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Capítulo 18 - Ele Voltou

Pov Anastacia

Ele voltou. O meu maior pesadelo...Como? Porquê agora? Eu estava a tentar seguir a minha vida...a seguir com o Christian. Sinto as minhas pernas a ficar sem força, mas não posso deixar que ele perceba, não lhe vou dar o gosto de ver que ainda me atinge. Christian cumprimenta todos, e encaminha-os para a sala de reunião, sem nem olhar para mim, pelo menos é o que eu sinto. Ao passar por mim eles riem-se e aquele monstro pisca-me o olho e lambe os lábios, numa atitude nítida de quem me quer.

No exacto momento em que eles entram eu simplesmente deixo-me cair na cadeira, estou em pânico, sem forças nem para chorar, simplesmente me encolho, como fazia quando aquele monstro me batia, e de repente é como se o passado voltasse, é como se estivesse a reviver o passado no presente, posso sentir o cinto, as mãos de Leila em mim. Eu choro, grito, tremo...o eu de há dez anos atrás volta como se nunca estivesse ido embora. Sinto alguém ao pé  de mim, pelo cheiro do perfume percebo que de ve ser Hannah, mas eu não consigo suportar o toque, não...doi...doi muito é como se todo o meu corpo estivesse ainda marcado...marcado por ele.

Hannah tenta chamar-me, acalmar-me ao me ver naquele estado, porém eu não consigo sair daquele estado de letargia. O que é que eu vou fazer agora? Ele encontrou-nos, e eu não sei o que ele vai fazer. Eu tenho que ir buscar a Paula, tenho que avisar a minha mãe, mas o meu corpo não me obedece, eu continuo abraçada em mim mesma e choro e grito. Ouço alguém a falar comigo...não consigo responder, não sai...nada sai...

Pov Grace

Estou na sala de Ethan com Mia, Elliot acabou por ir trabalhar já que o chamaram par aum reunião de ultima hora. A minha menina estava ansiosa, queria ir abraçar a sobrinha, dar-lhe mimos...e eu até percebia toda aquela euforia, porém tinhamos que ter calma a menina não nos conhece e vai estar assustada com tanta gente. 

- Mia por favor acalma-te. A primeira a ir ver a menina sou eu, a pedido do teu irmão...

- Mas porquê? Eu sou tia, aliás a única tia e...

- O Christian quer ter a certeza que está tudo bem com ela, é só isso. E levá-la ao hospital é...bem...ele achou que aqui seria um local menos, assustador para alguém que já deve estar com a cabecinha a mil...

- Tudo bem...- de repente ouvimos alguém a bater á porta...

- Dra. Grey, desculpe mas precissamos de si. A secretária do Dr. Grey não está muito bem.

- Ana. O que se passa com ela? Mia fica aqui...- mas é claro que a minha filha nunca ficaria quieta num local se eu lho dissesse...- Ana...Anastácia, estás a ouvir-me? O que é que se passou Hannah? Porque é que ela está assim...

- Eu não sei Dra. Grey, eu vim buscar uns documentos que o Dr. Kavanagh deixou com Ana para o Dr. Grey assinar...e quando cheguei ela estava assim.

- Mia, ajuda-me querida temos que tentar levá-la para o escritório do Ethan...- tenho que a tirar daqui, na sala de Ethan posso tentar acalmá-la, trazê-la de volta à realidade.

- Mãe o que é que ela tem...parece que está doida...

- Mia. Ela está a ter uma ataque de pânico, só temos que a manter calma. Hannah...este é o numero da Carla, a mãe de Ana, tente falar com ela peça-lhe que venha até cá.

- Sim Dra. Grace...posso fazer mais alguma coisa.

- Sim mantenha-se no posto de Ana. Mia vamos...Ana querida é a Grace, vamos levar-te para um local mais sossegado. Tudo bem...

Ela não tem qualquer reacção ao que lhe digo, mas assim que lhe toco ela resiste, percebo o seu medo, o seu pânico. Percebo que ela balbucia alguma coisa "ele voltou", começa a chamar por Carla, por Paula, por Christian. Por Christian...porquê?

- Christian...- sussurra Ana baixo, enquanto se senta no chão com os braços enrolados nos joelhos. Tento dar-lhe um copo de água com um pouco de açucar para beber, mas ela nega. Continua a chamar a mãe e a irmã, e também pelo Christian...- Christian...

- Mãe, ela está a chamar o Christian...- pergunta Mia...

- É acho que sim...- alguém bate à porta, vejo Carrick entrar e olhar para Ana...- Carrick...

- O que é que aconteceu...- a voz dele rouca e alta, assusta Ana e vejo-a mais uma vez a entrar numa espiral de descontrole emocional...

- Ela está a ter uma crise de pânico, e de todas as que a já vi ter...eu nunca a vi desta forma. Ela está a chamar por Christian, talvez só ele a consiga fazer voltar à relaidade.

- Eu vim te chamar, eles já se foram embora...Grace eu acho que aconteceu alguma coisa com aquelas meninas.

- Meninas? Carrick que conversa é essa...- O meu marido conta-me por alto tudo o que aconteceu dentro do seu escritório, e fico a saber que para além da minha neta havia mais uma menina que tinha vindo com eles, Carrick diz que ficaram com a ideia que algo se passava com elas. - Meu Deus, eu espro que estejam errados. Mia querida fica aqui com a Ana, eu já mando o Christian ter com vocês.

- Mãe e se ela tiver outro surto...eu não vou saber o que fazer...- percebo que Mia está aflita...- Hannah querida podes ficar aqui com a Mia, por favor.

- Claro Dra. Grey, pode ir descansada.


Pov Anastácia

Tento acalmar-me, mas o medo é mais forte. Ele não pode ter voltado, não pode...eu não quero sofrer mais, eu não consigo passar por tudo outra vez. Eu sei que ele vai conseguir, eu conheço aquele olhar, eu sei o que ele quer de mim. E desta vez não vou ter a minha mãe para me proteger, e sinto de novo aquele sentimento de esmagamento, de sufoco...e grito, bem alto, bem forte. Sinto alguém próximo de mim, é ele...é Christian.

- Ana, Ana...Ei! Está tudo bem eu estou aqui, já chamámos a tua mãe...- e é nesta altura que o finalmente o nosso olhar se conecta.

- A Paula. Eu preciso de a ir buscar...ele não pode...ele...voltou...a Paula...eu preciso...Christian, por favor não deixes...- e finalmente consigo o que tanto queria, ter Christian nos meus braços. Eu choro, soluço...abraço-o como se nunca mais o quisesse largar.

- Shiuu! Eu estou aqui, ninguém vos vai fazer mal, eu prometo.- E deixo-me estar ali no meio daquele chão frio a abraçá-lo, sinto nele todo o seu carinho, a sua proteção e principalmente o seu amor.

É aqui que eu me sinto segura, nos braços de Christian. E é neste momento que me me apercebo que o que sinto por ele é mais que uma amizade, é mais que uma atracção...sim eu Amo o Christian. E acho que eu sempre o soube desde aquele primeiro dia em que o vi aqui na empresa. E com essa certeza eu me entrego a esse amor, Christian não é o Bob, ele nunca me fará mal, nunca me magoará...levanto a minha cabeça e encontro aqueles olhos que me hipnotizam.

- Eu amo-te...- Christian olha para mim com aquele olhar de menino perdido, ele não estava à espera disto, eu sei...mas eu tenho que lhe contar tudo, ele merece saber de tudo...- Christian, eu tenho que te contar tudo...sobre os meus "demónios".

- Ana...tu não precisas...eu disse que esperava por ti o tempo que que fosse necessário, e eu espero. Ana eu amo-te desde o dia em que me paraste para me perguntares o meu nome, eu amo-te desde o dia em que provei os teus lábios, eu amo-te desde o dia em que largaste tudo apenas para me fazeres sentir bem.

- Eu também te amo...mas eu preciso...eu quero que tu percebas tudo. Christian...- mas ele não me deixa nem começar, e quando dou por mim já estamos de lábios colados, presos nos sentimentos que durante semanas estiveram guardados dentro de nós.

Sei que talvez este não seja o local mais indicado para isto, mas eu preciso de o sentir, preciso de sentir que alguém me tocou desta forma sem ser com malícia, mas sim com amor, com carinho. Sinto que Christian começa a subir a mão pela minha coxa, subindo o vestido para cima. E por muito que eu queira eu preciso de parar, eu preciso de falar com ele primeiro. Afasto-me dele, e retiro a sua mão de onde estava.

- Ana, desculpa, eu...deixei-me empolgar. Desculpa Ana...- ele está de novo com aquela carinha triste de menino que fez asneira e está arrependido. Coloco as minhas mãos na sua nuca e o beijo, um beijo calmo sem segundas intenções.


- Christian, por favor primeiro eu quero que saibas de tudo. Depois...se ainda me quiseres, bem podemos pensar em algo mais...mas com calma.

- Tudo bem Ana, como tu quiseres. E só para que saibas digas o que disseres eu nunca...nunca te vou deixar, eu amo-te.

- Só te vou pedir uma coisa...não me interrompas. Deixa-me contar tudo e no fim...tu decides o que queres fazer.- Ele assente, e assim eu continuo.- Eu e a Paula nós não somos filhas do mesmo pai, a minha mãe ela casou duas vezes. O meu pai ele era...o melhor pai do mundo, ele brincava, passeava, jogava, ria-se...ele fazia tudo comigo. Eu era a sua princesa, e ele era o meu rei, bem e a minha mãe era a Rainha, a nossa Rainha. Mas um dia todo o "meu reino encantado" foi abaixo, quando ele morreu, a minha mãe entrou em desespero, ela foi parar ao hospital e nesse dia para além de perder o meu pai, ela perdeu o meu irmão, ou irmã, ela estava grávida e nem sabia. Eu era novinha, tinha uns seis anos e tinha ficado sem o meu herói e de certa forma fiquei sem a minha mãe por alguns meses, quem tomou conta de mim nessa altura foram os meus avós. Aos poucos a minha mãe foi-se recuperando e a nossa vida se bem que triste foi retomando a rotina, até que ele apareceu. Bob, era médico e supostamente amigo da minha tia Leila, e aos poucos foi nos conquistando sem percebemos quem ele era de verdade.

-Ana, esse Bob...foi o que entrou no escritório do meu pai?- ela assente...- Ana o que é ele te fez?- Eu sabia que Christian não iria aguentar sem interromper, mas para eu continuar ele teria que o fazer, já era difícil eu estar a abrir-me e ainda nem tinha chegado à parte pior.

- Christian, tu prometeste que não irias interromper. Por favor, isto é...difícil para mim...por isso não me interrompas, porque caso contrário eu não sei se vou conseguir.- ele assente de novo, eu respiro profundamente e continuo...- Depois de mais ou menos um ano, Bob começou a mostrar quem ele era, proibiu a minha mãe de trabalhar, começou a ameaçá-la e chegou a bater-lhe...- percebo que Christian olha para mim furioso, mas não o deixo interromper...- da primeira vez que isso aconteceu a minha mãe saiu de casa comigo e fomos para casa dos meus avós em Savanah, mas Bob apareceu lá e pediu desculpa, e a minha mãe acabou por perdoá-lo e voltamos. E foi aí que tudo piorou, ele batia na minha mãe constantemente, quase todos os dias e qualquer coisa servia de desculpa, até o facto da minha mãe me defender era motivo. Mas o pior e o melhor dia das nossas vidas estava ainda por vir...- as lágrimas nesta altura começam a escorrer.

Eu preciso de continuar, mas faltam-me as forças e talvez até a coragem, e já não consigo controlar tudo o que está cá dentro, toda a dor, todo o sofrimento...tudo volta numa intensidade enorme, e começo a sentir de novo aquele sensação de aperto no coração, de querer fugir para outro lugar que não aqui. E é quando o sinto de novo a abraçar-me, e é nos seus braços que me deixo ir...sei que ainda não lhe contei o pior, sei que ainda temos que conversar, porém neste momento só o quero sentir perto de mim. E por fim adormeço nos braços do homem que eu amo, do homem com quem eu me sinto segura.

Teremos que passar por muita coisa juntos ainda, mas eu acredito que juntos seremos capazes de enfrentar tudo. O nosso amor é verdadeiro, e quando é assim ele é capaz de vencer tudo. O nosso amor é aquele sentimento forte, único e verdadeiro, que mesmo com o passar do tempo e com a distancia, jamais se desgastará, pois nós pertencemos um ao outro, juntos em um só coração. Eu não acreditava mais neste sentimento - Amor - mas aí apareceu o Christian e me fez acreditar de novo em tanta coisa, mas principalmente me fez reaprender a amar, a viver e a acreditar em mim.





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