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Bianca.
Primeira semana de vida do Lucas e primeira vez que o pai dele iria ver ele. Isso, o Pereira, advogado, conseguiu liberar uma ligação de vídeo pra ele, depois de muita luta, eu finalmente ia ter um contato maior com e ele iria ver o filho.
A hora chegou e eu estava pronta, ansiosa e com o Leandro dormindo no meu colo, quando meu celular tocou, atendi numa rapidez imensa, fazendo a tela abrir e ele me encarar.
Bianca: Oi amor.- Falei rápido, com sorriso de orelha a orelha.- Olha quem tá aqui!
Playboy: Caralho...- Sorriu desacreditado.- Nosso filho! Caralho, um moleque mermo.
Bianca: Nosso filho.- Falei ajeitando o Leandro, mostrando ele na tela, mas ele começou a chorar.- Dando oi pro papai.
Leandro chorava de olhos fechados e só queria dormir, eu soltei uma risada ajeitando ele no meu peito de novo e olhei pro Lucas, que tava com as duas mãos no rosto.
Playboy: Achava que ele só ia nascer próximo mês.- Falou um tempo depois, com a voz fraca, e olhos vermelhos de choro.
Bianca: Ele resolveu fazer uma surpresa.- Pisquei.
Playboy: E como tá esse bagulho? Quando ele nasceu, preta? Conta os bagulhos tudo cara...- Falou animadão.
Eu contei pra ele com detalhes mudados, claro, mas contei como deu! Depois de dez minutos ele teve que desligar e eu chorei como de costume, mas poucos segundos depois que o Lucas desligou, o Leandro abriu os olhos e ficou mexendo o bracinho, me fazendo soltar uma risada.
Bianca: Só quer falar com o papai quando ele tiver com você, né?! -Cheirei a barriga dele.
Coloquei ele na cadeirinha e fui comer, enquanto ele me olhava e deixava a baba cair. Almocei com ele me olhando e meu celular tocou, a Laís avisou que tava vindo e eu fiquei esperando ela enquanto terminava de comer.
Quando ela chegou foi entrando porque já tava tudo aberto e ele tinha vindo com o Jacaré. Fazia uma semana que eu não via ele, desde que ele me contou que é o meu cunhado. Eu só tinha ficado muito chateada pelo fato dele não ter contado pra mim antes, mas eu amava e ficava muito feliz em saber que eu tinha um cunhado.
Laís: Que coisa linda.- Falou olhando pro Leandro.- Oi bebê de titia, como você tá lindo amor!
Bianca: Acabou de se amostrar pro pai.- Falei colocando o prato na pia e o Jacaré me olhou.
Laís: E aí, o que ele decretou pro Cabeça? - Olhei pra ela.
Bianca: Não falou nada porque eu não contei.- Ela me encarou sem entender.
Jacaré: Vai seguir com isso mermo? - Confirmei.- Jae.
Bianca: Não vou ter contato até o Lucas sair.- Jacaré balançou a cabeça.- Você ainda vai ser o tio preferido dele.
Jacaré deu um sorriso de lado e parou na frente do Leandro, tirando ele da cadeirinha e beijando a coxa dele.
Laís: Cê tá maluca né, cara? Óbvio que o Playboy tem que saber.- Voltei a olhar pra ela.- O cara quase fez você perder o Leandro, não tem como você achar que ele mudou e merece perdão do dia pra noite! Eu não aceito isso, papo reto.
Bianca: Laís, desculpa. Eu gosto muito de você, mas você não tem nada a ver com isso! Temos um limite na nossa amizade, não tenta ultrapassar ele. Você não tem que aceitar ou não.- Falei calmamente.
Ela me encarou balançando a cabeça e deu as costas saindo da casa, olhei pro Jacaré que tava distraído com o Leandro, e neguei com a cabeça soltando uma risada irônica.
Bianca: Fica com ele enquanto eu tomo banho, titio do ano.- Dei dois tapinhas nas costas dele.
Corri pro quarto fechando a porta e fui aproveitar meu primeiro banho real, com direito a lavar o cabelo e tudo. Demorei horrores, mas escutei o Leandro chorar e sai correndo pra me vestir e o Jacaré quase jogou ele nos meus braços.
Jacaré: Que moleque escandaloso.- Falou indignado.
Bianca: Ou, se manca. Douglas não falaria isso.- Gastei ele que fechou a cara, me fazendo gargalhar.
Jacaré: Vou meter o pé, Bia. Só vim ver se tava tranquilo o bagulho.- Concordei.- A Laís só fica preocupada pra caralho contigo, tu tá ligada né?! Pensa errado não.
Bianca: Tudo bem, manda um beijo pra ela.- Ele concordou.
Jacaré saiu e eu me sentei dando de mamar pro Leandro, fiquei sozinha conversando com ele sobre o pai, mas ele só sabia dormir como se não existisse nada além do soninho dele.
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