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Capítulo 9: Quando tudo perde o controle


"Mesmo se nós brigarmos essa noite e você dizer que me odeia e irmos para a cama com raiva, sei que ficará tudo bem. Estarei aqui esperando. Eu prometo, estou mudando. Apenas preciso de tempo."
NF - Time
(Mídia acima)

Por Willian

Culpa: o sentimento que nos corrói por dentro, a sensação de insatisfação que tem como o principal causador o próprio humano. Ela desfaz cada entranha de nosso corpo, querendo ou não, constantemente acusa-nos e contra a nossa vontade isso destrói-nos aos poucos!

E agora, a cada milésima de segundo começo a familiarizar com esse maldito desgosto, enquanto reluto contra a incredibilidade e a realidade.

Ah, se eu pudesse! Eu voltaria ao tempo para emendar o que fiz. Mas agora minha alma dormente e atormentada vai se desfazendo minuciosamente devido o assombro, caus e aflição existente diante dos meus olhos. As gotas lacrimais são tão intensas que minguam até a madeira que cobre o piso das escadas.

Tudo isso tivera um começo simplesmente inofensivo e ridículo, o triste é que a horas atrás eu não me dei conta disso:

"Irei precisar de suco de laranja para regar o bife." - Penso no instante em que coloco as porções de carne no carrinho.

Conduzo-me no corredor das bebidas, mas para a minha bela surpresa visualizo uma silhueta feminina muito similar a de minha esposa. Certifico-me que seja ela ao aproximar-me um pouco mais e uma sensação de felicidade surge em meus sentidos, pois desde a noite passada que não a vejo.

Minha fisionomia modifica ao constar um homem de alta estatura e pele negra, com uma ótima aparência para ser franco, que usa roupas casuais trocando palavras com ela - mas com certa intimidade - por instinto recuo um pouco para não ser visto, não antes de perceber as palavras trocadas por eles.

- Meu Deus é mesmo você. - Um sorriso irradiado se forma no rosto do estranho, que me deixara mais importunado. - Wau, não acredito que está diante de mim depois de tanto tempo.

De forma incontestável ele atrai o corpo dela ao seu, dando-lhe um abraço. Franzo o cenho ao constar que o mesmo se torna longo demais e ela retribui com afeição após de aparentemente resistir por segundos breves. O desconsolo piora quando ele fechara os olhos e perdera-se no aconchego de minha própria mulher. Pois é assim que eu reajo quando faço o mesmo com ela.

"Seja lá o que isso é, não me agrada nada!"

- Nossa, você está linda.

Analisa-a tão logo ao desgrudarem-se. Eu não consigo decifrar os olhos dele, mas ainda que um pouco afastado, é evidente testificar o encanto tombado em seu rosto. Não faço a mínima de quem seja esse homem mas isso está deixando-me desgostoso.

- Obrigada. - Sorri com sutileza, colocando o par de mãos dentro dos bolsos do grande casaco preto - Você também esta muito bem.

"Por favor Jasmin, não me dececione." - Meu estomago revira-se associado a minha alma inquieta, pela apreensão de vir a surgir algo indesejado.

- Eu sei que não é o local apropriado, - Coça a nuca, como se estivera tenso - Mas posso leva-la a um jantar? Eu conheço um sítio ótimo.

Indignado com o que minha audição testificara, meus punhos se tornam cerradas enquanto meu sangue esquenta em cada instante. Como ele teve a audácia de chama-la para sair, logo ela uma mulher casada? Posso ser pacífico, mas não permanecerei alheio a um desconhecido que visivelmente se insinua para a minha esposa.

Caminho em direção a eles, enquanto empurro o trole como se estivera distraído com os artigos que o supermercado dispõe. Finalmente, Jasmin percebe a minha presença e ao mesmo tempo seu semblante torna-se pálido. A sentença perfeita para eu confirmar que tal acontecimento a deixara nervosa.

- Amo... Willian, o que faz aqui? - Emite um sorriso débil.

Os olhos castanhos-escuros, do homem que se posicionara ao lado de Jas, encontram aos meus transparecendo uma mera confusão ao me enxergar.

- Bom, creio que o mesmo que você. - Forço o primeiro sorriso do início da noite.

Tento soar o mais natural possível mesmo ter constado que ela substituira o apelido carinhoso habitual - por meu nome - coisa bastante incomum. É a primeira vez que ela fizera algo do tipo. Já não tenho nenhuma descrença que há qualquer coisa errónea aqui.

Ao ceder uns dois passos para a lateral, me fazendo inalar sua fragância suave e envolvente, por conta da nossa proximidade, Jasmin segura em um dos meus braços, chamando a atenção dele:

- Danny, ele é o Willian me... meu... - Gagueja e coça a garganta, semicerro os olhos sem entender seu procedimento - Ele é meu marido. - Engole em seco, arrastando um longo suspiro. Provocando grande tensão ao nosso redor.

"Há algo extremamente errado aqui. Deus, o que está a acontecer com você, Jasmin?"

Como se não bastasse todo o agir estrambótico de minha mulher, o indivíduo estranho arregala os olhos absurdamente pasmado com essa revelação. Porquê disso? O impacto dessas palavras fora tão intenso que o mesmo permaneceu estático. Se a voz de Jas não surgira novamente, o ceticismo na face dele estaria mais ampliado.

- Willian, ele é o Danny... - Aperta um dos lábios, emudecendo por segundos - Bom, eu e Danny somos...

- Vellhos conhecidos. - Estende a mão em minha direção - É um prazer conhecê-lo, Willian. - Apertamos as mãos, não por longo tempo - Foi bom revê-la, Jasmin. - Finaliza, saindo da secção dos líquidos para o consumo humano.

Minha mulher demonstrara estar transtornada após a retirada dele, passando as mãos no pescoço continuamente, sequer percebe que eu a pondero com um olhar indiferente e descontente.

- O que ele queria com você? - Deixo as sobrancelhas se unirem.

- Ahm? - Argumenta distante retornando a segurar o carrinho das compras - Olha, vamos sair daqui, quero ir para a casa.

- Eu fiz uma pergunta, Jasmin. - Comento pausadamente.

Ao que parecera, minha tonalidade encorajou-a desligar-se de seu recente desarranjo mental, pois seus olhos caramelizados entram em contacto com os meus, autorizando-me a examinar a tristeza que eles escondem. Meu coração desacelera em vê-la assim, porém o grande receio, de que o causador de tal sentimento seja aquele homem, estimula-me a manter a expressão firme.

- Ele é o Danny, - Morde o lábio inferior com apreensão - a pessoa com quem estava comprometida antes de te conhecer. Ele não sabia que eu me casei, penso que isso o afetou. - Fala melancólica.

Eu estava perdidamente errático ao acreditar que nada poderia alvoroçar-me mais do que eu esteja, afinal de contas a minha presunção falhara plenamente. A aflição dela através do seu ex-amor é visível como um cristal.

- E isso importa?

- Não, claro que não. - Fala velozmente, dando um passo para perto de mim mas eu recuo - Will, não é o quê você pensa. - Sua voz sai embargada, acompanhada dos líquidos lacrimais que se agregam em seus olhos rasgados.

- Olha para você, Jasmin... - Meneio a cabeça - Está praticamente chorando por causa de outro homem, em frente de seu próprio marido - Falo entre os dentes - O que quer que eu pense disso?

- É que, é... - Funga, enquanto as gotas que se agrupavam em seus olhos iniciam a verter - Ele, é que... - Desconsegue prosseguir com sua justificativa.

- Ele o quê, "ahm Jasmin?" - Grito as duas ultimas palavras, estando já azougado pela raiva.

Reparo que duas adolescentes, aparentemente uma morena e outra loira, que passeavam pelo corredor acabam por desviar os olhares pasmados e arregalados em nós por alguns segundos. A morena cochicha algo para outra e por fim desviam-se de nossa visagem.

- Para com isso, por favor. - Fala em um sussurro, a medida que os pulsos, cobertos pelas mangas de seu sobretudo, enxugam as lágrimas causadas por outro sujeito - As pessoas estão olhando. - Funga, como se ela fora a vítima. Simplesmente isso deixa-me bastante colérico.

- Quer saber, vá atrás dele! - Minha tonalidade se torna fria.

Dou as costas a ela deparando-me com o trole que eu carregara comigo. Estando amplamente consumido pela raiva, uso uma das mãos e embato-o contra uma prateleira impulsionado algumas garrafas de água, de meio litro, cederem ao chão, produzindo um ruido que dessa vez atrai a atenção de uma senhora que levara a mão ao peito em um sobressalto.

- O que deu nele? - Ouço uma voz grave murmurando.

Ignoro os olhares agravados sobre mim, dalguns fregueses que caminhavam aos arredores. Mas não se passara muito tempo, para uma voz familiar baralhar a minha audição:

- Will!

A imperiosa vontade de voltar-se para ela repousa sobre o meu coração, mas decidido a agir com a mente prossigo sem olhar pelas traseiras.

- Willian! - Eleva a tonalidade.

Como se não ouvira nada, continuo com o percurso até a saída do estabelecimento. Não estou a fim de encara-la, não agora.

As portas de meu veículo são fechadas de forma impetuosa, como fruto da fúria que residira em meu ser. Assim que avanço os portões do grande estabelecimento comercial, o apito de meu celular rouba a minha concentração. Meu peito salpica ao vislumbrar a imagem de Jasmin esteirada no aparelho eletrónico. Com muito pesar, eu optara em desprezar a chamada.

Novamente o phone iluminara, mas dessa vez as palavras vindas de um aplicativo de meditação bíblica destacam-se na tela do aparelho:

"Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; nem deis lugar ao diabo." Efésios 4: 26-27

Contra o meu entender, o Espirito Santo me leva a meditar rapidamente nessas palavras: Como seres humanos - contendo alma e corpo - claramente que estamos sujeitos a sentimentos, e nem sempre bons, pois haverá momentos em que estaremos enfurecidos ou indignados através de coisas que nos desagradam.

Mas o Senhor nos ensina a termos domínio próprio diante dessas situações, usar a sabedoria e as instruções que Ele nos dá para resolver o que nos importuna e não guardar a amargura por horas seguidas, dias, meses e pior se forem anos. Nesses momentos é crucial ser cauteloso para não dar lugar ao diabo, mas rogar pela ação do Espirito Santo que nos livrará de tal laço.

Se não atentarmos para isso concretamente estaremos sujeitos a pecar, desagradando a Deus e consequentemente destruindo, magoando ou ferindo o nosso próximo; pais, filhos, ou - esposa. É importante sermos prudentes e não se deixar levar por uma repercussão de nossas emoções, antes que seja tarde demais e surja algo irremediável.

Um arrepio percorre entre as minhas espinhas, não duvido que fora uma repreensão do Senhor, por conta de meu estado atual. Na verdade o texto fora totalmente específico. Realmente eu queria estar mais calmo diante disso, mas ela não facilitara as coisas. E se ainda sente algo por aquele homem? Como eu ficarei apaziguado diante disso?

Ignoro cada questão, até mesmo os escritos sagrados, e amplio a velocidade do automóvel enquanto percorro sobre a autoestrada, que abriga poucas viaturas ao passo que os postes da calçada, recheada por árvores de grande porte desfolhadas, iluminam a via de tráfego.

Rodeio por vários cantos da cidade, sem qualquer destino. Era suposto eu estar mais calmo, mas somente pioro. Pensamentos de a perder para um outro homem apavoram-me a cada minuto.

Após o passamento físico de meus pais, Jasmin fora o maior presente que Deus me brindara. Por isso eu a chamo de meu tesouro, é o que ela é para mim. Mas se for tudo ilusório, como eu estarei? Suportarei estar sem o amor da minha vida? Eu confesso que agora a insegurança cumula a minha mente.

O smarthphone vibrara, e as notificações alegam que eu tivera uma nova mensagem para ler. Ao visualiza-la, somente confirmo minhas suspeitas.

"Onde você está? Há duas horas que sumiu e não atende as minhas ligações. Por favor, volte para casa agora. Precisamos conversar, é muito importante."

Termino de ler as palavras que Jasmin escreva, com a conclusão de não responder, ou retomar suas três últimas chamadas, nem reproduzir o recado que ela deixara na caixa postal. Sinto-me extremamente péssimo por toda essa apatia contra a mulher que amo. Mas eu necessito de espaço nesse momento.

Não se passara mais de 7 minutos para eu adentrar nas trilhas de uma praia localizada a quilómetros da avenida onde resido. A meia-lua embeleza o céu estrelado, a cor azul-escuro pintada sobre o grande firmamento condiz com a do oceano que rebenta algumas leves ondas.

Desligo o motor, parando o carro próximo a extensão de areia que ladeia a vastidão de água salgada. Recosto a cabeça sobre o apoio do banco, antes de abrir as janelas - podendo assim degustar da brisa fresca que paira em meu rosto.

Deixo os meus olhos se prenderem e simultaneamente minha imaginação transportara-me na noite em que ela alegara ser capaz de engravidar supostamente nessa viatura, até chegar ao extremo de aplicar o jogo da sedução sem o menor pudor.

Sorrio sigilosamente ao relembrar, ela por vezes parece uma maluca, mas é a minha maluca. Será que isso nunca foi real? Se ela me ama, porquê chorava e afligia-se por outro? Há alguma hipótese de que ela realmente tem sido honesta comigo, ou somente ridiculariza de mim e de meus sentimentos?

- Droga!

Esmurro no volante sendo moído pela raiva. Seria bárbaro demais se a segunda opção estiver correta. Me questiono se as nossas juras de amor foram reias, ou se supostamente não passaram de encenações por parte dela.

...]

Assim que as chaves destrancam a porta, encorajando-me a move-la para dentro, estranho ao verificar que as luzes da sala ainda estejam acesas, já que passam das 11 da noite. Descarto essa desnecessária curiosidade de minha cabeça, seguindo para as escadas, até que surgira um inédito.

- Will... - Estremeço ao ouvir a voz mole que ainda causa grande efeito sobre mim. - Onde estava?

Direciono o olhar para trás e avisto Jasmin deitada sobre o sofá branqueado, agasalhada por um cobertor. Diferente de quando a vira no supermercado, nesse instante os fios dos cabelos escuros encontram-se totalmente desprendidos exaltando o rosto delicado que transparece algum sono. Não hesito em admirar quão linda e adorável é. Não me espanta que aquele indivíduo ficara arrasado por estar casada e eu me tornar paranóico através dela.

- Desde as 8 que estou a sua espera, por onde andava?

Apesar da tonalidade rouca, nota-se preocupação em seu timbre vocal. Sem ainda ter qualquer prazer em desenvolver uma conversa com ela, apenas digo:

- Vou-me deitar.

Não aguardo nenhuma reação sua e subo os degraus. Ao chegar pelo andar superior adentro para o primeiro quarto que alcanço - que não é o nosso mas de hóspedes. Com toda essa situação será difícil passar a noite sobre a mesma cama que ela. Não poderei conseguir.

Duas batidas surgem na porta entreaberta e sem eu dar o consentimento, Jasmin entra no quarto, com um ceticismo espelhado em seu olhar ao ponderar-me. Agora que estamos a uma pequena distância, reparo como sua face esteja ligeiramente inchada.

Claramente que estivera chorando durante algum tempo. Um aperto fragmenta o meu peito ao contempla-la assim, mas fico inerte ao ter a certeza que as lágrimas foram causadas por outro.

- O que faz aqui, Willian? - Aperta os lábios, esfregando as mãos em seus ombros.

- Irei passar a noite aqui. - Falo ríspido retirando a jaqueta, enquanto me sento sobre a cama, desviando os nossos olhares - Não quero dormir contigo.

- Sério? - Um nó se forma em sua garganta -Tudo através do Danny? Sabe que eu te amo e não tem motivos para isso.

Alço o pescoço depois de retirar os meus calçados e encaro ela que permanece de pé com os braços cruzados e parece alojar um papel em uma das mãos, mas retiro a atenção nisso.

- Preciso dormir. - Argumento como se não ouvira o que ela disse - amanhã terei uma reunião. - Reergo-me do leito, enfeitado pelo edredom cinza e branco em harmonia com os travesseiros da mesma cor, e começo a caminhar em direção ao closet.

- Qual é o seu problema? - Mesmo em um baixo tom, fala com certa impaciência logo paro e volto a atenção a ela - Desde o supermercado que está agindo como um tolo e me envergonhando perante as pessoas. - Normaliza a tonalidade - Não atende as minhas chamadas e somente me ignora como se eu fosse uma criminosa. Tudo bem ficares confuso, mas me ouça antes de tirar suas presunções.

- Qual é o meu problema? - Aproximo-me com o cenho franzido - Você fica abalada ao ver seu ex, troca o apelido intimo pelo meu nome, - Ela engole em seco - e chora a minha frente através de outro cara, o que irei ouvir?

- Escutou a mensagem de voz que eu enviei? - Diz tensa.

- Não e nem preciso. É melhor sair, Jasmin. Quero ficar sozinho.

Ela inclina o rosto, mirando o papel que está em suas mãos, e estranhamente gotas lacrimais deslizam nele. É impossível eu não me turbar através disso mas não posso fazer nada.

- Tudo bem. - Acena com a cabeça - Já que não me quer a sua frente, apenas leia isso. - Repousa o envelope sobre o recamier, conduzindo-se a saída.

- Porquê se faz de vítima? - Suspiro fundo, para ocultar a voz embargada junto a minha vulnerabilidade e deixar o ego sobressair, enquanto ela recua - Já não basta-me enganar?

- Que raio está dizendo? - Semicerra os olhos.

- Não se faz de desentendida, sabe muito bem a forma que você abraçou ele. - Enraivecido, falo entredentes - Pensa que eu não vi tudo? Até um convite para jantar ele o fez.

- Para de ser paranóico, eu não sinto nada por ele. Se observou tudo, como um psicopata, deve ter percebido que eu não aceitei a proposta dele e ele não sabia que eu sou casada.

- Para de fingir! - Grito iracundo - Admita que você queria isso, só não o fez por eu intervir.

- Sabe uma coisa? - Meneia a cabeça, ampliando as lágrimas - Agora eu é que não quero dormir contigo. - Simula certa deceção em seu olhar - Você é um imbecil. - Retorna os passos para saída do cômodo.

Minha condição se agrava e com cólera digo pausada e audivelmente:

- Prefiro ser imbecil do que ter a audácia de ficar com alguém e nutrir sentimentos por outro. Pelo menos tenho alguma integridade, ao contrário de você. - Rebaixo-a com o olhar. - Não passa de uma aproveitadora.

De forma impulsiva e áspera, Jasmin vira-se para mim e quando dera por mim, minha pele ardera desagradavelmente ao ser atingido por um tapa brusco e pesaroso em minha face.

- Me arrependo dolorosamente de ter aceitado casar com você. - O líquido que banha o seu rosto, não omite a cor avermelhada adotada por seus olhos.

Minha respiração tornara-se pesada, meu maxilar cerrado enquanto a fúria e desilusão estreita a minha alma. Já não filtro o que vem em minha mente e deixo a amargura estar misturada com as palavras que saem de minha garganta.

- Você conseguiu ser pior do que aquelas mulherzinhas que se entregam para qualquer um. Pelo menos elas mostram quem são realmente, já você finge de boa moça enquanto na verdade é uma manipuladora de homens.

Vejo algo extremamente horroroso em seu olhar, eu estivera certo de que despejar isso me faria bem, mas não. Aleijou meu coração ao ver quão fragmentada ela ficara ao ouvir isso até o ponto de desconseguir abrir a boca em sua defesa. Permitindo que as lágrimas de aversão expressem por si.

- Eu vou embora daqui. - Fala fraca e quase inaudível - Nunca mais quero voltar a vê-lo. - Decifro algo diferente em seus olhos; ódio - Nunca mais.

Sinto substâncias finas e levemente metálicas atingirem o meu peito de maneira sagaz, antes de ela ausentar-se do cómodo sem eu impedi-la. Finalmente, percebo que ela jogara as duas alianças que seu dedo vestia. Uma trocada no dia do casamento e a outra que eu lhe dera na lua-de-mel.

Uma dor involuntária aperta meu peito ao vê-las no chão amadeirado ao envés de estarem com ela, não era suposto ser assim. Embravecido soco a parede, ao ponto de ferir o punho, e derrubo o vaso de vidro transparente que estivera pousado no criado mudo.

Rapidamente saio da suite e avisto ela no fundo do corredor quase alcançado as escadas. Toda a minha resistência declina ao compreender que ela esteja-me deixando, permito os olhos marejarem. Minha mente brada para que ela fique aqui comigo mas - destruído pelo orgulho - minha boca emite o inverso.

- Pode voltar para o seu amante Jasmin, ele deve ser tão baixo quanto você. - Sinto minha alma ser arrancada junto a essas palavras. Eu não queria dizer isso.

Levemente ela vira-se para mim, Deus como eu me martirizara por não abraça-la nesse momento, meu coração se despedaça ao vê-la tão vulnerável como nunca a vira antes. Meu interior quebra-se a cada milésima de segundos.

- Eu odeio você. - Contesta com a voz rouca.

No preciso momento que ela terminara de dizer isso e desviar a atenção de mim, noto que fica meio desnorteada. Os pés perdem as forças, sua respiração torna-se duvidosa e ela agarra-se ao corrimão como se estivera com uma severa vertigem.

Toda a minha dureza esvaece ao entender sua condição. O pavor de perde-la incendeia o meu coração, aflito apresso os passos até ela. Mas ao ouvir as minhas pisadas, tenta avançar, porém sua estrutura física perde o controle como se estivesse sendo arrebatada por uma rixosa tontura.

Absurdamente pasmado, com tremores excessivos, os olhos arregalados e minha alma horrorizada de tanto ceticismo, sem tempo de intervir apenas grito seu nome. Mas parecera ser tarde demais.

Tudo ocorre de modo veloz - ela perde o total equilíbrio tropeçando nos degraus - vejo seu corpo rolar sobre as escadas de maneira violenta até ficar estendido pelo chão, completamente desacordado e com um líquido sanguíneo, proveniente da cabeça, se espalhando ao redor.

Sabei isto, meus amados irmãos: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar.
Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.

Tiago 19:20-21 (JFA)

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