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32° verso

Changbin despejou seus problemas ao ar enquanto observava silenciosamente a paisagem passar de forma ligeira pelo vidro fumê do carro do australiano, era final do dia, o sol sumia pelo horizonte e ele se sentia um pouco aéreo. Não queria ir pra casa, e principalmente, não queria ficar sem eles.

O moreno espia de canto um jisung igualmente quieto, no automóvel banhado numa calmaria confortável, apenas o som do rádio ligado bem baixinho. Eles não tinham trocado uma palavra desde que saíram do motel a milhas, mas não era algo ruim, tinha conversado muito e aquele clima era até proporcio, por mais que odiasse ver o han tão quieto.

Changbin não viu quando ele e chan trocaram olhares, e desviaram atenção até o retrovisor, avistando o menor encostar a cabeça entre o banco e a janela do carro, voltando a ruminar. O australiano balançou a cabeça, incentivando o garoto a prosseguir de uma vez com aquele assunto pendente, mas jisung não parecia confiante o suficiente, o medo da reação do moreno desencorajava ele. Chan suspirou, soltando o ar suavemente entre os lábios, aproveitando o sinal fechado para virar ligeiramente para menor, rapidamente tendo sua atenção. Ele sentiu vontade de desistir quando os olhos pequenos e negros caíram em sua direção, tão inocentes e sossegados que parecia até crime querer perturba-lo.

- aconteceu alguma coisa? - changbin indagou, endireitando a postura e mirando no bang.

- ok isso vai ser mais difícil do que eu pense, me dá um segundo. - ele abaixou o rosto e procurou jisung com os olhos. O han deu batinhas de encorajamento em seu ombro, sorrindo pequeno para ele falar de uma vez.

- a gente queria te contar uma coisa. - fora o han quem tomou a iniciativa, sem olhar diretamente nos olhar do baixinho. Changbin ficou nervoso, suas mãos automaticamente se inundaram de suor e a tensão cobria seus ombros.

- nossa estadia na Austrália não foi só pela empresa, mas também porque a gente pretendia nos mudar definitivamente para lá no final desse ano. - chris prosseguiu assim que ergueu o rosto, parecendo mais confiante. O moreno piscou descrente, tentando absorver a informação. - pedimos para suspender a reforma por enquanto, então quando você se sentir à vontade o suficiente pra morar conosco, vamos pra lá.

- ou podemos alugar uma casa aqui. - jisung sugeriu. O sinal abriu, então chan retomou ao volante, prestando atenção no restante do caminho até o prédio que o seo morava. - o que for mais confortável pra você a gente aceita, independente do lugar.

- só queremos ficar com você. - o loiro concluiu num tom baixo.

Talvez changbin tenha ficado tempo demais com a boca meio aberta pensando no que dizer, porque jisung começou a sorrir de forma boba. Não sabia exatamente o que dizer, não esperava aquilo, quer dizer, eles pararam a reforma de uma casa inteira somente porque o menor ainda não se sentia à vontade para morar em outro país, ou até mesmo com eles. Era um grande passo, changbin nem mesmo tinha considerado aquilo, talvez uma ou duas vezes em seus devaneios, mas nunca definitivamente

- vocês pretendiam morar lá por que? - ele indagou, ainda sem saber ao certo o que falar.

- dar um tempo na carreira, focar mais na gente, coisa assim. - jisung respondeu, olhando para frente. - viemos pensando nisso desde o começo do ano, mas isso foi antes de você aparecer. - ele olhou rapidamente para o menor, as orbes negras analisando toda expressão do mais velho com ternura. - queremos o que for melhor pra você, bin, aqui, na Austrália, em qualquer outro país, onde quer que seja, vamos com você.

Ele sabia que estava rubro, o calor subiu até suas orelhas. Jisung riu, também tímido, desviando a atenção do menor para se acalmar. Changbin tocou as bochechas, as apertando enquanto repetia mentalmente várias e várias vezes para aquilo passar logo.

- a gente só ia dar um tempo mesmo, sabe, pensar mais na gente e essas coisas. - chan prosseguiu. - esse estresse todo tá acabando com nós dois, então pensamos que seria uma ótima saída ir pra um lugar bem longe por, sei lá, dois ou três anos e viver de forma pacífica. A empresa ficaria aos cuidados do brian hyung e dos sócios enquanto isso, claro que eu ainda ajudaria nas coisas, mas sem me envolver muito.

- isso não quer dizer que a gente deixaria de ser figuras públicas, mas seria bom. Até pensamos em assumir nosso relacionamento aos fãs e essas coisas, mas acho que isso é um passo muito grande. - jisung olhou pela janela, abraçando o próprio corpo como se estivesse se protegendo.

Foi inevitável para changbin não pensar em anos atrás, a enxurrada de comentários ruins que ambos receberam por conta de um simples selinho em público. Aquilo tinha sido horrível para ambos, e o moreno não sabia o quão afetado o han tinha ficado com aquilo. Se para ele foi difícil, não queria nem mesmo imaginar como foi para o castanho, pensar nele passando por coisas desagradáveis fazia seu peito doer e uma culpa sem sentido se instalar em suas costas. A inconsequência dos seus atos de alguns anos atrás ainda era um pesadelo que fora obrigado a conviver até hoje.

Changbin sentiu vontade de se desculpar, pedir perdão por ter sido um fraco inconsequente que fugiu quando eles mais precisaram, mas sabia que ficar remoendo aquilo não iria mudar nada. O passado tem que ficar onde deve, e trazê-lo à tona não era uma boa escolha. Sempre ouvia isso de seungmin quando se lamentava por algo que aconteceu há muito tempo, e tinha que dar um voto de razão ao ruivo, não podia ficar para sempre chorando por ter sido insuficiente há dois ou três anos atrás, ele tinha que se reerguer de uma vez e parar de se lamentar.

Ou pelo menos tentaria.

Quando notou, o carro preto estacionou dentro da garagem do subsolo do prédio. Changbin olhou ao redor antes de realmente sair, para ter certeza que não tinha ninguém transitando no momento. Ele juntou o paletó da roupa que usava e caminhou para fora do automóvel, batendo a porta do carro num baque quase surdo para implicar com o bang. Mais uma vez, o moreno olhou para os lados e abaixou rente a janela do australiano, depositando um beijo casto em seus lábios e repetiu a mesma coisa com jisung. Não queria que eles fossem embora.

- vocês não querem subir? - changbin propôs, rente a janela do castanho. Os dois rapazes dentro do carro se entreolharam pensativos. - por favor?

- não podemos. - changbin fez um bico inconformado. - se a gente subir, com certeza não vamos sair daí hoje.

- e nem amanhã.

- vocês são tão chatos. - prolongou as palavras com tédio, jogando o paletó preto no ombro. - pelo menos me mandem mensagem quando chegarem em casa.

- a gente te liga. - o seo balançou a cabeça, enfiando as mãos dentro dos bolsos da calça.

- tá, tudo bem. - ele balançou o pé algumas vezes, sem querer realmente ir embora. Chan apertou o volante, hesitando em ter que ser ele a partir primeiro. - eu tenho que ir, prometi pro seung que ia cuidar das plantas dele. - jisung assentiu, ficando nervoso pela tensão que ambos mais velhos estavam criando com aquela despedida. - eu amo vocês.

- a gente também te ama, bin.

Changbin acenou quando a dupla sumiu pela entrada da garagem, ficando um pouco lá só para ter certeza que eles não voltariam e aceitariam ficar mais um pouquinho em sua casa. Com certeza a sua carência o mataria mais rápido que a possível fobia social que adquiriu. Juntando coragem e se conformando com sua triste realidade, o seo deslizou para dentro do prédio sem a mínima disposição para finalizar aquele dia sóbrio, mas infelizmente toda bebida alcoólica que possuía em casa tinha acabado e sua vontade de sair até o mercadinho mais próximo era quase nula, então ele apenas respirou fundo e clicou no andar do seu apartamento no painel do elevador.

Igualmente a seungmin, changbin tinha as chaves da casa do kim, com a única diferença que ele nunca usava. Assim que entrou em sua própria residência, jogou os sapatos sociais apertados perto da porta e tirou a camisa, se despindo com preguiça até chegar no quarto. Pescou a toalha em cima da cama e tomou um banho rápido, mas ao invés de ficar mais disposto e com a mente ativa, a sonolência que aquilo trouxe fora surreal. Ele se vestiu casualmente e procurou as chaves do apartamento vizinho pelas gavetas do armário da cozinha, vasculhando uma por uma com uma paciente invejável, e assim que achou, saiu de casa descalço e com os cabelos molhados, ainda estava com uma toalha ao redor do pescoço para impedir que as gotas se acumulassem na camisa que usava.

Changbin entrou no apartamento do jovem casal, dava para sentir a essência dos dois em cada milímetro da casa. Os quadros, as fotos, tudo tinha o cheiro e as peculiaridades deles. O moreno caçou o regador pequeno que sabia que hyunjin guardava no armário embaixo da pia, enchendo ele de água antes de se dirigir até o parapeito da janela na cozinha, molhando com cuidado as pequenas mudas que cresciam preguiçosamente, manjericão, hortelã e erva-doce eram umas das ervas que changbin reconhecia na pequena hortinha de seungmin. Ficou receoso em molhar os cactos, até lembrar que hyunjin usava um spray ao invés do regador para aquilo.

Quando finalizou, tirou uma foto de tudo e mandou para o kim, apenas para ter a confirmação que o menor fez aquilo e não só fingiu. Nem deu cinco minutos e o nome do ruivo brilhou em sua tela, a ligação sendo atendida somente quando o seo trancou a porta do apartamento vizinho e retornou a sua casa.

- fala aí, meu recém casado, como tá a lua de mel? - changbin caiu no sofá com moleza, arrumando uma posição confortável rapidamente.

- com certeza não melhor que a sua noite de ontem, já que você não atendeu o celular quando liguei.

- tava ocupado.

- me poupe dos detalhes.

- então me fale dos seus.

- nem fodendo que eu vou falar da minha vida íntima pra você. - ele parecia enjoado, e changbin só soube rir. Conseguia visualizar perfeitamente a cara de nojo do ruivo agora.

- não seja mesquinho, eu te contava tudo antigamente.

- óbvio, você é um completo pervertido. E pra ressaltar que eu nunca, repito, nunca perguntei com quem você dormia ou quantas posições do kama sutra você fez em uma noite. - naquele instante, changbin não sabia se ria ou pedia pra ele calar a boca. - juro que não sei o que era pior, quando você levava homem ou mulher pra casa, eu consigo ouvir os gritos das mulheres ecoando na minha cabeça até hoje. Meu maior pesadelo é você voltar a ser daquele jeito.

- ligou pra me esculachar?

- tava entediado. - seungmin soltou um suspiro alto, parecendo realmente enfastiado. - acabei de lembrar da época em que você era corno e chorava por tudo. Era tipo, viu o christopher na televisão, chorava, ouvia as músicas do jisung, chorava, via os dois juntos, chorava. Não sei se odeio mais a época que você chorava igual uma cabra desmamada ou a época que você decidiu superar eles tentando pegar um DST trepando com um bando de gente desconhecida.

- você é ridículo. - proferiu ainda sem fôlego por rir, enxugando os olhos úmidos pela crise usando as mãos.

- você que é, ou era. Até que nos últimos meses você virou alguém decente, quer dizer, não totalmente, ainda é o mesmo changbin idiota que faz piadinha sexual, mas, é, da pra aguentar.

- você acha que eu mudei?

- mais ou menos. - por um momento a ligação ficou muda, seungmin divagava para responder aquilo corretamente. - quer dizer, talvez você tenha mudado muito. É como se finalmente você estivesse se encontrando, não sei explicar, mas desde que eles entraram de novo na sua vida, você encontrou um motivo pra melhorar. Não que você esteja fazendo isso só por eles, mas eles te fazem alguém melhor, eu acho.

Novamente a ligação ficou silenciosa, e changbin usou aquele tempo para pensar sobre o que o kim tinha comentado. Era quase impossível para uma pessoa reparar que estava mudando quando ela mesmo não faz isso por conta própria, às vezes elas mudam por conta do decorrer dos acontecimentos e não controla isso, e talvez esse seja o caso do moreno, ele não notou que tinha mudado. Não notou que seu comportamento agressivo e hostil tinha sido aos poucos corrigido, não notou que seu humor nos últimos meses tinha melhorado, não notou que tinha voltado a querer seguir em frente. Simplesmente aconteceu. Como se uma chama estivesse novamente queimando em seu peito, ele tinha por quem lutar, ele tinha por quem viver. Não só por eles, mas por si mesmo também.

- talvez você tenha razão. - ele comentou, ainda meio aéreo.

- alguém tem que ter mais de dois neurônios funcionando nessa amizade.

- cala a boca.

- cala a boca você.

- falando sério agora, o que você acha de mim?

- te acho um completo sem noção que às vezes pensa com a cabeça de baixo.

- não é isso, idiota! - ralhou, e seungmin riu. - tô falando de quando eu era artista.

- vai fazer programa?

- seungmin!

- eu tô entediado, me deixa. - ele suspirou dramaticamente. - hm, eu gostava das suas músicas. Não era seu maior fã, é claro, eu tenho bom gosto, mas te achava um rapper meio idiota mas esforçado.

- sua sinceridade às vezes machuca meu coração.

- não ligo nem um pouquinho.

- e o que você acha se eu voltar aos palcos?

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