Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 12 - Jantar

Dedico este capítulo a duas pessoas muito importantes na minha vida, que apesar de já não estarem comigo aqui neste mundo, sei e tenho a certeza que estarão sempre a olhar lá de cima por mim:  À minha mãe, que sempre lutou por nós, que sempre nos defendeu, que sempre tinha uma palavra mesmo que fosse para nos castigar, as saudades apertam...o amor nunca some. À minha "Vó", que sempre foi uma segunda mãe, sempre  foi o meu abrigo quando precisei. Sei que falhei contigo, sei que podia ter feito muito mais por ti...não me esqueço do que um dia te prometi...Vocês são as nossas duas estrelinhas que sempre brilham no céu. Esteja limpo ou com nuvens...sempre estão lá.

Pov Ana

Assim que acabo de me vestir, desço para finalmente conhecer o "amigo" da minha mãe, que segundo a Paula é "liiindo". Se o é ou não, nem me interessa, apenas quero que a minha mãe seja feliz, e se este homem estiver disposto a fazer isso, por mim tudo bem. A minha mãe merece sê-lo, depois de passar por tudo o que passou, ela merece encontrar alguém que a faça feliz, como o meu pai a fez um dia.

Sim o meu pai, ele fez a minha mãe feliz. Tenho algumas lembranças dele, mas a que mais amo recordar são as tardes que passavamos naquele mesmo jardim onde fui com Christian. Os piqueniques, as corridas, os jogos, eramos felizes, até ao dia em que tudo aconteceu e eu o perdi. Deixo as lembranças fugirem ao ouvir o barulho que vem da cozinha.

Assim que me aproximo consigo ouvir as gargalhadas das três pessoas que estão nela, e parece que alguém já conquistou a Paula. Espreito, e o que vejo faz-me feliz, Paula está ao colo do tal "amigo" da nossa mãe e percebo pelo carinho que coloca em cada palavra que ele diz, em cada gesto que ele dá, em cada sorriso que lhe sai da face que aquele estranho a faz feliz. A minha irmã nunca teve isso do pai, bem ela nunca teve um pai porque aquele ser nunca foi seu pai, por isso fico contente, que nem que seja por algumas horas, ela possa sentir o que um dia eu senti com o meu pai.

- Ana...entra minha querida. Este é o Jason Taylor, o tal amigo que te falei...- diz a minha mãe quando finalmente me vê à entrada da cozinha.

- Boa Noite Anastácia. É um prazer conhecer-te...- o tal Jason levanta-se do banco onde estava sentado, colocando Paula que estava ao seu colo no chão.

- Boa Noite. O prazer é meu...- cumprimento-o com alguma distância, não que eu não goste dele, afinal quem faz a minha mãe e a minha piratinha feliz merece pelo menos um chance. Porém é mais forte que eu, depois de tudo o que aconteceu, não consigo confiar em ninguém.- Mãe precisas de ajuda?- pergunto tentando mudar a atenção para outra coisa.

- Ana, podias ser mais simpática...um aperto de mão? É só isso que vais dar ao Jason, estás mesmo de mau humor...- e dou graças a Deus em estar de costas para eles...

- Paula. Deixa a tua irmã.- a minha mãe vira-se para mim de novo...- Ana querida, podes fazer a salada, acho que aqueles dois com tanta gargalhada ainda não fizeram nada.

- Ah Mãe! Estás a ser injusta, nós já cortamos a alface...- e quando olho para a malga, não consigo não gargalhar...- Porque é que te estás a rir? Pelo menos nós ajudámos, enquanto tu te foste meter no quarto.

- Chega Paula.- diz a minha mãe agora já zangada, eu já vos disse não é, eu adoro esta menina mas por vezes só me apetece amordaçá-la. Não consigo evitar, e as lágrimas voltam a habitar nos meus olhos, será que é tão dificil permitirem-me viver durante alguns momentos sem as lembranças do passado.

- Amor...- eu olho para a minha mãe, espera desde quando é que passou de ser "Carla" para ser "Amor"- Eu vou para a sala com a Paula, anda pestinha vamos deixar aqui as duas a trabalhar e vamos ver um filme?

- Mãe, eu.o.amo. Podes casar já amanhã...- e todos paramos de fazer o que estávamos a fazer, a minha mãe cora que nem um tomate e o tal de Jason, sorri. Eles saiem da cozinha, deixando-nos sozinhas, Dona Carla continua a tratar do jantar sem nem olhar para mim, e eu vou tratando da salada mas sempre a olhar para ela. Ambas estávamos sem saber o que dizer, porém aquele silêncio estava a matar-me.

- Mãe...- ela olha para mim, a sua face ainda está algo corada...- Que história é esta de "Amor"? Vocês, bem...vocês estão juntos?

- Ana, eu queria contar-vos. Aliás nós iriamos contar-vos no final do jantar...- diz deixando uma lágrima cair na sua face...- Filha, eu sei que tu talvez aches muito...

- Mãe.- aproximo-me dela e abraço-a...- Eu só quero que sejas feliz, mas...

- Ana. Jason não é ele.- Ela pega na minha mão e senta-se comigo nos bancos ao redor da ilha da cozinha...- Eu vou-te contar a minha história com o Jason, e vais perceber que ele é muito mais que apenas um "namorado".- Eu assinto, e ela começa...- Eu conheço-o desde que me conheço por gente, ele é filho de uma grande amiga da tua avó. Crescemos juntos, e quando eramos pequenos, viviamos juntos, eramos muito unidos quase como irmãos, ele sempre me defendia de tudo e de todos, apesar de ser apenas um ano mais velho que eu. Fomos crescendo sempre na base desta amizade de quase irmãos, sem o ser. Quando entrámos na adolescência percebemos que o amor que sentíamos era muito mais que o amor de irmãos, e começámos a namorar. Contudo, chegou aquele dia em que ele teve que decidir o que fazer da vida, e Jason sempre foi fascinado pela vida do exército. Então veio falar comigo, e colocou-me entre a espada e a parede: se eu lhe dizesse que o amava de verdade, como uma mulher ama um homem, ele desistiria de tudo por mim, e nos casaríamos.

- Ele fez isso mãe? Mas...- estava sem conseguir dizer nada, aquele homem teria abandonado todos os seus sonhos pelo amor da sua vida, mas ao mesmo tempo colocou toda essa responsabilidade nos ombros desse amor.

- Ele fez sim, eu acho que no fundo ele esperava que eu lhe respondesse que sim, que ele deveria abandonar tudo e ficar comigo. Contudo, Ana a vida não é assim tão fácil e aos 17 anos eu não estava pronta para dar aquela resposta, sim eu amava-o e por o amar eu não fui capaz também de o privar de realizar os seus sonhos...

- Então a tua resposta foi que não o amavas como ele te amava.- respondo sem a deixar acabar.

- Sim. Doeu muito Ana, mas fiz o que achei o certo na altura. Chorei muito, e os dois primeiros anos foram os mais dificeis, até que o teu avô me disse algo que nunca esqueci "O amor é feito de liberdade. É como ter todos os dias outras opções e ainda assim, fazer as mesmas opções. É como uma borboleta, quanto mais a perseguimos mais ela foge. Mas se a deixamos de perseguir, ela vem e suavemente ela pousa no teu ombro." E foi o que aconteceu comigo e com Tay, nós deixamo-nos de perseguir, e tal como uma borboleta ele veio de novo pousar sobre mim.

- Mãe, e o pai? Se tu amavas o Jason...- Será que a minha mãe usou o meu pai apenas para esquecer o seu grande amor.

- Ana, quer eu quer o Tay seguimos as nossas vidas. O teu pai foi o grande amor da minha vida, e nunca duvides disso meu amor. Tay casou também, ele fez a sua vida e tem uma filha, um pouco mais velha que a tua irmã, ela mora com a mãe, a ex de Tay.

- Mãe ele sabe...o que se passou?- digo já sentindo uma vontade enorme em chorar. E muito antes de ela começar a falar, com apenas um olhar eu sei a resposta.

- Sabe querida. Perdoa-me sei que não gostas e não queres que ninguém saiba, contudo eu não podia esconder do Tay tudo o que se passou. Ele sabe de tudo meu amor, do teu pai, e dele. Sabe de Paula e de ti...- e no momento em que eu ia abrir a boca ela continua...- Está descansada, ele sabe também que a nossa piratinha não sabe de nada.

- Mãe!!!- grita Paula, entrando na cozinha...- O jantar sai ou não, estou fome.

- Sim. Já deve estar pronto...levas a salada Ana?- e virando-se para Paula...- E tu leva o sumo, eu levo o...

- Negativo, quem vai levar o tabuleiro sou eu.- diz Jason aparecendo nem sei de onde, abraçando a minha mãe por trás...- Afinal é justo sermos nós a trabalhar, já que tu fizeste o jantar.

Entre uma garagalhada e outra, o jantar foi correndo, e serviu para pelo menos me esquecer um pouco dos problemas. No final já estavamos a combinar um outro jantar, mas desta vez com a filha de Jason, que soubemos chamar-se Luciana. Paula foi a que ficou mais entusiasmada por a conhecer, pois segundo ela teria alguém da sua idade para falar. No final por muito que eu quisesse ajudar na cozinha, a minha mãe e Paula fizeram um complo e deixaram-me na sala com o "namorado" da minha mãe. Foi algo esquisito no início, nenhum de nós parecia estar à vontade para falar, então decidi ser eu a acabar com aquele silêncio.

- A minha mãe contou-me como se conheceram, e sei que te contou sobre...sobre o que se passou.

- Ana, sei que podes ficar de pé atrás comigo e até te percebo depois de tudo o que se passou. Sei que não gostas de falar sobre isso, e vou respeitar, assim como sei que a Paula não sabe de nada.

- Ela nunca pode saber de nada...nunca. A Paula acha que o pai dela é o meu, ela não sabe que eu não sou filha daquele...que ela foi o resultado de...

- Eu nunca irei contar nada, vocês já sofreram demais as três. A única coisa que te quero dizer é que a vida deu-nos, a mim e à tua mãe, uma segunda oportunidade para viver o nosso amor, e eu não a vou desperdiçar.

- Eu...eu só não quero ver a minha mãe a sofrer mais. Eu quero que ela seja feliz...- e as lágrimas voltam a descer, parece que nunca mais param...que nunca mais acabam.

- Ei!- ele aproxima-se de mim, acho que para me abraçar, mas excepto Christian hoje, nunca mais nenhum homem se tinha aproximado de mim...por isso recuei um pouco...- Posso te dar um abraço?

- Eu nunca...desde que tudo aconteceu, eu nunca mais...não consigo...

- Eu sei, a tua mãe contou-me que tu não suportas o toque de ninguém, ou melhor o toque de nenhum homem. Mas, eu prometo que nunca te vou magoar, nunca mais ninguém vos vai magoar Ana.

Não sei porquê, mas as palavras dele fizeram-me sentir segura depois de tantos anos, por isso deixo-me ser abraçada por aqueles braços musculados. É bom, é como ser abraçada por um pai, tem carinho, afecto, amor e esperança. Esperança no futuro, mas principalmente esperança no presente.

Quando nos largamos, ouvimos risos vindos da porta da cozinha e percebemos que a Paula e a minha mãe estão a espreitar com um sorriso enorme na cara. Sei que a minha mãe está prestes a chorar, pois os seus olhos estão brilhantes. Olhamos para elas e as chamamos, Paula salta para o colo de Jason e a minha mãe senta-se no meio entre mim e ele. É acho que finalmente a minha mãe encontrou alguém que a ama como um dia o meu pai a amou, e eu estou feliz: por ela, por mim e por Paula. Nós merecemos ser felizes, principalmente a mulher que nos deu a vida - a nossa MÃE.

Ela é a minha heroina, é uma guerreira. A própria existência de uma mãe é só em si um acto de amor: gerar, cuidar, nutrir e amar. Amar com um amor incondicional que nada espera em troca, é apenas um amor que é desmedido e incontido. É uma missão que se traduz em exemplos diários de dedicação e carinho, que transmitem lições valiosas para toda a vida. É um amor diferente de todos os outros, não obedece a leis é o que é. A minha mãe é uma guerreira que batalhou desde cedo e me fez ser quem eu sou hoje. Senão fosse a minha heroína eu não estaria aqui, eu nunca teria sonhado em ser o que sou hoje, não teria aprendido a lutar pelo que quero, eu não saberia o verdadeiro sentido da palavra "amor".

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro