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Capítulo 20: Ninguém me vê

Lágrimas no meu rosto, eu não aguento
Se solidão é o sabor, então é tudo que eu estou provando
Você ouve meu choro? Você pode me segurar em seus braços?
Sinto que nem me conheço, parece que nem me conheço, eu nem sequer me conheço
Can you old me - NF (mídia acima)

Boice - Idaho - Estados Unidos da América


O tecido que tenho vestido se torna inútil, a temperatura é tão baixa que sinto-me como se estivera despida. Decidi procurar por um estabelecimento de roupas, não possuo dinheiro para pagar. O que resta-me é oferecer qualquer serviço em troca dalgumas peças que possam proteger-me do tempo friento.

Graças a um feliz acaso, visualizo uma boutique que dista a menos de meio quilómetro. Apresso os passos até chegar à loja de roupas, cujo a entrada é guardada por um homem de porte firme.

- Posso ajuda-la? - Ele barra a minha passagem.

- Bom, - Digo receosa - eu gostaria muito de prestar qualquer trabalho que possa fazer em troca de roupas. Por favor, eu prometo que não irei encomodar. - Reparo-me de cima abaixo - Essa veste questionável, é tudo o que tenho!

- Não estamos a procura de ninguém, lamento. - Completa ríspido.

- Eu imploro senhor. - Aproximo-me dele, mas o mesmo recua - Faço qualquer coisa, organizar o estoque, limpar o chão da loja, o que for, em troca de um vestuário quente. Ainda que seja velho irá servir. Por favor, estou congelando. - Suplico com as mãos.

- Eu já disse que não há nada para ti! - Agarra-me pelo braço, apertando-o fortemente, como se fosse criminosa - Agora é melhor desaparecer antes que eu chame a polícia.

Assinto temerosa e distâncio-me ao máximo daquele homem. Fico cética ao verificar tanta frieza, porquê tratar-me daquele jeito? Em que parte tive um procedimento suspeito? Posso estar parendo como uma miserável, mas devido o atributo de ser humano que até então me restara, acho eu, poderia ser tratada com um pouco de humanismo e não como objeto sem valor.

O enorme nó prende a minha garganta e as ruas geladas de Idaho testemunham meu choro, está difícil ser forte. A cada segundo a certeza de que eu esteja sozinha e fracassada se agrava em meus pensamentos.

A medida que caminho o frio agressivo violenta a pele e ironicamente esse não é o único problema situado em meu corpo. Pois brutalmente a fome tornara-se tão intensa que cogito haver m ser canibal dentro de mim obrigando-me a devorar o primeiro mantimento sólido que aparecer-me.

Giro pelos arredores da cidade desconhecida, não sei exatamente aonde esteja indo, apenas rastreio um lugar onde possa adquirir algo para comer. Os pés ficam exaustivos, já não aguento dar um único passo, andei tanto na esperança de encontrar um centro de alimentação para pessoas desfavorecidas, porém foi uma perca de tempo, ou talvez não.

Enxergo uma barraca de empanadas aderida por muitos, o preço é acessível, mas não para mim. Nem um centavo tenho comigo. Não resta outra opção senão implorar para a vendedora dar-me uma de graça, porque não ocorre-me mais nada. A fome impossibilita-me pensar noutras alternativas, estou tão fraca que caminhar tornara-se sacrifício.

Assim que a pasteleira nota a minha presença expulsa-me impulsivamente, afirmando que eu seja uma louca atrapalhando seu trabalho. Suplico à ela assegurando nunca fazer mal a alguém, e que apenas careço de comida. Mas fora uma tentativa fracassada, tive de reunir as fracas forças restantes para não ter de ouvir suas ameaças ou as represálias dalguns clientes.

O local é próximo a entrada de um bairro da classe média. Não hesito e direciono-me a primeira casa que avisto.

- Sim? - A adolescente que destraia-se com o tablet, abre a porta com o olhar surpreso, mas ao contrário dos outros afronta-me com pena - Você está bem?

Eu asseguro que há compaixão em sua voz. Penso que poderei ser ajudada, valeu a pena chegar até aqui. Ainda que me derem sobras, serei eternamente grata.

- Per-perdão - Gaguejo fraca - por interromper, mas poderia me ajudar algo para comer? Por favor, estou morrendo de fome.

A menina dos olhos esmeraldas e cabelos castanhos longos, assente serena.

- Só um instante. - Sorri levemente - Mãe!...

Uma mulher aparece instantaneamente, concentrando-se na mocinha não percebendo minha presença até ela dar-lhe um sinal.

- Oi senhora, desculpe pelo incómodo. Mas pode-me ajudar com comida? - Peço receosa - Estou muito faminta, eu aceito sobras. Por favor.

- Sinto muito, mas não temos nada! - Conclui fria, fitando-me com desprezo.

- O quê? - A adolescente encara-lhe indignada - Temos um monte de comida, mãe! Não vê que ela não está bem? Deia algo para a moça, ou então eu irei pegar.

- Não se atreva e me obedeça! - Responde intimidante.

- Mas...

- Sem mas mocinha! É evidente que é uma toxicodependente e deve ter fugido de uma clínica de reabilitação. - A mulher fita-me com repulsa - Olha só para o estado dela, deve querer nos roubar para comprar mais drogas!

- O quê? - Meus olhos marejam - É claro que não, eu não...

- Adeus! - Fecha a porta veementemente, impedindo-me de terminar de falar.

Novamente arrasada me afasto da residência e sendo movida pela fome, persisto em tocar a campainha da casa seguinte. Se existe uma ação que eu conheço bem é se humilhar, o orgulho é algo que não faz parte do meu dicionário. Convenhamos, não existe escolhas para mim, a humilhação é a derradeira arma que me sobejara.

Tudo o que eu necessito é de sobreviver, ainda que eu tenha de comer migalhas como um cachorro eu o farei. Após duas tentativas, um homem jovem, não deve estar acima dos 27, abre a porta, e claro, em espanto depois de avaliar-me de cima abaixo.

"Qual será classificação que terei agora?" Penso.

- Desculpa por atrapalhar, mas eu estou morrendo de fome. Não conheço ninguém aqui, por favor pode-me dar algo para comer?

O homem loiro semicerra os olhos e emudece durante um tempo. Até sua atitude me surpreender. Esperei ser encarada com indiferença ou repulsa como todos o têm feito. Mas seu olhar intencional sobre mim, causa-me desconforto. Há um desejo de luxúria transparecendo em seus olhos prateados.

- Para uma mendiga você é muito interessante, até demais. - Fita meu corpo de maneira indecente - Na verdade você é bem gostosa. Que tal fazermos um acordo? - O sorriso lascivo, provaca-me arrepios.

Mesmo desconfortável e apreensiva, ousei inquirir:

- Qual?

"Só não seja um pervertido, por favor!" Desabafo nos pensamentos.

- Eu irei te dar as comidas que quiser até se fartar, te deixarei tomar um banho e até arranjo algumas roupas mais apresentáveis à ti. E claro, darei 100 USD para se segurar por um dia. - Admiro-me com a nobre oferta, desconseguindo sentir paz com ela. Temo o que possa vir a seguir - Como vê, eu sou bastante generoso. E a única coisa que precisa fazer é me dar apenas uma noite, só isso. Quero me divertir contigo. - Sou devorada pelo olhar indecente.

"Como ele pode ignorar a vulnerabilidade do estado precário de quem esteja lutando para sobreviver, em troca de prazer?" Aperto os olhos em espanto e franzo a testa amplamente injuriada.

Sinto-me brutalmente agredida. É óbvio que ouvi nomes de julgamentos, mas nenhum deles ferira a minha dignidade como essas palavras o fizeram. Sim, eu sou uma miserável que nem o próprio nome consegue dizer, contudo ainda exerço uma grande aliada - minha dignidade, é toda riqueza que possuo.

Entregar o meu corpo a um estranho, que talvez possa ser portador de uma DST, simplesmente por um prato de comida é um ato repugnante. Jamais consentirei minha dignidade ser roubada de forma tão selvagem e mesquinha. O jovem adquire um belo porte físico e formosos contornos em sua face, garanto que em condições normais teria-o como atraente, não percebo porquê um homem assim seja tão abusivo e repulsivo.

- Meu corpo não está a venda! - Defendo-me desconseguindo soar intimidante devido a ausência de forças em meu organismo.

Ele sorri de lado, isso causa-me náuseas. Tenta segurar meu queixo, mas dou um passo atrás e o homem morde o lábio inferior. Confesso, estou arrependida de ter vindo cá e extremamente apavorada, contudo busco não demostrar isso para não dar brechas à ele. Admiro esse sentimento de valentia que eu tenho, embora estando numa situação caótica.

- Eu sei que você não está a venda, e isso torna-te mais cobiçosa. O proibido é mais apetecíveil, gata. - Sorri de forma nojenta - Pelo fato de estar se fazendo de difícil, vamos subir a oferta, eu te darei 200 dollar. Que tal agora? Garanto que terá a melhor noite da sua vida desprezível.

Meu sangue esquenta devido a fúria infiltrada em meu ser. Não consigo suportar mais tantos abusos verbais. Esse homem é um autêntico porco, raiva e nojo é tudo o que sinto por ele. Então asperamente cuspo em seu rosto.

- Você vai-me pagar, sua desgraçada! - Reage embravecido.

Gemo dos pés a cabeça e paraliso ao verificar que sua expressão de lascívia é substituída por cólera. Apenas pressinto um soco elaborado golpear minha face com veemência. O impulso é tão intenso que caio ao chão. Não dando-me tempo de recuperar-me da pancada, sua mão vem ao meu encontro e aperta-me o pescoço.

- Agora não é tão espertinha quanto parece, não é mesmo? - A ira acende em seus olhos.

- Por favor, me solte... - Imploro num fio de voz, sentido a respiração esvaecer.

Contudo, meus dizeres não significaram nada, pois o sujeito iracundo pressiona-o com mais força dificultando-me de tirar o ar dos pulmões. Até ele finalmente tirar a mão da garganta e fazer movimentos circulares, com os dedos, em meus lábios. Respiro tensamente com medo do que sua mente maquina. Fecho os olhos torcendo desesperadamente para sair dessa situação. Se realmente existe um Deus, rogo que livra-me das mãos imundas desse cafajeste.

- Eu poderia te colocar dentro da minha casa e fazer tudo o que eu desejo, e depois te jogaria fora e nem um copo de água te daria. - Lacrimejo ao ouvir tais atrocidades, sentido seus lábios rossando os meus.

Os batimentos estão desproporcionais, a nostalgia é palpável. Sinto-me fragilizada como um cristal que pode-se quebrar com um simples toque. Mas persisto em implorar para que Deus me salve dessa situação, se Ele quer que eu acredite nEle terá de livrar-me dessa prisão, ou então estarei caindo num poço sem fim.

- Mas ninguém merece ser forçada, ainda que seja uma arruinada como você. E sejamos sinceros, - Ri ironicamente - nem necessito sujar as minhas mãos contigo, é notável que não sobreviverá por mais uma semana.

Ele sorri com maldade e em menos de dois segundos assusto ao ser cuspida nos meus lábios, pelo sujeito. Fora o último contato tido com ele, antes de adentrar à sua casa e fechar a porta violentamente.

Nesse momento reúno a última percentagem de força que o organismos armazenara e corro, chorando amargamente. Mentalizo distanciar-me o mais longe possível daquela vizinhança sem dó e de má fé. Sinto meu corpo desfalecer em cada pisadela que dou, mas em circunstância alguma paro. Porém sou impedida pelo impulso de vômitos, por sorte paro defronte a um esgoto e dessa vez lanço os líquidos fora. Oficialmente já não tenho nada em minha barriga, senão apenas ar.

Apoio-me a parede para tentar levantar, mas é irrelevante. Já não sou capaz de erguer o corpo. A mistura de tremores involuntários, fadiga e calafrios junto a fraqueza da fome excessiva não permite-me sair do chão. Só agora noto a parede de espelho ao meu lado. Nela observo meu reflexo desfalecido e pálido. As olheiras são nítidas, talvez eles não estavam errados ao pensar que seja uma demente ou drogada.

Afinal eu não sei absolutamente nada sobre mim! Desconheço minhas origens, minha própria história, eu mal conheço minha identidade. A única coisa que eu saiba é de ter acordado num misterioso local sem ter noção de nada. Ao menos se houvesse dinheiro comigo pagaria um médico para ser examinada e quem sabe haveria uma solução.

Mas eu não tenho nada, porquê buscar defender minha dignidade. Há quem estou enganando? Sou uma ninguém, sem direitos. Nem uma única peça de roupa tenho. Senão um trapo para cobrir uma mera nudez, pois nem roupas interiores trago comigo. Mal consigo adquirir comida para mim, onde está dignidade nisso? Eu apenas existo!

Será que fiz algo tão horrendo que agora esteja pagando? Se existe karma, então é o que esteja vivendo ou seja Deus me punindo por uma maldade cometida? Será que tenho um passado tão sombrio que eu esteja fugindo dele e não lembrar é o melhor remédio? Como é possível alguém estar tão perdida e sozinha? Quem sou eu afinal de contas? Será que sou uma psicopata e fugia de uma psiquiatria, por isso encontro-me com esse estranho farrapo?

Puxo o cabelo descordenada e grito sentido-me louca! Ainda que não seja uma, as questões sem respostas levam-me ao desespero e delírio. Grito e grito, mas ninguém me vê! Ninguém se importa. Eu estou sozinha. Tudo o que restara foi, nem força de mover a boca existe mais.

Meu corpo fica inerte e dobrado ao chão durante a noite gelada e tenebrosa. E de repente, iniciara uma inusitada tempestade de neve. Poderia fugir, mas nem o braço sou capaz de levantar e se fosse possível aonde eu iria? Cheguei ao limite. O frio extremo infiltra-se nas minhas articulações ao ponto de não sentir nada. Abrir os olhos convertera-se numa missão impossível, a prova concreta de que esteja com hipotermia aguda.

Por derradeiro lembro que de forma miraculosa aquele homem não abusara de mim, após eu rogar a Deus! Sinceramente, fora o sinal que eu pedi para crer em sua existência. E se Ele realmente existe? Não acho que seja uma coincidência, posso até ser impulsiva nessa dedução por encontrar-me no desespero, mas ainda assim não encontro uma lógica humana que possa explicar isso.

Depois de inúmeras tentativas consigo mover os lábios trémulos, é a única coisa que ainda consigo coordenar em mim, porém tenho ciência que não durará por muito e sacrifico-me:

- E-eu acho que és real Deus. Se está me ouvindo, por favor me segure em Seus braços.

Se isso fora um ato de fé, não sei explicar. Mas eu descobri que a beira da morte, o ser humano ainda necessita de apegar-se numa esperança. E no meu caso, escolhi crer em Deus. Simultaneamente meus sentidos esvaecem por completo e tudo escurece.

Oi amores, espero que tenham gostado do capítulo. O que irá acontecer com Jas? E como ficará o Will?
Bom no próximo capítulo será ele a narrar. Por favorzinho, não se esqueçam de votar e comentar (preciso saber o que estão a achar do livro) isso me motiva a melhorar e ajuda muito na divulgação do livro.

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