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26° verso

Mesmo depois de acordar, ficou bastante tempo deitado olhando para o teto, felizmente seu período no trabalho apenas começaria a tarde, já que jaebeom teria alguns assuntos a tratar e não pretendia abrir a loja cedo.

Não tinha bebido o suficiente para ter uma ressaca que pudesse mantê-lo letárgico durante o dia, mas ainda assim preferiu ficar escondido entre as cobertas evitando o mundo exterior, se sentia pequeno demais para a quantidade de problemas que teria que enfrentar assim que saísse da cama, e como qualquer pessoa cansada, ele queria ignorar aquilo ao máximo.

— será que o ji tá bem? — indagou para o teto, imaginando o castanho ali do seu lado, murmurando palavras incompreensíveis durante um sono inquieto. Sentia tanta falta deles.

Decidiu checar o celular que estava embaixo do travesseiro, coçou um dos olhos pela luz da tela que machucou sua íris pelo tempo perdido na pouca iluminação do cômodo. Ele rolou o dedo entre as mensagens antigas. Nada tinha chegado. Nem mesmo as mensagens tinham sido visualizadas. Tentou achar algo sobre eles nas redes sociais, mas nada de novo, apenas notícias e rumores. Porém, uma em destaque chamou atenção do menor, gerando um nervosismo que fez seu estômago se embrulhar por completo.

Embaixo da foto do bang e uma mulher, a manchete praticamente gritava as seguintes palavras: "Será que Cb97 reatou seu namoro?". A imagem em questão era apenas dele e uma mulher ruiva passeando em algum ponto turístico de Sydney, não tinha sinal de jisung pela foto ou qualquer outro conhecido. Changbin não soube como reagir de início, não tinha noção que o australiano já teve outro relacionamento antes dele e de jisung, mas estava estagnado demais para ter um pensamento lógico. Então ele não estava respondendo suas ligações por que estava com uma mulher? O moreno riu amargamente, sua risada se tornando cada vez mais alta e confusa, até que lágrimas rolaram por seu rosto de forma patética, caindo no lençol que escondia suas pernas.

Changbin estava tão bagunçado e confuso que as pequenas gotas que escorriam por seu rosto se misturavam com sua risada estagnada e dolorida. Então no final seria assim? Seria trocado por uma mulher? Ele caiu na cama, sua risada sumindo, sobrando apenas um choro piedoso.

O restante da matéria na qual o bang e a mulher apareceram era um misto de afirmações sobre um namoro que aconteceu a um ano atrás e declarações confusas, changbin não conseguiu terminar de ler tudo. Não entendia porque estava se sentindo tão traído, foi justamente na época que ainda estava fugindo deles, então não podia exigir nada do australiano, mas jisung já estava no país na época, e eles nunca falaram detalhamento o que aconteceu depois que o garoto regressou da Malásia.

A falta de comunicação deles estava afetando muito o relacionamento que mantinham, changbin se sentia excluído e aquele afastamento machucava o moreno gradativamente. Como flores que caiam do seu caule aos poucos. Ele queria chorar pelo restante do dia, se lamentar por se sentir daquela forma e por querer explicação de algo que talvez não fosse da sua conta. Ainda estavam namorando? Aquilo ainda era válido? Encarou o anel em seu dedo com os olhos marejados, não entendia o que significava aquela dor que se alastrou em seu peito como fogo descontrolado. Queria fazer parar. Queria estancar a dor como um sangramento que não parava de jorrar.

Ignorou quando seu celular tocou duas vezes, na terceira ligação decidiu olhar quem era, o nome do han no contado fez seu coração bater forte, como se maltratasse suas costelas.

— oi. — atendeu quando ele estava prestes a desligar novamente. De início, apenas a respiração do mais novo era ouvida, mas logo sua voz saiu pelo fone do celular.

— binnie, eu preciso que você me escute.

— impressionante como vocês só me ligam quando alguma merda tá acontecendo, né? — ele riu soprado com desdém.

— changbin, não é assim, você precisa me escutar.

— e por que eu deveria? Tô a dias tentando falar com vocês, enquanto isso o christopher sai por aí com uma mulher. — ele parou para respirar, uma dor horrível se instalava em sua garganta. — vocês estão me excluindo, fingindo que eu não existo e me escondendo as coisas!

— tudo bem, você quer saber o que tá acontecendo? A empresa tá indo pro buraco, eu e o chan estamos em completo desespero porque nada do que estamos fazendo é efetivo, absolutamente todas as nossas tentativas de fazer essa merda de crise passar não tá adiantando. Está saindo boatos sobre o chris que não são verdadeiros, aquela mulher é só uma colega nossa que ele fingiu namorar para abafar um escândalo que iria destroçar a carreira dele. Então, me desculpa por não responder às suas mensagens, eu sinto muito por não ter ligado de volta quando você precisou porque tava tudo uma bagunça aqui e a gente não tinha tempo!

— eu só queria que vocês entendessem que eu também tô aqui, mesmo que eu seja um inútil às vezes e não posso fazer nada em relação a empresa de vocês, mas porra, eu tô aqui! Nos bons e nos maus momentos. Eu não vou sair do lado de vocês por alguma besteira, mas vocês estão me afastando de tudo. Não quero ser só um passatempo pra quando as coisas estiverem bem, somos um casal não é pra esse tipo de merda afastar a gente!

— eu sei, hyung, e você nunca será um passatempo pra gente, mas você tem tantos problemas e preocupações, não queremos te encher com isso também. — ele respirou fundo, parecendo exausto. — desculpa por gritar com você, eu sei que você não gosta que façam isso.

— não tem problema, só… não me deixem sem notícias.

— à noite vamos te ligar, o chan quer conversar com você e esclarecer melhor o que tá acontecendo. — changbin murmurou algo em concordância. — está tudo tão difícil aqui, binnie, eu quero voltar pra casa. Eu quero voltar pra você. — jisung suspirou mais uma vez.

— quando vocês vão voltar?

— ainda não sabemos. — changbin descansou a cabeça no travesseiro, limpando o rosto ainda úmido pelas lágrimas. Ele escutou um barulho estranho vindo do outro lado da linha, como se jisung arrumasse algo e logo tudo caiu no silêncio novamente. — amor?

— hm.

— não pense que o chan hyung está nos traindo, ele nunca faria algo assim. Eu entendo o seu lado, quando ele apareceu dizendo que teria que fazer algo assim porque a empresa mandou a um ano atrás eu também fiquei enciumado, mas era só uma questão profissional. Ele te ama muito, e você não tem ideia do que ele faria pra te ver feliz.

— eu acredito em você mas fiquei sem nenhuma notícia por tanto tempo e do nada isso apareceu. — o moreno disse. — fiquei tão confuso que deixei meu medo irracional de vocês me deixarem passar na frente da razão, eu sinto muito.

— a gente nunca vai te deixar, bebê, já falei isso várias vezes. Não será tão fácil pra você se livrar de nós dois. — changbin riu baixinho, se encolhendo no meio da cama. — vou cantar pra você dormir, então fique quietinho.

O moreno não estava com sono, mas aquela proposta era muito irresistível para se recusar. ele se encolheu na cama, jogando o cobertor por todo seu corpo, se encolhendo enquanto abraçava o travesseiro extra que ainda tinha o cheiro vago do perfume de chan. Ele colocou seu celular no viva-voz e deixou que a voz lírica de jisung ecoasse por seus ouvidos, uma cantoria melódica e calma, algo capaz de deixar seu corpo dormente e sua mente turbulenta em paz por alguns minutos.

(...)

O restante do seu dia se resumiu em ansiar pelo anoitecer, queria tanto falar com chan e esclarecer tudo de uma vez, apesar de confiar em jisung e acreditar que o castanho nunca mentiria, a inquietação em seu peito ainda martelava dolorosamente.

Fez o que pode na loja de vinil, mesmo que se mantivesse aéreo em alguns momentos, e quando foi liberado, não tardou em voltar para casa. Ainda tinha que cortar o cabelo com hyunjin como seungmin tinha programado. Somente passou em casa para deixar sua bolsa e voltou até o apartamento vizinho, batendo na porta algumas vezes até o hwang gritar de lá de dentro para que ele entrasse.

A sala do jovem casal estava uma completa bagunça, o sofá tinha sido afastado mais para o canto, havia uma cadeira em frente ao espelho encostado na parede, que ficava ao lado da televisão de tela plana plugada na parede, um puff de coloração vermelha tinha um kit pequeno de tesouras, pentes, e uma máquina de cortar cabelo. Ainda parado na entrada da residência, changbin avistou hyunjin amarrando os cabelos rosados num rabo de cavalo alto.

— o que você tá fazendo aí parado, hyung? Senta aqui. — deu algumas batidinhas na cadeira para afastar a possível poeira, ele se abaixou rente ao puff para organizar suas coisas com um sorriso entusiasmado. Changbin engoliu em seco, caminhando receoso até o garoto. — já tem ideia de que corte de cabelo você vai querer? — indagou ainda acocorado, ajustando as lâminas da máquina de cortar cabelo.

— talvez só tirar as pontas? — olhou seu reflexo no espelho, tirando o boné que usava para despentear os fios pretos e deixá-los uma bagunça momentânea.

— assim não tem graça. — hyunjin ficou de pé num pulo, trocando a máquina pelo pente a fim de pentear o cabelo do menor. — e se eu cortar dos lados? Mexer um pouco sua franja e fazer uns desenhos na lateral? Ficaria bacana, combinaria com o formato do seu rosto. — tocou as bochechas de changbin, virando sua cabeça para um lado e para o outro, como se estivesse analisando o que faria em breve.

— pensei que você fosse cozinheiro. — o moreno massageou as bochechas quando as mãos grandes e desajeitadas soltaram seu rosto.

— cozinheiro, fotógrafo, pintor, barman, padeiro, às vezes modelo e agora também sou cabeleireiro. — sorriu para o menor pelo reflexo do espelho.

— se eu tivesse metade da sua disposição pra fazer tanto cursos, com certeza teria uma vida melhor hoje em dia. — lamentou sua própria infelicidade de forma dramática e cômica, arrancando uma risada do rosado. — não me diz que eu sou o primeiro que você corta o cabelo.

— cortei o do minnie recentemente e também fui eu quem pintou. — ele tinha orgulho em sua voz. — você quer pintar o cabelo? Ainda tem tinta vermelha sobrando.

— com certeza não.

— você ficaria bem com o cabelo vermelho.

— prefiro deixar ele natural, assim da menos trabalho de cuidar. — o mais novo assentiu. — eu não ligo pro corte, só não me deixe careca.

— pode ficar tranquilo hyung, seu cabelo vai ficar lindo.

Mesmo que quisesse ser confiante, suas mãos tremiam agarradas no tecido do shorts que vestia.

Ficou em média uma hora sentado naquela cadeira, o que era para ser apenas um corte simples, hyunjin transformou em um trabalho completo. Após usufruir do seu cabelo seco, ele cortou um pouco as pontas e repicou, deixando mais desleixado e despojado, usando a máquina de cortar cabelo, ele cortou as laterais até atrás das suas orelhas, ensinando uma forma de pentear que não escondesse o undercut. Em seguida, usando uma lâmina, cuidadosamente ele fez duas linhas horizontais por onde passou a máquina, alegando que era apenas um charme a mais. O rosado ainda se ofereceu a fazer as sobrancelhas do menor e sua barba rala que crescia preguiçosamente pelo queixo pontudo, finalizando assim seu dia no pequeno salão de hyunjin.

Apenas viu seungmin quando estava indo embora, este apenas o cumprimentou com uma expressão estranha, não fez nenhuma piadinha sobre o novo corte de cabelo do seo nem mesmo reclamou da bagunça em sua sala de estar, apenas passou direto pelo moreno e parecendo tenso puxou hyunjin para conversar a sós. Vendo aquilo, o ex rapper juntou suas coisas e saiu da residência, ainda estranhando o jeito que seungmin estava.

Tomou uma ducha para tirar a sujeira do dia, lavando o cabelo  corretamente e se vestindo pelo banheiro mesmo apesar de não ter ninguém em sua casa. Quando saiu do banheiro, vestia uma camiseta amarela e um shorts folgado. A noite não estava fria o suficiente para vestir mais que aquilo e não pretendia sair. Mesmo que estivesse sido distraído durante o dia todo, a fumigação em seu peito não cessou, e agora por estar sozinho ela crescia lentamente pelo decorrer das horas.

Sempre com seu celular na mão, o moreno jantou as sobras de um bolo que tinha na geladeira junto com achocolatado, se contentando em apreciar a visão da noite sentado perto do parapeito da janela. Sua casa permanecia silenciosa demais e tentou não prestar atenção no sentimento de solidão que aquilo trazia, desfrutando da última fatia de bolo.

Lavou a louça e arrumou a cozinha, dando um jeito na bagunça de roupas sujas que se acumulou na máquina de lavar, deixando elas se lavando por si só enquanto caçava outra coisa para fazer. Sentia que se parasse, teria um treco com a ansiedade martelando sua cabeça, então preferiu se ocupar o máximo que pudesse, mesmo que fosse com coisas fúteis e banais.

Ligou o som deixando alguma música preencher a casa, num volume consideravelmente baixo para não atrapalhar seus vizinhos. Já era tarde e não podia quebrar novamente as regras do prédio, já tinha ganhado uma multa pela briga que teve com felix e não queria repetir aquilo. Levar sermão de uma pessoa mais nova que você porém num cargo superior era humilhante demais. Como se já não bastasse, sua cabeça o fez pensar no lee, mas instantaneamente se repreendeu por pensar nele. O odiava pelo que fez e não devia nem sequer imaginar que tipo de situação o ruivo poderia estar no momento.

No entanto, todo seu esforço para esquecer de uma vez a existência de yongbok foi em vão, não conseguia desejar o mal a ele. Simplesmente esperava que ele melhorasse e nunca mais voltasse a procurá-lo, não queria vê-lo nem tão cedo, uma vez que só de imaginá-lo parado na sua frente seu corpo inteiro se reprimia em repulsa. Era como se aquelas lembranças dolorosas fizesse seu corpo não saber como expressar, transformando assim em dor física. Changbin podia sentir seu estômago revirar e sua boca encher de saliva apenas por pensar nele por perto, um sentimento forte de nojo crescia em seu paladar.

Tudo ao redor pareceu voltar ao normal quando o toque do seu celular se sobrepôs pela música que ainda tocava, changbin pegou o aparelho e desligou a televisão antes de atender a chamada de vídeo.

Estranhou a escuridão que preencheu sua tela enquanto caminhava até o quarto. A roupa na máquina de lavar podia esperar. Ele adentrou ao cômodo ligando as luzes, ainda com as sobrancelhas franzidas em confusão pelo silêncio do outro lado da linha. Mas logo a voz de chan atravessou os fones, um pigarro nervoso inundando seus ouvidos. O australiano apareceu totalmente, seu cabelo loiro despenteado, changbin apenas podia ver a camisa preta que ele vestia além do seu rosto. O moreno se sentou na beira da cama, segurando o celular em frente ao rosto. Estava ansioso.

— oi, binnie. — ele falou assim que deu atenção total ao menor do outro lado da linha. Changbin repuxa o cantinho dos lábios, sem proferir uma palavra. — como você tá?

— bem.

— que bom.

Tudo foi inundado pelo silêncio, um constrangimento pairava no ar. Changbin se mexeu na cama, desviando sua atenção do rosto pálido e cansado do australiano, vagando seus olhos pelo quarto como se tivesse algo mais interessante do que ser praticamente engolido pelas esferas âmbar na tela. Nenhum dos dois sabia como iniciar aquela conversa.

— acho que precisamos conversar. — changbin tomou a frente, ainda sem jeito.

— é, eu acho que sim. — chan respirou fundo, se encostando na cabeceira da cama, erguendo levemente a cabeça para cima enquanto pensava, deixando assim o moreno com a visão do seu pomo de adão e as pequenas veias que se formavam pelas laterais do pescoço alvo. — eu e a mia nunca namoramos. — ele iniciou, a íris amendoada caindo sobre o moreno, analisando seu rosto bonito e os lábios atraentes sendo maltratado por seus dentinhos pequenos. Changbin presumiu que ele estava se referindo a mulher da foto de mais cedo, e se limitou a balançar a cabeça. — e bom, há um tempo atrás precisei fingir ter um relacionamento para abafar um escândalo sobre… eu ser um dependente químico. — changbin piscou atônito. — abafar um escândalo com outro, você sabe como funciona.

— de onde tiraram que você era dependente químico? — indagou descrente. — isso não faz sentido nenhum!

— acredita que o ji disse a mesma coisa? — ele riu como se aquele assunto fosse uma piada qualquer, mas a expressão séria do seo o fez ficar um pouco estarrecido. Ele limpou a garganta antes de continuar. — eu não sei de onde surgiu, só começaram a espalhar isso na internet e as coisas começaram a tomar um rumo preocupante. Mesmo quando eu tentei esclarecer que nunca usei nada ilícito, as pessoas não deram ouvidos, criando mais e mais boatos até isso virar uma bola de neve gigantesca. Então a minha antiga empresa achou que criar outro escândalo pudesse resolver as coisas. Fingi namorar mia por alguns meses e depois postei uma nota dizendo que tínhamos terminado, foi quando consegui resolver tudo entre eu e o jisung, então decidimos ficar juntos e começar do zero. Desculpa por não ter falado sobre isso antes, hoje eu só fui encontrar a mia para conversar, apesar de tudo ainda somos amigos.

— tá tudo bem, eu entendi. — estava atordoado o suficiente para não conseguir formular mais do que aquilo, mesmo sentindo que deveria. Chan tinha passado por um problemão e se sentiu mal por ter pensando somente em si mesmo, sem dar importância para a possibilidade que o mais velho podia estar passando por algo ruim.

— não faça essa carinha de perdido, me faz querer pegar o primeiro voo pra casa só pra te encher de beijo. — changbin apertou os olhos tentando voltar a realidade, mirou sua atenção até chan que tinha mudado de posição, agora ele estava deitado de bruços com o celular apoiado em um travesseiro, usava a palma da mão como apoio para seu rosto enquanto seu cotovelo afundava no colchão da cama, os fios dourados caiam por sua testa e seu rosto pareciam mais relaxado. Aquele sorrisinho prepotente e charmoso crescia por seus lábios bonitos. — seu cabelo parece com o de anos atrás, você realmente combina com esse estilo.

Changbin passou a mão pelos fios despenteados por reflexo, arrancando um suspiro bobo vindo do australiano.

— o sung me contou sobre o que você falou mais cedo. Não quero que você pense que é algum tipo de estepe ou passatempo pra gente, já conversamos sobre isso, você é mais que necessário nessa relação. — chan disse.

— não quero que vocês me escondam nada, me deixa chateado.

— não estamos escondendo nada de você, neném.

— por que eu deveria confiar em um australiano com cara de pamonha? — a risada de chan ecoou por seus ouvidos, melodiosa e tímida. Ele ainda tinha aquela mania de esconder a boca quando ria, mesmo que changbin já tivesse dito várias vezes que não era necessário. Gostava de vê-lo sorrir ou rir por suas implicâncias.

— porque você ama esse australiano com cara de pamonha.

— nah, prefiro o esquilo bochechudo. — chan fez bico com falsa insatisfação. — inclusive, cadê o ji?

— ele disse que ia dar uma caminhada, mas acho que era só um pretexto pra nos deixar ter essa conversa sozinhos. Vou ligar daqui a pouco pra ele voltar, tá ficando tarde.

— a gente pode ficar mais um pouco conversando? Eu... meio que senti sua falta nos últimos dias. — coçou a nuca, se sentindo estranho após relatar aquilo. Um arrependimento instantâneo correu em suas veias quando viu o bang sorriu ladino vanglorioso. — retiro o que disse, vou desligar.

— mas eu nem falei nada!

— sua cara entregou tudo.

— não é todo dia que você fica falando que sentiu a minha falta, normalmente você só me xinga.

— deixa de ser mentiroso, eu não te xingo com tanta frequência.

— deve tá me xingando agora por pensamento. — estalou a língua no céu da boca, fazendo um barulho irritante. Changbin fechou a cara.

— babaca.

— tá vendo? Muito desrespeitoso da sua parte tratar seu namorado desse jeito. Com o jisung não é assim. Você me trata pior que cachorro. — ele fingiu toda uma cena, pousando a mão na testa como se estivesse melancólico. — estou sofrendo homofobia do meu próprio namorado!

— você é tão estúpido. — não conseguiu evitar sua risada, caindo de costas na cama num baque surdo. Ele encarou chan que pareceu absorto de repente, olhando fixamente para sua boca e depois para o pouco de pele que aparecia da extensão do seu pescoço até a pontinha do ombro. — chan?

— lembrei que tenho algo pra resolver, é rápido, em dez ou vinte quinze minutos eu volto, então não dorme. — changbin nem mesmo teve tempo de indagar o que estava acontecendo, a ligação foi encerrada ligeiramente, o deixando totalmente confuso para trás.

— cara esquisito.

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