Capítulo 25 - Love Can Save it All (O Amor tudo Salva)
Pov Ana
"Abro os olhos, só vejo branco...o tecto branco, tento levantar-me mas não consigo estou presa, os pulsos e os tornozelos ambos presos na cama. Tento perceber onde estou: parece um quarto, tem apenas uma pequena janela por onde passa a pouca luz que ilumina o quarto. Chamo pela minha mãe, por Christian ninguém vem...onde estão todos.
Começo a ouvir passos, a porta a abrir-se e quando "ele" aparece eu entro em pânico, Bob. Ele me apanhou...começo a chorar, a gritar, a tentar soltar-me de qualquer forma, mas as cordas estão tão apertadas que não consigo soltar-me apenas sinto os pulsos e os tornezelos a arder-me pela fricção que as mesmas fazem na minha pele.
- Já acordou minha princesa? A cabra da sua mãe conseguiu proteger você durante todos aqueles anos, mas hoje eu vou fazer o que durante anos tive vontade e não consegui.
- Não, por favor...não...CHRISTIAN. CHRISTIAN...-eu grito, debato-me, tento com todas as minhas forças me soltar mas não consigo. Bob começa a chegar-se mais perto.
- Pode gritar...pode chorar...eu não vou parar nem que você desmaie...
- Não...por favor...pare...CHRISTIAN...- grito o mais forte que consigo."
É nesta altura que abro os olhos e vejo Christian vindo ter comigo me abraçando. Sinto-me a tremer, ao mesmo tempo que me sinto protegida no seu abraço. Mas o pesadelo com Bob não me deixa de atormentar, ele vai-me pegar, pode demorar o tempo que for mas eu sei que um dia elevai ter o que quer. Lembro-me das fotos que ele me enviou: minhas, minhas com a Paula, minhas com o Christian...até de Malu e de Ella. Eu não posso deixar ele fazer mal a nenhum deles...não posso.
- Christian. Christian...ele...ele...não deixes. As minhas meninas não...por favor...
- Ana. Shiuu. Eu estou aqui. Está tudo bem, ninguém te vai fazer mal, eu não vou sair daqui. Calma...- ele vai-se chegando mais perto de novo abraçando-me, tanto eu como ele precisamos deste contacto, de nos sentirmos seguros, protegidos nos braços onde sabemos que pertencemos.
- Christian, ele tirou fotos: minhas, da Paula, minhas com a Paula, com a Ella e até da Malu. Christian ele não pode...Onde estão elas? Tens que as ir buscar, por favor...Christian tens que proteger a Malu.
- Ana. Tem calma, elas estão bem. Estão todos em casa dos meus pais, e graças a Deus amanhã é fim-de-semana, vamos passa-lo todos juntos, Ok?
- Christian. Eu vi o...o José? Ele estava aqui...ele...- eu nunca contei nada sobre o José a ninguém, bem excepto ao Dr. Flynn.
- José? Estás a falar do Dr. José Rodrigues? Ana de onde tu conheces o José?
- Ele...ele foi o meu...o meu primeiro namorado depois de tudo o que passei com Bob.- estremeço de novo ao lembrar tudo o que José me disse quando acabamos, eu hoje vejo que nunca o amei de verdade, porque Amor sinto por Christian, um amor que dói. Não com José foi paixão, foi necessidade de me sentir amada e não controlada...- Ele sempre soube o que se tinha passado comigo, aliás foi o meu primeiro médico antes de eu mudar para o Dr. Flynn.
- Vocês envolveram-se ainda durante a relação "médico/paciente"? – assinto, sei que Christian está a ficar nervoso, sinto os seus músculos a ficarem tensos...tento acalmá-lo fazendo carinhos nas suas mãos.
- Mas nunca aconteceu nada, pelo menos enquanto ele foi meu médico. Quando nós começamos a envolver-nos mais seriamente ele pediu ao Dr. Flynn para me seguir. Nós estivemos juntos um ano, porém ele sempre quis mais...quer dizer, ele queria ir mais longe na relação...percebe?- ele assente...- Mas eu não conseguia, todo o trauma que "ele" me fez passar, apesar de nunca me ter tocado, estava aqui...eu vi-o todos os dias durante anos a abusar da minha mãe, e Leila a obrigava-me a ver.
- Ana, o José tocou-te de alguma forma...que não devesse, é isso que estás a tentar dizer-me...?
- O José...ele...ele tentou, mas nessa altura eu já estava um pouco mais confiante e o impedi. Depois disso ele passou-se, disse que se não fosse para a relação evoluir...se não houvesse sexo...então que não valia a pena continuar. Foi quando eu percebi que era apenas isso que ele sempre quis comigo...e foi aí...
- Foi aí que tu fechaste esse teu coração lindo...- aconchego-se a mim e dá-me um beijo na testa.
- Até te conhecer a ti. Christian, tu mostraste-me que nem todos os homens são cruéis. Tu foste-me conquistando aos poucos, com a tua amizade, com o teu carinho, com a tua protecção. Eu vi em ti alguém que me vai sempre conquistar todos os dias, vi o amor verdadeiro aquele que tem força suficiente para curar todas as feridas e foi o que fizeste. Eu te amo, mais que a mim própria, sei que isto é muito cliché, que talvez já tenhas ouvido isto mais vezes...mas Eu te amo.
- Eu também te amo...muito. E já disse que espero o tempo que for preciso...- nessa altura aproximo-me dele, começando um beijo que embora comece num beijo lento mas apaixonante, depressa o aprofundo e as nossas linguas começam a entrelaçar-se, dançando uma música só delas. A língua de Christian chega a locais nunca antes conhecidos por mim...sinto um calor por entre as pernas, eu nunca senti isto com ninguém. E é neste momento que percebo que eu quero ser de Christian, totalmente dele. Coração, alma e corpo...eu sei que este homem nunca me vai magoar. Eu quero simplesmente ser dele. Quando estamos num ponto que muito dificilmente conseguiríamos parar sinto Christian afastar-se.
- Ana, Ana...- afastamo-nos e fico a olhar para ele com uma cara triste e até decepcionada...- Ei! Não quero que fiques assim, eu quero...quero muito, mas não vai ser aqui. Tu mereces algo lindo, algo maravilhoso. Por isso se eu pude esperar este tempo, achas que podes esperar um pouco por mim, agora?
E quando eu ia responder entra no quarto o Dr. Flynn, que pede para ficar sozinho comigo. Sei que para Christian é difícil ter que me deixar sozinha com alguém, mas como eu acabo pedindo do meu jeito bem carinhoso – um beijo leve e apaixonada...e um "Por favor" dito bem junto do seu ouvido que o deixa de pelo em pé.
- Então? Vejo que estamos fazendo progressos com o Christian?- sorrio para Flynn, sim eu já lhe tinha falado de Christian.
- Sim. Eu amo-o, e sei que ele não é o Bob. Estou pronta...para dar o próximo passo.- pode ser estranho falar disto com o meu psicólogo, mas tenho o à vontade necessário com Flynn para isso, afinal a minha história não é fácil e para me abrir tive que estabelecer uma relação de confiança com ele. Assim que conseguimos eu simplesmente lhe conto tudo.
- Tens a certeza. Ana sei que tens medo que o Christian te deixe, se...
- Flynn, eu quero...eu o amo. Eu quero ser dele...
- E em relação ao Bob?
- Estou com medo, não te vou negar. Eu sei que ele me vai achar, eu sei que demore o tempo que demore, ele vai-me vir buscar. Mas tenho ainda mais medo que ele pegue a Paula ou a Malu.
- Ana, você já me disse que Christian e Taylor contrataram um segurança para cada um de vocês, então porquê esse medo.
- Porque eu conheço o Bob, eu conheço a Leila...eles não vão desistir.- as lágrimas caiem-me mas depressa eu lipo, quando vejo a porta a abrir e vejo o amor da minha vida a entrar.
Depois de falarmos um pouco os três, o Dr. Flynn deu-me alta e depois de me vestir, Christian levou-me para casa dos Grey e todo o plano que arquitetei para de alguma forma me entregar ao homem que me ensinou o que é o verdadeiro amor se foi por água abaixo. Assim que chegamos a casa dos Grey, um verdadeiro furacão veio ter comigo...
- Ana...- Paula quase que me faz cair e me sufoca com este abraço...sinto o soluçar baixo dela, sei que não lhe contaram o que aconteceu, mas a minha piratinha é esperta, ela sabe que se passou algo de errado e que tudo tem a ver com Bob.
- Paula, estás a sufocar-me, eu estou bem.- Faço-a largar-me e olho-a nos olhos...- Ei! Piratinha, eu estou bem, estou aqui...bem aqui.
- Foi ele, não foi...ninguém me conta nada, mas eu sei tu só ficas naquele estado por causa dele.
- Sim, foi.- vejo a minha mãe e Christian com cara de zangados, mas para quê esconder as coisas à Paula...- Mas agora está tudo bem...- e quando ia continuar a falar com Paula...uma linda bailarina puxa pelas minhas calças...
- Mamã..."coho"...Mahu qué "coho" mamã...- fico a olhar de Malu para Christian, de novo ela me chamou de "Mamã", e desta vez eu não tenho coragem de dizer que não...porque é tudo o que mais quero na vida.
- Ouviste a "nossa" filha...ela quer "colo" da mãe...- diz Christian dando-me um leve beijo. E nesse momento não consigo resistir e pego em Malu.
- A mamã vai dar muito colinho à Malu...e muitos beijinhos também...- e começo a dar-lhe beijihos nas bochechas, nos pescoço, na sua barriguinha e apenas se ouve as doces gargalhadas de Malu...a MINHA filha...a NOSSA filha.
- Posso interromper esse momento ternurento para dar um beijo á minha menina?- pergunta a minha mãe. Christian tira Malu do meu colo e a minha mãe me abraça...- Ana, não precisas de te fazer de forte. Eu sei que tens medo...mas todos aqui nos vão proteger, o Bob não vai mais nos fazer mal.
- Não é por mim que tenho medo...é por elas.- e olhos para Malu e Paula...- O Bob para me atingir pode usá-las, e tu sabes bem do que ele é capaz. Já para não falar de Leila...
Logo nos largamos e o dia decorre lindamente, almoçámos no jardim da casa dos Grey e no fim de almoço Christian teimou que eu devia descansar um pouco. Apesar de não ver necessidade acabei por concordar com a condição de me deitar junto de Malu, para que ele tirasse a sua sesta da tarde. A minha menina ficou feliz da vida quando percebeu que ia dormir junto comigo e com o pai...e aos poucos acabei por adormecer, acho mesmo que primeiro que Malu.
Quando acordei, estava sozinha no quarto, um sentimento de panico começou a instalar-se no meu interior, as lágrimas começa a correr sem que eu as consiga impedir, a minha respiração começa a ficar apressada...até que alguém abre a porta e quando vejo Christian já nãoconsigo mais evitar e deixo-me ser invadida pelo choro.
- Ei! Ana, amor tem calma, olha para mim...- e eu faço o que ele diz...- Ana respira, assim: inspira, expira, inspira, expira...já passou amor, eu estou aqui contigo. Nunca te vou eixar sozinha, nunca.
- Desculpa, desculpa...eu acordei sozinha, não ouvi barulho nenhum. Christian eu não vou aguentar viver assim, não vou.
- Eu estou aqui, eu nunca te vou deixar amor, nunca. Anda vamos tomar um banho...
- Onde estão todos, está tudo tão silencioso.- pergunto porque não ouço mesmo barulho nenhum.
- Os meus pais resolveram ir jantar fora, mas tu estava a dormir tão bem que ninguém teve coragem te te acordar. Por isso deixei todos irem e fiquei contigo e com a nossa menina, que já está a dormir á uns minutos.
- E não há perigo, quer dizer o Bob...ele pode...- ele não me deixa acabar de falar e dá-me um beijo.
- Eles foram com o Ray e com o Saywer, e tem o o meu pai, o Taylor, o Elliot...ninguém lhes vai fazer mal. Agora vou preparar o teu banho...e tu vais ficar aí bem quietinha até eu voltar para te vir buscar.
Encosto-me à cabeceira da cama e fico a pensar, será que ele vai tomar banho comigo? Deus ele vai me ver nua? Nunca ninguém...será que consigo? Para com isso Ana, u consegues sim...tu queres isto, tu estás pronta. Ele é o teu principe, aquele que sempre sonhaste por tanto tempo, aquele que Bob dizia que não existia, Christian é o meu principe, o meu Rei, o meu amor, aquele a quem eu me quero entregar por completo. Sim...eu vou ser dele.
- Posso saber em que estás a pensar?- pergunta-me ele fazendo com que eu saia destes meus pensamentos.
- Em mim, em ti, em nós...Christian...eu nunca...nunca fui de ninguém.- percebo que ele me quer interromper, mas não vou deixar, não desta vez...eu o quero e sei que ao olhar para ele que ele também quer...- Eu quero ser tua por completo Christian, e eu sei que tu também queres. Sei que queres que seja especial para mim...mas Christian não vai haver lugar que não seja bom, altura que não seja a certa, porque todos os lugares vão ser maravilhosos e todas as alturas perfeitas...desde que seja contigo. Por isso, Christian...faz-me tua de coração, alma e corpo. Faz-me tua por inteira...por favor.
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