Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 19: Quem sou eu?

Apenas lute mais um pouco, meu amigo
Tudo isso vale a pena no final
Mas quando você não tiver ninguém para recorrer
Apenas aguente firme e eu te encontrarei
I'll find you - Lecrae ( Mídia acima)

Por Jasmin

Os olhos estão gélidos e dormentes, não contabilizei as vezes que tentei desprende-los, mas são muitas. Não ouço nada e a escuridão por detrás dos olhos cerrados está me importunando. Eu asseguro que antes o sonido igualado ao de apitos, ecoava sempre na minha companhia, já era um irregular procedimento familiar. Agora tudo está quieto e minha mente desestabiliza.

Seguidos a imensos esforços, por fim eles se rendem. Meus olhos levedam e desfecham-se aos poucos. A sensação é estranha, pois a primeira visão que procuro obter com o mundo exterior apresenta-se embasada. Pisco repetida e continuamente até enxergar com nitidez. Não restam dúvidas, o desconforto é maior ao visualizar um local, como se fosse um quarto, não sei ao certo pois a ausência de luz me impossibilita obter informações mais propícias.

Olho em volta a procura de algo. Do quê? Desconsigo dizer propriamente, mas talvez seja uma pista. Um flash passageiro ecoa sobre a janela, não sei porquê, mas meu ser agonia-se com isso. Movo as pernas, com o intuito de me levantar do que aparenta ter a textura d'uma cama, os lençóis que me envolvem só provam que minha tese esteja certa.

A horrenda sensação vinda das articulações formigantes, após
o primeiro contato que os pés têm com o chão, quase me faz desistir, mas não o farei. Esse lugar tem uma aparência sinistra, permanecer aqui me fará atingir altos índices de loucura. Caminho apoiando-me as paredes até atingir a porta.

Depois de abrir a maçaneta, que para o meu alívio estivera destrancada, surge uma pequena luz que clareia o corredor, deixando-me ligeiramente tranquila. Infelizmente essa sensação esvaece, assim que rodo o pescoço e percebo a presença de um homem, coberto por roupas pretas, evidentemente armado.

Meu metabolismo acelera e faz recuar ao local que me abrigara, sem perder mais um segundo. Os dedos trémulos não são incapazes de trancar a porta com cautela. O turbilhão de emoções arrepiantes é indecifrável, creio que nem necessito fazer menção das várias questões, temores e dúvidas oriundas de minha mente ao se deparar com o sujeito que tem a posse de um revólver. Porém não darei ouvidos a ela, não agora, preciso agir rapidamente antes que surja uma catástrofe.

Engolo o choro e corro até a janela, devido a escuridão procuro a tranca com as mãos, mas não consigo acha-la, não duvido que seja do nervosismo predominante em mim. Repreendo-me interiormente para estar mais calma, pois minha vida está por um fio e pode terminar num estalar de dedos. Suspiro, até testificar que a pequena calmaria ajudara, pois consigo abrir a janela.

A angústia não é reduzida ao constatar que a janela situa-se a vários metros do chão, inclusive sinto uma ligeira tontura através da distância significativa. Digo adeus a ideia de fugir pela janela e abraço o medo com o cheiro a desespero. O som de alguém tentando destrancar a porta me leva ao pavor.

- Tem alguém aí? - A voz grave é intimidante - Eu sugiro que abra antes que eu arrombe e aconteça algo pior.

O líquido proveniente das gotas lacrimais vagueia por meu rosto, o estômago revira oferecendo-me ânsias a vômitos. Encontro-me entre a espada e a parede, eu simplesmente não sei o que fazer. Quero sair dessa situação, contudo não vejo como. O medo me consome como se fosse chamas de fogo.

Intercalo entre a porta e a janela até que fito a segunda com maior intensidade. Eu não sei se seja miragem ou não, mas noto um trampolim bem alinhado a janela do quarto, que aparenta pertencer a um edifício, como se bradasse que eu pule de imediato.

- Abra logo! - Grunhi pontapeado a porta. - Vou contar até dez!

Não coordeno minhas ações, deixo-me orientar pela adrenalina. Apenas assusto que estou no topo da janela e assim que o homem começa a contagem a partir dos cinco, jogo-me da elevação à baixo.

O vento uiva aos ouvidos até meu corpo balancear em algo elástico, ao passo que meus olhos desgrudam-se e surpreendente estou bem, não sinto nenhuma anomalia ou irregularidades no meu físico. Desço do objeto que me amparara e corro, ainda que com dificuldades, o mais distante do misterioso local sem olhar para os lados ou traseiras, apenas almejo pela saída.

Meu desejo é concedido ao avistar um enorme portão, entre aberto, iluminado pelos postes da calcada de fora, pois ainda não existe qualquer pingo de iluminação de onde encontro-me. Logo, deduzo que eu esteja no centro de uma cidade e não em esconderijos secretos.

De imediato pulo até a autoestrada, vaga e desértica, na esperança de pegar carona da primeira viatura que aparecer. Os faróis que iluminam a ampla estrada, após uns 60 segundos, semeiam vestígios de esperanças no meu interior. Posiciono-me defronte ao caminhão assinalando com as duas mãos, torcendo que o motorista tenha alguma compaixão de mim e pare. Foi uma ideia não tão genial, pois por uma causa infeliz o carro pode atravessar em mim. Mas sinceramente, penso que já não tenho nada a perder. Por isso me arrisco.

Sinto um alívio nos pulmões ao constatar a velocidade do automóvel reduzir paulatinamente até parar defronte de mim. No instante seguido, a cabeça de um homem barbudo, de meia idade aposto, surge pela janela do enorme veículo.

- O que você quer menina? - A tonalidade grave não é amedrontadora.

- Eu preciso de uma carona, - A voz embargada denuncia o meu pavor - por favor me ajude a sair daqui!

- Aonde você vai?

- Apenas sei que quero sair o mais distante desse lugar, por favor me leva contigo! - Imploro.

O homem emudece e noto que não foi sigiloso ao confrontar-me dos pés a cabeça. O irónico disso é o fato de eu analisar meu estado apenas agora. Fico desconfortável ao avaliar meus pés descalços e uma roupa como que de hospital abrigar meu corpo inteiro, não possuo jóias ou objetos de valor.

A veste de paciente é tudo o que eu tenho! Mas o que eu faço vestida assim? Percebo que o homem encara-me com desconfiança, eu arrisco dizer que fita-me como se eu estivesse fugindo de uma psiquiatria. Contudo, eu não sou louca, estou baralhada sem processar o que esteja sucedendo, mas demente eu não sou, embora em condições normais uma não admitiria.

- Eu vou para Idaho, fica a mais de 1000 quilómetros daqui, tem algum problema de ir até lá? - Surpreendo-me com sua oferta.

Sem pensar em mais detalhes e com medo de ser alcançada pelo indivíduo que ameaçara arrombar a porta, descarto o risco do caminhonista repensar em sua proposta e com rapidez respondo:

- Quanto mais distante desse sítio, melhor!

Assim que o veículo arranca, preparo-me mentalmente para as possíveis questões do motorista. Convenhamos, até eu estaria indagada se oferecesse carona à um estranho que tem somente um traje de hospital vestido, ainda mais na calada da madrugada.

Sendo sincera, nem eu idealizo o que fazia naquele lugar, como cheguei lá ou se concretamente estou fugindo do quê ou de quem. Há uma onda de confusões rebentando em minha mente. Minutos significativos se passaram e o homem não fez nenhuma pergunta, para o meu espanto.

- Aqui tem alguns pedaços de asinhas de frango. - Oferece-me o pote cheiroso e apetitoso, depois de retirar uma.

O estômago que acabara de roncar não me dera opções, senão aceitar. Os olhos se fecham tão logo que degusto o primeiro pedaço.

- Tenho Pepsi e sprite. - Aponta para cada uma das latas de refresco - Não possuo bebidas alcoólicas comigo, enquanto conduzo, então não posso lhe oferecer uma cerveja.

- Não se preocupe, eu não bebo, com refrigerante estou ótima.

Ele assente lambendo os dedos gordurosos com as mãos, antes de limpa-los com o guardanapo.

- Eu me chamo Robbie, como você se chama? - Inquire cravando o olhar no asfalto.

Tento destrancar a boca para educadamente me apresentar, porém algo extremamente incomum origina- não sei como responder, não tenho a mínima noção do meu próprio nome. Parece que um muro impede-me de acessar essa informação no cérebro. O peito se aperta e atónita comento:

- Eu não lembro do meu nome. - Completo desgostosa.

O senhor mirou-me ligeiramente e deu de ombros, como se já cogitasse aquilo. Ignorei a vontade de chorar, pelo fato de fazer-me parecer como uma fraca. Não vou mentir, estou desfeita por dentro. Não tenho noção de como me chamo e o homem que demonstrara piedade de mim, tem-me como demente. No entanto, se eu desatar no pranto isso dará sustentabilidade a sua teoria, e isso não deve suceder.

Percorremos numerosos quilómetros, meu corpo cobrou por descanso, porém descongui adormecer. Há tantas perguntas e tudo parece tão desproporcional que minha paz é roubada minuciosamente. Percebi que deixamos várias cidades, mas desprestei atenção em cada, não tenho ideia de qual seja o condado ou estado de onde saímos, também não interroguei ao caminhonista.

Aquele breve diálogo, sobre comida e nossos nomes, foram as únicas palavras trocadas desde então. Ele parece alheio a minha presença, contudo não posso abusar de sua bondade, sabe-se lá o que teria-me acontecido se ele não parasse.

O peito arde, durante toda a viagem procurei-me destrair com as estações de rádio, emitidas pelo carro, mas agora a melancolia está ocupando todo o ser. Porventura poderei parecer uma fraca, mas desconsegui conter as lágrimas. O homem ao meu lado, esteve indiferente a tudo isso, talvez não percebera o meu choro calado, mas o sentimento de solidão penetrava os espaços de minha alma.

A ausência de palavras foi feliz ou acaso infelizmente quebrada pelo homem que afirma que eu já tenha chegado ao destino. Agradeço à ele pela generosidade e saio da viatura.
O primeiro contato tido com o solo da capital do estado de Idaho, segundo a placa a minha esquerda, sou recebida pela brisa fresca e seca, levando-me a gemer e abraçar o corpo no intuito de esquenta-lo do frio, porém é nada.

Observo em volta e vejo cada pessoa coberta por fortes agasalhos. As árvores desfolhadas e o céu acinzentado provam que o inverno esteja se aproximando. Parece meio dia, mas o cenário festivo é evidente com várias luzes natalícias enfeitarem toda a cidade, não é tão grande e espantosa como uma megalópole, contudo é linda. Pena que as condições pelas quais encontro-me não são das melhores, os habitantes daqui concordam pela forma indiscreta de encararem-me.

Minto para mim mesma que sou forte e não me deixarei afetar pelos olhares de repulsa, mas como eu argumentara é tudo uma mentira. A agonia martela a minha alma. O estômago embrulha e agilizo os passos até o contentor de lixo, a uns 3 metros de mim, acabando por tirar todas asinhas de galinha ingeridas a horas atrás. Fora tudo o que eu comera antes, como consequência o organismo reage fazendo a barriga roncar e o imenso frio não dá tréguas. Eu urgentemente preciso encontrar roupas propícias, antes que já não sinta minha estrutura física.

A pequena catedral um pouco afastada de mim, chama-me atenção com os grandes escritos sobre um madeiro a entrada: "Deus sabe de todas as coisas." Num mundo onde me encontro perdida e sem certeza de nada, ouso uma tentativa de desespero, mesmo não tendo a convicção exata disso. Logo, olho para o céu e com os olhos marejados sussurro:

- Eu não sei se pode-me ouvir ou não, mas por favor me ajude. És a única esperança que eu tenho!

Falar num Ser supremo e Criador de todas as coisas, é um assunto pertinente. Muitos crêem através da fé e alguns até afirmam viverem experiências sobrenaturais com Ele, porém outra parte duvida da existência de um criador e prefere dar méritos ao próprio universo. E eu? Francamente, não sei em que crer, eu mal sei quem eu sou, então não estou em condições de afirmar ou desafirmar coisas, mas confesso que ter esperança em um Deus começou sendo o meu último recurso.

Feliz ano novo querido (a) leitor(a, obrigada por chegar até aqui. Desejo um 2021 abençoao, cheio de paz, amor, saúde e conquistas. Eu estava uma bagunça e não consegui atualizar, mas estou de volta, juntamente com a Jasmin rsr
Espero que tenham gostado do capítulo, agora a história ficará um pouco tensa! Muita coisa está para acontecer.
#O próximo capítulo está prestes a sair.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro