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Capítulo 29: Última lembrança feliz

Estar em suas ruínas parece muito com o fim, acostumado a perder, você tem medo de tentar de novo. Agora, tudo o que você vê são cinzas onde havia uma chama. A verdade é que você não está esquecido, porque a Graça conhece seu nome
Deus não terminou em você mesmo quando você está perdido e é difícil e você está caindo aos pedaços, Deus não terminou em você, não acabou, só começou. Então não se esconda, não corra, porque Deus não terminou contigo
God's not done with you - Tauren Wells (Mídia acima)

O apito do aparelho celular incita-me a sair do sono. Assento-me sobre a cama com escasso esforço e percebo ser uma ligação de tio Carter. Suspiro fundo, após acender as luzes do cômodo, e recomponho-me antes de responder a vídeo chamada.

— Espero que eu não esteja a atrapalhar nada, afinal tem muito que aproveitar com sua esposa. — Insinua ostentando uma ligeira expressão divertida.

Eu rio.

— Não é isso que pensa, até porque estava descansando um bocado e sozinho. — Enfatizo a última palavra, meu tio ri erguendo as mãos rendido.

— Como vai a recuperação?

O estômago embrulha assim que experimento dizer algo. A atordoada sensação de que necessito expulsar os poucos conteúdos que estejam nele deixam-me desgovernado. Meu tio não tem ciência de minha real condição de saúde e nem de longe deve sabe-lo, não agora que nosso relacionamento foi restaurado.

Sou tudo que ele tem, como vai reagir ao saber que o câncer está a vencer o meu corpo? Sucedido o passamento físico de meus avós paternos, os quais não cheguei a conhecer, meu pai e tio Carter tornaram-se como um, a relação de irmandade deles era inspiradora, mas infelizmente ele partiu.

Tal acontecimento deixaro-o tão estremecido que ao invés de viver, ele virou dependente do trabalho para afogar os sentimentos, mas também achara que seria o jeito ideial de garantir que nunca tivesse falta de nada. De fato, financiamente não tive carências, porém emocionalmente eu estava desabando, pois além de perder o pai havia perdido o tio que é meu segundo pai, ele mimava-me tanto que irritava meus progenitores, várias vezes parecera que tio Carter fora meu pai biológico. Sentia-me extremamente órfão.

Depois de anos de mágoa e ligeira solidão, compreendera que meu tio estava se asfixiando em dor e depressão. Ele precisava de socorro e nem eu fui capaz de dá-lo as mãos, estava prendido em demaisia com relação ao que sentia e parei de pensar na severidade da perca de um irmão amado.

Agora que meu tio regressara a vida, eu fui o mais beneficiado disso. Tenho novamente um outro pai que oferece-me a atenção e carinho que necessito. O mais prazeroso disso, é vê-lo feliz e com esperança. Em certos diálogos que tivemos recentemente, trouxe a superfície seu anseio de constituir uma família, fora o mesmo que testificar um milagre. Ele estivera tão traumatizado com percas que havia matado e enterrado tal necessidade. Ouvir que o sobrinho amado esteja com a vida ameaçada, não vai ser divertido.

É horroroso e enervante pelejar para privar a repetida ansia a vômitos impulsivos, que aparece de segundo em segundo, porém faço-o para desviar qualquer desconfiança de meu tio.

— Willian, filho, o que está a haver contigo? Ficou bastante pálido. Penso que devemos acessar ao médico agora!

Mesmo com mal estar, emito o sorriso mais forçado que consigo para sossega-lo.

— Estou apenas cansado, tio. Não se preocupa, estou bem.

— Parece ter um mal estar! — Aproxima a câmera — Isso são olheiras? — Insiste.

— Eu garanto que não há nada que se preocupar. Penso que sou bem crescido para voltar a ter um tio galinha. — Provoco-o. Ele revira os olhos.

— Teimoso como pai. — Murmura meneando a cabeça, eu rio. — Vou fechar um negócio amanhã e após isso volto aos EUA.

O mal estar volta a corroer-me, e dessa vez com uma tediosa tontura. Segurar o smartphone começa a ser quase um sacrifício, devido as articulações formigantes. Ainda assim, esforço-me para simular um bom estado de saúde, porém preciso despedir-me de tio Carter com urgência antes que ele note as irregularidades.

— Não não, fica aí que aqui está tudo sob controle. Precisamos de alguém cuidando dos negócios da família, até porque posso ser demitido e vou precisar da minha herança. — Brinco, tio Carter ri.

— Tudo bem, saiba que sempre orgulhar-me-ei de ti. Foi inspirador largares sua herança familiar e optar uma vida financeira por conta própria. Conseguiu ser o principal engenheiro informático de uma das maiores empresas tecnológicas dos EUA, sendo um jovem bem sucedido aos 26 anos. Tudo por seu talento e dedicação.

Essas palavras foram as típicas que sempre sonhei ouvir de si. Ele tem orgulho de mim, um dos homens que mais admiro no planeta terra orgulha-se de mim. Isso enchera-me de tamanha satisfação, porém esse momento fora cortado por agressivas náuseas. A sensação desagradável a vômito consome-me a garganta. E dessa vez é impossível contê-la.

As articulações estão dormentes, mas devido a extrema tontura o cérebro para de processar regularmente e apenas se concentra em esvaziar o abdômem. O impulso é tão violento que inicio a suar frio. O banheiro não situa-se distante da cama, logo apoio-me a parede para alcança-lo, a cada movimento as pernas parecem queimar, mas prossigo. Feito isso caio de joelhos com a face voltada à privada, retirando os poucos sólidos e líquidos que continham no estômago.
 
Por um feliz acaso verifico que a cadeira de rodas adaptada para o WC encontra-se próxima. Abrigo-me a ela, e se dirijo ao lavatório onde higienizo a boca e o restante da face. Retiro os diferentes frascos de quimioterápicos orais, engolindo um de cada comprimido. Após isso, encaro o rosto refletido no espelho de parede e fico perplexo. As manchas roxas a volta dos olhos e a cara pálida evidenciam como esteja fisicamente enfadado. A perca de peso se torna ainda mais visível, desde os ossos dos ombros que subsaem até a pouca massa corporal que decresce a cada novo dia.

Levanto a camisa com certo receio para observar o tronco e acabo entorpecido. Antes fora marcado por subdivisões musculares, agora está mais para uma camada óssea. Não entendo em como bruscamente perdi peso nesse par de semanas. Ultimamente só os moletons estão adequados, pois o restante de roupa se tornara grande. Fico com vergonha em ter o conhecimento de que a esposa tem de ver-me assim, é custoso crer que a imagem do cara refletido pelo espelho, seja originada por mim. Não pode ser eu. Pareço tão transtornado, débil, pareço tão... doente.

O que devo fazer quando não melhoro? O câncer se alargou porque recusei-me a fazer o tratamento antes, por mais irónico que seja, acreditara que daria conta desse tumor. Mas agora que estou sob via de inúmeros tratamentos não há registro de melhorias.

Os braços que outrora eram fortes, para poder abraçar ou carregar Jasmin, se transformaram fracos para segurá-la. Mal consigo aguentar a mim próprio, como serei um bom marido para com ela, quanto mais em estado de gestação? como cuidarei do meu filho? Estava ansioso com essa fase, mas agora amedrontado, temo que possa fracassar com os dois.

••••

Depois de duas batidas na porta do escritório, não obtenho retorno. Sendo assim, decido arrancar a cadeira de rodas e entrar, mesmo desautorizado. Um sorriso se aloja no canto dos lábios ao ver minha mulher adormecida no sofá, com o notebook em seu colo e as mãos sobre o ventre. Chego-me a ela com cuidado para que não acorde, não resisto ao vício de acareciar seu rosto e admirar o quão linda é. É impossível não me apaixonar mais a cada amanhecer. Cubro-a com um pequeno cobertor e deixo um beijo no topo da testa e outro a barriga.

Ao retirar o computador para colocar na escrivaninha, os resultados do Google causam um burburinho involuntário dentro da cabeça. É inevitável não controlar o misto de emoções enquanto leio distintos títulos.

“ Conheça o tratamento experimental que pode livra-lo da metástase óssea”

“O novo tratamento experimental para o câncer ósseo já obteve cinco resultados positivos.”

Suspiro o mais profundo que consigo para procurar ser indiferente à isso. Contudo por mais indiferente que queira ser, é difícil ignorar tal sucedido. É a segunda vez que descubro Jasmin pesquisando sobre as possíveis curas da metástase óssea. Ela ficou mais afetada do que eu previa. Queria oferecer esperança a mulher que amo e que carrega um filho nosso, e não que ela vivesse debaixo da ansiedade, não é saudável para si, tão pouco para o bebê.

Jas é uma mulher incrível, mas com certeza que está relutando para tentar assimilar que agora está casada com um inválido, porém está a fracasssar e não a posso julgar. É tão bonita e atraente que teria qualquer homem ao seu dispôr. Ao invés disso tem de suportar um massante como eu. Não duvido do seu amor por mim e me sinto tão amado por ela, mas pergunto-me se ainda sou o que precisa. Cada amanhecer é uma luta para acordar, o medo de que poderei ou não estar em cada novo dia tem-me assombrado a alma.

De que adianta ser bem sucedido e ser monitorado por cobiçados médicos, quando você enfraquece a cada dia, quando a esperança escapa entre seus dedos? De que adianta lutar quando você perde o controle de si próprio, e cada respiração é como uma batalha? A dor se tornou em minha melhor companheira. Eu sinto que não estou preparado, mas a morte está batendo na porta da frente.

— Hmm...

O murmúrio de Jasmin saindo do sono acorda-me dos pensamentos nostálgicos. Procuro ser o mais discreto e preciso ao minimizar a janela do navegador e deixar o aparelho eletrônico sobre a mesinha, para que não desconfie que apercebi-me de suas recentes pesquisas.

— Oi amor... — Brota um sorriso. Seus olhos ainda estão preguiçosos, abrem-se com lentidão e tornam a prender-se.

Deixo-lhe outro beijo no topo da testa.

— Devia voltar a descansar. — Acarecio sua face — Você e o bebê estão a precisar disso.

Ela meneia a cabeça negativamente, erguendo o corpo para se assentar ao sofá com as pernas cruzadas e a sola do pé voltada para cima.

— Definitivamente não, estou a sentir-me como um coala. — Faz uma careta, após bocejar. Eu rio de sua lamúria.

— Exagerada como sempre! No seu estado é normal dormir constantemente, meu amor.

Jasmin ostenta outra careta, dessa vez muito engraçada.

— Não vejo a hora de dar a luz. — Passa a mão ao ventre e completa: — A mamãe é louca por você, não tem nada contra, amor, mas ficarei ainda mais feliz quando você sair de mim e parar de mandar em meu corpo. Preciso de liberdade!

Eu rio. Ela faz-me tão bem que ao seu lado esqueço dos meus desabores pessoais.

— Não acredito que fui arranjar uma doida como mãe da minha criança.

Ela ri em alto e bom som.

— Infelizmente para ti, foi essa doida que arrebatou seu doce coração. — Inclina seu pescoço e deixa-me um selinho demorado. — Acordou a muito tempo, meu amor?

Balanço a cabeça em negação.

— A poucos minutos atrás.

— Como sente-se agora?

Por mais que entupa-me de medicações, já estive muito melhor.

— Estou sentindo-me bem.

Oculto a verdade de si. Hoje sinto-me pior com relação aos dias anteriores. Não passa um segundo sem que eu sinta dor, o bom é o fato delas se tornaram suportáveis do que a minutos atrás.

Ela sorri com luz após minha resposta.

— Em breve irá melhorar de vez, meu amuleto.

“Quem dera que isso fosse verdade, ou ao menos se podesse crer nisso.” Lamento mentalmente.

Tão somente sorrio para minha esposa. É lindo vê-la motivada. Por mais que seja por algo irreal, prefiro dar-lhe tal ilusão do que apagar essa mera esperança que raia dentro de si. Jasmin é uma mulher de fé. Ela sempre ora. Ainda nessa madrugada vi ela orando e era por mim. Queria poder experimentar um pouco mais da fé que eu tivera antes, era algo que mantinha-me vivo. Contudo, eu traí a Deus e matei a minha própria fé. A cada dia que passa sinto-me menos vivo. Mas eu mereço passar por tudo o que estou vivendo.

— Penso que está exausta de ficar entre essas paredes, então vá ficar linda. Vou leva-la a jantar e em 40 minutos terá de estar pronta. Isso não é um pedido.

Ela umedece os lábios sugestiva.

— Wau, está procurando-me seduzir senhor Brown? — Enlança aos mãos envolta do meu pescoço. — Porque sabe que sou louca por seu jeito mandão.

— Confesso que foi na inocência.

Ela sorri com malícia. Minha mulher roça seus lábios macios aos meus, sua respiração tensa sobre minha pele, causa-me calafrios. O coração dispara absurdamente e o nó amarra-me o estômago. Vagarosamente desliza os lábios em meu nariz, seus dedos circulando envolta do rosto levam-me a fechar os olhos. Ah, como é gostoso sentir seu tacto. Não quero que isso termine.

Então ela foi mais ousada e envolveu seus lábios aos meus. Não sei se fora um efeito de mágica, mas enquanto o gosto a mel se desfazia em minha boca, as circunstâncias pararam de ser catastróficas, o mundo inicialmente voltara a fazer sentido. Eu sabia que só restara-me um lugar para amparar-me e era em seus braços. Sim, eu receio meu corpo, mas nesse instante nossas almas inflamadas de paixão anseiam pelo outro. Seu corpo procura pelo meu com urgência. A cada carícia, cada toque parece que temos um íman de atração que não pode ser repelido.

Sendo assim, dentro das quatro paredes do escritório, entre duas almas sangrando de paixão, nos tornamos um. As inseguranças pararam de existir, não havia dor, nem doença que tinha voz. Elas paralisaram. O que bradava alto era o amor entre um marido perdido e encantado de desejo, paixão e fascínio por sua amada esposa.

Nesse instante recuso-me a pensar e somente desfruto de seu amor. O tempo acelera, mas em circunstância alguma optamos em interromper aquele que é o nosso momento. Hoje simplesmente não quero pensar no amanhã. Então opto por esquecer ele e vivo esse agora como se fosse infinito nos braços do meu grande amor.

— Acho que a ideia de levares-me a jantar caiu pelo cano. — Rimos os dois.

Minha mulher encolhe-se em meu peito e abraço-a com firmeza beijando o topo de sua cabeça. A carpete de cor beije acolhe os nossos corpos, os quais são apenas cobridos por um cobertor.

— E fico grato por isso. Os melhores acontecimentos são espontâneos e você foi incrível. Obrigado por me proporcionar uma noite tão mágica, inesquecível e cheia de amor como essa, eu jamais apagarei isso dá memória. Foi simplesmente precioso.

Ela sorri enrubescida. Esconde sua cabeça em meu pescoço sussurrando que ama-me. Agora se assemelha a uma menina vulnerável que necessita sempre de proteção. Diferente da mulher madura e decidida que se entregou a mim a tempo atrás.

— Ouça bem o que lhe vou dizer: — suas mãos da cor de amêndoa se unem as minhas que estão brancas como papel — não importa que tenha perdido peso, esteja com pouca massa corporal e o corpo fragilizado, você ainda é o homem mais atraente e lindo que eu conheço. Estou mais louca e apaixonada por ti. Só quero que lembre disso.

É, ela conseguiu deixar-me mais emotivo. Parece que tinha conhecimentos sobre os descontentamentos que tenho acerca da minha real aparência. Mas não duvido de si, ela provou o ardente desejo que tem sobre mim nessa noite. Ouvir e sentir que o amor de sua vida permanece leal a você, em cada adversidade, é um antídoto eficaz para confortar a alma.

— Eu amo-a bastante. Você foi uma das decisões mais sábias que tomei na vida. Obrigado por me amar. — Beijo sua testa demoradamente.

— Sempre serei grata por escolheres-me como sua esposa. É um prazer exercer essa função.

Avesso de palavras, procuro por seus lábios e beijo-a sem pressa. A noite é carimbada pelo cantar das estrelas, que tornara-se no nosso fundo musical natural e perfeito.

— Oficialmente essa é uma das melhores noites de toda a minha vida! — Ela morde o lábio inferior após desprendermos os beiços.

— Da minha também. — Acarecio seus cabelos macios que esbanjam o aroma de pêssego — Com certeza valeu a pena perder o jantar, embora tenha levado semanas para conseguir uma reserva. Afinal jantariamos em um restaurante que ganhou três estrelas Michelin.

— O quê? — Ela surta arregando seus olhos cor de mel em direção aos meus. Eu gargalho — Amor eu amo comida e sempre sonhei jantar num desses restaurantes Michelin de San Francisco, mas as reservas pareciam impossíveis. Você conseguiu uma para nós e só diz agora?! — Fala sem respirar.

— Nossa, está parecendo que a comida é mais atrativa do que eu! — Me finjo de ofendido. Jasmin solta a risada gostosa que eu amo.

— Desculpa meu bem. Nunca na vida eu trocaria a minha pessoa favorita, que vale milhares de estrelas, por um restaurante. Era só o nosso filho comilão que estava falando por mim. — Desvia seu olhar pelo ventre — Filho, para de me envergonhar por favor. Eu sou louca por seu pai e não quero que essa noite termine. Então fique no seu cantinho, certo?

Rio sem conter-me.

— Credo! Que doida varrida é essa? Agora estou com pena do meu bebê. — Coloco as mãos em sua barriga ligeiramente saliente e digo: — Meu amor, você não tem culpa de ter uma mãe tão louca como ela. A culpa é toda do seu pai. Mas eu prometo que ela vai mudar antes de você nascer.

Jasmin gargalha.

— Tudo bem, eu merecia essa. Está nítido que serão os melhores amigos. Agora me diga amor, como se sente?

— Eu estou ótimo, muitíssimo melhor, na verdade.

Emito cada palavra com sinceridade. Deslembro-me qual foi o último dia que senti-me tão estonteante como agora.

Ela sorri e deposita-me um selinho.

— Fico mais tranquila e super feliz com isso. Que horas são, a propósito?

— São vinte para meia noite. — Digo ao confirmar no relógio de pulso.

— Wau, isso é que é perder a noção do tempo. — Rimos em uníssono — E como consequência agora estou com fome.

— Não se preocupa, darei um jeito nisso.

Levantei do tapete veludo e resguardei-me com uma calça moletom deixando o peito nú. Deixei minha Jas enrolada dentro do cobertor e pedi para que aguardasse por meu sinal. Minhas articulações continuam doridas, normalmente usaria a cadeira, porém sinto-me tão vivo que a dormência parece não fazer efeito e opto por caminhar. Estou feliz e recuso-me a ter limitações hoje.

Seleciono um restaurante online com serviço de entrega ao domicílio pelas 24 horas do dia. Para mim, é um dos melhores da Califórnia nesse ramo e a comida é soberba. Faço a petição do menú completo, ou seja, prato de entrada (risotto de camarão), prato principal (filé de salmão com cuzcuz marroquino, figos frescos e salada de couve e maçã ao molho vinagrete), a sobremesa (trifle de frutos vermelhos). Não se passara meia hora e o rapaz das entregas, batera a porta com todos os pedidos feitos.

Organizei as iguarias na sala de jantar, por mais que seja meia noite, optei em deixar o cenário no mais sofisticado possível. A música clássica de fundo conjuga com as velas acesas, que são distribuídas pela sala. Não há nada melhor para manter o amor aquecido. As pétalas vermelhas, espalhadas pela mesa, romantizam o cenário. Investi na decoração das louças, os diferentes talheres e as taças específicas para cada bebida. A garrafa de champagne, com zero porcentagem de teor alcoólico, dentro do balde de cristal e gelo elevou o requinte do preparado.

Minha musa surtou assim que mostrei tudo à ela. Pareceu que seus olhos pulariam de sua face, de tão arregalados que ficaram. Eu apenas disse o seguinte para ela “se não podemos ir a um restaurante, então eu trago ele até você.” O contagiante e incrível de tudo isso, é que eu fora o mais beneficiado, pois ganhara inúmeros sorrisos, risadas e vários dos beijos viciantes de minha esposa e mais a frente tivera a melhor noite de amor de nossas vidas, onde esqueci completamente que o câncer martirizava o meu corpo, ele deixou de existir naqueles preciosos momentos e sentia-me como o homem mais completo da face da terra.

Contudo o que mais marcou-me foi ver minha esposa feliz, uma das coisas mais satisfatórias na minha vida é ver e fazer da mulher que eu amo feliz. E com certeza, acrescento que fazemos valer a pena cada preciso segundo, minuto e hora desfrutada. Detesto-me por cogitar isso, porém tenho o gigantesco pressentimento de que essa será a última lembrança feliz entre eu e a garota dos meus sonhos.

Oii leitores lindos. Espero que estejam gostando do capítulo. É um pouco grande, mas não pude reduzir para que ficasse proporcional. Não esqueça de deixar seu voto e comentário, pois é extremamente importante para o crescimento do livro. E obrigada por cada leitor que chegou até aqui, não seria a mesma coisa sem você. Deus abençoe sua vida. Até breve 😘

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