Capítulo 31: Seu amor me deixou em ruínas
Mais uma vez eu me quebrei, eu desmoronei
Estou em pedaços no chão
Você não percebe que o dano que você fez é
Simplesmente irreparável?
Seu amor me deixou em ruínas
Ledger - ruins (mídia acima)
O amor, o amor não é orgulhoso, o amor não se vangloria, o amor depois de tudo é o que mais importa. O amor não é apressado, o amor não se esconde, o amor não se mantém
trancado dentro de si, o amor é um rio que flui, o amor nunca falha com você. O amor vai sustentar, o amor vai prover, o amor não cessará no final de tudo. O amor vai proteger, o amor sempre espera, o amor continua acreditando quando você não acredita mais.
Esse, é o amor como ele é e sempre foi. Porém, no século atual eu pude constatar que existe vários tipos de amor, e o pior deles é o amor egoísta. Esse, pode com certeza nos levar a ruína.
Eu tive muitas respostas e certezas. Nunca duvidei de minhas escolhas, sobretudo a do amor. Desde que subi no altar e dei o sim ao Willian Brown, eu tive a convicção de que eu conhecia o amor. Willian foi o ser humano que evidenciou a certeza de minha tese sobre o significado do amor.
A dois meses atrás, eu fui levada para uma realidade diferente. Ainda lembro-me daquela fria tarde de inverno como se fosse hoje:
— Você tem 24 e eu 26, tem meio ano de casada e eu estou com dois anos. Mas engravidou primeiro, garota me faça entender como. Porque estou me sentido atrás.
Eu ri. Minha amiga parecia tão exagerada naquele dia, que pareceu carregar oshormônios da minha gestação.
— Ah Cece, minha gravidez foi despreparada.
— Despreparada? — Cynthia fitou-me suspeita — Depois de regressarem de Seychelles, Willian saía mais cedo do trabalho e você também e isso foi para ficarem "vendo tv" — faz aspas com as mãos — em casa, não é mesmo?
Caí no riso instantâneo.
— Ei, admito que a gente andava com muito fogo, mas em minha defesa precisávamos usufruir dos bônus de estar casado. E eu confesso, aquele cara é gato e gostoso demais. É difícil resistir a ele.
Depois foi sua vez de rir.
— Você é uma sem vergonha. — Falou após se recuperar do riso — Mas está irradiante com essa gestação. Está tão linda, que nasceu uma vontade de eu conceber também.
— Awn, que amor. Deia tempo ao tempo, garanto que estou sempre com sono, me canso facilmente e o pior são os desejos.
— Qual foi o mais louco que teve?
Levantou da poltrona e sentou a beira da cama, endereitando o travesseiro sutilmente.
— Obrigada, ficou mais confortável.
— Ao seu dispor.
— O desejo mais louco que tive foi o de comer camarão cru misturado com melancia. — Ela emitiu a expressão de repulsa, ri daquilo. — Sei que parece esquisito, mas asseguro que é gostoso.
— Eca, quer saber? Eu aguento continuar esperar para engravidar.
O smarthphone apitou naquele instante interrompendo-me de responder. Não ficara surpresa quando vislumbrei uma mensagem de minha progenitora.
“Como se sente agora, não há indícios de tontura, novamente?”
“Estou ótima, mãe. Sendo controlada de dez em dez minutos, pela mãe coruja, é impossível voltar a sentir-se mal”
“Em três semanas, estarei de férias. Volto para os Estados Unidos cuidar da minha filha e do meu neto.”
“Dr. Jacob, eu vou amar ficar novamente com você, e wau, foi estranho dizeres (meu neto)”
“Eu sei, me faz parecer velha.”
Gargalhei alto chamando atenção, de minha melhor amiga, quando expliquei o motivo, rimos em uníssono.
— Você é quem correu etapas, gata. — Revirei os olhos — Mary de longe parece avó. Na verdade parece sua irmã.
Sorri e concordei com a cabeça.
Minha mãe é literalmente tão jovial e cuidada. Sempre que olho para si, penso em como me manter igual quando atingir os meus 45 anos.
Nalguns minutos mais tarde a campainha tocou. Cynthia obrigou-me a permanecer deitada na cama, já que eu quisera atender, na verdade ordenou-me como uma típica mãe, aquilo confirmava-me a excelente figura materna que ela será. Pois cuida, e se preocupa como se tivera um dom.
Eu estava temerosa quanto a maternidade. As questões infinitas se sairei-me bem como mãe eram incessantes. Louvei a Deus por passar por aquilo ao lado de Willian. Sim, ele não passava por uma boa fase, contudo, apesar de toda aquela situação ele sempre acrescentava segurança em mim. Por isso, o amava e sinceramente ainda que ele não voltasse a ter a vida ou condição física antiga, não o amaria menos. Prometi ama-lo na saúde e na doença e era prazeroso honrá-lo. É incrível como amava-o mais a cada novo dia.
— Encomenda para Jasmin Brown. — Cynthia adentrou ao aposento com três grandes sacolas de plástico.
— Eu não encomendei nada! — afirmei surpresa, sentando-me sobre o leito e apoiava o tronco à encosta estofada.
— Mas é sua, amor. E cheira tão bem.
Repousou os receptáculos de plástico em cima do recamier.
— U la la, está ficando interessante.
Cece falava sugestiva a medida que encarava alguma coisa dentro do saco. Em poucos segundos exibia um cartão, que estava bem caprichado por sinal.
— Está em seu nome. — Entregou-me não parando de sorrir.
Porém o meu sorriso tornou-se mais enfatuado, quando li o papel espesso.
"Hoje ao acordar, você disse que teria um dos melhores dia de sua vida, como grávida, se comesse lasanha com molho branco, ravioles de carne
e trufas de chocolate. Foi apaziguador não teres desejos loucos hoje. (Risos) discordo que essas comidas farão com que tenha um dos seus melhores dias, nem de perto isso se compara com o que você merece, porém é magnífico saber que posso participar disso. Satisfaça seu desejo e saiba que eu te amo desespera mente.
Willian Brown"
— Minha nossa! Como vocês são fofos! — O brilho era nítido no olhar de minha amiga — Seu homem consegue se superar sempre.
É, eu tinha convicção de que a melhor escolha, quanto a vida emocional, foi a de me casar com Willian.
Naquele momento não hesitei, totalmente apaixonada eu corri para o quarto onde Willie descansava, a duas horas, com o intuito de agradecê-lo. Eu estava feliz, e cogitava o fato de poder partilhar tal felicidade consigo. Ele fazia-me sentir-se como uma princesa e sabia me amar, embora estivesse passando por uma fase crítica. Ele estava lá, ele estava comigo, eu poderia correr para ele sempre que necessitava, e isso, era o suficiente para fazer-me feliz.
Ah, oxalá eu jamais fosse ao seu encontro, e desfrutasse dos mimos que ele encomendara para mim. Passaram dois meses e ainda reluto desejando que esteja num sonho. Mas o sabor do tempo e a certeza das circunstâncias, provaram-me que o sucedido daquele dia é irreversível.
— Amor? — Chamei a medida que abria a porta do quarto de hóspedes.
O cômodo estava silencioso, a cama vazia se apresentava ligeiramente bagunçada, demonstrando que fora ocupada por um tempo. Cogitei que estivesse no banheiro fazendo sua medicação.
Duas batidas foram dirigidas a porta do WC e não é obtive respostas. Quando verifiquei copiosamente o lugar estava vazio. Meus olhos percorrem pelo aposento e visualizei seu celular sobre o criado mudo.
— Uhm, deve ter saído com Shaun. Mas seria melhor se eu fosse avisada. — Murmurei vencida.
Conhecendo Willian, tive a certeza de que pelo motivo de eu ter passado mal, não quisesse destrair a minha atenção e manter-me a descansar tal quanto o médico ordenara.
Então, o inesperado aconteceu!
Quando encarei com mais atenção percebi um papel, abaixo do aparelho celular de meu esposo, não me contive e curiosa tomei-o em minhas mãos.
Para Jasmin.
O título do envelope não parecia-me suspeito de maneira nenhuma. Havia se tornado um agradável costume, Willian surpreender-me com cartas.
Porém quando a abri, era uma surpresa totalmente diferente.
Meu amor, é fácil escrever para você, as palavras sempre fluem. Mas hoje não posso lhe oferecer escritas que deleitam a alma.
O que posso lhe dizer é que eu não sou o mesmo, vivo sem esperança, há um inferno se cavando dentro de mim. Estou no abismo e se eu continuar do seu lado, posso lhe afundar junto. Sabe, a minha vida é tão sem luz, sombria e o pior funciona como uma bomba-relógio, a qualquer momento eu posso explodir, ou seja, posso morrer num piscar de olhos. O maior medo que existe dentro de mim, é você acordar do meu lado e minha respiração desaparecer. Tenho medo de partir no dia que entre em trabalho de parto.
Não tenho garantias de ver meu filho crescer, meu amor, eu sou incapaz de cuidar de vocês! Eu aceito que estou condenado a isso, mas não posso aceitar que você carregue esse fardo conmigo, ainda mais envolvendo uma criança a caminho. Há tanto que desejo fazer em sua vida e deixá-la ainda melhor, mas eu simplesmente não consigo. O que posso lhe oferecer é deixar sua vida pior e eu recuso-me a isso.
Meu tesouro, você foi a calmaria de toda a dor que eu tivera desde que perdi meus pais, você foi a minha felicidade diária, com você eu pude, novamente, sonhar em ter uma família feliz. Com você eu viví e presenciei milagres. Você me proporcionou embranças inesquecíveis, e correspondia fielmente ao meu amor.
Sou grato por tudo o que foi e é para mim, jamais deixarei de te amar e tão pouco lhe esquecerei. Por isso, não posso lhe amarrar a mim, precisa ser livre. Essa foi a decisão mais difícil que tomei alguma vez, mas faço-o por amor, por amor a ti e por amor ao nosso precioso filho. Sei que me odiará, mas com o tempo você ficará bem. Aprendi que quem ama por vezes precisa abrir mão para que seu amor seja feliz, então eu abro mão de você.
Sei que fui um covarde por fazer isso, sem olhar para sua face, mas se eu te visse acabaria comigo e eu não queria que a última lembrança que eu tivesse de você fosse com seu lindo rosto abatido. Quando eu lhe encarei pela última vez, estava sorrindo e isso foi tudo. Tive a certeza que mereces sorrir mais vezes e eu sei que já não posso lhe oferecer tal privilégio.
Eu estou indo embora, e é de vez, nunca mais ouvirá, nem saberá mais a meu respeito. Com muita dor, essa é última carta que escrevo para ti.
Seja feliz, minha Jasmin, foi uma honra partilhar meu nome contigo. Agora sim, que estarei distante, eu que sei que ficará bem.
De, Willian Brown.
Foi naquele momento que o meu universo colapsou. De segundo em segundo enquanto eu lia aquela maldita carta, minha alma se desfazia em cacos. E quando terminei de ler:
Simplesmente fiquei esteirada ao chão, com gemidos agonizantes. Desconseguia respirar, não conseguia acreditar. Aquilo não fazia sentido, como nosso romance podia se transformar naquele desastre? Willian realmente havia me abandonado? Quanto mais eu pensava era como se um ferro quente queimasse a minha alma. A dor martelava o meu interior. Eu gritava, eu soluçava amargamente, mas o tormento se tornava maior.
Era um pesadelo? Era loucura ou delírio? Poderia ser qualquer dessas coisas, mas jamais tinha de ser real. Aquilo não podia ser real. Pavor, medo, frustração, decepção, raiva, confusão, batalhavam a minha mente. Mas aquilo não podia ser real.
As várias memórias maravilhosas partilhadas entre nós os dois, e não só, assombravam-me o cérebro. A toturtura piorava ao pensar que tais momentos nunca mais voltarão a acontecer.
— Willian! — gritei descontrolada
Estava ficando louca, perdida naquele puzzle do qual nenhuma peça se encaixava. O homem que eu conhecia jamais abandonaria-me daquele jeito, jamais abandonaria-me grávida.
Cynthia correu ao meu encontro. Ela parecia perdida e assombrada ao ver-me estendida com soluços inexprimíveis, seu olhar implorava por explicação. Começava a questionar o por quê de eu estar assim, mas as palavras eram falhas e os soluço respondiam por sí. Eu não conseguia mover os lábios.
Até então minha amiga perceber a carta espelhada pelo chão e lera-a.
— Meu Deus! — o choque fora evidente em sua fala.
Cece simplesmente me abraçou forte e chorou comigo. Posso afirmar que desde aquela data até então meu mundo tornou-se desproporcional.
••••
Hoje completaram-se dois meses que Willian deixara-me para trás, ele não somente rejeitou a mim, mas também desprezou seu filho. Um filho que achei que fosse o maior vínculo de ligação entre nós e o fruto de um grande amor. Contudo, significou nada para ele.
O que direi a criança quando perguntar sobre seu pai? O que um ser inocente fez para sofrer tamanha rejeição?
O planeta hoje acordou tão harmonioso e colorido, a primavera torna tudo extremante vivaz e revigorante, porém minha vida tornou-se tão fria e nevoada como no mais intenso dia de inverno.
As noites viraram muito deprimentes, eu não dormia na esperança de ver a porta se abrir a qualquer momento e ele voltar para mim. Eu sempre espero que Willian volte, peça desculpas e diga que quer recomeçar. Eu estaria disposta a esquecer tudo. Na primeira briga que tivemos, relacionada ao meu ex, Willian fazia julgamentos excessivos e que ofendiam a minha pessoa, jamais esperei ouvir palavras tão baixas provenientes dele, mas eu o perdoei e decidi seguir em frente. Como ousou magoar-me mais uma vez e de um jeito devastador? A resposta é simples: Ele não se importa, duvido que alguma vez tive préstimo em sua vida.
— Oi, pode passâ minha bola? — a voz serena de uma criança trás-me a realidade.
O parque está muito mais agitado que o normal, as árvores verdes e florescentes alegram o lugar. As muitas aves que passeiam e pousam, pelo enorme espaço ao ar livre, ostentam a maestria da beleza natural. É a primeira vez que saio de casa, desde aquele dia, para procurar espairecer.
Olho pelos arredores, e verifico a bola colorida abaixo do banquinho de madeira onde estou alojada, tão logo entrego-a para o menino de cabelos negros e olhos verdes. Seu tom de pele é levemente branco, deixando-o com uma aparência encantadora.
— Aqui tem. — Sorrio para si.
— Obrigado. — O entusiasmo é notório assim que toma o objeto. — Você tem um bebê aí dentro?
Surpreende-me com a questão, percebo que não para de fitar o meu ventre.
— Sim, estou guardando uma criancinha dentro de mim. — Repouso a mão sobre o barrigão de oito meses, escondido debaixo da jardineira jeans.
— Legal! Eu gosto de bebês. Não são chatos.
Rio.
“Céus, faz tempo que não ouvia esse som! deslembro-me da última vez que sentira-me tão leve. Há semanas que não ouvia a minha própria risada.”
— Um dia você pode brincar com ele, que tal?
— Yey!! — Ele sorri, um sorriso cheio de brilho e serenidade — Eu vou pedi para meu pai me trazê aqui todos os dias.
— Nossa, amei! Então, estamos combinados.
— Hermie! — Uma voz aguda surge em seguida.
— Sim, papai!
Vislumbro um homem razoavelmente alto. Sua pele é um pouco mais clara que a do garotinho, porém os contornos dos dois rostos e a cor dos olhos têm uma similitude impressionante. A genética acertou em dobro com eles.
— Só nos restam trinta minutos, precisamos voltar para casa, amigão. — Ele aproxima-se segurando um refresco.
— Ok. — Nota-se falta de entusiasmo em sua face. — Mas a gente tem que voltâ para eu brincâ com o bebê!
O homem demonstra confusão por instantes, até olhar para minha silhueta. Sua expressão suaviza e ele sorri ao mesmo tempo que eu.
— Claro, filho. Agora vá brincar com seus amiguinhos.
— Eba!
Ele regressa para o pequeno grupo de crianças, acenando um tchau para mim. Retribuo acompanhando com um sorriso singelo.
— Desculpa pelo meu filho, ele as vezes é muito perspicaz.
— Não tem de que se desculpar, ele é um encanto. Fez um ótimo trabalho. — Digo sincera.
— Obrigado, é importante ouvir isso. Esse garoto é a minha vida.
Quase que os meus olhos criam lágrimas, tive de me concentrar. É inevitável não pensar como outros homens se doam para estar presente na vida do filho, mas o homem que supostamente é o pai do filho que estou esperando, o abandonou. Eu colocaria minha mão no fogo por ele, defendedo que seria um perfeito pai para essa criança, porém fui bastante errónea. Estava cegamente enganada.
— Moça, sente-se bem?
Sou novamente despertada.
— Ah, eu estou bem. Só um pouco distraída. — Concentro-me.
Ele não parece recetivo com minha resposta, contudo acena levemente com a cabeça.
— Posso-me sentar do seu lado?
— Claro!
— Então, é menino ou menina?
Indaga após acomodar-se e dar um gole em sua bebida.
— Ainda não sei, quero que seja uma surpresa. — Acarecio o ventre.
— Isso é incrível, fizemos o mesmo com Hermie, na verdade foi ideia da mãe dele. — Sorri sobre pressão. — Foi uma boa fase, agora tenho de lidar com os desafios de ser um pai solteiro.
Sinto meu coração pulsar mais forte. Eu sou como ele, mas numa versão feminina, em um futuro breve.
— Onde está a mãe dele? — Arrependo-me logo pela ousadia — Olha, me desculpa por isso, eu sei que não tenho nada a ver com sua vida. Não devia ter questionado.
— Não, não. De maneira alguma me ofendeu. Minha esposa faleceu a três anos, deixou-o com quase dois anos.
Sinto um nó na garganta. Admirando-o ainda mais. Ele virou mãe e pai, assumiu o papel da esposa quando o filho mais precisou. E se eu partisse, que pai faria o papel dos dois pelo meu filho? Quem dera, ter alguém disposto a recomeçar e dar tudo por nós, mas eu já não tenho, na verdade nunca tive, tudo fora uma catastrófica ilusão.
As lágrimas iniciam sendo incontroláveis e, por fim, rolam.
— Você está mesmo bem?
— Sinto muito por sua perca, de verdade. — Fungo — Mas você é um cara exemplar, sei que seu filho se orgulhará muito de ti. Agora, eu preciso ir.
Levanto-me bruscamente, sentido os olhos do moço concentrados em mim.
— Moça, por favor não pode andar assim!
Saio em passos rápidos em direção ao carro, ignorando o pedido do estranho afável. Só preciso ficar sozinha. Tudo está a ser tão difícil, não consigo assimilar como eu cheguei a esse extremo. Eu achava que encontrara tudo o que preciso. Eu imaginava Willian cuidando dos nossos filhos, eu tinha a convicção de envelhecer ao seu lado. Mas agora, tudo acabou!
Finalmente chego para casa e sem conseguir conter-me mais, deslizo ao chão sem forças e deixo-me levar pelos soluços. A dor insuportável parece que já não cabe em meu peito, a respiração inicia a mostrar debilidades, levando-me a respirar ofegantemente. Já não suporto olhar para um vasto conjunto de nossas fotos, na entrada de casa. O que antes fora um costume, agora se tornara em feridas profundas. Pelo que, os retratos exibem imagens de um casal apaixonado que partilhara vários momentos únicos e felizes, como se apenas existissem eles na terra!
Mas agora, isso trasformara-se em meras lembranças, de um passado valioso e cheio de amor. Pois este casal já não existe! Apenas resta uma alma solitária que acabara de ser abandonada pelo homem que mais amou.
O amor que Willian Brown ofereceu-me foi o amor egoísta, o qual é manifesto quando certa pessoa está do seu lado e parece saber amar de verdade, mas quando perde o interesse em tudo, simplesmente te descarta sem se importar sobre o que você pensa ou sente, mesmo que isso possa te destruir. Esse, foi o amor que Willian Brown depositou em mim, e hoje, ele me deixou em ruínas.
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