Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 14: Uma lembrança irrevogável


Não deixe isso te prender, esse medo
Esse medo de cair de novo
E se você precisar de um refúgio
Eu estarei bem aqui até o fim
Entre em um novo dia
Nós podemos nos levantar da poeira e ir embora
Nós podemos dançar sobre a mágoa
Então acenda um fósforo, deixe o passado
Queime as naves e não olhe para trás
(Mídia acima ) For King & Country - Burn the ships

Chicago - Illinois - Estados Unidos da América (12 anos atrás)

A brisa suave proveniente das águas do lago Michigan ventilava sobre o meu rosto, enquanto eu conduzia a bicicleta na beira da depressão natural. O céu limpo e azulado estava embelezado com as aves brancas que circulavam pelo grande firmamento. Os pensamentos que pesavam o meu cérebro eram aliviados, aos poucos, aquando eu ingeria todo o cenário que a natureza disponibilizara.

O relógio que o pulso vestia dava 5:08 PM, sinal de que fora a hora de voltar para a casa. Retornei ao antigo percurso, pedalando com velocidade a bickle monitorada por mim. Na travessia pela ponte, pude visualizar um cruzeiro que navegara pelo canal de Chicago, que passava pela cidade, levando vários turistas que faziam fotos dos altos edifícios que a megalópole ostentara.

Cada um deles imprimia um sorriso em sua face cheia de entusiasmo. Pelos vistos inúmeras pessoas amavam Chicago, menos eu. Pois daria de tudo para que voltasse em Melbourne, onde poderia voltar a estar na antiga escola e na companhia de meus velhos amigos.

Finalmente alcancei a residência camuflada pelo portão de entrada, com árvores exóticas de grande porte e vegetação densa, a fachada de calcário gradualmente revelava uma opulência moderna. A mesma localizara-se distante do centro da cidade.

Depois de deixar, o ligeiro meio de transporte, na garagem, segui para dentro. Notei que minhas pisadas leves, pela sala de estar, não surgiam efeito algum quando uma voz feminina bradava pelo meu nome.

- Willian... - Insistiu - É você, querido?

Permaneci indiferente, como se não ouvira nada. Não queria ter de falar com a minha mãe ou meu pai. Eles sabiam como eu não estava satisfeito em mudar de país, mas não consideraram esse parecer. Não que os culpasse por aquilo, eu entendia que eram questões de trabalho, porém estava infeliz demais para ter de encara-los naquele momento.

Tranquei a porta do quarto, cujas paredes brancas eram cobertas por alguns cartazes de basquetebol, e lancei o corpo sobre a cama, autorizando que os phones em meus ouvidos tocassem no volume máximo, enquanto detestava a vida em silêncio. Desviei o olhar pela vidraça da janela e me interrogava o porquê Deus estivesse fazendo aquilo comigo, ao compasso que fitava o poente do sol ao ocidente.

Pouco tempo havia se passado para eu notar a porta se abrindo. A imagem de um homem branco, alta estatura e cabelos escuros furtou a minha atenção. Captei um molho de chaves em suas mãos e isso aumentava a minha indignação, parecia que nem meus próprios progenitores respeitavam a privacidade do filho, mesmo que eu bloqueasse a porta do aposento, eles sempre pegavam a chave de reserva para distranca-la sem o meu consentimento.

Senti o aparelho sonoro sendo retirado das orelhas, apenas inspirei fundo e fechei os olhos para não ter de encarar o homem de porte firme a minha frente. Presenti a cama balançando vagarosamente, me dando a certeza de que alguém se assentara sobre ela.

- Eu sei que odeia quando entram aqui, sem sua permissão. - A voz grave soou mansa - Mas sua mãe e eu estamos preocupados com você, campeão.

Ele emudeceu rapidamente, como que dando-me o veredito para que eu dissera algo, mas o silêncio ecoou com maior relevância.

- Sabe que pode-se abrir comigo, - Acrescentou por fim - estou aqui para lhe ouvir, filho. Eu sei que algo o o encomoda. - Seu timbre elevou uma mera preocupação.

Apertei as pálpebras em maior pressão, ao perceber como meu estado atual, importunava e abrangia meu progenitor. Então decidi ignorar o receio de enche-lo com os dramas precoces que o filho enfrentava e confessar o que me roubava a paz.

- São os rapazes da escola, novamente! - Desabafei sem ainda desfechar os olhos.

Quando estava com 12 anos mudei de país por conta dalguns altos motivos de trabalho de meu pai. Eu nasci nos EUA, porém aos 9 meses fomos para a Austrália, onde vivemos por mais de 11 anos. Meu pai vinha de uma família prestigiada financeiramente e para expansão do negócio hereditário, foi necessário abrir uma outra firma em Chicago, então tive de sair da habitual zona de conforto.

A princípio as coisas corriam bem, uma nova casa, um novo estado e novos desafios. Contudo ao frequentar a nova escola, os colegas zombavam de mim, através do sotaque australiano que carregava, eles sempre contextualizavam que eu tivera uma forma estranha de falar.

Para tentar vencer isso, necessitei convencer aos meus pais para que eu frequentasse aulas de american english. Fora meio laboroso, mas consegui adaptar-se a fala deles, embora que por vezes desconsigo evitar o envolvente inglês nato.

Ganhei amigos novos, depois do começo nada positivo na instituição de ensino. Nasci num berço cristão, mas a dois meses atrás havia completado 14 anos e me firmei seriamente no cristianismo, tanto que o maior desejo fora viver para glorificar o nome daquele que foi crucificado no madeiro para que eu fosse livre de todos os meus pecados.

Meus amigos nunca se importavam com isso, mas nas semanas correntes notavam que eu não era igual a eles. Não participava em certas conversas, rejeitava os convites de festas dos alunos veteranos e várias vezes me isolava deles, lendo livros que me incentivavam a preserverar a minha caminhada com Cristo.

Então a indiferença deles, que se diziam meus amigos, iniciava a ser transparente como um cristal e tudo somente por minha crença. Aos poucos se afastaram, apesar de ser difícil não me deixei abalar. Mas na manhã daquele dia tudo desmoronou, eu lanchava sozinho no refeitório, coisa que se transformava em costume, e aproveitava estudar o livro "Uma vida com propósito".

Estava no dia 20 e aprendendo imensas verdades sobre o real propósito de um ser humano, particularmente o meu. Até alguém puxar o livro de minhas mãos e risadas escarnecedoras soaram com tal ato. Simplesmente ergui os olhos e vi que era Gregory, meu suposto melhor amigo, mandando caras e bocas a medida que desfolhava o livro com certa repulsa.

- Eu não acredito que trocou a gente por isso. - Meneou a cabeça - Você está parecendo um fanático idiota, seu fantoche de igreja.

Outros dois rapazes ao seu lado riram em uníssono. Preferi não dizer nada para não criar qualquer confusão. Logo tomei a bandeja da comida que restou, já que perdera o apetite, levantando-me da cadeira e educadamente encarei seus olhos verdes dizendo:

- Pode devolver o meu livro? - Ele arqueou a sobrancelha, pressionando o livro em uma das mãos, em relutância - Por favor... - Tentei soar calmo, mesmo começando a perder a calmaria.

Ele riu. Mas não se passara muito tempo para sua expressão se tornar encolerizada. De repente vi as páginas sendo arrancadas do livro, de maneira sagaz, após o material ser destruído ele o amassou com seus pés. Realmente ficara cético com a atitude de alguém que era bastante próximo a mim, desconseguia crer que aquilo estava acontecendo comigo.

- O que vai fazer agora? - Cuspiu no livro esteirado pelo chão - Vai orar para seu Deus me castigar? - Debochou, convidando outros ao riso.

Meu pai sempre dizia que quando alguém nos baixa, podemos ser superiores se não nos inferiorizarmos até o nível dessa pessoa, mas acima de tudo lembrei das palavras de Jesus: ao envés de olho por olho e dente por dente, devemos dar a outra face. Ignorei suas provocações, desviei-me de sua frente a fim de sair daquele lugar, ao dar o outro passo senti uma perna detendo as minhas e automaticamente tropecei com rosto sobre o chão, derrubando todo o alimento que jazera no tabuleiro e as gotas do suco de ananás inundaram meus cabelos.

A tenção aumentou assim que ouvia numerosas gargalhadas direcionadas a mim, o grande alvo de chacota entre colegas. Gregory atraia a atenção de todos intensificando as gracinhas sobre mim e de minha fé. Usava as seguintes palavras "O gringo nojento está sofrendo e nem seu Deus o defendeu". Tombado pela raiva, levantei-me com veemência e desprezando qualquer auto-domínio, empurrei-o freneticamente, passando as mãos na gola de sua camisa e colocando-o entre a parede com a mão do soco parada pelo ar, a poucos centímetros, do rosto dele.

- Se você pensa que é homem, de verdade, acerta a minha cara. - Falou destemido - Eu garanto que vou infernizar a sua vida diariamente.

Eu buscava a maior concentração que poderia existir em meu corpo para não acerta-lo, mas não achava, até eu ser vaiado em coro. Meus olhos passearam velozmente pelo estabelecimento e notei alguns alunos com os polegares virados para baixo, como se era eu o mau da fita.

Minha mente automatocamente questionou-me O que Jesus faria? Repreendi-me por cogitar naquela atitude violenta, não fora aquele ser que Deus queria que eu fosse, mas alguém melhor, capaz de mostrar amor para aqueles que o desprezam, assim como Jesus nos ama mesmo com toda a nossa indiferença. Suspirei, baixei o braço e soltei-o. Não pensei duas vezes em sair o mais depressa daquele lugar.

Detalhei todos os acontecimentos ao meu pai, percebi através de seu olhar tristonho que aqueles ocorridos o deixavam inquieto. Eu também não encobri para ele que queria que o Senhor fizesse algo para me livrar daquela humilhação e doeu mais ao saber que nada sucedeu a meu favor.

- Sabe que eu me orgulho muito de você, certo? - Esfregou meu ombro, assenti com a cabeça - Ser um adolescente cristão é realmente complexo, mas você está a saber dar a volta por cima. Pode não entender agora filho, mas o Senhor nunca deixou de estar a seu favor. Por mais que eu e sua mãe o amemos, não existe alguém que se importa e se preocupa com você mais do que Deus. Todas as coisas acontecem para que Ele seja glorificado e por isso é crucial que o nosso ego seja ofuscado, para darmos somente espaço a Ele.

- Eu entendo, pai. - Mirei seus olhos marinhos - Mas está difícil suportar aquela escola, por que eles têm de ser tão intolerantes para mim se eu respeito às decisões deles?

- O ser humano é tão complexo que nunca perceberemos totalmente. Mas sabe o que nunca deve esquecer? - Neguei com a cabeça - Por vezes é necessário lidarmos com situações difíceis para relembrarmos que somente Deus está no controle e não nós. Deixa Ele em primeiro e no comando, pois Ele é fiel para terminar o que começou. Ainda que não consigas ver ou compreender, deixa Ele administrar a situação!

As palavras vindas dele perfuraram o mais profundo de meu ser, levando-me a refleti-las por longos segundos. De facto tudo o que se passara comigo me encaminhava a pura realidade de que na nossa mente humana, não temos nada como garantido. Momentos memoráveis e felizes, nos incitam a esquecer-se disso, porém na angústia da alma é impossível não nos recorrermos a um Ser maior que tudo isso.

- Amém, o senhor está certo. Eu prometo que jamais esquecerei isso. - Sorri fraco - Deus está no controle.

Meu pai assentiu orgulhoso. Logo visualizei alguns bilhetes saindo do bolso de sua jaqueta de couro. Um sorriso vitorioso rapidamente se apossou de seus lábios. Confirmei o porquê daquilo quando ele levantou-os em minha direção. Minha boca abriu-se de choque e entusiasmo.

- Isso são entradas do All-Star Game? - Perguntei de olhos arregalados. Ele acenou como se não fora nada, provavelmente sabia do efeito que eles estavam a ter sobre mim - Uhuh! - Dei o maior brado da minha vida. Meu pai gargalhou - Eu tenho o melhor pai do mundo!

Gritei entusiástico e em um sobressalto abracei o meu herói. Talvez eu estava velho demais para aquilo, mas só os amantes da NBA podem compreender como é ver uma partida das principais estrelas jogando em conjunto e ao vivo! O dia que estivera negro para mim, converteu-se num dos melhores que eu tive. Pena que a sensação não durou por muito - após algumas horas lidei com a reviravolta mais tenebrosa que alguma vez registara.

- Já estou pronto! - Terminei de fechar o blusão do Chicago Bulls, enquanto descia os últimos degraus - Vamos logo, não quero chegar atrasado.

Não obtive nenhuma resposta, estranhei já que meus pais desceram primeiro do que eu. A sala estava no vácuo sem nenhum sinal de vida e a TV completamente desligada, segui para a cozinha e por mais brega que eu creditava que fosse, sorri ao enxerga-los entrendidos em seu clima de amor. Era fácil pega-los aos beijinhos sempre que estivessem sozinhos. Eu pensava que se um dia eu ter uma família, tinha de ser realmente como a nossa, desejei aprender a amar uma mulher, como meu pai amava minha mãe.

- Eca! - Murmurei propositalmente, eles soltaram-se assim que notaram minha presença - Vocês estão aumentando minhas chances de querer sair de casa! - Petisquei na tigela de batatinhas que estava sobre a ilha central.

A mulher loira de olhos prateados e cabelo channel, riu desvencilhando-se dos braços de seu marido. O chão amadeirado ecoava seus sigilosos passos até mim.

- Acho que o meu bebê também quer um beijinho. - Falou com um beicinho estendido.

Alarguei uma exagerada expressão de pavor, eles gargalharam unânimes.

- É que nem pensar mesmo!

- Então veremos. - Ela sorriu sinistra.

Entendendo sua péssima intenção, recuei e tentei correr para a porta, mas seu esposo cúmplice trancou a fechadura. Quando dei por mim, estava correndo pelos espaços da cozinha com minha mãe atrás de mim afirmando "vou encher seu rostinho lindo de beijos" eu retrucava que jamais aconteceria aquilo, estava me tornando um homem, por nada deixaria tal ato acontecer. Contudo minhas chances foram por água, ao sentir meu pai prender-me detrás para eu ficar detido.

- Isso não vale! - Constestei intrigado - Vocês são uns grandes trapaceiros.

- Vamos a isso, amor. - Meu pai desprezou meus falatórios - Mostra algum amor para o nosso filhinho rabugento.

- Pode deixar, querido.

- Não, não, não...

Atropelei as palavras quanto mais ela aproximava-se até meu rosto ser inundando com vários beijinhos de minha mãe trapaceira. Só depois disso eles me largaram com um sorriso cúmplice, sem darem importância a minha face emburrada.

- Vocês merecem ser processados por não deixarem o vosso filho crescer! - Falei limpando o meu rosto com a palma das mãos.

- Nós nunca deixaremos você crescer, meu lindo. - Minha mãe soprou um beijo com a mão.

- Eu preciso de um irmão urgentemente. - Dramatizei minha condição de filho único.

Eles riram.

Se eu soubesse do que viria a seguir, daria de tudo para viver aquilo novamente. Em cada dia meus ascendentes inovavam mecanismos de provarem-me o quão amado eu fora! Com muita dor no peito, eu digo que aqueles foram os últimos minutos que vivemos juntos.

Até agora é nostálgico lembrar que subimos ao carro, como uma família que enfrentava os bons e maus momentos juntos e aquele passeio fora para me agradar, eu não escondia o fascínio em testificar que veria, pela primeira vez, uma partida do All-Star Game ao vivo. O veículo andava brandamente pela autoestrada, e por conta do cansaso que meu corpo trazia, minha mãe sugeriu que eu tirasse um cochilo e me acordaria quando chegaríamos ao pavilhão.

Simplesmente dormi, até ouvir a buzina brusca de um caminhão, sentir as luzes de faróis penetrarem os vidros do nosso carro, receber os gritos pavorosos de meus pais que se atirarem até o banco de trás para me livrarem da pancada que vinha ao meu encontro. Tudo o que eu lembro foi estar aconchegado no meio do abraço deles e de um enorme impacto na cabeça!

Desde aquele dia nada mais parecia fazer sentido, até eu conhecer Jasmin que despertou as profundezas por onde residiam meus sentimentos adormecidos. Ela foi o milagre que ressurgiu daquela toda desgraça, meus sonhos e esperanças haviam renascido. E se o Deus a quem eu sirvo e creio a trouxe para mim, eu sei que Ele é poderoso para traze-la de volta. Nada é impossível para Ele, e tudo é possível ao que crê. Então ganho forças e digo o inesperado! Talvez alguns chamarão de loucura, porém eu chamo de fé!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro