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Capítulo 16

Recadinho: o desenho no topo do capítulo foi feito pela talentosa Daiane_Gomes97
Adorei a Helô e a Helena dela!!

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HELOÍSA

A manhã do dia seguinte começou calma. Acordamos e saímos para dar uma volta no Parque do Povo, que ficava próximo do apartamento de Hans. Não chegava a ser atividade física, estava mais para um passeio pois Helena estava conosco, sendo empurrada em seu carrinho.

Percebi o quanto era fácil conviver com Hans quando eu deixava as implicâncias de lado. A gente tinha uma boa sintonia. Por mais que fôssemos também parceiros sexuais, nossa amizade fluía de modo natural e eu gostava disso.

Quando voltamos para o apartamento, coloquei minha filha no berço para o rotineiro cochilo matinal. Abri minha bolsa e tirei de dentro o álbum de fotografias que eu tinha trazido comigo. Depois fui para a sala encontrar Hans, que falava ao telefone. Meus braços estavam para trás do corpo, ocultando o objeto.

Hans encerrou a ligação e sorriu ao me ver.

– Ela dormiu? – ele perguntou e eu afirmei com a cabeça. – André me ligou. Ontem eu trouxe as chaves de uma das salas de consulta do tio Antônio por engano. Parece que as secretárias da clínica estão precisando pegar alguns documentos lá dentro.

– Você vai ter que sair? – perguntei, com um ponta de desânimo.

– Não. André está vindo aqui pegar as chaves.

– Ah.

– O que você está escondendo aí? – ele encurvou a cabeça para o lado, sorrindo.

– Uma coisa que achei na minha casa.

– O que você achou?

– Esse álbum – mostrei a mão segurando o álbum. – Você sabia da existência disso?

– Não – respondeu, mostrando interesse.

– Parece que eu gastei um bom tempo juntando fotos de várias fases da nossa vida.

– Fiquei curioso. Deixa eu ver.

Apesar de a minha intenção ter sido lhe mostrar aquelas fotografias, suspirei me preparando para o momento.

– Tudo bem. – me sentei ao seu lado de joelhos no sofá.

Ele pegou o álbum das minhas mãos e o abriu. Nas duas primeiras fotos eu era uma bebê e ele, um pré-adolescente. Mas a cada página eu via mais momentos. Hans explicou com paciência cada um deles. Eram inúmeras viagens para o litoral, para a fazenda herdada de nossa avó e outros lugares do mundo. Entendi que eu e Hans, junto com o restante da família, sempre viajamos juntos.

Eu não me lembrava de quase nada, apenas poucas coisas da infância e adolescência. Mas ali, senti a emoção de ter uma vida, uma história que aconteceu e ainda estava acontecendo.

Quando chegamos na última página do álbum, havia espaço sobrando para mais uma fotografia.

– Está incompleto. – falei para mim mesma.

Sem dizer nada, Hans colocou o álbum sobre a mesinha de centro. Depois voltou-se para mim e colocou as mãos em meu rosto. Ele parecia feliz por ter visto aquelas fotografias. Isso era bom. A sensação de agradá-lo era boa.

Seus dedos começaram a acariciar as minhas bochechas. Nossas bocas foram se aproximando numa lentidão gostosa e cheia de expectativa. O beijo que se iniciava me fez sentar em seu colo, de frente para ele e abrigando suas pernas entre as minhas. O mais engraçado era que entre nós as coisas nunca ficavam na "zona da pureza", estávamos sempre prontos a dar passos a mais.

Com uma mão ele prendeu todo o meu cabelo numa só mecha, enquanto eu o sentia crescer entre minhas pernas. Com os lábios colados e cheia de vontade em tê-lo dentro de mim, perguntei:

– Acha que dá tempo? André pode chegar a qualquer hora.

– A gente consegue ser rápido.

Ele respondeu me deitando no sofá. Seu corpo veio sobre o meu. Fechei os olhos ao receber beijos no pescoço no mesmo instante em que sua mão entrava dentro da saia do meu vestido. Seu toque rude apertava a minha coxa com a força exata. Porém, quando comecei a tirar sua camisa, o interfone tocou.

– Droga! – ouvi sua voz abafada na curva do meu pescoço. Ele levantou a cabeça e disse: – Vou dar um jeito de dispensar ele logo.

– Ok. Faça isso.

Ele me deu um beijo rápido nos lábios, depois se levantou me puxando junto pela mão.

– Enquanto eu pego as chaves no quarto, você pode liberar a entrada dele com o porteiro, por favor

– Claro.

Hans foi para o terceiro quarto do apartamento, que funcionava como uma biblioteca, e eu fui para a cozinha atender o interfone.

– Oi.

– Bom dia, dona Heloísa.

– B...Bo... Bom dia, seu Eduardo. – devolvi o cumprimento com vontade de rir. Era estranho ser chamada de "dona".

– Tem uma mulher que se chama Pâmela aqui. Autorizo a entrada dela? – meu coração acelerou e eu queria dizer para o Seu Eduardo mandar aquela mulher para o quinto dos infernos.

– Pergunta o que ela quer, por favor. – falei tentando controlar o tremor na voz.

– Ela disse que veio pegar a chave do escritório. – ele respondeu depois de um tempo.

Pensei em descer eu mesma até a portaria e entregar as chaves para aquela perua mexeriqueira. Mas meu primo jamais permitiria que eu fizesse isso.

– Tudo bem, pode deixar ela subir. – falei, me sentindo contrariada.

Quando coloquei o interfone no gancho, Hans apareceu dizendo:

– Esqueci as chaves no carro. Vou até a garagem e já volto. – ele falou rápido e saindo pela porta da área de serviço.

Não tive tempo de dizer a ele que não era André que estava subindo.

Minha situação não estava nada boa, pois era eu que teria que receber a mocreia da Pâmela. Respirei fundo buscando equilíbrio emocional e fui até a sala para abrir a porta de entrada principal. Estávamos no décimo andar, eu teria mais um tempinho para me preparar para a chegada daquela mulherzinha.

Fique em pé, no espaço que dividia a mesa de jantar e o ambiente da sala. Escutei a porta do elevador se abrir e uma leve batida na porta entreaberta.

– Olá, estou entrando – sua voz grave, de mulher bem experiente, embrulhou o meu estômago. Quando ela me viu, agiu como se não soubesse que eu passaria a semana naquele lugar. – Heloísa... onde está o Hans?

– Bom dia, Pâmela. – cumprimentei, apesar de não estar com a mínima vontade de ser educada.

– Bom dia. – ela devolveu o cumprimento me vistoriando dos pés à cabeça.

– Hans foi buscar as chaves no carro. Quer sentar?

Ela não me respondeu, mas de um jeito altivo desviou o olhar e caminhou até o sofá, o mesmo que até alguns minutos atrás eu e Hans estávamos quase transando.

Pâmela sentou bem no meio do móvel e cruzou suas longas pernas vestidas numa calça flare branca. O cabelo vermelho combinava com o batom vinho, que harmonizava com a blusa azul royal e com os anéis dourados. Precisei reconhecer que a peruona tinha estilo. Um tanto senhoril, mas ainda sim de bom gosto.

Contudo eu não poderia deixar que suas vestimentas e seu comportamento seguro me intimidasse. Não era justo que eu me sentisse menos à vontade que ela no lugar que seria minha residência nos próximos dias. Mesmo vestida com um vestidinho simples à la Maria do Bairro, sentei na poltrona com a coluna ereta e encarei aquela mulher insuportável.

Não demorou muito para que Pâmela avistasse o álbum de fotografia aberto sobre a mesa de centro. Ela estreitou os olhos por alguns segundos. Sem conter a curiosidade, pegou o objeto e começou a ver com atenção as imagens.

A escassez de memória me impelia a aguçar certas habilidades. Eu estava ficando cada vez melhor em ler gestuais e semblantes. Com Pâmela não foi diferente, vi sua transformação da arrogância para a raiva rapidamente. Prova disso foi ela não ver o álbum inteiro e colocá-lo de volta sobre a mesinha. A ideia de que eu e Hans tínhamos uma história parecia ser intragável para ela.

– Eu não consigo entender o que você tem em mente.

– O que eu tenho em mente? – perguntei confusa.

– Não se faça de sonsa. – ela descruzou as pernas e as cruzou novamente ajeitando sua postura. – Não duvido que teve um quadro de amnésia. É provável que tenha sido um estresse pós-parto. Vai saber... mas sei que essa sua perda de memória passou. Seus exames estão perfeitos!

– Você tem acesso aos meus exames? – indaguei me sentindo intrigada.

– Você sabe que sou funcionária da clínica do seu pai.

– Mas você não é a minha médica. Não deveria chegar aqui e me dizer essas coisas...

– Por favor, menina. – a maneira como ela dizia "menina" era irritante. Totalmente diferente da forma que Hans pronunciava. – Agir com recato não combina com você. Sei que está gostando de bancar a esquecidinha, sempre adorou as atenções voltadas para você. Mas isso vai acabar. Tudo o que recebe de Hans é passageiro. Ele nunca te assumiu e não assumirá, principalmente quando souber que você mentiu.

Resolvi não a desmentir. Talvez, demonstrando que ela estava certa quanto à minha saúde mental, eu conseguiria algumas informações. Por isso, deixei que continuasse falando:

– E continua mentindo ao sustentar esse plano ridículo de fingir que está desmemoriada. Pensei que a conversa que tivemos aqui nessa mesma sala, há pouco mais de um mês tivesse ajustado seu juízo.

Conversa há mais de um mês? Nesse apartamento? Sobre o que essa mulher está falando?, era o que eu pensava enquanto fazia um grande esforço em não demonstrar surpresa com o que ela dizia.

– Sei que quer amenizar o impacto de tudo que andou ocultando no último ano. Quer que Hans aceite Helena e você sem mágoas. Mas isso não acontecerá, menina. Mesmo que ele resolva ficar com você, o dia a dia trará as consequências de sua mentira. Aprenda que a gente vive num mundo real.

Minha amiga Laila havia dito que mentir não me era costumeiro. Mas me lembrar dessa informação não anulava a acusação de Pâmela. A ex-namorada de Hans, mesmo demonstrando orgulho ferido, parecia convicta do que falava, um tanto sincera em suas palavras ressentidas. Ela sabia de algo e por isso não consegui manter o papel que ela mesma havia me dado; o de impostora. Acabei soltando num tom perplexo e sombrio uma pergunta:

– Sobre o quê eu menti no último ano?

Nessa hora, Pâmela viu o erro que estava cometendo ao dizer que minha amnésia não era verdadeira.

– Sobre o que conversamos? O que você sabe? – eu perguntava, mas ela não respondia minhas perguntas. – Por acaso tem algo a ver com Helena? Hans é o pai dela? É isso? Diga, Pâmela!

Um frio percorreu a minha espinha ao ver o rosto de Pâmela empalidecido. Ela tinha perdido a compostura, ficou emudecida me olhando de um jeito bastante estranho.

– Me diga, Pâmela. – supliquei. – Você não tem ideia de como é ruim viver na escuridão.

Mas ela não se comoveu com o meu humilde pedido. Pelo contrário, parecia que tinha acordado da inércia, pois levantou do sofá e me deu as costas ao caminhar para perto da mesa de jantar.

– Se você quiser saber, peça ao seu primo para fazer um teste de DNA. – virou o pescoço para me encarar. – Você não é uma pessoa confiável.

Escutei a porta da área de serviço abrir. Após alguns segundos, Hans surgiu na sala e se surpreendeu ao ver a ex-namorada e atual amiga no local.

– Pâmela?

– Bom dia, Hans. André teve um imprevisto e não pôde vir... como eu estava a caminho da clínica...

O diálogo deles ficou cada vez mais longe de meus ouvidos. Pois, nessa hora, meus pensamentos estavam voltados para mim mesma. Outras lembranças, de um outro momento em minha vida, vieram com tudo, me atingindo como uma facada no peito. Anos vividos se tornaram segundos dentro da minha memória. Era como se eu passasse a limpo tudo que tinha acontecido entre os meus dezessete e vinte anos de idade.

Tudo isso aconteceu enquanto Pâmela se despedia e Hans fechava a porta.

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ENQUETE:

Pamela é mocreia? (responda selecionando a pergunta e escrevendo nos comentários)

a) Um pouco.

b) Sim, ela é mocreia. Mas tudo tem dois lado... O que a Heloísa aprontou com ela?

c) Pamela é a maior mocreia de Resetar. Sou TEAM Heloísa!! Fora Pamela!!!


ENTÃO É ISSO, PESSOAL!

ATÉ DIA 9 DE OUTUBRO,

NATY

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