalho todo, e nós ainda vamos sair por cima.
Jack conta-me então todo o plano que eleborou naquela sua mente brilhante, e tenho que concordar que é de génio. Retiramos algumas pessoas do nosso caminho e ainda ficamos com o dinheiro todo para nós, é brilhante. Por isso eu amo este homem...ele é perfeito, perfeito para mim.
Pov Bob
Eu não acredito que não conseguimos nada do que queríamos. A Amélia foi burra, ela devia ter tirado logo tudo ao Grey naquela primeira reunião, em vez disso deu tempo àqueles trastes para irem a tribunal, e se ainda não bastasse Ella ficou lá com eles. Se aquela menina abre a boca eu estou tramado, mas eu ameacei-a por isso acho que ela não vai fazer nada. Senão ela sabe quem vai sofrer não é ela e sim aquela outra lá.
Mas o que eu não esperava era ver Anastacia, ela estava linda, mais mulher. Assim que a vi todo o meu corpo vibrou, Leila nunca me deixou tocar nela. Acho que por ciúme mesmo, se bem que ela me deixava fazer o que eu quisesse com Carla, nunca percebi tinha ciúmes de uma e não tinha de outra. Porém a história agora era outra, eu queria a Ana, e desta vez ninguém me iria impedir.
- Bob. O que você vai fazer? Eu vi a forma como olhou para a Ana, nem penses em tocar nela, eu juro que...- agarro em Leila pelo pescoço, quem pensa ela que é para mandar em mim.
- Juras o quê? Tu não és ninguém Leila, tu já nem me atrais nessa carcaça velha...deixo-te ficar comigo porque és a mãe dos meus filhos, e porque ainda me vais sendo útil para me aliviar. Agora vai lá naquele orfanato de merda e trás outra menina...não posso ficar sem a minha filha para me amar.
- Hoje é domingo, elas não vão deixar nem eu entrar lá. Vou lá amanha...- Leila fica a olhar para mim...apenas olhando.
Eu já não a suporto, mas enquanto não tenho a minha menina...vou aproveitando e me sacio em Leila. Podem achar que sou um porco, que sou perverso...é sou mesmo. Sempre fui desde pequeno, e esse é o motivo pelo qual a minha irmã tem raiva de mim. Ela é mais nova que eu 8 anos, e durante esse tempo eu sempre fui o centro de tudo naquela casa, mas aí chegou aquela fedelha, a Princesa da casa, e eu fui sendo deixado para trás, deixei de ser o centro de tudo e passei a ter que dividir a atenção dos meus pais com ela.
Ainda por cima aquela coisa nasceu com um problema de coração que herdou da minha mãe, então todas as atenções estavam nela...tudo girava á sua volta. Eu não aguentei, e na noite em que ela fez 18 anos me vinguei, fui bruto mesmo e o fiz sem nem me importar com os seus gritos. Hoje ela é casada e sei que o marido não sabe de nada, pelo menos por enquanto, Bia um dia vai ter que lhe contar do porquê de nunca poder ter filhos...é eu disse eu sou perverso.
Enquanto penso em Bia, e fodo Leila com força, fazendo-a até chorar, começo a montar um plano para apanhar Ana, ou será que devo apanhar primeiro aquela menina que nasceu de Carla. É Ana vai ficar destroçada com isso...
Os meses passam e vou seguindo Ana, ela está feliz, pelo que percebi ela está namorando o Grey. A menininha gosta dela, a outra que saiu de Carla também anda sempre com Ana. Ah!!! Ana eu vou-te apanhar no que mais te vai doer, apenas ainda não decidi se vai ser uma ou outra, talvez apanhe as duas...é...a sentir que te estou a fazer sofrer me faz sentir bem.
Coloco algumas das fotos que tirei de Ana, e daquelas meninas, coloco num envelope com um bilhete. Fi-lo com palavras recortadas de jornais e revistas, não posso deixar impressões digitais por isso fiz tudo com luvas antissépticas, daquelas que se usam no hospital, consegui-as lá na clinica onde trabalho...
Assim que termino coloco o bilhete dentro do envelope, fecho-o e vou a caminho do edifício onde ela trabalha. Vejo um rapaz ali bem perto, peço-lhe que entregue o envelope na recepção do mesmo e dou-lhe uma boa quantia para que ele não se descosa sobre mim e volto para o meu ponto de vigia. Passado algumas horas vejo o chefão lá da Ana com ele ao colo...é parece que ainda lhe causa todos aqueles ataques de pânico.
Vou para casa, estou com um fogo dentro de mim só em pensar em Ana...tenho que ir apagar toda esta fervura. Assim que chego chamo Leila e peço que chame a nossa "filha" porque o papai aqui tem que receber os mimos dela.
Pov Leila
Já não suporto mais esta vida, Bob já não é o mesmo. Ele nunca foi um bom marido, eu sei que ele sempre me traiu, mas eu me apaixonei por ele. Podem pensar que sou doida por amar um homem como ele, é e talvez seja, porém como dizia o poeta português Luís Vaz de Camões:
"Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
Eu me sinto assim ardendo no meio de um inferno, sem ver, sem sentir...doendo tudo dentro de mim, feliz por ainda o ter ao meu lado, mas ao mesmo tempo infeliz por saber que o tenho não o tendo. Estou com ele mas me sinto mais só que nunca, estou presa por este amor que apenas eu sinto, me perdendo neste sentimento que apenas eu tenho, morrendo um pouco todos os dias. Bob mudou e muito...já não é o mesmo, bem e eu também já não sou. Hoje vejo que desperdicei anos de vida ao lado de alguém que não me merecia, mas como diz o poema "O amor é um fogo que arde sem se ver..." e eu amei sem ver quem era realmente o homem que amo.
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