10° verso
- binnie hyung. - jisung chamou baixinho pelo moreno, distribuindo beijos por suas bochechas gordinhas, este apenas deu de ombros e se aconchegou mais em Christopher que também dormia. - amor. - sussurrou em seu ouvido, o fazendo sorrir ladino e virar em sua direção.
Seus olhos pequenos aos poucos iam se abrindo e encarou a face do rapaz, esticou sua mão até o rosto de jisung e acariciou com ternura, ele ficava tão lindo daquele jeito: cabelo bagunçado e rostinho amassado. Jisung sorriu e deixou um singelo selar em sua testa.
- vamos lá pedir alguma coisa para tomarmos café da manhã. - ficou de pé e esperou changbin se levantar também.
Ambos encararam o Bang ainda dormindo e assim que o Seo saiu da cama ele se agarrou ao edredom macio que dormiram, sorriram abobados pela forma engraçada que o loiro dormia.
- deixa o hyung dormir um pouco mais, ele tá bastante cansado.
- ele ainda tem problemas de insônia? - seguiu o Han até o telefone que tinha em cima da cômoda.
- sim, mas desses dias pra cá ele está dormindo bem melhor. - sorriu para o moreno.
O Han fez o pedido de café da manhã e abraçou changbin, gostava de sentir o corpo quente do menor contra o seu, o cheiro único que o moreno tinha era um dos seus pontos fracos, se sentia tão bem quando estava com aquele cara que esquecia de todos os problemas que o cercava. Ficaram naquela bolha onde só existia eles dois até que escutaram a voz aguda do bang os chamando para cama, riram ao ver sua expressão de indignação ao ser deixado na cama sozinho.
- já estamos indo, seu chato. - jisung disse correndo até o australiano e pulando em cima dele.
changbin arrastou-se com preguiça até os dois, sentando-se ao lado dos corpos que brigavam para ver quem ficava em cima de quem. Para ajudar o Han, o moreno empurrou Christopher e assim o moreninho subiu em cima do loiro e sorriu sapeca pela conquista.
- vocês dois estão de complô, não gostei. - Chan fez bico e recebeu um beijinho na bochecha do han.
Changbin afundou seus dedos nos fios embaraçados do seu cabelo, aproximou devagarinho do seu rosto e lhe deu um beijo na bochecha e mordeu. O grito que o Bang deu fez jisung pular de cima dele assustado.
- por que você me mordeu!? - encarou changbin com os olhos esbugalhados.
O moreno apenas riu alto.
- você me paga! - pulou em cima do Seo e tentou devolver a mordida. jisung apenas ria do canto da cama.
Com suas mãos sem ter algum apoio para afastar o loiro, teve sua bochecha mordida sem muitas forças e socou o peito do Bang quando teve a oportunidade certa.
- você é um idiota. - resmungou esfregando a bochecha recém mordida.
- você quem começou!
- cara, vocês são duas crianças.
Ambos mais velhos encararam o moreno com uma sobrancelha erguida e se aproximaram dele, logo os gritos nem um pouco discretos do Han ecoavam por todo quarto de hotel, cócegas sendo diferidas em sua barriga, se contorcia em agonia pelas mãos dos rapazes que lhe apertavam.
A campainha do quarto foi tocada duas vezes, jisung aproveitou aquele momento de distração para empurrá-los e correr até a porta. Ele arrumou o cabelo e limpou a garganta, abriu um pouco a porta para a mulher que trazia seu café da manhã não ver changbin ali dentro. Estariam ferrados se descobrissem que tinha alguém ali além dos dois.
- com licença senhor, preciso levar até lá dentro. - tentou empurrar o carrinho onde estavam os alimentos para dentro do quarto, mas a mão do Han segurou, impedindo de entrar.
- não precisa, posso levar. - sorriu amarelo. - pode ir.
- está acontecendo alguma coisa, senhor Han?
- não, claro que não, pode ir. - disse rápido.
Meio desconfiada a mulher deixou o carrinho para trás e seguiu o corredor até o elevador para descer. Suspirando em alívio, trouxe o carrinho com os alimentos para dentro e trancou a porta. Chan estava com changbin no colo e pela cara de jisung soube que tinha algo errado.
- acho que a camareira desconfiou que tinha alguém aqui.
- seus gritos também não ajudavam em nada, acho que o hotel todo ouviu. - deu língua para o Seo e ele retribuiu.
- temos que ser cuidadosos. - Chan diz, pegando uma das torradas que vieram com o carrinho e levou a boca de changbin e depois fez o mesmo com o han. - vocês dois calados são perfeitos.
- idiota. - disseram em uníssono.
(...)
- sunggie, larga o bin, ele precisa ir.
O dito cujo estava com o moreno sentado em seu colo, não queria largá-lo por nada e o Seo não estava fazendo nada para reverter aquela situação, pelo contrário, se aconchegou mais nos braços do Han. Chan bufou, vendo que não tinha outra maneira de desgruda-los a não ser na marra.
Pegou changbin pelo braço e puxou-lhe do Han, indignado os dois encararam o Bang.
- me solta! Eu quero o jisung! - fez birra, tentando soltar a mão do loiro de seu bíceps.
- você tem que trabalhar, bin. - suspirou, empurrando a cabeça de jisung para ele não se aproximar de changbin. - e nós também temos que trabalhar, jisung.
- como você é chato. - o Han cruzou os braços.
- é, eu sei. - deixou um selinho no biquinho empurrado dos dois garotos. - vou chamar o Brian, ele vai te levar até seu trabalho. - encarou o Seo. - e nós vamos esperar o Brian voltar, temos que ir no centro da cidade para assinar um contrato em uma agência. - jisung bufou.
Precisou soltar o Seo para ir até o quarto ao lado e falar com o Kang, saindo da suíte deixando os dois a sós. Logo changbin voltou para perto do Han, dessa vez o tendo em seu colo, o indicador do mais novo fazia um caminho imaginário sobre a linha da mandíbula do Seo, tocando em sua cicatriz no queixo e ergueu o rosto, deixando um selar singelo naquela parte.
- você quer me dizer algo? - segurou em seu rosto, fazendo assim seus olhos se encontrarem.
- nós estamos voltando para Seul em alguns dias. - changbin engoliu em seco. - não sabemos quando voltaremos e a gente sabe que você não vai querer ir para lá.
Sabia que em algum momento eles teriam que voltar para a capital, mas não imaginária que seria tão rápido.
- sabe, o channie queria alugar um lugar para moramos, nós três. - jisung ajeitou-se melhor sobre as coxas do Seo e sorriu ladino para ele. - mas pelo jeito não vai dar, porque teria que ser em Seul por causa da empresa. - passou seus dedos nos fios da franja do cabelo de changbin que caiam sobre sua testa.
- eu queria morar com vocês mas é complicado. - seu coração doía lá no fundo, pois sua insegurança o impedia de ir para lá e viver com quem amava.
- tudo bem. - desceu seus dedos até o queixo do Seo e ergueu seu rosto, jisung deixou um selinho sobre os lábios rosados e cheinhos sentindo a textura macio contra seus lábios. - vamos esperar até você estiver pronto. - sussurrou rente a seus lábios.
Escutaram a porta sendo aberta e as vozes do Bang e do Kang invadirem o local, jisung desceu do colo do moreno e ficaram de pé.
- vamos, changbin? - Brian disse.
O citado apenas assentiu, calçando seus sapatos e saindo do quarto com o Kang ao seu lado. Por que se sentia tão melancólico e triste? Seu coração estava pesado dentro do peito. Olhou para trás onde Chan e jisung estavam parados no corredor, em alguns passos de distância. Não queria ficar sem vê-los novamente, afinal, quando voltassem para Seul não saberiam quando voltariam e isso deixa o moreno sem chão. Tinha se apegado a eles novamente e imaginar que eles iam embora era doloroso demais. Deu meia volta e correu em direção a eles, abraçou Chan com força, o fazendo cambalear para trás.
- eu amo vocês. - disse contra o peito do loiro, sentiu a mão do Han em seus cabelos e os braços do estrangeiro em sua cintura. - não me deixem, eu não consigo viver sem vocês. - sussurrou.
- a gente também te ama, binnie. - a voz de jisung era vacilente. Aquilo estava doendo nele tanto quanto doía no Bang.
- não vamos embora para sempre. - apertou o baixinho em seus braços. - não vai ser alguns quilômetros que vão nos afastar novamente, daremos um jeito de te ver. Não fique assim, okay? - changbin ergueu seu rosto que estava corado. - não gosto de te ver triste. - acariciou sua bochecha.
- tudo bem. - passou as costas da mão em seus olhos. Não queria chorar.
Deu um último abraço em jisung e voltou até Brian de cabeça baixa. Se sentia vazio por dentro.
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