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Playboy.
Papo reto aqui, nunca duvidei do que a Bianca sente por mim um segundo se quer. Mas o tempo faz muito bagulho mudar, passei um ano longe dela, tinha muito bagulho diferente!
Tava do lado dela, amava ela pra caralho, ainda era minha razão tá aqui, mas as vezes me perdia porque parecia que nós não tava no mesmo lugar, não tava encaixando ali.
O Leandro deixava isso mais suave, porque ele fazia a gente ter algum bagulho em comum ao ponto de poder falar sobre isso. Mas era estranho pra caralho, eu não sabia se só eu tava marolando nisso.
Nunca fui de ouvir boato da rua, esse papo nem faz a minha mente. Conheço minha mulher, é papo reto?! Depois de tudo, Bianca não teria coragem de me trair irmão, namoral.
Assim como eu nunca tive esse pensamento, mesmo sendo o maior filho da puta, pra mim sempre foi ela.
Mas foi um ano longe, não sabia se ela ainda tava legal pra continuar isso. Se ela tinha mudado de escolha, sei lá irmão, altos bagulhos pareciam ter mudado.
Só de pensar em não ter mais ela eu ficava maluco, tratava ela mal e nem era porque eu queria, eu só ficava bolado suficiente pra minha mente bater mil neuroses, e eu mermo sabia que ela não merecia porra nenhuma dessa maneira.
Bastou eu escutar os menor comentando: "Mulher do Playboy tava na maior amizade com o Guto né pô? Tu acha que continua depois que o marido dela voltou?". E a risada dos moleques.
Briguei com geral e se não fosse o Jacaré eu tinha matado os cara ali mermo, papo de ficar soltando papinho da minha mulher por aí é foda...
Depois que o Leandro comeu, ajeitei ele e fiquei uns dez minutos andando com ele, pra dar um banho nele. Fiz os bagulhos tudo certo e coloquei o traje de bandido pra ele dormir, coloquei ele no cama, levantei às proteção e fiquei olhando ele, até ele dormir.
Peguei a parada de vídeo, liguei e levei uma pro quarto. Bati na porta que tava trancada com a maior paciência do mundo, mas quando eu bati pela quinta vez já tava ficando puto com o bagulho. Eu ia bater de novo mas escutei ela abrir, tava com cara de sono e enrolada na toalha ainda.
Eu passei direto indo tomar banho e quando sai ela tava da merma forma jogada na cama, de toalha e encolhida, dormindo sem nenhuma preocupação com a vida.
Vesti minha roupa e me sentei na cama olhando pra ela, fiquei encarando ela por maior cota ali sem saber o que fazer. Não queria me ver perdido sem ela do meu lado, namoral...
Me levantei procurando uma das roupas de dormir dela e tentei vestir ela, e assim que eu coloquei o short ela abriu os olhos, ela não tava nem dormindo, fez de propósito. Mas ela abriu o olhos e ficou me olhando, enquanto eu sentei na cama, de frente com ela.
Fiquei calado por maior tempão, parecia que eu tinha altos bagulhos pra falar, mas nada tava afim de sair...
Playboy: Os corres daqui são tranquilos, mas a grana não rende muita coisa. É diferente de eu ser frente lá da Rocinha, papo de vida tranquila...- Foi o único bagulho que eu consegui falar.
Bianca: Lá eu vou ficar sozinha, além de que pode ser mais grana, mas o risco é muito maior... Eu não acho justo te perder depois de tudo, é até surreal existir essa possibilidade! - Falou com a voz baixa.
Playboy: A gente sempre viveu nessa possibilidade, Bianca. Lá é mais perto da Bárbara e Moreno também pô, jacaré não vai deixar de ir e vir ver o Leandro nunca!
Bianca: Você vai passar muito mais tempo fora, como vou ajustar meu curso, cuidar do nosso filho e arrumar um trabalho? - Respirou fundo.
Playboy: A gente dá um jeito nesse bagulho, tu sabe que pra todos esses bagulhos tem uma forma de resolver.
Ela ficou calada me olhando com uma cara de tristeza, nem eu entendia o porquê, mas tava me deixando malzão.
Playboy: Se tu não quiser ir mermo, a gente fica.- Falei abrindo mão do bagulho que eu mais queria no momento, mas preferia ficar do que ir com ela bolada.
Bianca: Eu tenho medo de me prender totalmente a você de novo. Eu te amo, te amo muito, mas é assustador como eu vivia minha vida em função de você. Aqui eu me sinto livre, porque é onde eu comecei uma vida, eu tenho medo de ir pra lá e perder minha essência, tudo que eu consegui melhorar em mim!
Playboy: Jamais eu quero isso pra tu, Bianca.- Falei encarnado ela.- Eu faço o bagulho que você quiser pô, não entendo porra nenhuma, mas tá tudo nas tuas mãos, sempre foi assim! Essa parada é por vocês, eu tô ligado que tu sabe o melhor pra nós.
Bianca: É só que agora é tudo diferente, não é? Não existe mais cabeça ou fogueteiro, não existe mais nada que te faça chegar bêbado, drogado, ou algo do tipo... Eu não preciso me preocupar com isso, né? - Neguei.- Tudo bem, só preciso de um tempo pra organizar tudo.
Ela se sentou na cama limpando o rosto e eu olhei pra parede, neguei com a cabeça e dei os ombros.
Playboy: Foi mal por falar o bagulho do Guto aí.
Bianca: Ele só é meu motorista, me ajudava com as compras, com as visitas ao médico do Leandro... Nada além disso. Não sei o que você ouviu, nem porque quis acreditar. Não entendo se ainda há dúvidas, tipo, é você Lucas... É literalmente você, e é meio óbvio, não?!
Playboy: Hm, tá na cara pra caralho.- Gastei fazendo ela soltar uma risada.- Nenhum neguin alcança meu lugar.
Bianca: É basicamente impossível.- Falou rindo e eu abracei ela.- Só estamos meio desconectados, desculpa. Eu juro que é o sexo, tá faltando sexo.
Playboy: Pilantra! - Falei quando ela me beijou e eu soltei uma risada.
Bianca subiu em cima de mim me beijando e eu abracei o corpo dela, sentindo o cheiro e cada toque dela sob o meu corpo.
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