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29 - Vitoria fracassada

Finalizar, Daniel tinha em suas mãos a oportunidade de por um fim nas crueldades de Taú e enterrar de vez toda a podridão que aquele homem carregava, mas para isso teria que por um fim a uma vida, era uma existência medíocre e carregada de pecados, porém isso não tornava as coisas mais fáceis para Daniel, o garoto estava reflexivo e diante de si estava o HP, o culpado por todas as tragédias ocorridas em sua vida, a pureza do garoto nunca mais seria a mesma depois que matasse Taú. Vendo o conflito que consumia o garoto, Luis Gonzaga o guarda real, o antepassado XP que chegou mais perto de vencer o HP, tentou influenciar no resultado da batalha falando:

— Essa é uma ação difícil para uma pessoa pura como você, mas pense nisso como um bem para a sociedade. — Luis Gonzaga se aproxima do ouvido de Daniel e sussurra. — Lembre-se que ele não teve nem um pouco de piedade com seus pais.

Sendo dominado pelo ódio, Daniel sabia o que tinha que ser feito e não recuaria, pois a maldade que ele cometeria poderia melhorar o mundo, aproximando as mãos do pescoço de Taú, o garoto sufocaria aquela vida até o seu fim. Antes tocar no HP, Daniel toma um susto, uma batida estremeceu a porta, Léo que tentava segurar a porta e impedir entrada dos outros mascarados gritou preocupado:

— Termina logo com iss... — Antes do final da frase, Léo é derrubado pela porta que caiu sobre ele.

A porta havia sido arrombada, e nesse momento aquele pequeno cômodo estava repleto de Ciclopes que buscavam defender a invencibilidade da facção. Os mascarados correram em camadas para a batalha, um grupo começou a cercar Daniel deixando-o encurralado.

Começou mais uma batalha e dessa vez a desvantagem era imensa, um soco que atinge o queixo, um chute que passa raspando, uma pesada nas costas, uma cotovelada desviada, Daniel lutava com todas suas forças, resistia a todas as pancadas apenas para tentar salvar seus amigos, quando um grito abafado soou:

— Socorro! — Léo estava sendo espancado por vários mascarados, com a boca cheia de sangue balbuciava. — Me ajuda!

Instintivamente, Daniel desvia de todos os golpes que conseguia, quando de relance, viu o rosto ensanguentado do seu amigo, Léo estava cercado de mascarados sendo espancado sem dó. Essa imagem despertou a fúria de Daniel que gritou:

— Eu preciso do poder de todos vocês novamente!

Os quatorze antepassados surgem cedendo suas forças a Daniel era o momento de revidar e tentar ajudar seu amigo, com uma agilidade extrema, Daniel desviava dos socos e chutes dos mascarados e deferia golpes revidando com ataque. Depois conseguir vencer alguns Ciclopes no combate, Daniel se aproximou de onde espancavam Léo, e chega dando uma voadora, o que derruba alguns dos agressores, agora aqueles combatentes focam em Daniel.

Juntando o grupo ainda maior, Daniel tinha que enfrentar todos se quisesse sair dali vivo junto com seus amigos, e uma nova troca de chutes e socos, somente graças às habilidades do XP, Daniel conseguia enfrentar os Ciclopes. A luta estava sendo demorada e o cansaço em Daniel era evidente, mas nem de longe era o causador de sua agonia, seus olhos fixaram na imagem de Clara sendo carregada por Taú, a garota ainda clamou:

— Daniel! — Em seguida uma pancada na nuca calou a voz de Clara que apagou.

Recebendo golpes de todos os lados, Daniel tentava impedir a fuga de Táu, mas foi impedido pelos mascarados, o garoto apenas pôde observar Taú colocar Clara nos ombros e sair pela porta. No meio da intensa batalha lágrimas e sangue pintava a face de Daniel que viu Clara ser levada sem poder fazer nada.

Carregando a garota inconsciente, Taú correu pelos corredores, saiu do esconderijo e foi até seu carro, imobilizou Clara com cordas e a jogou no banco de trás. Antes de entrar no veiculo se ouviu sirenes de viaturas policiais, embalado o homem se apressou pisou no acelerador e fugiu o mais rápido que conseguiu.

Lutando com todas as forças para deter os mascarados, Daniel estava exausto e sabia que não aguentaria muito tempo naquele ritmo, quando notou que os mascarados que ainda estavam de pé começaram a fugir, e logo percebeu que isso era efeito das sirenes, policiais cercaram os arredores do esconderijo da facção e num instante, Daniel e Léo foram os únicos combatentes conscientes que restaram ali.

Debilitado, Léo não conseguia caminhar e para conseguir sair do interior do esconderijo foi carregado por Daniel. Os dois saíram lentamente e quando avistaram a policia fizeram sinal de rendição para não demonstrar perigo.

Os garotos foram encaminhados para os primeiros socorros, Daniel apenas tomou alguns medicamentos e em seguida foi liberado, Léo que estava num estado mais complicado teve de ficar internado.

Sendo acompanhado de perto por policiais, Daniel teve de prestar depoimento explicando exatamente o que ocorreu, ele revelou todos os fatos que sabia sobre Taú, menos sobre o caso sobrenatural envolvendo os dois assim a guerra HP-XP permanecia oculta. Relatou a situação de Clara falou sobre o sequestro e mais uma vez não relatou o motivo quase ficcional para o ocorrido.

Depois que fugiu, Taú se viu encurralado, todas as saídas da cidade estavam bloqueadas por guardas que faziam uma verificação apurada sobre todos os veículos, mesmo tendo a face desconhecida o homem jamais conseguiria passar despercebido, seja pela sua feição desfigurada quanto pela sua carga, uma garota desmaiada chamaria atenção e logo chegariam ao registro de desaparecida.

Sem saída, um esconderijo foi à solução momentânea bolada por Taú, dentro de um galpão abandonado no centro da cidade, Clara era mantida presa e inconsciente para impedir o uso de suas habilidades sensitivas.

*****YOOOOOH*****

Oi, eu sou o Renato!

O livro está nos últimos capítulos, aqui acabou o arco da nova guerra e logo teremos o final dessa saga, espero de coração que estejam gostando e aguardem que adiante tem muita ação e surpresas.

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