17° verso
- eu não vou. - changbin estava decidido, de braços cruzados na altura do abdômen e sentado na cama que eles dividiam.
- binnie, eu tô implorando, vem com a gente pra casa do minho. - jisung estava na sua frente, os ombros caídos denunciava o tempo que ele estava insistindo sem parar para que o moreno de algumas mechas vermelhas andasse logo e fosse se arrumar.
- eu nem conheço esse cara, vai que ele não gosta de mim.
- Minho hyung é muito legal, ele vai te adorar.
- além do mais, a gente só vai jantar e voltar, não tem perigo nenhum. - christopher proferiu, caminhando pelo quarto apenas de toalha a procura do seu tênis favorito.
- sei disso. - abaixou a cabeça, estalando os dedos das mãos uns nos outros como uma mania que adquiriu com o tempo. Estava nervoso, e era inevitável não ficar ansioso. Sair daquela casa significava ter que encarar as pessoas na rua, não sabia se tinha coragem para aquilo. - eu só tô com medo. - murmurou baixo, fazendo até mesmo o bang que dava voltas e mais voltas pelo cômodo parar.
Jisung e chan se olharam rapidamente, soltando um suspiro fraco, erguendo os cantos dos lábios em um singelo sorriso, se aproximaram do rapaz sentado na beirada da cama cautelosamente. O han acariciou o cabelo bagunçado de quem tinha acabado de acordar do seo, era impossível não sentir seu peito apertar sabendo que aquele medo do moreno era resultado de todo aquele problema de anos atrás. Querendo ou não, se sentia responsável por aquilo.
- a gente não precisa ir, posso avisar ao Minho que deu um problema e a gente cancela o jantar. - christopher sentou-se ao seu lado, segurando suas mãos que estavam frias por conta do nervosismo.
- vocês não precisam fazer isso. - falou rapidamente, encarando os dois com o semblante cabisbaixo. - mas, é necessário mesmo que eu vá? Talvez ele tenha só chamado vocês dois, não quero ser um intruso.
- ele foi bem claro quando disse "traga seus namorados com você". E até onde eu lembre, você também é meu, changbin. - com apenas uma mão, chan apertou as bochechas do seo e beijou seus lábios espremidos em um bico engraçado.
- essa foi brega até pra você, chan. - jisung comentou rindo em negação.
- tenho que concordar. - mesmo envergonhado pela declaração do bang, changbin não podia deixar aquela oportunidade de implicar com o mais velho passar, afastando seu rosto dos possíveis beijos que ele estava prestes a dar.
- beleza então, seus engraçadinhos, me peçam alguma coisa depois. - fingindo estar irritado, o loiro se levantou de nariz em pé, caminhando em passos largos até o closet.
- vou separar uma roupa pra você. Vai tomar banho que depois eu vou. - jisung avisou ao moreno, caminhando com um pouco de dificuldade por conta do gesso. Changbin se perguntava quando ele poderia tirar aquilo, segundo o han, as dores já não eram tão constantes, apenas o gesso incomodava um pouco.
Pegou a toalha sobre a cama e jogou no ombro, indo direto para o banheiro da suíte. Se trancou lá, se despindo aos poucos, por dentro torcia que começasse a chover fortemente ou inesperadamente, assim o tal jantar podia ser cancelado. Claro, nunca diria aquilo em voz alta, não queria ser egoísta com Chan e jisung, mas sua vontade de ir para a casa do amigo deles era quase zero.
Tomou banho sem pressa, eles mesmos tinham dito que não havia necessidade de agonia para saírem, aproveitando aquele momento calmo para colocar seus pensamentos em ordem. Precisava voltar para sua cidade em breve, ainda tinha seu emprego o esperando e seus amigos, apesar de sofrer ameaças constantes de seungmin, não aguentava de saudade do rapaz, até mesmo daquele bar brega que ele possuía junto com o namorado sentia falta.
Antes de sair com a toalha presa a cintura, se encarou no espelho largo do banheiro, tocou seu próprio rosto e suspirou, precisava cortar o cabelo e talvez pintar, estava cansado daquelas mechas sem vida do vermelho entre o preto. Encaminhou até a porta do closet onde encontrou christopher arrumando a gola da camisa social preta em frente ao espelho que cobria praticamente uma parede toda. Se aproximou do han envergonhado, estar semi nu na frente deles ainda era algo para se acostumar.
- aqui, uma camisa e uma calça. - entregou as peças de roupa de coloração preta, iguais as vestes do australiano, com a única diferença no estilo da camisa. - tô indo tomar banho. Chan, ajuda o changbin a se vestir. - avisou ao bang antes de sair do pequeno cômodo.
- será que ele não precisa de ajuda por conta do gesso? - indagou preocupado com o mais novo, nem mesmo notando a aproximação do loiro por trás, as mãos largas do australiano apertaram sua cintura, o puxando para perto do seu corpo.
- mesmo que a gente ofereça ajuda, ele vai negar. - beijou o ombro do moreno, aspirando o cheiro agradável de sabonete por toda pele bronzeada. - sabe como o jisung é. - iniciou uma trilha de beijos, até chegar atrás da orelha do seo. Changbin se contorceu para trás e ofegou, segurando as mãos do australiano em sua cintura com força.
Seu estômago era uma bagunça de borboletas para todos os lados, não conseguia puxar o ar para dentro dos pulmões. Tudo a sua volta parecia distorcido. Onde o loiro tocava ou beijava ardia como brasa, a mão dele ao redor do seu pescoço o obrigou a deitar a cabeça em seu ombro. Changbin mordia o lábio com força, suas pernas estavam bambas, não conseguia nem mesmo formular uma frase simples, estava completamente perdido.
- sei que você não quer ir nesse jantar, mas prometo que posso te recompensar depois. - sussurrou em seu ouvido. Aquilo foi o estopim para perder de vez os sentidos, grunhindo rouco em resposta. Chan sorriu, se afastando do corpo destabilizado do rapaz, adorando a forma como todo o rosto do seo estava coberto por uma camada vermelha de irritação e tesão acumulado, seus olhos nublados e respiração desregulada. - você quer que o hyung te ajude com a roupa?
- você continua o mesmo sem vergonha, não é? - o encarou irritado, odiando o jeito que chan sorria para ele. Presunçoso, como sempre.
- e você continua o mesmo garotinho irritado. - changbin o ameaçou com o tênis que tinha achado perto das suas roupas. - tá bom, eu vou embora.
Depois que ele saiu e fechou as portas de arraste do closet, changbin respirou com mais calma, normalizando sua respiração e seu coração. Odiava admitir como aquele cara conseguia mexer consigo, odiava mais ainda saber que ele tinha noção daquilo. Se vestiu rapidamente antes de sair do closet, jisung entrou logo em seguida e em poucos minutos já estavam se encaminhando até a garagem da enorme casa do Bang.
Esquecido como era, chan voltou correndo para pegar sua carteira e as chaves do carro na sala, deixando os dois mais novos na garagem o xingando.
- a crise dos trinta tá chegando bem mais rápido pra ele do que eu imaginei. - jisung comentou olhando em direção a porta que dava para a sala da residência. Changbin ao seu lado se mantinha em silêncio, seu estômago dava voltas e aquilo estava deixando-o enjoado. Agora com a certeza que estavam indo sair e não poderia dar meia volta e se esconder embaixo do cobertor da cama como uma criança assustada, changbin estava em pânico interno. - o que foi, anjo? - o han segurou em suas mãos, analisando toda a face do seo preocupado.
- eu tô meio nervoso. - assumiu, afinal, não dava para esconder aquilo, estava nítido em seu rosto que ele não estava bem. Sentia seu suor descer frio pelo canto da testa, seu peito estava apertado, tentava respirar com calma para aliviar o comichão em seu estômago.
- eu sei que você está com medo, mas ninguém vai te fazer mal. - jisung sorriu, ajeitando o chapéu do seo, puxando a aba para baixo na tentativa de fazê-lo rir. - aqui. - tirou a aliança de prata do dedo anelar e colocou no de changbin, encaixando perfeitamente. - isso aqui vai te proteger. - segredou em um sussurro próximo a sua orelha, virando-se na direção de chan que voltava balançando a chave.
Olhou para sua mão, já tinha visto aquela aliança antes usada pelo han e quando o bang abriu a porta do carro para eles entrarem, lá estava outra igual. Sentou-se no banco de trás, deixando que jisung e chan fossem na frente. Talvez tenha passado tempo demais olhando para o anel em seu dedo que perdeu a noção do tempo, quando ergueu o rosto e olhou pela janela, tudo passava rapidamente, encarou os dois no banco da frente, eles conversam baixo sobre algo que changbin não conseguia entender, então apenas deixou de lado e continuou dando atenção a paisagem no lado exterior do automóvel.
Lidar com pressão psicológica era algo que changbin estava acostumado quando era rapper, mas as coisas mudaram drasticamente nos últimos três anos. Lidar com sua ansiedade social era insuportável às vezes, a sensação que todos estavam lhe julgando pesava em seus ombros, há tempos não sentia aquilo. Enquanto tinha seus amigos por perto evitava pensar na possibilidade que todos ao seu redor estivessem especulando algo sobre ele.
Se segurava como nunca na frente de christopher e jisung para não dar meia volta e correr para casa. Deu seu melhor sorriso quando a porta do apartamento do amigo dos seus namorados foi aberta, de lá saiu um homem de feições felinas e sorriso meigo, ele tinha os cabelos loiros e carregava consigo um pequeno gato mestiço.
- chegaram bem na hora! - o rapaz disse parecendo transbordar de boa energia, puxando jisung para dentro. Christopher segurou na mão de changbin para lhe dar confiança a entrar também, este que deixou ser guiado.
Changbin parecia um gato assustado, segurava na mão do Bang com força, além de se esconder atrás do corpo do mais velho minimamente, com medo, seu estômago estava numa situação crítica.
- qual é a do moreninho? - escutou o loiro perguntar a chan.
- ele não é muito acostumado a sair de casa. - o produtor sorriu, trazendo o seo para mais perto. Mesmo que ainda não conseguisse erguer os olhos e encarar com mais confiança o anfitrião da residência, o moreno tentou parar de se esconder, estava começando a se sentir mal por causar toda aquela cena a christopher. Afinal, o que estava acontecendo consigo? Era um homem adulto, mas ainda agia como uma criança.
- acho que a gente nunca foi apresentado corretamente. - o rapaz estendeu sua mão na direção do seo. - sou Lee Minho, amigo desses dois e marido do younghyun.
- seo changbin. - apertou a mão do maior, sorrindo meio receoso.
- pronto, já podem virar amigos também! - jisung deu uma tapinha no ombro do Lee e sorriu, feliz por saber que talvez as coisas começassem a dar certo.
Minho pediu para eles esperarem na sala que ia verificar se o jantar já estava pronto, assim o trio se direcionou até o sofá espaçoso. Ainda que se sentisse meio deslocado, seu nervosismo não era o maior problema ali, jisung e chan conversavam entre eles, enquanto o moreno mexia nos anéis que o australiano possuía nos dedos longos, vendo agora com mais cuidado que ele realmente tinha a mesma aliança que o han que ainda estava em seu dedo. Então o namoro deles é realmente sério, pensou, com um sentimento estranho crescendo em seu peito, mas deixou de lado, não tinha porquê colocar aquilo na cabeça. Eles estavam juntos a bastante tempo, então era óbvio que o namoro deles realmente fosse algo sério, mesmo que nada estivesse confirmado ao público.
Quando as batidas na porta foram ouvidas, Minho saiu da cozinha rapidamente para ir atender, voltando para sala com uma criança de colo de fios castanhos e sorriso dócil.
- beomgyu! - jisung o chamou de braços abertos. A criança desceu do colo do Lee e correu em direção ao han, o abraçando enquanto ria.
Como se tudo ao redor tivesse parado assim que Felix apareceu em seu campo de visão, changbin se questionou se aquilo era mesmo real. Ele estava ali, a passos de distância, do mesmo jeito estático que o moreno lhe encarava ele também olhava em sua direção, entregando a pequena bolsinha do garotinho a Minho praticamente no automático.
- gente, esse é Felix, ele é meu primo e tá passando um tempo aqui em casa, ele morava na Austrália. - o loiro puxou o braço de Felix, este que acordou do transe em ficar apenas encarando o seo e sorriu para os demais.
- olá. - fez uma breve reverência.
- ei, eu acho que te conheço de algum lugar. - jisung estreitou os olhos na direção do ruivo.
- também acho. - chan olhou de soslaio para changbin ao seu lado, este encolheu os ombros.
- ele tava no bar que vocês me encontraram. - changbin disse baixo, somente para os dois.
- vocês são amigos? - Minho indagou sorrindo simplista.
- sim. - changbin ergueu os olhos até o outro australiano presente de pé. - somos amigos. - sorriu pequeno para minho.
- por que você não disse que era amigo do namorado deles, hein, pirralho? - o anfitrião deu alguns tapas no ombro do ruivo de sardas.
- namorado? - enfim o rosto do maior teve alguma expressão além de algo impassível. Erguendo as sobrancelhas surpreso, encarou changbin sem acreditar. - quem diria, seo.
- o que quer dizer com isso? - Chan olhou para o garoto mais confuso que todos ali, escondendo o quão irritado ficou com o tom que ele usou. Jisung encarou o ruivo igualmente confuso.
- nada, só estou surpreso mesmo. - o lee sorriu despreocupado.
Querendo evitar qualquer que fosse a discussão que aquele assunto estranho pudesse trazer, Minho os chamou para jantar, dizendo que o kang estava para chegar a qualquer segundo.
Durante todo o jantar, até mesmo durante os assuntos que vieram ao decorrer entre os mais velhos ali, Chan não desgrudou um segundo sequer do seo. Estava nítido em seu rosto que ele não tinha ido com a cara de Felix. Estava sendo estranho para changbin ficar no meio deles, o ar entre os três sentados lado a lado estava pesada e o moreno só queria ir logo para casa. Quando sentaram-se na sala de estar para conversar mais um pouco, as coisas só pioraram. Jisung ainda mantinha o garotinho - que mais tarde descobriu ser o filho adotivo de Minho e younghyun - no colo, mas em compensação o bang se dividia entre rir das piadas do mais velho presente e apertar ou apenas manter a mão pesada sobre a coxa do moreno. Felix na sua frente parecia ficar cada vez mais impaciente e irritado a cada sorriso tímido que o seo direcionava ao produtor, chegando em um momento que ele levantou de supetão do sofá e foi até o ex rapper.
- posso roubar seu namorado um segundinho? - indagou já puxando changbin pela mão.
- se... ele quiser ir. - jisung nem mesmo teve a oportunidade de terminar sua frase, o de sardas praticamente arrastou o menor pela mão em direção a cozinha. Chan deu a entender que iria atrás deles, mas o han pediu para ele ficar e esperar.
Teve sua mão solta pelo Lee já dentro do cômodo espaçoso. Felix andou até a ponta da ilha da cozinha, encarou o moreno com os olhos analíticos, nem mesmo parecia o mesmo Felix sorridente e com uma aura alegre que conheceu anos atrás. Sentia que estava perante um desconhecido.
- você tá mesmo namorando aqueles dois? - changbin suspirou exausto. - não era você que queria se manter longe desse tipo de gente? Eu tô realmente surpreso, changbin. Você mudou.
- eu mudei? Olhe pra si mesmo, Felix. - rebateu. - você tá todo estranho comigo desde o dia que eu te dispensei. Eu sempre deixei claro que só éramos amigos, até mesmo quando a gente ficou.
- pensei que depois de todo esse tempo longe teria alguma chance contigo. Que a gente fosse ficar sério. - disse baixo, se aproximando de changbin. - e agora você simplesmente aparece namorando uma das duplas mais famosas daqui?
- tá, e você quer que eu faça o que? Que eu termine com eles e fique com você? - felix se manteve em silêncio, mas perigosamente perto. - da pra você se afastar? Que porra, me escuta! - empurrou o lee com força em direção ao balcão da pia, perdendo a paciência.
- você acha que vai conseguir alguma coisa ficando com eles? Quem se importa se antes vocês eram parceiros. Relacionamento a três? Você sempre foi inseguro e agora tá com essa? Me conte uma piada melhor, seo. - quando chan entrou na cozinha com younghyun ao seu lado, o ruivo tomou postura e passou ao lado de changbin calmamente. - não diga mais que somos amigos. - sussurrou próximo ao ouvido do moreno e pediu licença, passando entre os dois mais velhos presentes na cozinha.
- oh gente, o que aconteceu? O ruivinho saiu daqui batendo a porta. - jisung também apareceu preocupado. Younghyun balançou a cabeça na direção do bang que encarava o moreno aflito enquanto segurava em seus ombros.
- vamos pra casa, por favor. - changbin tinha a voz chorosa, mesmo que tentasse sorrir para não preocupar os dois rapazes que agora estavam à sua frente.
Enquanto christopher agradeceu pelo jantar que Minho fizera, changbin entrou no carro e se encolheu no banco perto da porta do lado direito, esfregava os olhos de punho fechado, seus lábios sendo maltratados pela irritação e o sentimento ruim que novamente crescia em seu interior. Foi realmente uma péssima ideia sair de casa naquele dia, se pudesse voltar no tempo, nem mesmo tinha saído de sua cidade, de perto dos seus amigos. Na verdade, queria era mesmo se trancar por pelo menos dois meses em sua casa, sem contato com o mundo exterior, por mais que soubesse que aquilo não fazia bem a sua saúde.
Felix estava certo, o que ele realmente estava fazendo? Se colocando no meio de um relacionamento já formado. Nunca daria certo. Acreditava em jisung tanto quanto acreditava em chan, mas era simplesmente impossível aquilo dar certo.
O caminho até o condomínio do bang foi silencioso, de forma que deixou jisung hiperativo por certo tempo, mas ele respeitou o espaço do seo. Sabia que tinha algo errado, desde o momento que o primo de minho chegou naquela residência tudo saiu dos eixos. Se eles realmente eram só amigos, não tinha motivo para aquela reação vinda dos dois. Não sentiu ciúmes, mas sim uma raiva descomunal do jeito grosseiro que o ruivo tratou o seo. Aquele sentimento de raiva com certeza compartilhou com o bang, podia ver em seus olhos claros o jeito nem um pouco discreto que ele estava se segurando para arrastar changbin de perto daquele cara e irem embora.
Assim que chegaram na residência, changbin foi o primeiro a descer, aproveitando que a porta da garagem ficava aberta e entrou sem falar nada. Jisung e chan o seguiram tentando acompanhar o passo apressado do rapaz.
- eu vou dormir no quarto de hóspedes hoje. - changbin disse se encaminhando ao andar de cima da residência. Mas antes de ser impedido por um dos dois, se virou com a aliança na mão para entregar a jisung. - obrigado. - forçou para que o han pegasse, subindo sem aviso prévio, deixando para trás dois músicos totalmente estáticos.
No momento em que pisou o pé descalça no piso de cerâmica do quarto de hóspedes e trancou a porta, changbin desabou. Sentou-se ali mesmo no chão encostado na porta, tapou a boca para que seu choro esganiçado não fosse ouvido. Aquilo doía como o inferno. Sentia seu corpo tencionar pelo choro forte, sua cabeça começando a latejar no processo. Escutou os passos de um dos dois, não sabendo diferenciar quem era, pela parte de baixo da porta viu as sombras dos seus pés e depois as luzes do corredor foram apagadas.
Changbin estava se sentindo um brinquedo cheio de remendos, sem utilidade, apenas existia por algum motivo sem sentido. Como ele queria ser logo quebrado de uma vez por todas.
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esse capítulo foi dividido em dois, a outra metade sai no próximo mês
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