Capítulo 2: Finalmente sua
Viro-me para o lado direito da cama, e visualizo a imagem de meu marido. Meu marido é muito estranho dizer isso, ainda parece tão ilusório, mas contudo, um tanto prazeroso.
Ele dorme tranquilamente, eu reparo, de modo detalhado, sua face angelical invadida por alguns fios de cabelos em sua testa. Sinto-me muito abençoada por esperar em um namoro de santidade, e conseguir chegar ao dia de me tornar uma só carne com o amuleto que eu recebera de Deus.
Na noite anterior, o nervosismo absorvia as minhas entranhas. Mas ele fora um perfeito cavalheiro, não me forçara a nada, deixando tudo fluir naturalmente. Quando dera por mim, estávamos consumando o nosso amor de forma totalmente pura e inesquecível.
Encorajo o meu rosto se direcionar ao dele e com leveza beijo o canto de sua boca, para que não acorde. Mas ele remexera-se logo e sorri, enquanto suas pálpebras soltam-se com cautela. Os olhos marinhos se desfecham, e embelezam com maestria sua cara sonolenta, que mesmo amarrotada o faz estar mais adorável do já é.
No preciso segundo, ele pondera-me com um olhar tão prazeroso e gratificante, que inevitavelmente sorrio de volta, denunciando o quão enamorada eu esteja.
— Bom dia, minha musa. Dormiu bem? — Seus braços envolvem-me mais perto de sí. Sorrio de tal gesto.
— Bom dia, meu amor. — Fixo meu olhar melífluo sobre ele — O que acha? Se dependesse de mim ficariamos assim o dia todo.
— Ei boneca, eu sei que sou irresitível, mas tem que aprender a me dar um espaço, viu? — Beija o cimo de minha cabeça.
— Convencido! — Acerto-lhe com o travesseiro. — É assim que se trata a sua esposa?
— Batendo em mim logo no primeiro dia de casados, Sra. Brown? — Leva a mão ao peito — Já não sei se irei leva-la para a lua-de-mel. — Rio.
Depois de deixar um selinho em seus lábios, o abraço e repouso a cabeça em seu peitoral. Ganho coragem, decidindo dizer-lhe o que estivera estacionado em minha garganta:
— Eu amei a noite passada, foi maravilhosa! Mas o melhor é que fui finalmente sua.
Resumo vergonhosa, escondendo meu rosto em seu pescoço. Um riso leve — escapa de sua boca.
— Eu também amei, foi muito especial para mim. Foi como um sonho saber que por fim: tornaste-me seu.
Fico, ainda mais, enrubescida.
Mas não precisa ter vergonha, não fizemos nada de errado, esperamos no tempo de Deus! — Concordo com a cabeça.
Realmente nos guardamos até ao casamento, e conseguimos honrar a Deus nisso. Para mim não há nada mais gratificante do que tal coisa, conservar-se e manter-se puros até ao casamento.
— Você sabe que o corpo do marido pertence a mulher e o corpo da mulher ao marido. — Beija a minha testa. — Isso é bíblico. Para que conste, eu amei ser o dono desse corpo.
Ouvir isso, deixara-me amplamente sem jeito. É ainda bastante constrangedor lhe dar com tais coisas. Ele apercebe-se e não contém a risada.
— Eu sei que isso é estranho, mas precisa se acostumar. Ou não gostou de ser a dona desse corpo saradão e maravilhoso? — Fala presunçoso. Faço o riso escapulir.
Eu sei que meu esposo fizera isso para tentar deixar-me mais relaxada, diante de tal situação, e evidentemente resultou.
— Eu amei ser a dona desse corpo, divinamente perfeito! — Deposito um selinho em seus lábios rosados.
— Eu sabia que amaria ele.
— Para completar, eu ganhei um marido super humilde!
Uma gargalhada gostosa vinda dele ecoara as quatro paredes do aposento de hotel.
— Eu te amo. — Com sutileza, levanta a minha cabeça e beija-me com ternura.
— É tão bom ser beijada dessa forma ao acordar. — Sorrio apertando o lábio inferior. Ele ri — Já agora, que hora está marcada o nosso voo?
— As 13, e já são 9. Precisamos estar prontos até as 12. Suas coisas estão todas arrumadas?
— Sim, mas eu pensei serem roupas de frio, — Levanto o tronco e viro em sua direção, com um cotovelo apoiado à cama e a mão sobre a bochecha, enquanto a outra prende o lençol entre o meu peito — Paris está fria, porque me pediu para levar roupas leves?
— Você não vai ficar brava, linda? — Coça o pescoço e notifica uma careta suspeita.
— O que você aprontou, Will? — Ergo a sobrancelha, amedrontando-o com o olhar.
— Calminha aí esposa, eu não fiz nada de mais! — Alça as mãos em sinal de rendição, encostando o corpo sobre a cabeceira. — Apenas confie em mim. — Sorri com uma piscadela.
— Hum… — Remexo do movel — não me desaponte! — Desço dele, com sua camisa vestida, e vou em direção ao banheiro.
— Amor…
— Oi.
— Não vai entrar comigo? — Esbanja um sorriso malicioso.
— Não esposo! Tem que aprender a viver sem mim. — Sopro, à ele, um beijo com a mão.
— Ai é? Agora você me provocou! — Levanta-se correndo em minha direção, usando apenas um boxer.
— Não, nem pensar, Will.
Corro por detrás da porta do banheiro, tentando fecha-la, contudo ele consegue ser mais veloz e carrega-me em seus braços, levando-me até a cabine de banho onde liga a água fresca do chuveiro.
— Não, amor. — De olhos fechados, balanço os pés — Para, a água está muito fria. — Desconsigo conter as risadas.
— Qual é boneca? Não acredito que tem medo de água fria. — Repousa-me por debaixo do chuveiro, deixando-me ridiculamente encharcada.
— Agora está limpíssima. — Ri de mim.
Finjo-me de brava apoiando as minhas costas sobre um dos vidros do boxe, cruzando os braços contra o peito do meu corpo ensopado.
— Você é um idiota!
— Eu não sei viver sem você.
Aproxima-se entre as paredes da substancia transparente e cerca os seus braços em minha cintura. Por fim, inclina seu pescoço e levanta o meu queixo, beijando-me afeiçoadamente.
●●●●
— Amor vamos senão nos atrasamo, o trânsito está um caos. — Comento, enquanto ele termina de arrumar alguns itens em sua mala.
— Desculpa tesouro, está tudo pronto, agora só preciso ligar ao serviço de quartos para poderem vir carregar as nossas malas.
— Está bem.
Ao tomar a minha bolsa, sou surpreendida por Willian, o qual me carrega em seus braços saindo do quarto comigo, direcionando-se ao elevador.
— Isso é sério? — Sorrio para ele — Acho que está ficando cliché demais. — Ele dá de ombros.
— Eu amo fazer isso, embora forçando as minhas costas. — Faz uma careta. Belisco o seu braço com uma expressão carrancuda.
— Eu sei que eu não tenho o corpo de uma modelo, mas está ensinuando que eu peso toneladas? — Ele ri — Então é melhor repousar-me no chão agora mesmo. — Franzo o cenho.
— Você é perfeita. E ainda que pesasse milhares de toneladas, eu não ousaria soltar você. Pois não arriscaria que alguém a roubasse de mim!
As conhecidas borboletas voltam a esvoaçar em meu estômago, e não contenho o sorriso ao ouvir isso.
— Não pensa que eu vou ficar derretida com isso! — Me faço de difícil.
Ele sorri.
“Como eu amo esse sorriso.”
— Nem precisa! — Deixa um selinho em meus lábios.
Tão logo a seguir entra uma senhora no elevador.
— Com licença… — Ela se encanta assim que nos nota — Ah, vocês fazem um casal tão lindo. Pelas alianças presumo que sejam recém-casados. — Sorri ternamente — Meus parabéns pelo casamento, parecem muito apaixonados.
— Agradecemos, — Diz o meu amor repousando-me pelo chão — a senhora é muito gentil. Na verdade estamos apenas com algumas horas de casados! — Trocamos os nossos olhares melosos quando comentara isso.
— Não liga muito para o meu marido, as vezes é um sem noção. — Provoco-o. Ele olha-me de soslaio e eu rio.
— Imagina querida, vocês são uma gracinha. Valoriza seu marido ele é um encanto de rapaz. — Sorri, gentilmente. Eu assinto.
— Obrigado senhora. Ouviu, amor? — Enfatiza satisfeito, arrancando uma risada de mim e da doce senhora.
— Serve para você também, meu jovem, sua mulher é realmente linda.
— Obrigado, ela é mesmo fabulosa. — Ele abraça-me de trás, deixando um beijo estaladiço em minha bochecha.
Já eu, sorrio de orelha a orelha, que nem uma adolescente inflamada de amor.
Saimos do hotel em direção ao aeroporto. Posto nele, começamos a aguardar na sala de embarque. Mas ainda não obtive qualquer tipo de informação grudada na cabeça de meu marido, concernente a nossa lua-de-mel.
— Agora já posso saber o que se passa? — Questiono enquanto nos sentamos sobre as poltronas de couro.
— Bom, eu sei que você acredita que vamos a Paris, mas estive a fazer algumas buscas e quis-te surpreender, por isso fiz tudo sozinho. Você partilhou um local que queria muito conhecer, numa primeira fase, junto ao seu marido, e eu nunca me esqueci disso.
— E... — Arqueio a sobrancelha, impaciente.
— Vamos passar a nossa lua-de-mel em Seychelles. — Diz naturalmente.
— Ah! — Solto um grito acompanhado de palmas.
— Se continuar a gritar assim, já não poderei viajar mais com você! —Faz uma careta tampando o ouvido. Eu rio de sua expressão.
— Desculpa amor, mas é sério? — Indago-o ainda incrédula.
Desde sempre, fui uma eterna apaixonada por ilhas paradisíacas. Quando pesquisei Seychelles encantei-me tanto que imediatamente quis passar a minha lua-de-mel na exuberante e exótica terra ladeada pelas águas do Índico.
Mas ele afirmara que não seria possível, pois estivera com alguns problemas de saúde, e o médico o ordenara a abster-se de lugares muito quentes, então combinamos ir a Paris, já que nesse período do ano a cidade encontra-se na estação do outono. Agora ele dizer que iremos é mais ou menos, What? Eu não acredito.
— Acredita mesmo que eu não levaria, o meu tesouro, na sua lua-de-mel de sonho?! — Mostra-me as passagens.
— Você é uma dádiva na minha vida. — Abraço-o fortemente — Eu te amo, Willian. — Também tenho algo para você! — Desprendo-me de seu abraço.
Dois colares são retirados da minha bolsa, os quais contêm a metade de um coração, que é apenas formado se eles estiverem juntos, mas separados tornam-se incompletos. Coloco um nele e ele fizera o mesmo comigo, para que possa representar o fato de eu me sentir incompleta sem o meu marido. Porque somente Willian possui a outra parte de meu coração para poder o completar.
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