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A GAROTA DOS MEUS SONHOS


Meu telefone toca e vibra sobre meu criado-mudo. Enquanto enfio a cabeça debaixo do travesseiro, querendo apenas dormir mais cinco minutos antes de ter que me levantar e ir para o trabalho, recordo-me porque evito sair e voltar tarde da noite quando, no dia seguinte, não estou de folga. A verdade é que eu nem mesmo tenho dia fixos para folgar e odeio sair.

Quando tinha lá meus dezesseis anos, era a coisa mais fácil do mundo virar a madrugada com os amigos e ainda aguentar a rotina do dia. Mas hoje não tenho mais idade para isso. E sei que só tenho vinte e oito anos.

— Desliga isso — ela pede, resmungando e se virando de costas para mim.

Sem nem mesmo levantar os olhos, bato a mão na mesinha e pego o maldito celular. Atendo de qualquer maneira, sem me importar em conferir a identificação na tela.

— Alô. — Minha voz sai sonolenta e estou quase dormindo de novo.

Pelo jeito, a noite de ontem rendeu — minha prima brinca, toda acordada às... Confiro as horas, meus olhos ardendo por causa da claridade da tela... Seis da manhã.

Suspiro e giro na cama, ficando de costas no colchão. Olho para o lado, os cabelos dela esparramados no meu travesseiro.

— Vou matar você, Juliette — digo.

Eu não estaria esse trapo humano se não tivesse dado ouvido aos seus conselhos. Não é de hoje que ela me atormenta para me divertir mais, conhecer outras garotas, namorar, me libertar um pouco do meu trabalho e da minha paixão platônica pela filha do meu chefe. Quer dizer. Julie sempre torceu por mim, sempre me aconselhou que eu me aproximasse de Marjorie. Coragem até tenho — e se não tivesse, arranjaria —, o que me faltam são oportunidades. A mulher simplesmente não dá importância para a minha existência e nunca reparou em mim. Como poderia tentar qualquer conversa se ela não faz ideia de quem eu sou? Além do mais, nos últimos anos, ela deixou as propagandas e comerciais de lado e tem se dedicado às passarelas. Soube que está desfilando para uma estilista em um tour pela Europa, o que significa que pouco fica em Paris e, quando está, vai preferir passar o tempo com o pessoal da sua classe social, com os pais e os amigos.

De qualquer maneira, como nunca tive a chance de me aproximar de Marjorie, Juliette me aconselhou, então, que eu deveria tocar a vida em frente, encontrar alguém e toda aquela ladainha. Eu não namoro. Dificilmente namoro, porque simplesmente não consigo me desprender de Marjorie, me desligar dela, esquecer que dentro de mim tem uma paixão que cultivo desde os meus treze anos. Sou honesto demais para ficar com uma garota pensando em outra, sendo incapaz de retribuir qualquer sentimento.

Minha prima aparentemente ignorou isso tudo e, mesmo assim, conseguiu me convencer a sair com alguém, ontem à noite, depois de uma ou duas semanas que trocamos conversas e mensagens. Não vou reclamar porque a noite com Rubi foi realmente boa. Ela me arrastou para uma casa noturna e fui compelido a beber. Dançamos, rimos e, antes de voltarmos para cá, nós nos empanturramos de fritas e hambúrgueres num food-truck perto daqui. Terminei minha noitada entre as pernas dela e fui dormir às quatro da manhã. Praticamente cinco minutos atrás. Apesar de ter me divertido e feito sexo — duas coisas que estava mesmo precisando —, sei que a garota procura em mim algo que não posso dar. É por esse motivo que depois que for embora, não vai ter mais notícias minhas.

— Você precisava se divertir. Por nada — Julie zomba, o que me deixa mais irritado. — Quando vão sair de novo?

— Não vamos — digo, arrumando coragem para me levantar. Corro até o meu banheiro e me encaro no espelho. A cara de acabado está visível. Merde. — Já disse que não estou atrás de compromisso, Juliette — reafirmo, querendo completar com "a menos que seja com a garota dos meus sonhos, o que dificilmente vai acontecer", mas deixo para lá porque ela também sabe disso.

Você vai morrer solteiro desse jeito — reclama.

Reviro os olhos e me viro, encostando o quadril na pia.

— Bom, isso vai ser problema meu — rebato.

Ela me xinga do outro lado da linha, chamando-me de grosso e mal-agradecido. Sei que não está brava de verdade e isso só se confirma quando começamos a rir.

Te liguei pra te pedir um favor — diz. — Tenho hora para compensar hoje no RH e o Pierre vai dobrar o plantão dele até amanhã cedo. Você consegue pegar o Valentin na escolinha e ficar com ele até eu chegar?

Eu me animo um pouco ao pensar que posso passar um tempo com meu priminho. Valentin tem dois anos e é a coisa mais fofa desse mundo. E faz uma bagunça danada. Juliette quase fica doida quando juntamos eu, o pequeno e o pai dele para brincarmos. Já tem mesmo dois ou três dias que não o vejo e já tenho saudades.

— Claro, Julie.

Certeza? Está de folga hoje? Porque o seu Ferdinand nunca tem hora para te ligar.

Isso é. Não preciso necessariamente ficar o tempo todo na empresa ou na casa dos Chevalier. Às vezes só o que ele me pede é para ficar à disposição e atento ao telefone porque pode precisar de mim a qualquer momento. Também tenho certos privilégios com Ferdinand, o que me possibilita ter um pouco mais de liberdade.

— Vou falar com ele, dizer que estarei ocupado entre seis e nove da noite. Até às nove você já chegou, né?

— Oui. Até antes.

Antes de desligar, minha prima confirma o horário máximo que devo pegar Valentin, me instrui sobre o banho, que roupa vestir, e que tem papinha pronta na geladeira, já porcionada, então é só aquecer no micro-ondas.

80 ml de leite morno depois da papinha e pode colocá-lo para dormir — orienta.

Como se eu não soubesse. Toda vez ela passa as mesmas orientações. Já sei de cor e salteado. Quando finalizo a ligação, volto para meu quarto, sentindo meu corpo protestar pela falta de uma noite decente de sono. Rubi ainda está dormindo, enrolada no meu edredom quando separo meu uniforme e volto para o banheiro.

Preciso de uma ducha.




— Vou poder te ver quando outra vez? — Rubi pergunta, aparecendo na cozinha, de banho tomado e já vestida.

Estou terminando de passar o café e sirvo duas canecas. Ela se acomoda em uma das cadeiras da minha mesa e eu me sento de frente para ela, oferecendo um croissant que comprei na padaria aqui em frente.

— Olha, Rubi — digo, com cuidado, não querendo parecer um babaca idiota. — Me diverti muito ontem à noite, você é incrível, mas não estou à procura desse tipo de relacionamento, entende?

Dando uma mordida no seu folhado, Rubi assente.

— Por que sua prima tentou te jogar pra cima de mim dizendo que você estava? — questiona, tomando um bocado de café em seguida para ajudar a descer.

Rio um pouco, não conseguindo acreditar que Juliette acha mesmo que estou precisando de uma namorada nesse momento. Dou uma bicada na minha cafeína e maneio a cabeça em negativo.

— Juliette é uma intrometida — resmungo, com bom humor. — Ela tem medo de que eu envelheça sozinho e acha que tem o direito de tentar me arrumar alguma pretendente.

Rubi dá um sorriso pequeno e complementa:

— Ela me disse alguma coisa sobre superar alguém. Coração partido?

Reviro os olhos e suspiro.

— Não. Só gosto de alguém que nem sabe que eu existo e... — Interrompo minha frase no meio do caminho, perguntando-me por que mesmo estou dando satisfações da minha vida pessoal e dos meus sentimentos para uma garota que só passou uma noite comigo. — Não importa — digo, movendo a cabeça. — Só quero que você entenda que entre nós não vai acontecer nada mais sério. Se quiser me ligar uma vez ou outra para um sexo gostoso e safado, me ligue, porque não sou feito de ferro, mas do contrário, não espere nada mais de mim.

Rubi acena em positivo, não parecendo nem um pouco magoada com minha postura. Terminamos nosso café e eu a deixo na estação de metrô mais próxima. Antes de pular do carro — que nem é meu, por sinal —, ela deixa um beijo no meu rosto e agradece por eu ter sido sincero.

Estou a duas quadras da casa de Ferdinand — trinta minutos fora do meu horário habitual de chegar — quando ele me liga perguntando se está tudo bem. Peço desculpas pelo meu atraso e informo que já estou chegando. Estaciono no pátio principal e contorno a casa, entrando pelo acesso dos funcionários, que desemboca direto na cozinha.

Um aroma gostoso de café da manhã preenche a atmosfera assim que entro. Minha mãe está aqui, dentro do seu terninho, comandando os empregados da cozinha, repassando tarefas a outros funcionários, ao mesmo tempo em que instrui sobre o menu do almoço. Quando me vê, vem até mim com um sorriso caloroso e me abraça apertado.

— Está atrasado hoje, chéri — diz, ajeitando minha lapela, que demorei a notar que estava dobrada para dentro. — Ferdinand estranhou sua demora.

— Não dormi muito bem — minto. Não vou mesmo dizer que estava com uma garota, que foi o motivo do meu atraso. — Acabei perdendo a hora.

— Já tomou café? — pergunta, se afastando até o armário e pegando uma xícara.

Oui, mama, não se preocupa. Seu Ferdinand já está pronto?

— Creio que ainda não. Está tomando café com Florence e Marjorie.

À menção desse último nome, meu corpo congela. Não só por causa da perspectiva de Marjorie estar aqui, mas porque eu não sabia que estava em Paris. Do pouco que sabia, ela estava em viagem com a estilista portuguesa, desfilando para a marca dela. Entre uma pausa e outra antes de seguir para o próximo ponto, ela sempre vem para a capital e passa uns dias. Normalmente fico sabendo das suas vindas para cá por meio dos pais dela, que sempre comentam uma coisa ou outra. Dessa vez, contudo, sua estadia na cidade me pega completamente desprevenido.

— Adrien... — O tom de Madeline é de advertência.

— O que foi? — desconverso, como se eu não entendesse realmente o motivo de me advertir.

Minha mãe sabe da minha paixão pela filha do patrão e passou a vida tentando me aconselhar a tirar essa mulher da minha cabeça. Como todo bom filho, não segui nenhum dos seus conselhos.

Ela não diz nada, talvez sabendo que não vai adiantar dizer qualquer coisa, ou talvez porque seu Ferdinand surge na cozinha. Ele me chama até a antessala e eu o sigo. Daqui, através das portas duplas que dão acesso à sala principal, eu a vejo. Meu coração parece errar uma batida enquanto a assisto sentada no sofá, dentro de um vestido vermelho, cabelos ondulados, pernas cruzadas, conversando alguma coisa com a mãe. De frente para mim, e de costas para as portas, Chevalier me dá algumas instruções.

— Garoto, você está me ouvindo? — questiona, fazendo contato visual comigo.

Pestanejo duas vezes e balanço a cabeça em positivo.

Oui. Hoje à noite a senhorita Chevalier estará desfilando com aquela estilista portuguesa e precisa estar às quatro da tarde no local para poder se preparar. Eu devo chegar às quinze e levá-la. Depois, às dezoito, devo vir buscar a sua esposa e deixá-la no baile. Posso folgar o restante da noite, porque o senhor vai buscá-las no final do evento, mas devo ficar atento ao celular, caso tenha algum imprevisto e precise de mim — recito tudo o que ele me disse, rapidamente, quase sem pausa.

— Respira, Adrien — brinca, afagando meus ombros.

Abro um sorriso nervoso e lanço um olhar para o outro lado de novo. Para minha decepção, Marjorie não está mais lá.

— Não vou precisar de você agora — menciona, afastando-se de mim em direção à sala. — Aproveite para passar a manhã com sua mãe. Ela tem reclamado da sua ausência.

Abano a cabeça em positivo, vendo-o se afastar, e me justifico.

— É a minha tese. Ainda bem que a defendo na semana que vem e essa tortura finalmente acaba.

Ferdinand se vira para mim, uma mão na maçaneta. Sempre esperei que, algum dia, ele notasse todo meu esforço em me profissionalizar e me desse uma oportunidade entre sua equipe. Todo mundo ao meu redor vive me dizendo que preciso ser mais cara de pau e pedir uma vaga no meu ramo. Estava só esperando terminar meu doutorado para que pudesse fazer isso. Na semana que vem, vou mesmo pedir.

Agora, enquanto me analisa, tenho a impressão de que vai me oferecer essa vaga que sempre quis. Mas, ao contrário do que pensei, ele simplesmente sorri e acena, retirando-se em seguida.




Passo amanhã com minha mãe, mas atento ao telefone caso Ferdinand, inesperadamente, precise de mim. Não é o que acontece, entretanto, porque ele, a esposa e Marjorie fazem algum programa juntos. Depois de incumbir todas as tarefas da casa à equipe de funcionários, Madeline me leva até a dependência onde mora, nos fundos da residência dos Chevalier, e me prepara um café, me fazendo comer alguma coisa, mesmo que eu já tenha dito que comi algo antes de vir para cá. Nós conversamos um pouco e eu a deixo atualizada sobre a defesa da minha tese na próxima semana. Enquanto falo sobre como estou ansioso, noto o sorriso grande no seu rosto. Eu sei que sou motivo de orgulho da minha mãe, mas tudo que me tornei foi por causa dela.

Ter crescido sem um pai, vendo-a se desdobrar em duas para me dar uma boa educação e colocar comida na mesa foi o meu maior incentivo para querer recompensar tudo o que fez por mim, por ter aberto mão de tanta coisa para me criar e me tornar uma pessoa decente. Ela tem orgulho do que me tornei, mas nada se compara à admiração que eu tenho por ela.

Hoje, Madeline Bourdieu tem um cargo de prestígio junto aos Chevalier, mas nem sempre foi assim. Quando nos mudamos para cá, minha mãe era apenas uma funcionária, incumbida dos afazeres domésticos. Aos poucos, foi conseguindo se destacar, ganhou a confiança da família e hoje é governanta da casa. Ela não faz mais tanto os serviços braçais, o que não significa que comandar a equipe de funcionários seja fácil ou que ocupe menos tempo.

Ferdinand me liga depois do horário do almoço. Despeço-me da minha mãe e garanto que venho almoçar com ela no domingo e vou atender à solicitação do meu chefe. Eu o deixo na empresa depois da uma da tarde, e ele me dá algumas outras tarefas para fazer antes de ir buscar Marjorie.

Às quinze horas em ponto, estou estacionado no pátio principal, motores ligados, em ponto-morto, à espera dela. Estaria mentindo se dissesse que não estou nervoso. Nem mesmo consigo não apertar o volante com toda força, enquanto a aguardo. Exatamente um minuto depois, ela surge na porta de entrada. Engulo em seco enquanto a vejo se despedir da mãe com um abraço. Está bonita dentro de um vestido preto, de alças finas e justo no seu corpo. Carrega uma bolsinha a tiracolo e usa saltos scarpin.

Saio do carro imediatamente e o contorno, abrindo a porta do passageiro para ela.

— Senhorita Chevalier, bonjour — cumprimento-a, e ela ergue seus olhos na minha direção.

Marjorie sorri e se atenta um segundo em mim. Meu coração acelera um pouco enquanto ela me estuda, com seu sorriso pequeno, antes de entrar no carro. Eu torço para que me reconheça, para que se lembre que, quase três anos atrás, nós iniciamos uma conversa dentro do carro, e ela foi muito simpática comigo. Inclusive perguntou meu nome, que não consegui dizer porque fomos interrompidos pelo seu pai. Torço por isso, para que eu tenha uma maldita chance de falar com ela. Não é o que acontece.

Ela me cumprimenta de volta, com um bonjour muito baixo, e se acomoda no seu lugar. Seguro um suspiro pesado e fecho a porta, voltando para meu lugar do motorista em seguida. Dou a partida e a levo para seu destino, Marjorie passando a maior parte do tempo digitando no telefone ou enviando mensagens de voz.

Não sei por que ainda cultivo qualquer esperança de ela finalmente me notar.



Valentin solta uma gargalhada gostosa enquanto corre meio desajeitadamente pela sala, abraçado a um cobertor e um ursinho de pelúcia. Vou logo atrás e o pego, levantando-o no ar, rindo junto com ele. A porta da entrada principal se abre, trazendo para dentro uma Juliette de macacão e saltos altos.

— Consigo ouvir a bagunça de vocês lá da rua — diz, jogando a bolsa no sofá. O menino se agita no meu braço, querendo a mãe, que o toma para si e deixa um beijo na bochecha do filho. — Não disse que às oito ele deveria estar dormindo, Adrien? — adverte.

Olho no meu relógio de pulso. Oito e dois.

— Ainda dá tempo — respondo, dando de ombros. — Ele já está alimentado e não faz muito tempo que mamou — informo.

Julie sorri e vem até mim, abraçando-me como consegue por causa do pequeno nos seus braços. Retribuo da mesma forma.

— Obrigada, Dri — murmura, usando meu apelido de infância que não sou muito fã. — Não sei o que faria sem você. — Ela se afasta e deixa um beijo na minha bochecha.

— Sabe que pode me chamar quando precisar, Julie. Vai, sobe, toma um banho, põe o Valentin para dormir. Vou esquentar o jantar.

Minha prima me abraça uma última vez antes de subir e ir fazer tudo o que disse para fazer. Na sua cozinha, esquento a comida, preparo um suco e arrumo a mesa. Ela volta meia hora depois, com pijama, pantufas e um coque desajeitado. Sirvo duas taças de vinho e entrego uma para ela. Juliette sorri, agradece e toma um gole generoso, de olhos fechados, como se estivesse provando a bebida dos deuses.

— Eu estava mesmo precisando — murmura.

Nós jantamos e conversamos, Julie querendo saber como foi minha saída com Rubi. Ainda não sei como elas se conheceram, minha prima não entrou em detalhes comigo, e nem faço muita questão de saber. Conto sobre nosso encontro e digo que gostei da garota, mas que não pretendo seguir adiante com qualquer relacionamento sério.

Juliette revira os olhos e, dando uma garfada na sua salada e um gole no seu vinho, me diz:

— Acho que você está perdendo tempo, Adrien. — Seu tom é macio, calmo e pausado. — Se você não consegue a garota que quer, precisa tocar a sua vida, encontrar alguém, sabe?

Baixo os olhos, analisando minha própria salada e o pouco do arroz quase intocável no meu prato. Acho que ela tem razão, em algum nível. É patético ficar esperando a vida toda que Marjorie me perceba, que me dê uma chance, mas também não consigo me desligar, abrir mão disso, de esquecer e simplesmente tentar encontrar alguém.

— Prometo que vou tentar — digo, embora seja uma mentira.

Não vou tentar. Não quero tentar. Eu me apaixonei por Marjorie de um jeito muito natural. Se tiver de me apaixonar por outra pessoa em qualquer momento da minha vida, vai acontecer da mesma maneira.

Nós terminarmos de jantar, conversando e rindo baixinho para não acordar Valentin. Pierre liga em algum momento, quer saber como estão, pergunta do filho, comenta alguma coisa sobre um parto e desliga cinco minutos depois. É bem depois das dez quando decido deixá-la descansar e ir embora.

Dirijo o caminho todo pensando nos inúmeros conselhos da minha prima ao longo dos anos. Não é a primeira vez que ela tenta me convencer a partir para outra, esquecer a Marjorie. Penso em todos eles e, num ato meio súbito, desvio meu trajeto quando já estou quase chegando ao meu apartamento. A viagem até a casa dela leva quinze minutos. Ligo quando chego na sua porta. Ela me recebe dois minutos depois.

Rubi está bonita, ainda com as roupas do trabalho, maquiagem bem-feita e cabelos presos. Ela me olha atentamente, segurando a porta, esperando-me dizer o que quero porque na ligação só pedi para que viesse para fora.

— Não quero um namoro — digo, molhando o lábio inferior. — Mas nada nos impede nos divertirmos, de vez em quando. — Rubi abre um sorriso maior, mordendo a ponta do dedo indicador.

Sua resposta é me puxar pelo punho e me trazer para dentro.



Olá, meninas, tudo bem com vocês? Espero que sim. Estou adiantando as postagens de Proibido e Irresistível, o que significa que teremos capítulos novos toda quarta e sexta-feira. 

Espero que gostem de mais essa história. Beijos no coração e até breve.

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