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Capítulo 5 parte 2


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CAPÍTULO 5 PARTE 2

Heloísa

Hans disse que precisava ir embora, e eu resolvi acompanhá-lo até primeiro andar. Enquanto descíamos as escadas, minha mãe cruzou a porta principal com sacolas penduradas nos braços e carregando uma caixa de bolo ao mesmo tempo. Mostrando proatividade, Hans foi ao seu encontro para auxiliá-la.

– Meu herói tinha que ser ninguém menos que meu sobrinho preferido! – Mônica disse, entregando tudo a ele.

– É sempre um prazer te salvar, tia. – surpreendentemente, ele soltou um sorriso verdadeiro para minha mãe.

– Não esperava menos de você, meu lindo. Vejo que continua usando a academia como fuga. – ela o avaliou dos pés à cabeça. – Nada mal. Continua com pinta de malvadão. Vem comigo, vamos tomar um café na cozinha enquanto relembramos a temporada que você e Helô moraram comigo em Nova Iorque.

– Como é que é? – interroguei, espantada com a informação.

– Minha caçulinha, você não foi a única que morou comigo. Ai, ai, bons tempos aqueles que você e Hans podiam viver em paz. – disse com naturalidade, enquanto saía rebolando em direção à cozinha. – Vamos! Me acompanhem os dois agora mesmo! Tenho planos!

– Que história é essa de que vivíamos em paz em Nova Iorque? – perguntei, vendo minha mãe e meu primo se distanciarem.

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– Isso mesmo que você ouviu, minha filha. – Mônica tirava da sacola uma caixa de brigadeiros gourmet. – No último ano do seu mestrado, seu primo fez aquele estudo com nome de comida. Como é que chama, querido?

– Doutorado sanduíche. – Hans, que estava sentando na bancada comendo torradas palito, respondeu com boa vontade. Aquilo era uma novidade.

– Isso! Sanduíche! Eu sabia que tinha carboidrato no meio disso tudo! – ela apontou para ele e suas pulseiras fizeram barulho. – Foi um ano incrível! Vocês dois me deixavam louca da vida! Caixas de pizzas e comida chinesa estavam sempre espalhas por todos os lados. Vocês instalaram videogames na minha sala de televisão, mudavam a disposição dos móveis...

– Quem tinha essa mania esquisita era a Heloísa. – Hans disse.

– Eu?

– Sempre achei esse hábito muito bizarro. – ela pegou um dos palitos e mordeu. Depois apontou o que sobrou em minha direção. Novamente as pulseiras fizeram barulho. – Heloísa, eu saía para o ensaio de manhã e quando voltava no final da tarde, o sofá estava na posição contrária do que foi planejado pela decoradora, as poltronas ora viradas para a janela, ora viradas para a entrada do apartamento e minha chaise sempre bloqueando algum caminho.

– Eu falava o motivo de fazer isso?

– Nunca disse. – ela desistiu de comer a torrada-palito e tirou um bolo de chocolate de dentro da caixa. – Tédio sei que não era, já que vocês dois se divertiam...

– Bolo decorado? O que vamos comemorar hoje, Mônica? – ouvimos a voz do meu pai na porta da cozinha. Hans e eu olhamos para sua direção.

– Meu querido ex-marido, hoje vamos comemorar os dois meses da nossa neta! – ela tirou de uma sacola uma plaquinha com os dizeres HELENA DOIS MESES e cravou no topo do bolo. – Olha que beleza!

– Hoje ela faz dois meses? – fui a primeira manifestar.

– Sim, meu bem. Mas não se cobre, eu já previa que isso poderia acontecer. Afinal, você está com amnésia. – disse, enquanto tirava talheres da gaveta. – Maurício está vindo. Vamos comemorar comendo pizza, bolo e brigadeiro.

A babá eletrônica mostrava que Helena havia acordado. Quando comecei a me mover para ir ao seu encontro, minha mãe se manifestou:

– Não, Helô! Coloque esses talheres na mesa da sala de jantar. – depois direcionou a Hans e meu pai. – E vocês escolham os sabores das pizzas. Não esqueçam que meu sabor preferido é qualquer uma que tenha presunto de parma. Enquanto isso vou escolher um lindo vestido para minha netinha vestir. Tiraremos muitas fotos e postarei tudo! Quero os desafetos vermelhos de inveja!

Mônica riu alto e se retirou como se terminasse a mais eloquente ária de ópera. Antônio permaneceu sério, provavelmente acostumado com toda aquela intensidade. Eu fiquei estupefata, já Hans, estranhamente riu.

O jantar de comemoração aconteceu conforme minha mãe havia planejado. Comemos pizza, conversamos, rimos das histórias engraçadas de Maurício, e Mônica pôde fazer seus vídeos e tirar suas fotografias. Ela teve que implorar para meu pai sorrir pelo menos em uma delas, conseguindo apenas um par insatisfatório. Depois, colocou Helena no colo de Hans, mas não precisou pedir por sorrisos, eles vieram com naturalidade. Tentei disfarçar meu fascínio em vê-lo à vontade, interagindo com minha mãe e minha filha. O homem ficava ainda mais bonito quando se soltava. Então fui chamada para participar da sessão de fotos. Fiquei um pouco resistente, pois não queria posar ao lado daquele que causava rebuliço em minhas emoções. Minha mãe conseguiu que posássemos de diversas maneiras. Aproveitou que meu pai e meu irmão se ausentaram por alguns instantes e ordenou que Hans me abraçasse e beijasse minha bochecha enquanto Helena estava em meu colo. Aquilo era cafona demais. Pensei que ele recusaria a pieguice, mas obedeceu e pude perceber que ele respeitava a minha mãe.

– Faltou uma com um beijo de verdade. – Mônica disse olhando para a tela de seu telefone.

Naquele instante, meu pai e Maurício apareceram na sala. As mãos de Hans ainda estavam na minha cintura. Me esquivei de meu primo fingindo ninar Helena.

– O que faltou, mãe? – Maurício perguntou averiguando o ambiente.

– Nada, meu bem. – ela olhou para ele com um sorriso sínico e teatral. – Apenas lendo um roteiro que recebi.

– Com licença. Helena precisa tomar seu leite e dormir. – saí rápido da sala de jantar, pois eu estava longe de ser uma boa atriz como a minha mãe.

Eu terminava de amamentar minha filha quando minha mãe apareceu no quarto. Ela sentou no recamier e começou a falar:

– Eu queria poder contar tudo o que sei. Mas não seria o suficiente, porque conheço apenas partes da sua vida. – seu olhar pesaroso transmitia lamento por não ter sido presente. – Também não acho responsável interferir e influenciar as conclusões que você mesma pode tirar. Não quero quebrar o encanto, a desilusão e até mesmo uma redescoberta sobre você mesma...

– Fala logo o que a senhora veio falar. – interrompi, querendo que ela fosse mais direta.

– Não tenha medo. – soltou de uma vez.

– Tenho muitos, mas acredito que não sou covarde.

– Eu sei. Você é igualzinha a mim. – sorriu, endireitando a coluna. – Quero te ver feliz como na época que vivíamos nós três em Nova Iorque. Não sei o que aconteceu depois. Todas as vezes que a confrontei querendo resposta, você se esquivou. Já disse que não vou detalhar o que sei, mas posso dizer que tanto você quanto Hans tiveram toda a liberdade de viver o que desejaram por anos.

– Nós tínhamos um caso? É isso que a senhora está me dizendo?

Ela não me respondeu, mas sorriu. Se Viktor suspeitava de algo, minha mãe tinha certeza. Ela era a perfeita testemunha ocular.

– Entendi, Mônica. – levantei da poltrona pronta para fazer Helena arrotar. – Está mais do que óbvio o que aconteceu em Nova Iorque e só Deus sabe o que pode ter acontecido aqui no Brasil.

– Não me chame de Mônica. Sou sua mãe e vovó dessa belezinha no seu colo. – ela se aproximou e tirou a bebê do meu braço. – Deixa que eu termino o serviço por aqui porque a senhorita terminará o serviço lá embaixo.

– Quer que eu junte os pratos e lave a louça? Prefiro ficar por aqui.

– Não, sua avoada. Seu pai paga pessoas para fazer isso. – disse, ajeitando meu cabelo para o lado e desfazendo alguns cachos. – Quero dizer que lá embaixo, na sala de estar tem um homão loiro de tirar o fôlego esperando ansioso por uma despedida mais calorosa e quem sabe um beijo de boa noite.

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Mônica tinha razão. Hans ainda estava na sala, sentado no sofá conversando com Maurício. Os dois pareciam se dar bem não apenas por serem primos. Dava pra ver que também eram amigos.

Quando entrei na sala, meu irmão me chamou para sentar ao seu lado. Conversou um pouco, mas depois disse que precisava ir embora. Pediu para que eu o acompanhasse até seu carro, pois me entregaria um telefone novo, já que o aparelho antigo estava desaparecido desde o meu surto. Seu carro estava estacionado na porte-cochère um pouco mais atrás vi o carro do meu primo. Hans disse que iria embora também, mas antes precisava conversar com meu pai e saiu da nossa presença, me deixando desapontada.

– Se tiver alguma dificuldade com o telefone, posso te ajudar. – voltei a olhar meu irmão e prestar atenção ao que ele dizia. – Acho bom você trocar as senhas de e-mails e redes sociais. Virei aqui essa semana e te ajudarei a fazer essas coisas.

– Ok. – respondi um pouco aérea.

– Helô, tudo vai ficar bem. – ele tentou me consolar, imaginando que eu estava aérea por causa das reações da amnésia. Mas a verdade é que Hans estava em meus pensamentos.

– Eu sei. Vocês me fazem sentir que tudo ficará bem.

– Então me dá um abraço. – ele sorriu e abriu os braços. Não pude deixar de sorrir de volta e muito menos de negar o seu pedido. Curti seu carinho, pensando no quanto sua presença era agradável. Estava óbvio que ele queria o meu bem. Considerei isso sorte. O abraço terminou, ele beijou minha testa e se afastou, ainda sorrindo até que seus olhos verdes quase fechassem. Sua leveza o deixava ainda mais belo. – Se cuida, baixinha.

– Se cuida também.

Dentro da casa, deixei a caixa do telefone sobre um aparador e segui em silêncio pelo hall, rumo às escadas. Tinha noção da importância daquele aparelho mas, naquele momento, não vi urgência em começar a fuçar o histórico da minha vida digital. Antes eu precisava me adaptar às coisas básicas do dia a dia.

Absorta nesse pensamento, fui surpreendida quando Hans, com seu jeito tácito, apareceu. Agilmente segurou meu pulso e me levou até a sala de estar. Meus pés tentaram acompanhar seus passos rápidos, tive que trotar para não ser arrastada. Não surgiu a ideia de contestar sua atitude, não tive tempo e muito menos vontade de abrir mão da minha curiosidade.

Ao atravessarmos o arco que dividia os ambientes, fui girada com facilidade até que minhas costas sentissem o frio da parede. Seu braço envolveu em quase toda a circunferência da minha cintura e seu rosto foi se abaixando para nivelar nossas alturas. Desse modo, ele terminava de evitar qualquer brecha. Seus olhos vivos com um furor desconhecido me fragilizavam a tal ponto que tive vontade de me desculpar sem uma razão específica. Hans tinha o poder de confundir meus conceitos sem precisar fazer muito.

Senti seu braço apertar minha cintura, isso fez nossos corpos se aproximarem ainda mais. O outro braço desencostou da parede e sua mão se moveu na direção de meu rosto. Assustei, fechando meus olhos, sua feição e sua atitude não eram suaves. Porém, me surpreendi ao sentir a leveza de sua carícia sobre minha face. Dedos deslizaram em minha bochecha, queixo e pescoço até se fixarem na minha nuca.

Abri os olhos sabendo que em meio as lembranças perdidas, éramos capazes de sentir o mesmo. Inconformados com a vida agindo em nosso desfavor e atentos em não perdemos as mínimas oportunidades.

Trocamos olhares silenciosos, qualquer palavra poderia quebrar o encanto daquele momento. Meu primo não era o tipo de homem sensitivo e cheio de delicadezas emocionais, e com ele tão próximo pude perceber que se amargava em não poder agir com seu jeito prático. Seu esforço era notório e, de um modo estranho, sua atitude implícita me agradou.

Hans colou nossas testas. Por vontade própria elevei minhas mãos e acariciei braços e ombros. A mescla de toques, cheiros e respirações foram o bastante para que seus lábios encontrassem os meus num beijo inicialmente calmo. Sabores foram degustados, mas a colisão de nossas línguas incriminou toda pureza momentânea. Em poucos segundos nos tornamos mãos e fricções descaradas. Mais íntimos do que poderia imaginar.

Quando dei por mim, me peguei enroscando uma das minhas pernas em seu quadril. Hans correspondeu meu ato deslizando a palma da mão sobre minha pele, atravessando a barra da calcinha e apalpando uma nádega com força. Aquilo era bom de sentir, meu corpo necessitava desse tipo de materialização.

Joguei minha cabeça para trás, extasiada ao sentir sua excitação prevalecendo debaixo do jeans. Me tornei um reflexo invulgar de intensidade que somava prazer e estima. Dentes arranharam meu pescoço, enquanto eu sentia os botões de meu vestido serem abertos. Hans lambeu e beijou o vão dos meus seios inchados. Involuntariamente envolvi a outra perna em seu corpo.

Suspensa com Hans enlaçado a mim, eu estava prestes a ir até o fim, não fosse a luz que acendeu no telefone sobre uma mesa de canto. Mesmo com os olhos turvos de desejo pude enxergar o nome que era capaz de quebrar com os nossos laços. Pamela chamava do outro lado da linha. Conscientizei que Hans não era meu e eu, mesmo com minhas memórias perdidas, não pude esquecer que tinha moralidade arraigada dentro do meu consciente.

– Pare. – minha voz saiu baixa, mas minhas pernas já não o rodeava. – Hans, pare agora.

– Por quê? – perguntou, voltando a me olhar nos olhos.

– Você tem namorada. – estiquei meu braço para o lado para alcançar o telefone. Hans me colocou no chão e eu pressionei o aparelho em seu peitoral pronta para me afastar. Ele segurou minha mão sem desviar o olhar, senti as batidas rápidas de seu coração. Ficamos assim por um tempo até eu conseguir me distanciar. Abracei meu próprio corpo enquanto ele averiguava o identificador de chamada.

– Pamela? – riu com ironia, me deixando encabulada. – De onde você tirou essa ideia?

Hans guardou o telefone em um dos bolsos traseiros de sua calça. Sua segurança com as palavras, somado com seu gestual, também seguro, me confundiu. Eu não sabia se acreditava no modo como meu pai havia apresentado a ruiva ou se acreditava em meu primo.

A incerteza me frustrava, a frustração gerou em mim um sentimento de impotência, que se transformou em raiva. No impulso, peguei uma almofada e lancei em sua direção acertando seu ombro.

– Você ficou doida? – perguntou abrindo os braços.

– Não. Apenas amnésia mesmo. – respondi e lancei outra almofada. Ele conseguiu se desviar e veio em minha direção. – Não chega perto, seu pervertido!

– Pervertido? Há alguns segundos você estava se esfregando em mim.

– Mas você que começou com tudo. Eu só dei continuidade.  – me segurei para não gritar. Sussurrei com cólera e peguei algumas rosas que estavam dentro de um vaso. – Nunca mais se atreva a me arrastar!– arremessei a primeira flor, que atingiu sua perna. – Muito menos em me encurralar numa parede. – outra flor foi disparada. – Não acaricie meu rosto! – a terceira flor passou longe dele. – Nunca mais me beije! E por último... – a quarta acertou sua barriga, mas não impediu que ele me alcançasse. – Deixe sua namorada longe da minha filha!

Hans se aproximou sério, sua mandíbula mostrava tensão e sua altura parecia ter se duplicado.

– Ela não é minha namorada.

– Namorada, ficante, amiga colorida... Dê o nome que quiser. – falei entredentes.

– Não sei o que ela disse para você e para o tio Antônio enquanto eu não estava por perto. – disse, me fuzilando com o olhar. – Pamela é só alguém do meu passado e quando soube o que aconteceu com você, quis ser gentil e insistiu para vir te ver.

– Dispenso a gentileza dela.

– Eu sei. Educação nunca foi sua característica marcante. Sempre que aparece alguém mais resolvido, mais carismático e até mesmo mais atraente, se comporta feito uma doida.

Poderia contestar dizendo que não senti inveja da ruiva sedutora. Apenas não me agradou sua presença imponente cercando Helena. Meu coração dizia para não confiar naquela mulher. Mas me calei, porque em parte meu ego feminino se abalou com sua implícita comparação. Eu não era feia, não me sentia desse modo. Meu corpo poderia estar em fase de recuperação por causa da gravidez, com uma pequena saliência na barriga e seios muitos inchados, mas eu tinha curvas generosas, pernas torneadas e uma pele bonita.

Soltei as rosas no chão, cansada dos embates com meu primo. Me perguntei se não estava entrando demais naquela vida que diziam ser minha, talvez a amnésia fosse uma chance de não cometer os mesmos erros.

– Helô, desculpa. – sua feição mudou de austera para pesarosa. - Não foi o que quis dizer, foi uma colocação infeliz e eu...

– Tanto faz. – endireitei a coluna e encarei seu rosto. – Só faça o favor de manter aquela mulher longe da minha filha.

– Tudo bem. No que depender de mim, farei o possível.

– Ótimo. Boa noite. – saí, tentando deixar para trás meus sentimentos.

Cheguei no quarto e vi Helena dormindo no berço. Minha mãe estava sentada com as pernas esticadas sobre minha cama enquanto mexia em seu telefone. Odiei o fato de todos precisarem daquele aparelho inoportuno. Ela percebeu minha presença e me analisou dos pés à cabeça. Percebi que os primeiros botões do meu vestido estavam abertos. Sabia que minha boca poderia estar avermelhada e meu cabelo desgrenhado.

– Pelo visto fizeram as pazes. – sorriu e levantou.

– Estamos longe disso. Mas não vai acontecer de novo o que quer que tenha acontecido agora a pouco.

– Não se iluda, meu amor. Isso vai continuar acontecendo. Tenha uma boa noite.

Minha mãe beijou minha testa e saiu, como se soubesse que tudo ficaria bem. A noite foi horrível. Eu estava com raiva, triste e, principalmente, com muito tesão. 

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Próximo capítulo será postado dia 06/06. Se tiver votos o suficiente, postarei uma surpresa antes. ;)

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