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Bianca.

Primeiro mês de vida do bebê da mamãe e eu tinha vindo almoçar com ele na casa da Laís, eles fizeram maior almoço e me chamaram. De início eu ia fazer na minha casa, mas eles insistiram pra ser aqui porque tem mais espaço, tem churrasqueira, piscina e tudo.

Eu chamei a Babi e o Victor também, pois como de início ia ser na minha casa, não havia problemas. E eles serem convidados pra cá também não, apesar das meninas não serem amigas, não eram inimigas. E além, o Victor e a Leticia estavam super amigos brincando.

Jacaré: Falta quanto tempo pra ele sair da tranca? - Falou enquanto bebia a cerveja.

Bárbara: Três meses. Vai completar oito anos já, finalmente ele vai voltar.- Falou sorrindo.

Bianca: Meu marido vai ficar sozinho.- Choraminguei.

Bárbara: Capaz do Moreno querer ficar lá viu, mana?! - Falou negando.- Nunca vi ele tão grudado com alguém como é com o Playboy.

Jacaré: Os mano fala que Play é puro ódio e Moreno só quer saber dos bagulhos tranquilos.- Soltei uma risada.- Disseram que parece pai e filho.

Bárbara: Moreno tem mania de querer cuidar dos seus, desde que o Playboy entrou ele disse que sentiu que era um moleque bom. Não tava errado, agora não quer desgrudar!

Bianca: Eu penso muito se eu vou criar meu filho por sete anos sem ele...- Falei olhando o Leandro que tava no carrinho do meu lado.- Tudo que eu mais quero é ver ele segurando o Leandro no colo.

Bárbara: Ele vai sair o quanto antes cara, tenho certeza que vai dar certo. Você vai ter ele o quanto antes.- Apertou minha mão.

O raidinho do Jacaré tocou e ele se afastou, Babi beijou meu ombro e eu olhei pro Leandro, um minuto depois o Jacaré voltou me olhando feio, eu olhei pra ele sem entender e ele abriu o bico.

Jacaré: Disseram que o Cabeça tá aí, e quer ver o Leandro.- Falou sério.

Bárbara: Pelo menos ele tá em paz né?! - Olhou pra nós dois.- Dá um tempo dessa confusão pra descansar.

Bianca: Desce comigo? - Jacaré me encarou por uns segundos e concordou, mas de cara fechada.- Vai ficar aí? É rapidinho.

Babi confirmou e eu tirei o Leandro do carrinho, ajeitei ele nos meus braços e fui saindo com o Jacaré, ele avisou a Laís que tava tomando banho e desceu de carro comigo, quando a gente chegou lá o Douglas tava encostado na moto, eu desci do carro olhando pra ele e me aproximei, vendo ele olhar pro Leandro.

Bianca: Lembrou do primeiro mês?! - Ele confirmou com a cabeça.

Cabeça: Trouxe um bagulho.- Me deu uma sacola.

Perguntei se ele queria segurar o Leandro e ele confirmou, coloquei meu filho nos braços dele e ele segurou ele com maior cuidado do mundo. Achei tão bonitinha a cena que perguntei se podia tirar uma foto, cabeça negou mas mesmo assim eu ignorei, e tirei uma foto porque o filho era meu então eu decidia.

Bianca: Se você aliviasse meu lado e me deixasse mandar cartas pro Playboy, ele iria ficar feliz em receber essa foto.- Falei irônica.

Cabeça: Carta? - Falou sem entender.- O que eu tenho a ver com isso?

Bianca: Você não deixava nem minhas cartas entrarem lá, nem as dele saírem.- Cabeça negou.

Cabeça: Tu acha mermo que eu vou tá perdendo meu tempo proibindo carta? - Falou debochando.- Alguém que tá do teu lado que deve tá desviando os bagulhos aí.

Ele falou olhando pro Jacaré que tava dentro do carro e com a pior cara do mundo pra ele, eu neguei deixando esse assunto de lado e ficando calada.

Cabeça: Mandei liberar a ligação de vídeo toda semana, mete o louco pro meu lado não.- Falou me entregando o Leandro.

Bianca: Valeu.- Olhei pro Leandro que começou a chorar assim que toquei nele.- Obrigada pelo presente, e por vim.

Douglas balançou a cabeça subindo na moto e eu entrei no banco de trás do carro, coloquei o pano em cima dando de mamar pro Leandro e o Jacaré me olhou.

Jacaré: Tu acha que esse bagulho de carta é verdade mermo? - Olhei pra ele.

Bianca: Eu espero que não, porque se for, eu sei quem fez isso.- Falei encarando ele.- E não vou entender de forma alguma, Felipe.

Ele balançou a cabeça e ligou o carro, respirei fundo ajeitando o Leandro e a gente foi pra casa dele, a mesa tava pronta só esperando a gente e eu ia me sentar, mas o Jacaré me puxou.

Jacaré: Aí Bárbara, olha os moleques aí.- Falou e ele concordou comendo um pedaço de carne.- Sobe aqui, Laís.

Nos três subimos enquanto a Laís perguntava o que tava rolando e ninguém respondeu, entramos no quarto deles e o Jacaré nem me deixou falar.

Jacaré: Cadê as cartas do Playboy e da Bianca? - Falou alto, ela ia falar mas ele não deixou.- Eu não vou pedir de novo, papo reto!

Ela ficou parada mas quando ela se mexeu e abriu o guarda roupa eu neguei com a cabeça sem acreditar, quando ela colocou as cartas em cima da cama eu dei uma risada irônica.

Laís: Eu tava tentando te ajudar, você era muito dependente dele e eu só queria ver você feliz, não leva a mal.- Falou com voz de choro.- Eu gosto muito de você, eu só tava preocupada.

Bianca: Cara, não acredito nisso.- Falei negando.- Não tem como tu se dizer minha amiga e fazer isso!

Laís: Não fica chateada comigo, eu só tava tentando te ajudar.- Tentou segurar minha mão, peguei as cartas da cama e me afastei.

Bianca: Era um processo meu, no meu tempo. Não precisava de nada forçado porque eu sabia o que eu estava passando. Você é uma filha da puta metida, eu quero a maior distância possível de você.- Falei saindo do quarto.

Escutei o Jacaré gritar com ela e apareci na sala, chamei a Babi, o Victor, coloquei o Leandro no carrinho e sai no maior ódio do mundo dali, enquanto a Babi perguntava o que tinha acontecido.

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