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Capítulo 22 - You Raise Me Up (Tu me Levantas)

Pov Ella

Depois da Tia Grace sair, entrou uma rapariga. Ela era linda...abraçou o Tio Carrick e depois apresentou-se como filha dele, o nome dela era Mia. A Malu gostou logo dela, mas acho que era mais por causa do vestido dela, e sabem eu também gostei. Mia parecia ser mais criança que eu e a Malu juntas.

Depois de um tempo pintando, a Mia decidiu contar uma história, e foi aí que começaram os ataques de cócegas, as risadas e as gargalhadas. Nunca estive tão feliz como agora, e acho que nem a Malu, era bom ouvi-la a rir sem medo de ser castigada. Com Bob e Leila, não podíamos fazer barulho, e se por acaso nos ríamos ou chorávamos tinha que ser quase em silêncio, pois caso contrário Leila ia ao quarto e batia em mim. Eles nunca bateram em Malu, nunca percebi porquê até hoje, Malu era o seguro de vida deles...era ela em troca de muito dinheiro. A Tia Grace e o pai de Malu entraram, estávamos as três divertidas e a gargalhar.

- Já vi que a brincadeira aqui está muito boa...- diz o pai de Malu que assi que o vê corre para os seus braços, eu sabia que ela ia adorar ter um papá...e como eu adorava ter um para mim também.

- Papá...meu papá...- e com os seus bracinhos pequenos abraça-o com toda a força que tem.

-Meu amorzinho, e que tal irmos conhecer o trabalho do papá?- Malu dá um sorriso maroto e abraça-o de novo..- Ella queres vir também?

- Tu não trabalhas aqui Tio?- pergunto pensei que ele também trabalhasse neste prédio grande.

- Não, o tio não trabalha aqui.- ele chega-se perto de mim ainda com Malu nos braços...- Lá onde eu trabalho vais poder conhecer outra tia, que tal vamos lá conhecer?

- Sim. Eu estou a adorar ter tantos tios e tias. Nunca tive nenhum e assim do nada tenho um montão.- Não sei se vou ganhar uma mãe e um pai, mas estou a amar ganhar um monte de Tios.

Descemos de novo naquela caixa metálica, e fomos para uma carro muito grande, nunca tinha visto um carro tão grande. A Mia sentou-se no banco de trás do carro comigo e com Malu, numa cadeira que tinha lá no banco. Assim que começámos a viagem a bagunça que criámos as três foi grande sempre acompanhado por imensas gargalhadas. E assim com uma alegria que mal cabia no carro chegámos ao trabalhos do Tio.

- Tio, isto é um hospital. Tu trabalhas aqui?

- Sim, eu sou médico mas também sou o dono. Vamos...- ele saiu do carro, a Tia Grace pega em Malu, e o pai de Malu agarra a minha mão. Depois começou a contar a história deste hospital, ele foi construído por um tal de Theodore Travelyan. O Tio diz que ele começou por ter apenas um posto médico para atender todos aqueles que quisesem, quer pobres quer ricos...e aos poucos esse posto médico transformou-se neste hospital. Quero saber mais sobre esse tal de Theodore, ele parecia um homem muito bom, o Tio diz que ele era seu avô, pai da Tia Grace que também já trabalhou ali.

- Então era este hospital onde o Bob queria trabalhar...acho que ele ficou furioso...- eu digo sentindo medo que Bob volta para nos fazer mal, e encolho-me nele ali sinto-me segura.

- Não te preocupes com isso, agora vamos procurar a Tia Kate?- eu assinto entusiasmada, estou a mar ter tantos tios e tias. A Tia Kate é linda, cabelos loiros como os da Malu e uns olhos verdes lindos, ela me deu muitos beijinhos eu amei ela. O Tio falou com ela um pouco e ela foi-se embora, eu não sei onde ela foi mas um sentimento mau se apoderou no meu coração, eu a queria perto de mim. Lágrimas começaram a cair...

- Tio, onde foi a Tia Kate? Ela não se despediu de nós? Porque é que ela não se despediu?

- Calma, ela foi só fazer algo que lhe pedi.- o tio garantiu que ela iria voltar, e passado algum tempo ela volta, fala com o tio.

Ele pega em Malu e diz que vai com ela a um médico para ver se está tudo bem com ela, e diz que eu vou com a Tia Grace, Mia e a Tia Kate ver outra doutora. Eu não quero, estou com medo...as tias me dizem que vão estar comigo e que não me vão deixar nem um bocadinho. Quando chegamos para além da doutora com a sua bata branca, tem uma outra que eu não sei quem é. A Tia Kate me ajuda a despir e a vestir uma bata, as minhas lágrimas começam mais uma vez a cair, estou com medo...muito medo.

Primeiro me sentam na maca e começam a ver todas as minhas marcas, e tenho muitas nas costas, nos braços, nas pernas, de palmadas que me davam, de vergões de cinto entre outras coisas com que me batiam. Depois de verem e de tirarem fotografias a Tia Kate diz-me que vou fazer um exame que é capaz de doer um pouco, mas que é necessário para saber se está tudo bem comigo.

Quando me deitaram na maca, vi a médica ir para os junto dos meus pés, pediu que eu dobrasse os joelhos, eu não quis mas a Tia Kate me disse que tina que o fazer que ela estava ali comigo e não me ia deixar, aí a tal doutora pegou nas minhas pernas e tentou abrir elas. Não, eu sabia, eu sabia que estava bom demais para ser verdade. Elas iam fazer-me mal, tal como o Bob. Eu só sabia chorar, gritar...tentei levantar-me, mas a Tia Grace e a Tia Kate me seguraram, comecei a chamar pela Mia talvez ela me ajudasse, mas a Tia Grace a mandou sair ela estava a chorar. Continuei a gritar e a chorar.

A doutora começou a tentar colocar uma coisa dentro de mim, enquanto a Tia Grace e a Tia Kate me seguravam e tentavam falar com a doutora dizendo que era melhor não me forçar. Que tinham que arranjar outra forma de fazer o exame, elas choravam como eu. E foi quando de repente se ouviu um grito...era o Tio. Mas o grito dele foi tão alto que me assustou, será que ele me vai magoar. Ele pede á Tia Kate umas coisas que eu não sei o que é, e olha para mim.

- Dr. Grey...- a doutora tenta interromper o Tio mas ele não deixa ela continuar. Vejo a Tia chegar-se perto do tio.

- Ella...- continuo a chorar, ele pego-me ao colo e vai fazendo festas nas minhas costas para que eu me acalme...- Vem cá princesa. Shiuu! Não precisas de ter medo...ninguém te vai magoar.- ele diz e continua a dar-me mimos. Aos poucos sinto que estou quase a dormir, é como se estivesse a flutuar, olho para o Tio, e vou fechando os olhos, porque estou mesmo cansada.

Sonho com uma casa grande, estou com a Tia Kate e um homem que não sei quem é, porém ele é bonzinho ele faz carinho na barriga da Tia que está grande. Corro para eles, que me abraçam...gosto do carinho deles, me sinto segura, me sinto amada. Acaricio a barriga da Tia...

"- Mãe, falta muito para a Eva nascer?"- espera eu chamei a a Tia de mãe...

"- Não minha Princesa, a tua irmãzinha logo, logo vai estar aqui..."- irmãzinha, eu vou ter uma irmã, de verdade.

"- Ella, vais ter que ajudar a mãe e o pai. Tu és a irmã mais velha, por isso vais ter que ensinar muitas coisas."- um pai, eu tenho um pai...

"- Eu vou tomar conta dela, pai eu prometo. Eu amo-te muito maninha..."- eu tenho uma família: uma mãe, um pai e uma irmã. Eu não quero acordar, eu não quero sair deste sonho...onde finalmente sou feliz, onde tenho tudo o que eu sonhei um dia: uma família.

Vou abrindo os olhos, devagar, bem devagar. Não queria acordar deste sonho, ouço o Tio a falar, ele está zangado. Mas a Tia Grace o acalma, outra senhora que entrou connosco e que eu não sei quem é diz que "...a minha decisão perante o juiz será favorável àguarda definitiva por vossa parte.", o que raio quer dizer isso. Ouço a Tia Grace a agradecer à senhora e ela sai mais a doutora de quem eu não gostei. Abro por fim os meus olhos...

- Tio eu dormi...- digo, olhando para as três pessoas que ainda estão na sala.

- Sim meu amor, a Tia Kate deu um remédio para dormires um pouco, até já fizemos o exame que tinhas que fazer, então que tal irmos conhecer a tua nova casa?- Não sei se chore por me terem feito o tal exame ou se sorria por me sentir afortunada de os ter na minha vida, porque sei que agora esteou segura. O Tio chega perto de mim e paga-me ao colo, ainda estou com muita preguiça, aninho-me ao meu colo. Saímos e encontramos Mia com Malu ao colo, a minha pequenininha estava a dormir.

Chegámos a uma casa enorme, é maior que o orfanato onde eu vivia. Era linda, tinha muitas janelas, imagino que seriam quartos e quartos naquela casa. Não aquilo não era uma casa não, era um palácio, igual ao dos livros que eu lia à Malu. E o jardim era enorme, nunca tinha visto um tão lindo e grande. A porta é aberta por duas senhoras, que logo o Tio me apresenta, elas parecem boazinhas mas ainda assim eu me deixo ficar agarrada ao Tio, ele diz que ainda tem mais uma menina que vive lá em casa, uma tal de Luciana, que entra passado um pouco e acho que quem não gostou muito foi a Mia. A Tia Grace logo a mandou para o quarto para ela fazer os trabalhos de casa.

- Passa-me a minha filha Mia, e vai fazer os trabalhos. Amanhã não há gazeta...- o tio olha para a Tia Grace...- E por falar nisso temos que colocar a Ella na escola.

- Eu nunca fui numa escola. Eu sempre estudei lá no orfanato, ia um professor lá. Mas não aprendíamos muito não, só o básico. Ler, escrever, algumas contas...- eu disse com vergonha.

- Não te preocupes com isso agora. Depois vemos isso, agora vamos vou te mostrar o teu quarto.- diz a Tia Grace.

Subimos, Mia e Luh foram para o quarto da minha dela, o Tio foi não sei onde com a Malu e eu fui com a Tia Grace. Ela abriu uma porta e eu entrei, era o quarto mais lindo que alguma vez eu tinha visto. Cabia de certeza a casa do Bob inteira ali dentro daquele quarto.

- Ei...eu sei que é meio sem graça para uma princesa como tu, mas que tal irmos ao escritório e encontrarmos o seu quarto dos sonhos.

- Eu não quero mais nada. Eu já tenho tudo o que sempre sonhei: uma casa e uma família. Eu não quero mais nada, este quarto é lindo a sério.

Esta menina, que mais dia menos dia iria se tornar a minha mais nova princesa, não parava de me surpreender. Toda a menina na sua situação iria querer muito mais, iria querer tudo o que nunca teve. Claro que o amor, o carinho, a segurança de uma família e uma casa eram o sonho de qualquer órfão, mas ter um quarto de princesa, ter o que nunca teve materialmente faria qualquer um se sentir muito mais feliz. Mas Ella apenas queria uma família, tudo o mais era prescindível.

- Nem pensar. Vamos aproveitar que a Malu está a dormir e vamos escolher o seu e o dela. Ajudas-me a escolher o quarto dela?

- Sim...- quando chegamos a uma sala com uma secretária muito grande o Tio abre o computador e começamos a nosso busca...- A Malu adora brincar princesas...e uma vez a Leila deixou-nos ir ao jardim e a Malu adorou andar de escorrega.

- Muito bem, então temos princesas e escorregas...- e ficamos a ver algumas fotos, eu estava entusiasmada por poder dar a minha opinião. Depois de termos escolhido tudo para o quarto da Malu...- Bem então e agora tu? Como gostavas que fosse o teu quarto?

- Eu não sei...eu gosto de qualquer coisa. Mas eu amo Borboletas e...eu gosto de Princesas, mas não digas a ninguém por favor, eu já sou muito crescida para gosta de princesas...- sim eu gosto de princesas, mas acho que já estou crescida para isso...

- Ei! Se gostas de Princesas vamos fazer um quarto digno de uma Princesa mais crescida. Ella não tens de ter vergonha de gostar de Princesas, queres saber um segredo...- eu olho para ele curiosa...- Acho que a Mia e a Luh também amam Princesas.

- A sério?! Vou perguntar-lhes...- e lá vou eu a correr, e quando estou a sair entra a Tia Grace...- Vou mostrar o meu quarto e o da Malu...o Tio me deu uma foto...- e saí à procura delas.

Assim que cheguei na sala, lá estavam elas. Não sei o que estavam a fazer, mas atirei-me para cima da Mia, e mostrei-lhes o quarto que escolhi para a Malu. Era um castelo e tinha um escorrega e umas escadas, que o Tio disse que tinha que pedir que mudassem um pouco para que ela não caísse.

Depois mostrei o meu, ele era lindo. Tinha tudo o que eu queria: Borboletas e Princesas. Eu não queria escolher, achava que o quarto que eu tinha chegava muito bem para mim, ele era lindo mesmo que não fosse como eu sempre sonhei um dia. Porém o Tio Christian me foi mostrando vários, até que apareceu aquele que eu sempre sonhei. 

- O Tio Christian disse que vocês também gostam de Princesas, é verdade?

- Claro.- diz Mia, e a Luh concorda com a cabeça...- Nós amamos princesas...a minha preferida é a Mérida, aquela do filme da "Brave"...eu sou tão indomável como ela, mas no fundo sou um doce.

- É mesmo a tua cara Mia. Eu gosto da Rapunzel...loira e com olhos claros que nem eu, responsável e determinada. E tu Ella, qual a princesa que gostas mais?

- Eu sou a Cinderela...porque passei de Gata Borranheira para Princesa.- eu digo e logo recebo um abraço gigante da Mia e da Luh.

Ninguém sabe quando, onde e como nasce. Quer dizer nós não escolhemos a família que nos recebe, não escolhemos os pais, nem se eles são ricos ou pobres, se nascemos na América ou em África. Nada é decidido por nós. Eu não sei quem determina essas coisas, lá no orfanato diziam que era Deus que decidia, mas, e quando nada dá certo, quando tudo o que temos na nossa mochila é dores, angústias, decepções...Será que não temos o direito ou o dever de sermos nós a escolher o nosso próprio rumo?

Neste mundo tão grande todos nós cumprimos a nossa missão, a minha talvez tenha sido proteger a Maria Luísa, mesmo que tenha sofrido tanto valeu a pena. E é no meio dessa missão, por vezes dolorosa, que encontramos os nossos anjos...não há pedras no caminho que me façam tropeçar, não há buracos na estrada que me façam cair, não veredas apertadas demais para me impedir de andar. Tempestade e vendavais sempre virão, e irei que ter a coragem e a força para me manter em pé, mas o amor sempre levará a melhor. 

Hoje eu encontrei o meu caminho, aquele que quero seguir para sempre: o Amor de uma família. Hoje encontrei o meu abrigo, a minha casa. Aqui me dão tudo o que sempre sonhei, me dão aquele abraço que protege, que ampara. Me fazem sorrir, de uma forma que eu nunca fiz antes.



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