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Capítulo 8: O mistério e um dilema

— Você só pode estar de brincadeira, um restaurante japonês? — Fuzilo-o com o olhar — Eu não entro ai, não vou comer peixe cru. — Carrancuda, cruzo os braços entre o peito. — Nada me convencerá a entrar ali.

Eu sou muito cautelosa com o tipo de alimento que seleciono, não tenho nada contra a gastronomia japonesa nem estabeleço critérios de julgamento contra os apreciadores da mesma.

Mas essa aventura da arte culinária oriental não me cativa, por conta da apreensão de ter uma péssima reação ao tentar consumi-la. Para mim é de preferência irmos a uma food truck para comer hot dogs e refrigerante ao envés de um aprimorado estabelecimento de sushi. Por isso, nem morta vou ingerir algo cruento.

— Eu não acredito que me convenceu. — Choramingo. Ele ri e deposita-me um selinho estalado.

Fito a mesa ao lado, ocupada por um casal, cujo os olhos apertados e os cabelos negros lisos denunciam serem descentes asiáticos. Me intrigo ao observa-los ingerindo a refeição com tanto gosto como se fora a melhor coisa do mundo, meu estomago parece revirar ao deparar-me com tal situação.

— Boneca, eu prometo que se não gostar nunca mais a trarei aqui ou qualquer lugar que servem esse tipo de comida. — Degusta um aperitivo posto em uma travessinha transparente. — Só confia em mim. — Apenas expeli o ar pela boca sem comentar algo.

Apesar de estar desconfortável ao imaginar que terei de arriscar uma nova variedade de alimentos nada familiares, há que admitir que o local é nitidamente requintoso e aconchegante.

Sua decoração rústica nos arrebata a exótica cidade de Tóquio; com lustres de papéis de tamanhos diversos, as paredes neutras ofuscadas pelos arcos de madeira — condecorados por sutis desenhos que refletem diversas cores de luzes — dividem os espaços do local, o chão preenchido por madeiras escuras e as cadeiras de madeira caramelizada compõem toda a sala.

As mesas de dois, onde estamos acomodados, estão posicionadas ao lado do balcão acastanhado embelezado por vasos que possuem típicas flores orientais. Deixei Will escolher o prato principal e as sobremesas, já que eu não entendo nada sobre a gastronomia japonesa.

Enquanto a comida é confecionada aos nossos olhos, eles usam vários temperos e técnicas locais. O chefe de cozinha com seu sotaque original é bastante interativo e animador passou a nos entreter com alguns truques que ele fizera com a comida usando facas e fogo.

— Aqui está o sashimi flesquinho e omakase sugelidos pelo chefe. — O garçon de quimono branco, e uma faixa preta amarrada a testa, arruma os pratos sobre a mesa.

A aparência é convidativa e menos avassaladora do que pensara, mas não omito a careta de agonia ao encarar as iguarias. Apoio as mãos sobre o rosto apertando os lábios sem ainda crer que irei provar isso.

— Obrigado Yuhan. — Will agradece sorrindo — Está com um aspeto ótimo.

— Obligado. — Ele se curva — Bom apetite a vocês.

Agradecemos, mas antes de ele retirar-se meu marido o pedira uma fita escura, confesso que não captei o porquê daquilo, até ele me explicar que será mais fácil eu comer se estiver com os olhos tampados.

— Consegue ver alguma coisa? — Comenta, vendando meus olhos. Nego com a cabeça — Ótimo, então se prepare, irá degustar uma comida crua. — Ouço um riso vindo dele ao soltar a minha cabeça.

— Não acredito que farei isso. — Falo com lamúria — Se eu passar mal, a culpa é sua. — Ele ri.

— Tudo bem, amor. Eu me responsabilizo por isso. Cuidarei de você com muito prazer.

Deixo um longo suspiro no ar, retiro o sobretudo entregando-o ao meu marido e puxo as mangas do vestido para cima. Por eu não estar a enxergar nada, Will teve de pôr o alimento em minha boca e nem sonho o que esteja a ir nela. Surpresa fiquei ao degustar do manjar duvidosamente prazeroso. Comi a porção mais de quatro vezes, meu esposo não parou de rir de mim, afirmando que está orgulhoso de sua mulher.

Quando retirei a venda saboreei cada iguaria a meu ver, e não acredito que direi isso, mas cada uma pareceu melhor do que a outra. O terminar da refeição também superara as minhas expetativas, ao servirem o harmonioso e delicado kasutera*. Realmente fora uma noite de revelação — Quem diria que ficaria adepta da comida japonesa? — Se for obrigada a isso novamente, concordarei de olhos fechados.

Uma semana depois

Deixo o líquido transparente escorrer envolta do meu rosto enquanto desligo a torneira. Verifico a minha imagem pelo espelho do armário do banheiro, junto a um enorme temor em meu peito. Quase que as gotas lacrimais rolavam, se não me segurasse ao máximo.

Isso não pode ser real, tem de ser psicológico. Se as minhas presunções estiverem corretas, então eu...
Não, é óbvio que não pode acontecer, principalmente agora, só pode ser algo gerado por minha mente traiçoeira.

— É, deve ser mesmo isso, Jas. Claro que tem de ser. — Sopro brandamente os pulmões e saio do compartimento da suite.

O relógio confirma que restam somente 40 minutos para a minha entrada no trabalho. Apressada coloco um vestido marrom midi e um sobretudo preto, os quais não distorcem com os saltos de sandália nude. Os fios de cabelos ficam apreendidos em um coque elaborado causando mais formalidade ao visual.

Regresso ao dormitório em passos rápidos, para pegar as chaves do carro, sobre o criado mudo, e comprovo que meu marido permanece entregue ao sono já que hoje não irá ao seu serviço.

Ele dorme de barriga para baixo, seu tronco é coberto pelo edredom branco, as mãos prendem levemente o travesseiro cinza, a boca está semiaberta e os fios dos cabelos loiros espalhados pela testa. Sorrio irradiada com tamanho encanto e deixo um beijo delicado em sua bochecha, com o intuito de não o acordar.

O meu percurso pelo trânsito durara a cerca de 15 minutos. Antes de descer do veículo estacionado na vaga dos professores, oro por orientação e sabedoria do Senhor nessa nova etapa laboral — como cristãos eu creio o quão significativo é honrar e glorificar a Deus em tudo o que executamos — feito isso, conduzo-me aos meus deveres socias.

Dar aulas é para mim, uma das profissões mais condecoradas do mundo. É bastante belo partilhar e transmitir parte do nosso conhecimento aos alunos, e comprovar a etapa de evolução cognitiva dos estudantes. No decorrer das aulas, procurei conhecer as particularidades de cada e familiarizar-me com os mesmos. Felizmente o meu primeiro dia como instrutora de geografia, do 11° ano, correra melhor do que o esperado.

— Antes de encerrarmos a nossa aula, irei selecionar alguns grupos para fazerem algumas apresentações na semana que vem. — Vários murmúrios de contesto surgem — Ficam calmos, será simples e bom para vocês. Penso que irão gostar se realmente forem criativos.

— Eu tenho a certeza que será divertido, Sra. Brown. — Comenta uma adolescente morena de cabelos cacheados médios. Eu sorrio para ela.

— Ai, fecha essa boca nerd, ninguém pediu sua opinião.

Brada um rapaz de cabelos castanhos com franja lateral e olhos verdes, sentado nas traseiras, arrancando risadas dos colegas, sobretudo de algumas meninas que fitam-lhe com suspiros imensos como se fora uma obra de arte.

Já a garota que opinara baixa a cabeça constrangida, mantendo o olhar sobre a escrivaninha branca preenchida por dois livros e um caderno de atividades. Fico indignada com isso e chamo a sua atenção após de identificar o nome dele.

— Você tem um ótimo senso de humor, Jenkins. — Pondero-o recostando-me a frente da secretária — Sabe onde precisam de alguém assim? — Perdido, indaga-me com o olhar — Na sala de castigos. Basta mais uma gracinha dessas, irá fazer ótimas stand-up por lá.

A menina que fora gozada enche as bochechas para abafar o riso, enquanto ele fica indigno com a zombaria de outros colegas.

— Silêncio, isso serve para todos. Na minha aula, o respeito pelos outros será fundamental. — Eles assentem.

Depois de terminar com as aulas, volto a sala de professores conversando com Garrett, um outro educador que o deparara pelos corredores. Um buquê de rosas vermelhas, posto sobre uma das mesas, desperta a minha atenção assim que adentramos no amplo compartimento.

— Lindas flores. — Fala Garrett — De quem são?

Melissa, uma das trabalhadoras que melhor me recebeu, toma o conjunto
de cores vivas e brilhantes de odor agradável e entrega-me. Semicerro os olhos, sem perceber nada. Ela sinaliza para eu ler o cartão escondido nelas. Alargo um sorriso ao ler as seguintes palavras:

"Para a mais linda, inteligente e adorável professora de San Francisco. Tenha um ótimo dia de trabalho, meu tesouro. Saiba que me orgulho muito de você. Te amo.

De seu, Willian Brown."

— Só pode ser brincadeira, eu a fim dela e estão lhe enviando flores? — Resmunga Garrett, trazendo-me de volta e Melissa tapea seu braço.

— Cala a boca, desavergonhado. Não vê que ela é casada?

— Au, — Ele esfrega o braço. Eu rio — Isso é verdade, Jasmin? — Pergunta surpreso.

Levanto a mão e mostro a aliança, encaixada em meu dedo anelar, a ele.

— Felizmente sou sim. — Exibo um sorriso de ponta.

— E bem casada, pelos vistos. — A ruiva de olhos verdes aplaude, acomodando-se na cadeira de sua secretária — Com um marido que te oferece flores no trabalho, nem louca se deixa escapar. Eu estou até com inveja, preciso arranjar um jeito do meu fazer o mesmo por mim. — Conclui, antes de dar um gole em uma chávena de café. Eu rio.

O homem alto de cabelos escuros ondulados e olhos castanhos faz uma careta jogando o seu corpo em uma poltrona.

— Vocês destroçaram o meu coração, primeiro perco a Melissa e agora Jasmin! — Argumenta dramático. Nós rimos em uníssono.

A escola por onde trabalho fica a poucos minutos de um supermercado, não hesito passar por lá com a finalidade de comprar algumas coisas que a cozinha carece. Pelo fato de não ter comigo uma lista, seleciono os produtos no aleatório. Caminho na secção das bebidas para pegar o suco de laranja e a água mineral. Focalizo-me nisso, andando na ré até pancar em algo corpóreo.

— Desculpa, — Viro-me rapidamente e enxergo uma silhueta masculina, de costas — foi mal moço, eu est... — Perco a fala assim que os nossos rostos colidem.

— Jasmin?

Seu semblante reflete uma irrepreensível incredulidade ao me fitar, mas não mais perplexo do que o meu ao encara-lo. Engulo em seco e as palavras falham, somente consigo pronunciar o seu nome:

— Danny...

*kasutera - é um bolo japonês feito à base de farinha, ovos, açúcar e mel.

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