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Capítulo 11 - Carla

POV Carla

Custa-me ver a Ana a sofrer assim, e a culpa é toda minha. Ainda hoje não acredito o que aqueles dois nos fizeram, mas principalmente à minha menina. Mas para perceberem melhor o que se passou vou contar-vos a minha história. Sou de Savannah, na Geórgia, nasci e cresci naquela cidade linda e rústica, os meus pais tinham um pequeno negócio no centro da cidade e eu e a minha irmã Leila ajudávamos sempre no final das aulas. Bom, Leila não gostava nem um pouco mas os meus pais não a deixavam na preguiça.

Leila era mais velha que eu cinco anos, e eu amava-a e respeitava-a muito. Eu queria ser como ela: linda e popular. Porém era tudo menos isso. Ela era loira, de olhos claros, alta e esguia, era aquela que todos os rapazes babavam na escola. Todos diziam que ela era igual á nossa mãe, e de facto ela tinha a cor dos olhos e do cabelo da minha mãe. Já eu era baixinha, roliça, cabelo e olhos castanhos, e era a cópia perfeita do nosso pai, pelo menos era o que todos diziam. Na escola eu era tudo menos popular, não sei se porque não tinha o fisico de Elena ou porque era das melhores alunas da escola, porém, adorava estudar.

Fomos crescendo e enquanto eu continuei os meus estudos em Enfermagem, Leila optou por seguir um outro rumo: o de modelo. O meu pai odiou a ideia, dizia que a vida de modelo era uma vida de saltibanco, sem poiso, para além de haver toda aquela coisa de paparazzis a coscuvulhar a vida das modelos e o pior da família. Mas Leila contou com o apoio da nossa mãe, que apesar de tudo a unica coisa que queria era que Leila fosse feliz. E assim foi, a minha irmã ao fim de um ano e pouco transformou-se numa grande e requisitada modelo.

E eu? Bem continuei na minha vida de estudante e nos tempos livres ia ajudando os meus pais na loja. Terminei o meu curso com grande sucesso para orgulho dos meus pais, e consegui um emprego, ou melhor consegui "o" emprego dos meus sonhos: enfermeira no maior Hospital de Seattle. Fiquei feliz da vida, claro que tinha a parte má, teria que deixar Savannah e os meus pais, no entanto, eu tinha que o fazer fora para isso que me  tinha esforçado e trabalhado ao longo de três longos anos.

E assim comecei uma nova fase da minha vida, e pouco a pouco fui construindo uma rotina na minha nova cidade: arrendei um quarto, consegui comprar um carro em segunda mão ao fim de seis meses, um carocha a quem coloquei o nome de "Wanda", é pode ser estranho colocar um nome num carro, mas era uma forma de sentir que tinha mais alguém comigo nesta cidade enorme e no final  do primeiro ano consegui alugar um pequeno apartamento. Era bastante simples mas para mim era o mais bonito, eu nunca fui de luxos, sempre me habituei a ter o que era apenas estritamente necessário, e esta casa era a ideal.

Meses se passaram e a minha vida ia melhorando, o trabalho estava uma loucura já que tinha sido promovida a Chefe de Enfermagem há cerca de seis meses, o que fazia ter ainda mais responsabilidade, mas eu estava mais que contente. O trabalho nunca me assustou, e trabalhar no que eu amava nunca podia ser mau. Contudo, num final de um dia intenso a caminho de casa, já que a "Wanda" infelizmente estava na revisão, ia atravessar a rua para conseguir apanhar um táxi, e com mil e uma coisas na mão não me apercebi que o sinal tinha acabado de mudar. Quando levanto os olhos apenas consigo dar um salto para trás, mas como estava de saltos, e tudo me acontece, um deles parte e eu caio de cabeça ao chão.

- Ei! Está bem? Desculpe eu tentei travar mas...- olho para cima, de forma a ver a cara daquela voz, e vejo o homem mais belo que algum dia vi, e os olhos eram verdes, ou seriam azuis.

- Eu estou bem. E a culpa foi minha, ia distraída nem vi o sinal mudar.- Tento levantar-me mas a dor que sinto no tornozelo é maior e quase caio de novo, não fosse aquele pedaço de mau caminho me segurar.

- Venha, vou levá-la a um hospital. Temos que tratar desse tornozelo e ver se não se maguou em mais lado nenhum.

- A sério eu estou bem. Deve ter sido só um entorse...- como enfermeira sabia que não era nada de mais grave...

Mas nada do que disse àquele homem lindo o fez de mudar de ideias, assim colocou-me no seu carro e seguimos para o hospital. Como calculei, tinha apenas um entorse no tornozelo e algumas escoriações. Assim que tive alta, quis apanhar um táxi, mas ele nem me deu oportunidade colocou-me de novo no seu carro e lá fomos nós rumo à minha casa.

Depois de algumas semanas os nossos encontros foram ficando cada vez mais frequentes, e o que começou por uma amizade ao acaso, transformou-se em amor. Sim, eu e Ray Steele apaixonámo-nos. E ao fim de uns meses de namoro, Ray pediu-me em casamento. E como foi lindo esse dia, resolvemos casar em Savannah na Igreja de São João Batista, igreja onde os meus pais também se casaram e nos batizaram a mim e a Leila.

Infelizmente Leila não compareceu, tinha uma sessão fotográfica para uma marca muito importante de lingerie e não podia cancelar. Assim apenas os meus pais e alguns amigos do tempo de escola foram ao meu casamento, fora a família de Ray que também não era muito grande.

Os anos foram passando e eu e Ray eramos muito felizes. E essa felicidade duplicou quando descobri que estava grávida, o meu marido não cabia em si de contente, acompanhava-me em todas as consultas, e não me deixava fazer nada em casa chegou a pedir-me para deixar de trabalhar, foi uma guerra conseguir que ele percebesse que eu não ia ficar nove meses em casa a olhar para o boneco. Eu não era assim, por isso fizemos um acordo, quando chegasse ás 30 semanas deixaria de trabalhar.

Quando finalmente descobri o sexo do meu bebé que foi por volta das 20 semanas, Ray infelizmente não tinha conseguido ir á consulta, resolvi fazer-lhe uma surpresa. Saí do consultório e fui ao Shopping, e fui directo à loja de bébes e para além de umas roupinhas, as primeiras que comprava, encantei-me com uma chucha que achei linda e ideal para dar a notícia a Ray. Depois de pagar segui para casa, fiz o jantar e fiquei à espera que ele chegasse.

- Boa Noite Rainha. Como está o meu bebé?- diz dando um beijo na minha testa e outro na minha barriga, o bebé logo que sente o toque dá um leve mexida...- Boa noite bebé lindo do papá...

- Acho que ele estava com saudades do papá...- dei um sorriso e ele aninhou-se ao meu lado, fazendo carícias na minha barriga...- Não queres ir tomar um banho, o jantar está pronto.

- E a consulta? Correu bem?- eu sabia que ele estava a querer saber se eu já sabia se iriamos ter uma princesa ou um príncipe...Ah! Mas eu ia fazê-lo esperar.

- Correu bem. Vai lá tomar um banho, depois vamos comer, eu estou cheia de fome e o bebé também...- ele fica a olhar para mim com um bico que amo...- Vai...

E assim ele faz. Quando desce comemos, conversamos sobre tudo, menos sobre o sexo do bebé, bem que ele tenta retirar-me a resposta, mas eu não lhe respondo e desvio do assunto. No final peço-lhe que arrume a consulta dizendo que estou cansada, ele fá-lo sem nem reclamar. Vou para a sala, mas antes vou buscar o presente que lhe comprei. Quando ele finalmente se senta perto de mim dou-lhe a caixinha, ele olha para mim com um ar curioso. Assim que abre, vejo lágrimas a correrem-lhe pela face.

- Vamos ter uma princesa! A nossa princesa Anastácia...- abaixa-se e dando beijos na minha barriga vai falando com a NOSSA filha...- O papá ama-te muito Princesa.

Os meses foram passando, e chegou o dia mais esperado o nascimento da nossa Ana. Foi talvez o dia mais lindo da minha vida. Anastácia Wilks Steele, era a bebé mais linda que um dia já vira, pele branca, cabelo igual ao meu e os olhos lindos de um azul que parecia o céu. Ray estava encantado com a filha, não parava de beijar, cheirar a sua princesa.

Os anos passam e nossa menina vai crescendo. Ana era uma criança calma, nunca nos deu problemas, adorava a escola e era verdadeiramente a Princesa do papá. Claro que nos pedia irmãos, especificamente uma irmã, e não foi por não querermos, mas nunca aconteceu.

Mas um dia a nossa vida, a nossa família foi destruída...Ray, que era engenheiro civil perdeu a vida num acidente de trabalho. Quando me telefonaram eu não consegui se quer ter reacção, senti apenas a minha vista escurecer, e quando dei por mim estava no hospital e ao meu lado estavam a minha mãe e o meu pai com Ana, que tinha apenas uns quatro anos, ao colo.

- Onde está o Ray? Não é verdade pois não?- já não conseguia evitar que as lágrimas me caíssem...- Digam que foi tudo apenas um pesadelo...por favor...

- Filha, acalma-te...por favor...- e neste momento entra um médico que se aproxima da minha cama.

- Vejo que já acordou...vou deixá-la internada hoje, visto que perdeu algum sangue quero ter a certeza que tudo correu bem no procedimento...

- Procedimento?- mas do que raio é que ele está a falar...- O que é que aconteceu...

- Filha...- o meu pai dá Ana para o colo da minha mãe, e senta-se na cama de frente para mim...- Tu desmaiaste quando recebeste a notícia da morte de Ray.- Eu começo e novo a chorar, não consigo acreditar que o perdi...que nunca mais vou  ver o meu Ray...- Filha, tu estavas grávida, mas...

- Não...não...- foi quando consegui associar o que o médico disse...a intervençao foi para...eu perdi o meu bebé, perdi o Ray...Deus porquê? O que fiz para sofrer assim...

O tempo que se seguiu foi duro porque além de ter perdido o meu marido, o meu amor, perdi o meu filho. E ainda tinha uma menina completamente destroçada, e com saudades do seu pai heroi. Foram meses de sofrimento, de dor acumulada que apenas era colocada para fora entre as quatro paredes do meu quarto, pois fora desse meu refugio eu era mãe e pai.

E foi no final desse primeiro ano que conheci o Bob, era um homem bem apessoado, bonito, se bem que não chegava aos calcalhares de Ray. Ele apresentou-se como advogado que trabalhava com o pai e o seu sonho era ter o próprio escritório, só anos mais tarde percebi que tudo era mentira. Apesar de aparentemente ele ser uma optima pessoa, foram precisos dois anos para que eu finalmente ceder a Bob e aceitar o seu pedido de casamento, o qual desta vez por mais incrível que pareça teve a presença da minha irmã. E sim fomos felizes, pelo menos durante o primeiro ano de casados, depois tudo começou a desmoronar-se.

Bob transformou-se em alguém que eu não conhecia, proibiu-me de trabalhar, dizia que o lugar das esposas era em casa a tomar conta dos filhos e dele. Tivemos discussões horriveis sobre isso, até que um dia em um acto completamente surreal, e que na altura pensei que tivesse sido o primeiro e ultimo, ele levantou a mão e bateu-me. Peguei em Ana, que estava no quarto e fui para casa dos meus pais em Savannah, nunca ninguém me tinha levantado a voz na vida, quanto mais a mão. Bob tinha passado todos os limites, porém, no dia seguinte quando veio a casa dos meus pais e me pediu perdão, não consegui não perdoar, afinal eu gostava dele e Ana merecia ter alguém que fosse uma referência paterna, voltámos nesse mesmo dia para casa com Bob.

Contudo, nada voltou a ser o mesmo, Bob continuou com as mesmas ideias machistas. Acabei por largar o hospital por exigência dele, e aos poucos fui-me afastando de todos os que me amavam. Numa tarde, depois de ir buscar Ana à escola, quando entrámos em casa a minha menina foi directa para o seu quarto como sempre fazia. De repente, ouço o grito de aflito da minha filha "Não, larga-me...não", subo as escadas o mais depressa possível e o que vejo é...monstruoso.


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