40° verso
Os meses escorregaram como uma gota de chuva no caule de uma planta. Quando piscou, já era dezembro, início do inverno e das nevascas. Changbin nem mesmo tinha começado sua vida ainda.
O anunciou sobre sua volta ao mundo artístico fora adiado até que ele estivesse estabilizado em Seul. Ele se mudou tempo depois, apenas com suas roupas e pertences pessoais — vantagens de morar em um apartamento já mobiliado, não era necessário levar os móveis da casa ou coisas que não eram suas. Levou também cerca de um mês inteiro para jisung e chan convencerem o moreno a morar com eles de forma definitiva e deixar para lá seu antigo apartamento na cidade.
Veja bem, changbin gostava da presença dos dois e queria morar com eles, mas não sabia se eles estavam prontos para morar consigo. Ele não era alguém fácil pela manhã, não possuía um humor agradável quando acordava cedo e gostava de dormir sozinho. Já perdeu a conta das vezes que acordou irritado porque a dupla de produtores estava grudado no seu corpo no meio da madrugada, o calor horrível que o verão fez trouxera a changbin situações desagradáveis, seja acordar pingando de suor com jisung agarrado na suas costas ou despertar de um sonho maluco e ver chan completamente apagado em cima do seu corpo, o peso do australiano depositado por cada centímetro do seu dorso — nem mesmo quero citar as vezes que o mais velho do trio inventava de dormir pelado porque essa situação o moreno queria a todo custo esquecer.
E aquilo poderia enlouquecê-lo se virasse rotina.
Ele teve uma boa conversa sobre aquilo com os dois, mesmo que eles não estivessem levando a sério o jeito que changbin abordou o assunto. Digo, fazer um slide com prós e contras de morar juntos era algo inesperado vindo do moreno. Ainda assim, os dois escutaram "a palestra sobre dividir o mesmo teto" de changbin com atenção. As vezes jisung ria do jeitinho que ele apresentava suas condições, sempre com uma mão na cintura e o óculos de grau escorregando na extensão do nariz. Como um professor aplicado de história. Chan concordou com todas as condições do namorado, até mesmo com a exigência de dormirem separados pelo menos uma vez na semana.
O mais novo do trio protestou, alegando que não estava de acordo, changbin o mandou calar a boca, dizendo que ou era assim ou ele iria morar sozinho.
No final, eles entraram em um consenso e finalmente a mudança aconteceu.
Como dito anteriormente, changbin não possuía tantas coisas no antigo apartamento, então apenas recolheu seus pertences e roupas, os colocando em caixas de papelão lacradas por fita adesiva. Desta vez, chan o ajudou com a mudança, uma vez que jisung tinha uma apresentação para fazer naquele dia. Com ajuda do maior, o moreno colocou suas coisas dentro do porta-malas do carro, se despedindo do porteiro simpático que sempre o ajudou. Antes que pudessem ir direto a Seul, changbin pediu para chan parar no shopping. Ainda tinha algo para resolver com um certo alguém.
Ele subiu pela escada rolante que dava no segundo andar do estabelecimento, não estava ansioso, apenas um pouco agitado. Passou pelas mesmas pessoas de sempre, homens malhados com camisetas pólo, mulheres ricas com seus seguranças lotados de sacolas de lojas de nomes complicados, e adolescentes desocupados que perambulavam ali para fugir de suas responsabilidades. Alguns rostos eram conhecidos por changbin, porém não fazia a mínima ideia de seus nomes, ele apenas os via de vez em quando passando na frente da loja de vinil de jaebeom.
A propósito, seu chefe — ou ex-chefe — estava sentado atrás do balcão de vidro da loja, a porta fazendo seu típico ruído ao entrar. Ele encarou changbin com afeição, feliz por ver o rapaz depois de tanto tempo. Não parecia chateado pelo sumiço que ele sempre dava, mas contente ao notar que ele estava bem e saudável. Jaebeom sempre soube da condição frágil da saúde do músico, e sempre compreendeu seus sumiços. A relação que tinham era profissional, com toda certeza, mas o Im adorava o menor como se fosse um filho, então sempre deixou claro que ele estaria lá para quando changbin precisasse, independente do que fosse.
Por isso, o pedido de demissão do rapaz não foi um assombro para ele, já que tinha noção de toda repercussão que o nome do seo deu na internet. Ele apenas abraçou changbin fortemente e desejou boa sorte.
— desculpa. — o moreno baixinho disse, abraçando o mais velho na mesma intensidade, lágrimas bobas escorregando por suas bochechas. Era tão grato ao outro que nem mesmo sabia como retribuir, pensará que já o trouxe muitos problemas, mas jaebeom nunca reclamou ou se queixou de changbin, apenas o acolheu dizendo que estava tudo bem.
— do que você tá se desculpando, pirralho? Você vai seguir o seu sonho, não tem nada de errado nisso. — ele disse, a voz embargada pela emoção. Changbin fungou alto, se afastando do mais velho para se recompor. — estou orgulhoso de você, changbin.
Ele apenas balançou a cabeça, agradecido pelas palavras. Recebeu seu último pagamento e saiu, prometendo que voltaria sempre que pudesse para visitá-lo.
(...)
Naquela noite choveu pouco, porém o suficiente para as ruas ficarem com um cheiro agradável de terra molhada. Changbin estava sentado na cama de casal do quarto que agora era deles, organizando suas roupas em montinhos e guardando no espaço que jisung abriu para ele no guarda roupa. Estava conversando com seungmin por chamada de vídeo, contando a ele sobre as novidades da última semana, enquanto chan e jisung trabalhavam no estúdio do quarto ao lado.
— você tá se sentindo bem com toda essa mudança? — o ruivo perguntou caminhando pela cozinha da sua casa. Changbin o observou com uma tigela de alumínio na mão, parecia bater um bolo, mas não tinha certeza. Hyunjin passou no fundo, acenou para o mais velho e beijou carinhosamente seu marido, sumindo logo após.
O moreno estava feliz que eles estavam se dando bem mesmo depois do casamento.
— sim, eles estão me ajudando a lidar com tudo isso, então sem crises por aqui.
— como tá indo suas consultas na psicóloga?
— bem também, o hannie tá me acompanhando agora que ele voltou a fazer show. Chris quer se assegurar que ele não vai ter nenhuma crise de ansiedade ou algo assim de novo por conta da multidão. — ficou sabendo recentemente que jisung tinha parado de fazer shows ao vivo porque houve um acidente há mais ou menos um ano atrás, ele desmaiou no palco e precisou ficar ausente por alguns meses, então decidiu voltar aos poucos agora. A causa foi a ansiedade e o cansaço. Era ruim dizer isso mas se sentia bem com o castanho indo com eles nas sessões, seus horários foram perfeitamente colocados para que eles pudessem voltar juntos pra casa no final do dia. Changbin sabia que tinha dedo do australiano naquilo, mas não questionou, era algo bom. — e sua vida de casado, como vai?
— mais ou menos.
— por que? Vocês andam brigando muito? Já disse pra você parar de tratar o hyunnie como mordedor, seungmin. — o mais novo o olhou com tédio, revirando os olhos em seguida. Changbin riu. Sentia falta de irritá-lo pessoalmente.
— pra começo de conversa, eu não fico mordendo o hyunjin. — no fundo, o citado gritou algo como "morde sim!" e changbin caiu na gargalhada. Seungmin ficou rubro, gritando de volta ao esposo para ele não se meter na conversa. — imbecil. — murmurou referente tanto ao hwang quanto ao seo. — e outra coisa, a gente não tá brigando tanto, só as vezes, mas é coisa do trabalho então no outro dia a gente já não fala mais sobre.
— sua vida de gerente de marketing não tá batendo com a dele de fotógrafo e modelo?
— nem um pouco, nossos horários são bagunçados então é raro que a gente fique juntos em casa. — ele suspirou, aparentando estar cansado daquilo. — você deu sorte que vai trabalhar com seus namorados, daria tudo pra ter o hyun comigo por mais tempo.
— sorte? Sinto que a minha vida vai ser um inferno. — seungmin riu do exagero de changbin. — acha mesmo que vou conseguir ficar na mesma sala que um dos dois e não querer agarrá-los? Vai ser um sacrifício.
— aí está o changbin tarado que eu conheço. — se divertiu com a carinha brava do mais velho, o vendo pegar mais uma muda de roupas e caminhar até o guarda roupa, sumindo ligeiramente. — espero que dê tudo certo pra vocês três. Sabe que se você precisar fugir do país por causa de algum escândalo, te dou o dinheiro da passagem.
— quanta gentileza, senhor seungmin. — zombou com um sorriso pequeno, vendo o kim mostrar o dedo do meio em resposta.
— eu tô falando sério, idiota.
— sei disso. — finalmente se sentou na cama, sua barriga roncou levemente, estava faminto. — vou desligar, diz que mandei um beijo pro gostosão do seu marido.
— vai pro inferno, nanico. — e assim desligou na cara do seo, sem nem esperar para vê-lo rir e zombar da sua ciumeira.
Seungmin sempre seria o mais divertido de ver irritado.
Ele deixou o celular carregando em cima da cama e abaixou a mala, arrastando ela até o canto do quarto, ao lado do guarda roupa. Não usaria ela por bastante tempo, talvez. Checando quanto tinha de dinheiro na carteira, o moreno caminhou descalço até o precioso estúdio do australiano, bateu na porta a fim de pedir permissão para entrar. Jisung abriu a porta devagar, tinha se arrastado até ali com a cadeira de rodinhas, tanto ele quanto chan pareciam concentrados no trabalho, então o baixinho não demoraria.
— vou sair pra comprar pizza.— avisou acariciando o cabelo macio do han, ele tinha puxado a cadeira até estar abraçado com o seo, sem nem ao mesmo levantar, sua bochecha encostada na barriga macia do menor e os braços enlaçando seu dorso.
— não quer que eu peça pelo celular? — chan sugeriu, tirando um dos fones do ouvido. Changbin balançou a cabeça negando, as mãos afagando e bagunçando os fios castanhos de jisung.
— quero esticar um pouco as pernas, e a pizzaria é aqui perto, volto rapidinho.
— quer que eu vá com você? — jisung perguntou olhando para cima, o queixo apoiado em sua barriga e o rosto limpo de qualquer maquiagem que tenha usado durante a apresentação de mais cedo.
— não precisa, vocês estão ocupados.
— changbin.
— channie. — sabia que o bang apenas o chamava pelo nome quando estava preocupado ou irritado, e bom, era mais coerente a primeira opção.
Changbin entrou no cômodo frio pelo ar condicionado ainda com jisung segurando sua jaqueta, ele abaixou rente a chris e segurou em suas bochechas, beijando a pontinha do seu nariz.
— é rapidinho. — garantiu, e chan parecia hipnotizado demais para discutir.
— tudo bem. — changbin sorriu antes de selar seus lábios, indo saltitante até a porta.
— ele tem você na mão. — jisung comentou e o loiro o olhou com tédio.
— você também é assim. — o mais novo deu de ombros, arrastando a cadeira até ficar do seu lado.
— vou comprar pizza de calabresa e queijo. — avisou. — amo vocês, prometo voltar logo.
— leva o celular pelo menos, se algo acontecer, liga pra gente! — jisung gritou e changbin gritou de volta um "tudo bem!", entrando no quarto apenas para buscar seu celular e vestir um casaco maior.
Não achou nenhum bom entre os seus novos, então pescou um de jisung e saiu vestindo ele, abandonando para trás a jaqueta que iria usar. O frio do lado exterior fez os pêlos da sua nuca arrepiarem, changbin se encolheu dentro do moletom e marchou até a saída do condomínio, cumprimentando os seguranças. Ele respirou fundo para ganhar confiança e deu o primeiro passo na rua movimentada, as pessoas andavam para lá e para cá mesmo no frio que estava fazendo. Quando fora diagnosticado com fobia social e ansiedade moderada, não foi uma surpresa, mas agora — depois de várias sessões —, conseguia lidar de forma mais tranquila com a proximidade de tantas pessoas desconhecidas e o nervosismo. Porém não negava que se sentia melhor quando saia com um dos seus namorados, eles eram capazes de passar um tipo de segurança que seus mantras e palavras de ânimo não podiam nem ser comparados.
Ele virou a esquerda numa rua cheia de lojas de placas brilhantes com homens e mulheres entregando panfletos, tentando chamar atenção do público para suas lanchonetes e lojas. Changbin aceitou alguns por educação, os aguardando no bolso da calça jeans, mas não tinha interesse, a pizzaria que gostava estava logo à frente, e seus olhos só tinham uma direção.
Dentro do estabelecimento estava quente e confortável, ele apenas tirou o capuz lá e bagunçou os fios grandinhos, estava pensando em deixá-los crescer um pouco e depois refazer o undercut com hyunjin, se ele tivesse tempo. Ficou esperando na fila até chegar sua vez, ninguém parecia interessado com sua presença, a grande maioria encarava os celulares em suas meses ou conversavam animadamente com seu acompanhamento. Changbin bateu a sola do pé no chão algumas vezes, mantendo as mãos escondidas dentro dos bolsos do casaco, ele olhou ao redor, ajeitando a máscara que usava vez ou outra, a música do ambiente era um pop antigo num volume baixo, o moreno não conseguiu distinguir quem era a cantora, no entanto a melodia animada o entreteu até a hora de fazer seu pedido.
Como o lugar estava cheio, o atendente de mais ou menos um e setenta pediu para o seo esperar seu pedido ficar pronto sentado em alguma mesa, o orientou a procurar nos fundos, em um lugar visível que um dos garçons levaria sua pizza até ele quando estivesse pronta e embalada para viagem. Changbin apenas concordou e procurou um espaço para sentar, não achando nenhuma mesa vaga, portanto, foi até a entrada e encostou numa parede que ficava de frente para o balcão, totalmente isolado do restante das pessoas.
Pensou que estava vendo coisa quando um homem alto e de cabelo vermelho como fogo entrou, ele estava acompanhado de uma moça centímetros mais baixa, tinha cabelo preto e longo, a franja que ela usava cobria delicadamente seus olhos, usava roupas de frio e um cachecol preto enrolado no pescoço, ela estava com as mãos enlaçadas no braço do outro, ora apertando e ora acariciando. Felix demorou para notar changbin ali no canto, e o moreno quis sair correndo quando ele se aproximou deixando a garota na fila, esperando pela vez deles.
— oi. — felix disse encabulado. Changbin decidiu apenas manter os olhos para qualquer canto daquele lugar que não fosse o rosto do australiano. — faz tempo que a gente não se vê. Como você tá?
— bem até você aparecer.
Felix recuou um passo, notando que o moreno nem mesmo queria olhá-lo nos olhos, mas ainda se manteve por perto, porém numa distância segura do menor.
— eu queria me…
— sem desculpas, felix. — changbin disse ríspido. — finja que não me conhece.
— você sabe que eu não consigo, você é importante pra mim.
— então bata a cabeça na parede e me esqueça. — ele ficou aterrorizado com sua seriedade.
— changbin. — ele tentou encostá-lo mas changbin afastou-se atormentado, se encolhendo no cantinho o máximo que pôde. Felix parou no meio do caminho, guardando as mãos dentro dos bolsos. — eu sei que fiz merda e eu quero me desculpar. Por tudo que aconteceu, pelo mal que te fiz, eu sinto muito. Prometo não te incomodar de novo, só me perdoa.
— não dá. — felix encolheu os ombros. — eu não consigo te perdoar, mas não te desejo nada de ruim. Só não me incomoda de novo e nem cruza comigo na rua, não consigo olhar na sua cara sem sentir nojo. Você faz eu me sentir mal. — ele balançou a cabeça como se compreendesse, coisa que o moreno achava difícil de ser verdade. Ele sempre teria aquele ar de indiferença que demorou para notar, talvez felix nem fosse tão empático com sua situação. Ele apenas queria ser perdoado.
Changbin escorregou para o lado quando um garçom chamou seu nome, indo até o rapaz para pegar seu pedido feito e pagar. Nesse meio tempo, felix se manteve no mesmo lugar e quando estava prestes a sair, o lee o chamou. Changbin tremeu, temeroso a se virar, mas ainda assim fez, suas pernas fraquejaram pelo trauma antigo que felix causou.
— espero que você seja feliz. — ele disse encarando os olhos brilhantes e cheios de vida do moreno. Queria ter sido ele a ter retomado aquele brilho a changbin, mas apenas estragou tudo. As poucas chances que tinha com o rapaz se dissiparam como gelo derretido, evaporando no chão por completo.
Changbin não respondeu, manuseio a cabeça num aceno e saiu com a caixa de pizza nas mãos e seu coração latejando no peito como uma ferida recém aberta. Está tudo bem, repetiu para reprimir as lágrimas, estamos quase em casa, dissera em pensamento mas não sobre a residência em si, mas sobre jisung e chan. Ficaria bem assim que estivesse com eles.
Ainda olhou para trás algumas vezes para garantir que felix não estava seguindo ele, e então entrou no condomínio sem nem esperar para agradecer ao porteiro por ter deixado ele sair aquele horário. Changbin apenas andou depressa até a casa grande de coloração clara e garagem espaçosa, ele deixou os sapatos na porta e a pizza na cozinha, subindo até o estúdio que provavelmente seus namorados ainda estariam, tinha largado o casaco com finos flocos de neve pelo corredor e agora batia na porta, tentando não soar desesperado, mas quem queria enganar? Estava pronto para sentar no chão e chorar encolhido pela demora.
A porta foi aberta num click e ele entrou, jisung o encarou confuso quando changbin sentou em seu colo, as pernas passando por cada lado da cadeira, o rosto frio pela ventania sendo escondido em seu pescoço. De início, os dois produtores se entreolharam, então chan abandonou seus fones e notebook para afagar as costas do moreninho.
— o que aconteceu, amor? — jisung indagou, enlaçando a cintura do seo e apertando para confortá-lo.
— felix. Eu vi ele. — disse pausadamente, seu corpo estremecendo apenas por relembrar.
— ele te fez alguma coisa? — changbin não podia ver, mas chan parecia tão irritado que apenas seu tom de voz tinha sido mudado. Jisung murmurou para o maior manter a calma, alertando que se exaltar apenas assustaria o menor.
— não, ele só… pediu desculpa.
— e você aceitou? — ele negou, os fios cor de petróleo esfregando devagarinho no ombro do han.
— não consigo perdoar ele, mas sinto que deveria.
— claro que não, binnie. O que ele te fez não tem perdão em nenhuma circunstância, que ele apodreça com essa culpa nas costas. — jisung olhou para chan após sua fala, apertando as sobrancelhas como se dissesse para ele pegar leve. O loiro deu de ombros, mostrando apatia com o lee em questão.
— ei, bebê. — jisung cutucou a lateral do seu corpo, e changbin riu baixinho, tomando postura sobre o colo do castanho. — ja passou, você tá seguro com a gente agora.
Changbin fez bico e balançou a cabeça, recebendo um beijinho de jisung. Chan logo atrás o fez cócegas, mas o han chutou a perna dele e o mandou ficar quieto e parar de mexer com seu namorado.
— ele também é meu, sabia? — chan resmungou fingindo estar bravo. Jisung virou a cara, acariciando changbin encolhidinho em seu colo.
— não, ele é só meu. — o australiano mostrou a língua e jisung chutou de novo a sua perna.
— a pizza que eu comprei vai esfriar. — avisou o moreno, e os dois deram uma trégua temporária.
Changbin foi obrigado a sair do colo de jisung apenas para chan pegá-lo no colo, ele riu com as palhaçadas e a imitação tosca do han do jeito esquisito que o mais velho do trio andava normalmente. O loiro não notou nada, já que jisung estava bem atrás, arrastando os pés no carpete e fazendo caras e bocas.
Ele realmente podia viver para sempre assim com eles dois.
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estejam preparados para o final !
(por mais que eu não saiba quando ele vai sair, mas ainda assim aguardem por ele
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