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Capítulo 13: Memórias a dois e a presente realidade

Os minutos do relógio se passam, enquanto permaneço com os nossos dedos enlaçados. Aperto-os com sutileza, não almejo larga-los tão cedo. Miro seus olhos cerrados cogitando a época em que nós formamos a vida que está em seu ventre. Provavelmente tenha sido na viagem de lua-de-mel, idealizo sobretudo o momento em que isso ocorreu.

Era num entardecer, os reflexos alaranjados do pôr-do-sol se infiltravam pelas paredes de vidro, ao mesmo tempo também fora possível visualizar o vasto aglomerado das águas azul-turqueza, que o Índico apresentava com exclusividade, através da substância transparente.

Eu saía do balneário com uma toalha amarrada a cintura, Jasmin parecia perdida ao encarar o universo paisagístico que a tarde proporcionava. Ela estava de costas, firmemente voltada para as janelas, sua concentração era tanta que nem percebera minha presença. Aposto que fazia suas análises geográficas, minha mulher não consegue evitar esse seu lado nerd, o qual sobressaia com tudo nalgumas vezes.

Então juntei meu corpo morno ao seu, abraçando-a de trás, notei que ela não se encomodara com o gesto ao sorrir, amparar sua nuca em meu peitilho nú e passar suas mãos sobre meus braços. Beijei seus cabelos que estavam mais secos do que os meus e com um perfume mais afeminado, provavelmente do novo champô que ela disse que estaria usando.

— Vamos jantar fora hoje? — Sugeri.

— Quero algo diferente. Só nós os dois e mais ninguém!

Percebi o sorriso tímido que floresceu em seus lábios, contudo inquestionavelmente tendencioso. Eu não sabia exatamente o que sua mente maquinava, mas realmente eu pagaria para ver aquilo. A curiosidade habitante em mim, almejava por tal.

— Sua ideia foi muito mais sedutora. — Ela riu — O que sugere? Sabe que estou ao seu dispor.

Minha esposa, sorriu e desvencilhou-se dos meus braços. Ela virou-se para mim com convicção, esticou a ponta dos pés e cochichou em meu ouvido, pausada e audivelmente:

— Espere para ver, tenho uma surpresa para ti.

Senti um arrepio entre minhas espinhas ao ouvir tais argumentos. Mas um sorriso intruso e intencional, velozmente se apossou de minha face. Assenti para ela que seguiu para o toalete, após deixar um selinho em minha boca.

Para ganhar o tempo, preferi me trocar enquanto fazia o compasso de espera. Coloquei uma bermuda azul-escura e uma camisa havaiana. Depois de terminar me assentei sobre a beira da cama, me destraindo com um jogo do celular.

Até que inevitavelmente o aparelho eletrônico deslizou de minha mão, cedendo até o tapete veludo que amparou a sua queda, impedindo-o de quebrar. E qual foi o motivo disso? Meus dedos simplesmente paralisaram, os olhos estavam arregalados enquanto engolia em seco ao fitar o que estava diante de mim.

— Perguntou quando eu voltaria a usar uma roupa dessa para ti, não é mesmo? — Falou segura de si, colocando uma mecha dos cabelos soltos por detrás da orelha — então, eis a sua resposta.

Minha boca ficou semiaberta e as pálpebras de maneira alguma pestanejavam. Eu desconseguira não admira-la. A imagem de minha mulher recostada sobre a porta do banheiro, usando uma camisa branca de linho, absolutamente transparente, deixava minha mente desorientada.

Na noite de núpcias ela usava uma peça intimista vermelha e aquilo me desnorteava, mas o traje que seu corpo vestiu, naquele momento, fora muito mais ousado. Ela encarava-me desafiadora e com muita segurança, diferente da garota meio insegura que eu vi na nossa primeira noite.

Uma mulher madura, confiante de si, como se soubesse o exato domínio e controle que tivera sobre mim, era tudo que conseguia enxergar no início daquela noite. Eu realmente estava encantado por tudo o que meus olhos deslumbravam, apenas me certificava de como ela é extremamente linda e atraente.

Meus pés não vacilaram em se aproximar dela, aquando meus braços circundaram sua cintura. Já os meus olhos metediços, detalhadamente percorriam sobre seu corpo. Pensei em como sou um homem abençoado por tê-la como esposa.

— Você é perfeita. — Falei distribuindo beijos em seu pescoço — Eu te amo. — Concluí com um sussurro tênue, em seu ouvido.

Os nosso lábios se encontraram e eu a beijei mansamente, mas aos poucos o beijo se tornava emergente como se aquilo fosse algum antídoto. Meus braços tiraram seus pés do chão e carregaram-lhe, aninhando ela em meu colo, enquanto caminhava em direção a cama.

Repousei seu corpo sobre a King size, com cautela, e no preciso instante tudo o que vinha a mim foi ama-la, como se minha alma se desesperava por aquilo. Nos braços dela o mundo parou de existir, parecia que era somente nós, tal como minha mulher afirmara que queria.

Ainda envolvidos no inquestionável clima de amor, as gotas de chuva iniciaram a embater sobre o telhado e as janelas cristalinas. A natureza brava aumentava as chamas da paixão que se acentuavam em nossas entranhas.

— Eu te amo, minha benção. — Falei com firmeza.

Ela sorriu.

— Eu também te amo, meu marido.

Inúmeros trovões e relâmpagos surgiam, o sonido do agitar das águas oceânicas era evidente, o bramir das precipitações ecoavam com maestria — ao passo que duas pessoas consumavam o seu amor, dentre todo aquele cenário, sem qualquer tipo de jatância! Era simplesmente belo e prazeroso. Certamente fora uma das melhores noites de nossas vidas e induvidavelmente o nosso filho foi feito com imenso amor.

O apito de meu aparelho tefefónico desperta-me da viagem mental. Retiro o smartphone do bolso da calça e visualizo a SMS esbanjada nas notificações do ecrã:

“Estou lhe aguardando na recepção do hospital.”

Não consigo ocultar a enorme emoção após ler os escritos. A única pessoa que pretendo ver e talvez que poderá compreender-me, deletando as represálias que logicamente poderia ouvir, está cá. Sussurro um breve adeus para minha esposa, beijo sua testa, de modo demorado, e sigo para o piso abaixo da unidade hospitalar.

O turbilhão de sentimentos que pesam meu peito, se intensificam no exato segundo que avisto o homem de meia idade, de estatura alta, aparência firme e cabelos grisalhos assentado em uma cadeira, de pernas cruzadas, lendo o jornal em sua posse. Por um momento me esqueço que sou um adulto e acelero os passos até ele.

Ao notar-me, ele levantou-se e como se já cogitasse o que meu ser anseia, me amparara em seus braços e nele eu me afundo, deixando as lágrimas correrem no tão esperado abraço totalmente paternal. Sim, é o que realmente careço.

— Tudo bem, filho. — Sinto leves batidas em minhas costas — Eu estou aqui.

— Ainda bem que está aqui, tio. — Minha voz embargada, desabafa.

{…}

— Como ela está?

Meu tio repousa a chávena de café fumegante sobre a mesa, que se encontra entre a parede de vidro que esbanja a paisagem dos edifícios da cidade, abaixo do céu parcialmente nublado.

A questão me leva a suspirar fundo, amparando minhas costas na encosta da cadeira de madeira, ligeiramente pesquisando uma forma inteligente de dizer o que pretendo. Sem muitos êxitos, apenas disparo:

— Ela está grávida, tio Carter! — Um sorriso acanhado pousa em meus lábios.

Consto o impacto que isso trouxe sobre si, depois de ele parar de misturar o açúcar em sua bebida, deixando a colher no ar. Ele emudece, apenas fixa seus olhos em mim, dando a deixa para eu prosseguir.

— Acabei de saber na manhã de ontem. Eu não desconfiava de nada. — Junto minhas mãos sobre a mesa — Confesso que ainda estou a assimilar, mas é isso o senhor será tio-avô.

— Oh Céus! — Ele dá um riso contagiante — Eu não acredito que o meu rapaz será pai. — Finaliza com seu típico sotaque australiano.

Erge-se do assento, vindo ao meu encontro onde me abraça com bastante entusiasmo e os nossos risos impressos abafam metade do refeitório, é uma sorte ele estar vácuo por agora, senão incomodariamos outros fregueses. A alegria de meu tio é tão imensa, que por segundos parecia que ele é quem será o pai.

Depois dos nossos ânimos estarem calmos, compartilho sobre as coisas que tenho lidado, nas últimas horas. Eu contei a ele tudo o que acontecera, na verdade foi o único com quem tive coragem de falar. Os parentes de Jas não têm noção do que se passa, eu não tenho coragem de contar algo do tipo, não ainda, sobretudo para sua mãe.

Contudo, o tempo que estou a ter ao lado dele, se torna valioso e muito terapêutico para mim. Por um instante esqueço do tio ausente e somente me afeiçoo ao tio presente que ele era, antes do acidente que levou a vida do seu irmão. Eu entendo a dureza dessa perca, mas é dificil saber que além de eu perder o pai, também perdi o tio mais próximo que já tive, embora que o próprio esteja em vida.

Ele nem esteve no meu casamento, e não é pelo fato de residir na Austrália pois é um homem elevadamente rico, sendo possuidor de alguns jatos privados, mas resumidamente faltou por conta das “inadiáveis viagens de negócios” segundo ele. Bom, mas isso será um outro capítulo.

A ausência dele num dos dias mais memoráveis da minha vida, deixou-me abalado, porém saber que percorrera um voo de 12 horas, para estar comigo nessas horas tenebrosas, me faz estar amplamente grato.

Uma semana transitou e minha mulher continua internada em estado de coma. O quadro clínico não demonstrou melhorias, a parte positiva é o fato dos médicos estarem a investigar inúmeros tratamentos que poderão beneficia-la o mais breve possível, sem colocar em risco a vida do bebê.

Gostando ou não, precisei ter coragem de contar o que sucedera com Jas, aos seus próximos. O difícil foi ter de encarar a mãe dela arrasada quando recebera a pavorosa notícia.

Mas desconsegui falar do filho que nós esperamos, seria muito para ela engerir o estado delicado da filha e sua gravidez nas mesmas condições. Preferi reservar o assunto, para uma outra ocasião, e espero muito que seja com minha esposa lúcida e recuperada.

Nesse momento o som das precipitações em estado líquido, caindo de maneira branda, no chão da varanda do aposento, obriga-me a desfechar os olhos. Os cortinados cobrem somente as laterais da janela e o centro fica exposto, logo consigo visualizar as águas, provenientes das nuvens carregadas, descerem até a baía de San Francisco.

Novamente minha mente teimosa, imagina o que claramente aconteceria se ela estivesse aqui. Hoje é sábado, nenhum de nós trabalha, e com esse dia cinzento permanecer em casa na companhia de minha mulher grávida, seria uma bela opção. Eu inundaria-lhe de mimos e nem a autorizaria a sair da cama, já que é o primeiro trimestre de gestação, precisaria me certificar que ela estará em repouso absoluto para seu bem estar e do nosso bebê.

Estou ciente que me martirizar sempre com esses pensamentos, não é tão saudável para minha mente, mas me refugiar a essas deduções é menos assustador do que aceitar a realidade, pelo menos suposições conseguem semear alguma esperança em minha alma inquieta.

Para me desligar de toda essa tensão, opto em ter um rico tempo de meditação bíblica e oração, onde intercedo pela vida do meu amor e do nosso fruto em seu ventre. Um milagre divino é o que necessito agora. Então ao entrar no desespero e ser imbuído por alargadas dúvidas, o Espírito Santo fala as seguintes palavras:

Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais Ele fará.*

Minha alma inicia sendo ministrada pelo seguinte:

Não há  nada que não esteja ao alcance de Deus, todos os gigantes que se levantam contra nós, a seu tempo cairão. O senhor está acima de qualquer preocupação, aflição e espinho de nossa alma. Se nós cremos que Ele está acima de tudo e de todos nunca veremos uma muralha permanente. Tal como o muro de Jericó, Ele também derrubará todo o obstáculo que se levanta contra nós.

Não é sobre o que eu penso ou sinto, mas sobre quem Ele é. Mesmo eu sem entender ou não ver lógica. Ele sabe o que faz, Ele tem o melhor para mim. Muito antes de eu existir Ele já teve um propósito para minha vida e é nisso que devo-me apegar.

Sinto a voz de Deus sussurrando de maneira terna:

“Apenas confie, não questione ou duvide. Só persista em confiar. Pois os que confiam no Senhor, renovarão as suas forças.”

Sim, é isso. Preciso entregar, confiar e descansar, pois Ele é fiel para cumprir o que promete. Não há coisa alguma que não coopere para o bem dos que amam a Deus, por mais impossível que for a situação. O Senhor não podia ter trago palavras mais convenientes pelo que eu enfrento. Eu devo aprender a confiar, não importa o tamanho do monte que estiver diante de minha pessoa, pois Ele tem poder, o suficiente, para derrubar todo tipo de montanha, a favor daqueles que fixam sua fé nEle.

Após o tempo renovante e motivacional que eu tivera com Deus, conduzo-me ao balneário, autorizando os líquidos mornos jorarem em meu corpo, o que de certa maneira me estimula a relaxar das inquietudes pelas quais tenho batalhado. Contudo despacho-me nisso.

Já a dois dias atrás, eu apanhara um resfriado severo. Logo precisei ficar acamado em casa e suportar não ver minha esposa naquele intervalo de tempo, mesmo tendo os relatórios sobre o quadro clínico dela, de hora em hora, fora inevitável não preocuparar-me. Estou bastante melhor e graças a Deus hoje posso voltar a estar com ela.

Eu descobri nitidamente que tem um espaço da minha vida, do qual somente Jasmin é capaz de preencher, ainda que esteja desacordada. A presença dela tem um efeito tão acalentador em mim, que eu próprio jamais entenderei. Várias vezes desconsigo descrever ou explicar o amor que tenho por ela, essa é uma das circunstâncias.

— Agora preciso ir, tio!

Afirmo ao pousar o copo, que continha o suco de laranja, sobre o balcão da cozinha. Meu tio assente terminando de engolir a porção do pão torrado com abacate e ovos escalfados, típico do café dos australianos.

— Tudo bem, Willian. — Dá um gole no expresso que fumega — Irei lhe encontrar por lá.

Assinto para ele, caminhando para a porta até sua voz paralisar os meus passos.

— Quando pretende se expressar acerca da gravidez de Jasmin à sua mãe?

Engolo em seco.

— Sinceramente, não sei.

Ele suspira fundo, repousa a chávena em cima da mesa, levantando-se da cadeira estofada e direcciona-se a mim.

— Que tal hoje? — Coloca sua mão sobre meu ombro, buscando respostas em meu olhar — Penso que já é o momento de encerrarmos esse capítulo. Na qualidade de avó do seu filho, ela carece tomar esse conhecimento quanto mais cedo. Precisa parar de adiar esse assunto.

Enquanto conduzo na autoestrada, com o tráfego menos agitado do que o comum, reflito no desafio de meu tio. Desconsegui responde-lo naquele momento, porém essa matéria cumula meus pepensamentos.

Apenas contei que Jasmin sofrera um acidente e jazera num hospital, mais detalhes não dei e eles não questionaram como, o choque em saber que ela não estava bem não lhes levara a buscar argumentos, só almejavam que ela melhorasse.

Meu medo é deixar minha sogra sofrer, ao cogitar na hipótese de sua filha estar grávida num estado de coma indeterminante. Ela é médica e estará patente dos enormes riscos de um aborto, se ela não reagir logo.

Como ela irá ficar ao tomar conhecimento de que sua filha está lutando pela sua vida e do neto, por culpa do seu marido? Mary tem sido um enorme apoio para mim, posso estar sendo egoísta, mas não quero lidar com a indiferença dela, não que eu não seja digno de tal, mas eu não sinto-me preparado.

Adentro para o centro médico, sem ainda ter um veredito do que fazer. Meus pés formigam quanto mais aproximo-me do quarto de minha mulher, estando ciente de encontrar sua mãe lá e não ter norte algum de como irei-me proceder.

Por fim visualizo, através da vidraça da janela a poucos metros de mim, a imagem de minha sogra sentada na cadeira ao lado da cama onde reside o meu amor, que ainda parece viver em um mundo muito distante do planeta terra, deixando seu corpo extremamente abandonado.

De um jeito uniforme e instantâneo lembro das palavras que o Espírito Santo me ensinara nessa manhã, em como é fundamental eu entregar, confiar e descansar. Percebo que o controle não está comigo, mas com Deus.

Ele está a administrar a situação e isso supera tudo, sobretudo os meus medos e receios, e através disso eu não tenho o que temer. Embora que todos se revoltem contra mim, até mesmo a mãe da mulher que eu amo, eu sei que não estou só, Deus está comigo. Por isso farei o certo, independentemente das consequências. Ele não me deixará ou desamparará.

— Desculpa pela intromissão. — Falo após reproduzir duas batidas na porta — Mas preciso falar contigo, Mary.

— Oi querido. — Seus olhos voltam-se para mim, acompanhados de um sorriso genuíno — Está melhor?

— Estou como novo, sogrinha. — Desvio o olhar até Jas, que respira através dos aparelhos, meu coração aperta. Nunca será simples encara-la nessa condição — Como ela está?

— Na mesma. — Abre um longo suspiro — Então, o que deseja falar comigo?

— Pode ser noutro lugar?

— Claro!

Assim que ela ergue-se, um estrondo amedrontador ecoa pelo quarto. Meu ser paralisa e desconcerta ao testificar que o apito das máquinas, que monitoram os sinais vitais de minha esposa, disparam absurdamente como alerta de um  filme de terror.

Inerte, somente consigo ouvir Mary gritar desesperadamente para seu médico vier atende-la, afirmando que a minha Jasmin esteja tendo uma parada cardíorrespiratória. Meus olhos iniciam a verter lágrimas, enquanto observo os profissionais de saúde, executarem compreensões em seu peito e os números do monitor cardíaco continuarem  descontrolados.

Os bips ficam cada vez mais insuportáveis, a voz do médico berrando que nada está resultando, atormenta minha alma. Os soluços da mãe de Jas, amparada em meu abraço, desesperam as minhas estranhas. Meu interior roga, em súplicas contínuas, para que Deus venha salvar a mulher que eu amo.

Me vejo simplesmente na imagem de um homem, de 26 anos, morrendo minuciosamente ao cogitar na grande probabilidade de perder sua dádiva do céu, com apenas um mês de casamento! Ainda que um pouco afastado de seu corpo, através da ordem dos médicos, enxergo todo o espaço de acontecimentos horrendos. Como uma história de amor, inofensiva podera chegar a esse extremo?

Os choques, emitidos pelo desfibrilador cardíaco posto em sua caixa tórax, obrigam-me a abandonar minhas pesadas deduções e cair na crua realidade. Eles liberam a energia do aparelho mais de duas vezes, contudo nada normaliza!

Não pode acontecer algo com ela. Jasmin não pode-me deixar, o que será de mim sem ela? Certamente que eu nunca mais serei o mesmo. Eu estaria condenado a viver em sombras, caso o indesejado aconteça.

“Por favor, Senhor, não a leve. Traga-a de volta. Eu lhe suplico.” — Imploro, sentindo o suor deslizar em minha face.

Minhas esperanças são esmagadas, no preciso segundo em que os números das máquinas se convertem em zero, a equipa médica para de insistir com as estratégicas tentativas de socorro, transparecendo um pesaroso semblante de derrota. O médico visivelmente lastimoso, troca de olhar com os enfermeiros que acenam pesarosos, alguns não aguentam reprimir as lágrimas.

Eu queria nunca ter de assistir isso, pois fora a típica e conhecida expressão, usada nas séries médicas ou longas metragens, quando chega-se ao consentimento da hora do óbito registada ao paciente. Então, meu mundo para de funcionar!

*Salmos 37:5 (JFA)

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