Capítulo 1 - It's Been a Long, Long Time
"Never thought that you would be
Standing here so close to me
There is so much I feel that I should say
But words can wait until some other day
Kiss me once
Then, kiss me twice
Then, kiss me once again
It's been a long, long time
Haven't felt like this, my dear
Since can't remember when
It's been a long, long time
You'll never know
How many dreams I dream about you
Or just how empty they all seem without you
So, kiss me once
Then, kiss me twice
Then, kiss me once again
It's been a long, long time"
Era o que se escutava na rádio, assim que a música terminou, Alastor, o locutor, se despediu de seus ouvintes e encerrou a transmissão.
Ele era um famoso radiolocutor de Nova Orleans, na cidade ouviam suas transmissões diárias, recebia diversos elogios e tinha muitos fãs. Ele dava as notícias, tocava as melhores músicas, lia trechos de poemas que sabia que aquecia os corações de todos.
Se despediu do pessoal que ficaria para a limpeza e saiu pela porta da frente. Estava de noite, mas ainda havia pessoas nas ruas, casais para ser mais específico.
- Boa noite. - Alastor desejou à um casal de namorados que passou por ele.
- Alastor. - Um sussurro fez o locutor de rádio parar no meio de seu caminho.
Ele olhou para trás, notando que, simplesmente, como num passe de mágica, todos na rua haviam sumido. O ar estava mais gelado e sombrio, mas Alastor não se intimidou.
- Alastor. - Outra vez a voz sussurrou, ela vinha de um beco à alguns passos de distância do locutor.
Alastor, calmamente, caminhou até o beco, olhando para dentro dele, não encontrando nada além da escuridão.
De repente, um par de olhos vermelhos brilhantes surgiu no meio do beco, olhando diretamente para Alastor.
Em silêncio, Alastor observou os olhos se aproximaram cada vez mais de si, até que, de dentro do beco, surgiu um homem baixinho, loiro, e adorável. Os olhos carmesim agora eram azuis e ele tinha as bochechas coradas.
- Lúcifer. - Alastor suspirou, sorrindo para o homem à sua frente.
A mão do locutor foi até o rosto do loiro, porém Lúcifer se afastou, olhando para os lados.
- Aqui não. - Lúcifer lembrou, e Alastor olhou ao redor, notando que as pessoas haviam voltado. Realmente, não deveria demonstrar afeto à outro homem no meio da rua, iriam pensar "coisas erradas".
- Vamos pra minha casa. - Alastor sugeriu, vendo Lúcifer assentir e os dois começaram a caminhar lado à lado, à uma distância segura para que não gerasse desconfiança dos demais.
E sim, Lúcifer. O Lúcifer; o Anjo caído, o Diabo, como você quiser o chamar. Não foi difícil para Alastor descobrir a identidade do Rei do Inferno, mas isso não o assustava nem um pouco, não quando Lúcifer era o ser mais bondoso e adorável que já tinha conhecido em toda sua vida, depois de sua adorada mãe.
Alastor não tinha medo de ir para o inferno, pelo contrário, até o almejava. Assim que chegasse no inferno, iria atrás do seu pai, o causador de toda sua dor. E Lúcifer, ao ouvir sua história, prometeu o ajudar. Alastor não deixaria seu pai em paz nem na sua morte.
O pai de Alastor havia sido sua primeira vítima. Alastor sempre foi intimidado por aquele homem, e tudo estaria bem se ele tivesse somente Alastor como alvo, mas a mãe dele também era um alvo. Constantemente, todos os dias, ele batia nela, e Alastor não podia fazer nada, não tinha forças, era somente uma criança.
Mas Alastor cresceu e, em um dia que seu pai passou dos limites com sua mãe, à matou e fugiu, Alastor decidiu se movimentar.
Os policiais o procuraram por todo lugar, mas foi Alastor quem o encontrou primeiro. Alastor, ali, cometeu seu primeiro pecado, matando o seu próprio pai.
Mas não tinha sido o suficiente, Alastor não iria permitir que seu pai fosse encontrado e tivesse um enterro digno, então profanou sua carne, à consumindo. E ele continuaria à sofrer no inferno, Alastor jurava pela sua alma já condenada.
- Chegamos. - Alastor anunciou, abrindo a porta com sua chave e deixando que Lúcifer entrasse primeiro, em seguida entrando e trancando a porta novamente.
Assim que se virou para Lúcifer, sentiu o pequeno se jogar em seus braços, o apertando em um abraço.
Alastor sorriu e devolveu o abraço.
- Eu ouvi sua transmissão. Aquela música foi pra mim? - Lúcifer perguntou, com as bochechas se torando ainda mais rosadas.
- Todas as músicas que eu toco na rádio, desde que eu te conheci, são para você. - Alastor confessou, vendo Lúcifer sorrir.
- E antes de mim, para quem você dedicava essas músicas?
- Aos casais apaixonados. Eu nunca senti esse sentimento antes, Lúcifer. - Alastor respondeu, ouvindo um suspiro do demônio, enquanto seu rosto caía para baixo. - Ei, o que foi? Eu sei que você quer me dizer algo, eu conheço você, Patinho.
Lúcifer ergue os olhos, estavam marejados, porém tinha um sorriso no rosto pelo apelido que Alastor o chamou. Alastor explicou que o apelido se devia ao fascínio de Lúcifer por patos. O locutor não entendia aquela obsessão, mas não deixava de achar fofo.
Alastor pegou na mão de Lúcifer e o levou até o sofá de sua sala, ambos se sentaram um de frente para o outro.
- Hm? Me fala, o que está acontecendo? - Alastor perguntou, levando os lábios até a testa de Lúcifer, deixando um beijo casto na região.
- Alastor, eu sou casado e tenho uma filha. - Lúcifer despejou aquela informação de repente.
Alastor, surpreso, se afastou de Lúcifer o suficiente para encarar o rosto do demônio.
- D-desculpa! - Os lábios de Lúcifer tremeram e de seus olhos caíram lágrimas. O demônio escondeu seu rosto no peito do locutor, chorando. - Desculpa, Al. Eu não queria esconder i-isso de você.
A mão de Alastor foi até os cabelos loiros e os afagou, sentindo um cheiro maravilhoso vindo deles.
- Essa conversa está com cara de despedida. - Alastor comentou. - Você veio se despedir?
- E-eu não quero mais mentir pra.. você, e-e minha Char-Charlie merece uma família unida e fe-feliz. - Lúcifer explicou em meio as lágrimas, se afastando do peito de Alastor e o encarando.
- Eu entendo. - Alastor levou as mãos até o rosto de Lúcifer, secando as lágrimas com os dedos. - Eu não me importo.
- O que? Como assim, não se importa? - Lúcifer interrompeu o seu choro. - Você ouviu o que eu disse?
- Sim, ouvi claramente. - Alastor deu uma risada pequena. - Você tem esposa, e uma filha que deve ser tão linda como você, tudo isso.
Alastor segurou uma das mãos de Lúcifer e levou até a altura de seu rosto.
- Mas você não disse que não gosta de mim. - Alastor lembrou, beijando a mão de Lúcifer.
Já Lúcifer, voltou à chorar e se jogou novamente nos braços de Alastor, beijando seus lábios.
- Eu te amo! - Lúcifer confessou, um pouco abafado por conta do beijo. - Mas eu amo elas também. Eu não posso escolher!
- Ei.. - Alastor deixou um selinho nos lábios de Lúcifer. - Eu também te amo. É isso que importa. Prometa que não vai me deixar, ok? Eu preciso de você.
- Eu prometo. Eu te amo, muito. - Lúcifer confessou novamente, se aproximando do mais alto e beijando seus lábios.
Alastor correspondeu ao beijo e, em seguida, deitou Lúcifer no sofá, ficando por cima do demônio.
Os beijos foram ficando cada vez mais intensos, até que Lúcifer os parou, encarando Alastor, ofegante.
- Acho melhor a gente... Parar por aqui. - Lúcifer disse, tentando recuperar a respiração.
- Eu não quero parar. - Alastor respondeu.
- Mas você disse que...
- Shh. - Alastor o calou com um selinho nos lábios. - Eu sei o que eu disse sobre isso. Mas eu quero fazer com você, eu quero mostrar meu amor por você, Lúcifer.
Alastor, então, retirou o seu paletó e, em seguida, desabotoou sua camisa camisa, revelando seu tronco.
Lúcifer suspirou, admirando o corpo de Alastor. Ele era magro, mas possuía alguns músculos, a pele era negra e estava cheia de cicatrizes, dadas por seu pai na infância e parte da adolescência, mas Lúcifer o achava o humano mais lindo que já tinha conhecido.
Lúcifer o puxou novamente para que ficasse em cima de si, e voltou à o beijar, sendo correspondido imediatamente.
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meu xwitter e meu ttk estão cheios de radioapple e eu simplesmente PRECISAVA escrever algo deles, antes que eu enlouquecesse
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