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Capítulo 20 - Segredos Revelados

Pov Ana

Sinto o toque de alguém, é leve e cheio de carinho, de amor. O cheiro lembra-me da minha mãe, lembra-me dos dias em que fomos felizes, verdadeiramente felizes. Onde existia a minha mãe, eu e o meu pai. Sim eu era feliz...muito feliz. Sou transportada para o mundo dos sonhos onde tudo deveria virar realidade.

"Estou no jardim, no nosso jardim...vejo a mamã e o papá lá ao longe. Eu corro para eles, mas quanto mais eu corro mais longe eles ficam. Chamo-os, grito por eles, peço que esperem por mim, porém eles cada vez mais estão mais longe.

- Mamã, Papá. Esperem por mim...não vão...por favor...

De repente deixo de ver o papá, ele desapareceu. A minha mamã vem ter comigo, diz que o papá foi para longe, que nunca mais vai poder voltar, choro, sinto o meu corpo a tremer. O Papá, o meu herói, o meu rei foi-se embora para sempre. Quando volto a olhar para a mamã vejo um outro homem com ela, no entanto não é o papá. Não gosto dele, tem cara de mau. A mamã diz que aquele vai ser o eu novo papá, eu não quero um novo "papá", eu tenho o meu papá...o papá Ray.

Ao lado do "Papá "Bob aparece uma mulher, a mamã diz que é minha tia. Também não gosto dela, tem um sorriso feio. Enquanto a mamã vai com o "papá" Bob, a tia fica comigo, ela bate-me e ri. Grito pela mamã, mas ela não ouve. Choro, grito mas ninguém me ouve: nem a mamã, nem o meu novo "papá", nem o meu avô e a minha avó que vieram fazer uma visita. E a "tia" continua a bater-me, com a mão com o cinto...e eu choro. 

A mamã está a chorar, ela tem um dói-dói no olho, ela pede para ir para o quarto mas eu não quero...a mamã está a chorar muito e eu abraço-a. Vejo o "papá" Bob e "tia" a vir, estou com medo. O "Papá" pega em mim, ele diz que vai brincar comigo, a mamã grita diz que não, para lhe fazer mal a ela, mas para não tocar em mim. Mas eu quero brincar com este "papá", ele nunca brincou comigo antes, porque será que a mamã não deixa ele brincar comigo.

A mamã está com uma barriga grande, ela dize-me que eu ia ter uma irmã, e que nós tínhamos que a defender do Bob e da Leila, eu tinha medo deles...muito medo. Mas se era para defender a minha mana eu iria fazer tudo o que eles pedissem. A minha mana nasceu é linda, o Bob e a Leila não gostam dela, mas deixaram-nos ficar com ela desde que ela se porte bem.

Cheguei da escola com a mamã e a mana...o Bob e a Leila estão na sala. Quando nos veem tentam agarrar a Paulinha, eu não deixo. Ela não...a Leila bate-me, eu caio e bato com a cabeça num mesa. Levam-me para o hospital, a policia simpática diz que não vamos voltar mais para casa...a mamã está ao meu lado, onde está a Paula? "

Acordo, ouço a voz da Dra. Grey, da minha mãe e de Christian. Eles estão a falar sobre contar ou não a verdade à Paula. A minha cabeça dói, não consigo abrir os olhos, deixo-me estar com os olhos fechados enquanto escuto a conversa deles.

- Acho que chegou a hora de contar à Paula o que aconteceu no passado...ela tem o direito de saber e...- diz a Dra. Grey.

- Não. Eu nunca lhe vou dizer...ela nunca vai ficar a saber que...não...- a minha mãe diz autoritária, eu sei que não quer contar, mas neste momento não sei se temos outra hipótese .De repente ouço Christian.

- Eu sei que algo de grave se passou, e pelos vistos a minha mãe e até o meu pai estão ao corrente de tudo. Aliás agora percebo o porquê da super-protecção que o Dr. Carrick tem pela Ana. Mas se tudo isto envolve aquele casal eu preciso de saber...não só pela Ana, mas pelas duas meninas, sendo que uma delas é minha filha, e que com toda a certeza foram maltratadas por esse...

- Christian. Eu sei que estás nervoso e...- Grace tenta falar, mas Christian não a deixa acabar.

- Nervoso é pouco...estou furioso, estou com um ódio enorme...de mim, de Amélia, do mundo. Eu não consegui proteger a minha filha, e não a consegui proteger a ela.- diz Christian e consigo perceber o desespero na sua voz.

- Que casal? De quem é que estão a falar? Grace, era "ele" tu viste-o...- pergunta a minha mãe e sinto o medo na sua voz...sim mãe era ele, eram eles. É o que quero dizer mas não tenho nem forças para falar.

- Não, a minha mãe estava aqui neste mesmo escritório. Eu não sabia quem eram até Ana desabafar algumas coisas, e falar o nome deles: Bob e Leila.

- Carla...ele não vai voltar a tocar em vocês. Vamos falar com o Carrick, ele vai fazer alguma coisa eu sei que sim.- Será que o Dr. Grey poderá fazer alguma coisa, duvido.

- Tu sabes o que vai acontecer...eu não posso continuar aqui. Nós temos que sair de Seattle ainda hoje.- Não, eu não quero sair daqui...mas por outro lado...não eu não posso, não agora que finalmente consegui...

- Não...- grito e todos olham para mim, mas em vez de vir ter com a minha mãe, voo em direcção a Christian abraçando-o...- Christian...

- Shiuuu! Está tudo bem...Eu estou aqui, eu não vou a lado nenhum.

- Eu não quero sair daqui, eu não quero ficar longe de ti Christian. Não quero...

- Ana. Filha ele já sabe onde estamos, ele pode...eu nem sei o que ele pode fazer. Temos a Paula, nós temos que a proteger.- diz a minha mãe sentando-se ao meu lado que continuo abraçando o Christian

De súbito, entra no escritório uma morenita mais parecendo um furacão e lança-se para cima de mim, que só tenho tempo de me afastar um pouco de Christian e abraça-la. Paula agarra-se a mim como um carrapato. Nunca a tinha visto assim, tão aflita...só depois de um ou dois minutos me lembro que a esta hora ela devia estar na escola, o que raio é que ela estava a fazer ali?

- Ana, estás bem. Diz-me que está bem...eu senti aqui...- diz a minha Piratinha indicando o seu coração...- eu senti que não estava bem, mas tu estás, não estás? Aninha fala comigo?

- Shiuu. Ei! Eu estou bem...foi só um mal estar só isso.- levanto a sua cabeça para ela olhe para mim...- Olha para mim eu estou bem.

- Não, não estás...tu estiveste a chorar, a mãe também e o Tay não me queria deixar vir até aqui. Eu sou adolescente mas não sou burra, parem de me tratar como se fosse uma bebé. 

- Tudo bem...- olho para a minha mãe que olha para mim, eu sei que ela está assustada, e sei que não posso contar tudo à Paula, mas agora que ele voltou...- Mas não aqui, que tal se formos para casa? Lá eu e a mãe contamos-te tudo o que tens que saber.- olho para Christian, apesar de querer que ele venha comigo, sei que não o posso separar da filha neste momento, assim abraça-o...- Ligo-te depois...

- Eu quera ir contigo, mas preciso de ir até ao hospital com a minha mãe, preciso de ter a certeza que...- dou-lhe um beijo no canto da boca de certa forma para lhe garantir que eu vou ficar bem e que percebo que naquele momento ele deve é estar com a filha e não comigo.

- Vai tratar da tua filha, ela deve estar em primeiro lugar neste momento...mais tarde falamos.

Despedimo-nos e seguimos para o carro da minha mãe, enquanto Jason vai no carro dele e nos segue. Apesar de normalmente ir no banco da frente com a minha mãe, hoje Paula não me deixou, tive que ir com ela no banco de trás abraçada o tempo todo, a minha piratinha não me largava de jeito nenhum. E enquanto chegamos e não chegamos vou a pensar, em tudo o que se vai passar naquela casa, depois de tantos anos escondendo para ela o que aquele monstro nos fez, de esconder a sua verdadeira origem. E decido que há coisas que não lhe direi, e uma delas é o facto de Paula ter sido o fruto de um dos muitos abusos que Bob cometeu com a minha mãe...essa verdade vai destruir a Paula.

Assim que chegamos, entramos no em casa e pedi ao Jason que fosse com Paula para a sala, que eu ia só tomar qualquer coisa para a dor de cabeça e que já ia ter com eles. A minha mãe percebeu que deveria ir comigo, e fomos para a cozinha. Assim que estávamos sozinhas...

- Tu não podes contar a verdade para a Paula...não podes...vais destruí-la...

- Mãe...a Paula já percebeu que algo se passa. E depois com ele mais perto nós temos que a alertar, nós não vamos conseguir estar com ela 24 horas por dia.

- Ana, nós protegemos a Paula durante 14 anos, porque é que não inventamos alguma coisa...

- Não...- e agora eu grito, chega de mentiras...- Ela merece saber...ela tem que saber. Eu não lhe vou contar que ela foi...Mãe, se o Bob aparecer aí e lhe contar? Lhe contar tudo? Como achas que ela vai olhar para nós?

- Eu não vou conseguir, eu não vou conseguir olhar para ela...vamos destruir a imagem de um pai que ela ama. Vamos estar a dar-lhe um pai...que nunca o foi...Ana...ela vai ficar destruída.

- Eu sei, mas sabes o que me deixa mais tranquila?- a minha mãe olha para mim...- Ela finalmente tem o pai que sempre sonhou...o Jason tem sido um pai para a Paula, e ela ama-o como tal. Agora vamos, quanto mais depressa isto acabar melhor.

Quando chegámos à sala, a cena que vi fez-me cada vez mais acreditar que a minha irmã iria ter em Jason um pai. Chamei a minha mãe, e assim que ela entrou na sala sorriu, Jason sentado na poltrona que era do meu pai, com Paula ao colo conversando, ou melhor cochichando e recebendo carinhos, carinhos de pai. Entrámos e Paula levanta-se abraçando-me...

- É agora que me vão explicar tudo o que se está a passar?- pergunta-me.

- Sim, Paulinha. Eu vou-te contar tudo, mas vai prometer-me que não vais fazer nenhum disparate, se quiseres podes gritar, chorar, podes até bater-me...só tem em mente que se eu e a mãe te escondemos tudo isto foi para te proteger.

- Começa logo, conta de uma vez...já estou a ficar nervosa com tantos avisos...O que é que tu e a mãe me estão a esconder.

Enquanto eu me sento com a minha irmã no sofá, vejo a minha mãe ir para perto de Jason e sentar-se junto dele. É bom saber que ela vai ter o apoio dele neste momento, saber que ela não vai estar sozinha, e principalmente saber que Jason Taylor não vai deixar o Bob encostar um dedo na minha mãe, pelo menos se ele estiver perto.

- Paulinha, bem tu sabes que a mãe se casou com o Ray...- ela assente...- Bem ao contrário do que tu pensas o Ray ele não se foi embora porque quis. O Ray...ele morreu, quando eu era ainda bem pequena. Ele era o meu rei, o meu herói...o meu pai.

-Nosso pai...- ela corrige depressa...- Ele morreu, mas porque é que nunca me contaram, porque é que sempre me fizeram acreditar que ele se tinha ido embora?

- Querida...- interrompe a minha mãe...- porque foi a forma que arranjamos de não ter que te explicar muita coisa.

- Explicar o quê? Não estou a perceber nada...

- Paula, o meu pai morreu quando eu tinha 4 anos. O Ray morreu...

- Eu ainda não tinha nascido...então...eu não sou filha do Ray? Quem é o meu pai? Onde é que ele está? O Tay é o meu pai, é isso?

- Não Paula, não sou.- diz Jason sorrindo...- Era uma honra ser teu pai, acredita. E apesar de não o seres eu amo-te tanto como amo a Luciana.- Depois de ouvir Jason, Paula vira-se para mim, e para a minha mãe à procura de respostas.

- Depois do meu pai morrer, a mãe encontrou outra pessoa. E é ele o teu pai, mas...bem ele não era uma boa pessoa. Ele...

- Anastacia. Chega...- grita a minha mãe...- Por favor...chega.

- Ana! O que é que o meu...pai vos fez?- ela já tem algumas lágrimas nos olhos, e sei que o que lhe vou dizer a vai magoar mais, mas ela tem que estar preparada, nós não sabemos o que o Bob e a Leila estão a pensar fazer. Eles até podem ir-se embora e desaparecer como já fizeram...mas também podem estar a preparar alguma.

- Ele batia-nos. Sabes aquelas cicatrizes que eu tenho nas costas?- ela assente...- Ele batia-me com o cinto, e a Leila também.

- Quem é a Leila? E porque é que eu não me lembro de nada? Eles batiam-me a mim também?- e as lágrimas já nem pedem licença para cair, Paula chora tudo o que tem a chorar: por ela, por mim e pela nossa mãe.

- Não, eles nunca te fizeram mal. Leila é nossa Tia, ela é irmã da mãe. E era tão ou mais cruel que ele...Paula, nós estamos a contar-te tudo isto, porque ele voltou. Nós fugimos quando tu tinhas 6 anos por isso talvez não tenhas memórias sobre essa altura.

- Eu...sou...filha...de...um...monstro...- ela olha para mim e depois para a minha mãe.- Porquê? Porque é que eu nasci...eu não queria ter nascido...não queria...

- Paula, não...quando eu soube que estava grávida...foi a fase mais linda que passei naquela altura. Eu amei-te desde o primeiro dia que soube que estavas aqui dentro. Tu foste o melhor presente que Deus me deu, no meio de todo o sofrimento que tínhamos.

- Presente? Mãe presente é algo bom...que se dá a alguém que amamos. Eu não sou presente de ninguém...ele nem deve gostar de mim.

- Ei! Nunca mais digas isso. Eu e a mãe amamos-te muito Paula...tu és a nossa piratinha. Nós não sabíamos viver sem ti.- ela aninha-se ainda mais em mim e na minha mãe.

- Se ele voltou...e- diz ela a fungar...- Ele vai-nos fazer mal outra vez?- e desta vez foi o Jason que até ali esteve em silêncio que falou

- Ninguém vos vai fazer mal, nunca mais. E sabe porquê Paulinha?- pergunta Jason chamando-a para o seu colo, para o qual ela corre...- Porque nós quatro somos uma família...porque eu não vou deixar que ninguém vos magoe nunca mais.

Paula abraça Jason, seguida da minha mãe que lhe dá um leve beijo no canto dos lábios, depois viram-se os três para mim. E ao fim de 18 anos eu sinto finalmente que tenho um família de novo. Porque família não é apenas partilhar o mesmo sangue, o mesmo ADN, os mesmos genes...Família é muito mais que isso. É amar e ser amado, é fazer o outro feliz, é ser corajoso, é pedir desculpa quando é preciso, é dar abraços, é rirmos alto dos disparates uns dos outros. A nossa pode estar a começar agora, mas sei que juntos seremos capazes de tudo, porque juntos somos muitos mais fortes. 

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