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Capítulo 14 parte 1

Pessoal,

o conteúdo desse capítulo não é hot, mas é um tanto polêmico. Aviso que Resetar é uma história fictícia, logo, peço que tenham maturidade literária e entendam o contexto do livro. Lembrando que a maioridade sexual no Brasil é a partir de 14 anos de idade. Então esse capítulo está dentro da lei de nosso país.

Respeite seu limite de leitura.

Abraços

Naty

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Heloísa

Ele não me contou tudo. Mas, enquanto eu ouvia seus relatos, as imagens dos dias que passamos em Fortaleza começaram a surgir dentro da minha cabeça.

Por ordem médica, fui obrigada a ficar de repouso absoluto. Mas me lembrei que todas as manhãs eu tomava sol na espreguiçadeira da piscina do hotel vendo Hans nadar. Ele não deixou que os dias ficassem monótonos. Estávamos sempre ocupando o nosso tempo. Víamos filmes, jogávamos jogos de tabuleiro e, no final das tardes, sentávamos na varanda do quarto para observar as ondas do mar e conversar trivialidades.

No último dia, as malas já estavam prontas e logo desceríamos à recepção para fazer o checkout. Diante do espelho, eu terminava de fazer uma trança lateral em meu cabelo. Ao conferir meu rosto, vi que o hematoma estava clareando e me dando uma aparência melhor.

Quando me virei para dizer que estava pronta para descer, as palavras não saíram da minha boca, pois me deparei com algo completamente novo. Hans, que estava sentando no sofá, me encarava de um jeito diferente. A costumeira austeridade ainda era presente em seu semblante, mas o que diferenciava aquela mirada das outras era o brilho de seus olhos. Entre tantas hipóteses, me agarrei na ideia de que eu finalmente era enxergada do modo que eu tanto queria ser vista por ele.

Sem quebrar nossa conexão visual, fui me aproximando devagar. Precisei analisar meu oponente, entender todo o contexto antes de atacar de vez. Segura de que eu poderia seguir em frente, agi com astúcia, me sentando no seu colo e rodeando seu pescoço com meus braços. Antes que ele repreendesse a minha atitude, comecei a falar:

– Você é o meu número um, o primeiro no ranking das pessoas que eu mais gosto no mundo inteiro. Obrigada por tudo, Hans. – sorri, sentindo ele contrair o corpo. – Pela primeira vez, você precisa aceitar o que tenho guardado só pra você.

Cheia de impulsividade juvenil, encostei nossas bocas. Corria o risco de ser repelida. Na verdade, estava esperando que isso acontecesse. Mesmo assim continuei na insistindo em prolongar o momento. Aquela era minha oportunidade e talvez não houvesse outras chances tão escancaradas.

Eu tinha pleno conhecimento que minhas atitudes me denunciavam. Estava nítido que eu não tinha experiência quando o assunto era beijar a boca de alguém.

Hans sabia disso e pensei que logo acabaria com aquela loucura. Mas para minha surpresa, seus lábios começaram a se movimentar contra os meus. Na incerteza do que eu deveria fazer, decidi por repetir tudo o que ele fazia. A sensação de ser guiada por ele era incrível. Meu coração não se aguentava de alegria. O homem que representava tanto em minha vida, aquele que me oferecia amizade, que estava sempre me protegendo e me ensinando, agora, mais uma vez, me guiava a uma direção.

Quando sua língua entrou na minha boca, não consegui me conter. Acabei apertando ainda mais o meu corpo contra o seu. Em resposta, senti seus braços rodearam a minha cintura. Me deliciei com aquele tipo de proximidade. Até então, foi a melhor sensação da minha vida.

Quando o beijo terminou, nossas testas estavam coladas. Respirações ofegantes e hálitos tão próximos me convidavam para mais uma tentativa, mas o telefone do quarto começou a tocar. Ele bufou e apertou a minha cintura com os dedos. Era como se o barulho daquela chamada nos despertasse para a realidade.

– Preciso atender. – falou baixo.

– Ok.

Uma de suas mãos me soltou para pegar o telefone. Endireitei minha coluna afastando os nossos rostos, porém permaneci em seu colo com os braços envoltos no seu pescoço.

– Alô – ele ouvia tio Soren do outro lado da linha com os olhos focados em mim. – Sim, pai. Já estamos prontos... não precisar vir ajudar, ela está bem melhor. Nos encontramos na recepção em alguns minutos. 

Quando o telefone foi colocado no gancho, Hans suspirou e desviou o olhar. Pude ver em seu semblante que ele caía em si sobre o que havíamos acabado de fazer. Isso era muito ruim, pois meu primeiro beijo não deveria ser carregado de culpa.

– A gente precisa descer. – falou, tentando manter a voz impassível. – O que acabou de acontecer foi muito errado. Esse tipo de coisa não...

– Não tem nada de errado em nosso beijo!

– Heloísa... a gente não... – ele fechou os olhos e travou o maxilar.

– Cala a boca, Hans! – segurei firme em sua nuca e o fiz me encarar. – Não estrague o momento! É o meu primeiro beijo!

Ele ficou me encarando por um tempo. Taciturno e introspectivo. Eu sabia que refletia sobre minhas palavras. Então, com o intuito de colocar um fim no assunto, ele disse:

– Tudo bem, Heloísa. Não falarei nada.

– Tudo bem uma ova!

Voltei unir nossas bocas. Eu queria que o segundo beijo apagasse a má impressão que Hans tentou deixar no primeiro.

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Outras lembranças da adolescência vieram. Uma após a outra. Precisei ter cautela, ser paciente comigo mesma e não agir com precipitação. Tudo que eu tinha que fazer era esperar que o fluxo de informações em meu cérebro pelo menos diminuísse, para depois refletir e só então agir da forma mais prudente possível. Discorrendo assim, parecia ser fácil, mas a realidade era que na prática foi muito difícil manter o autocontrole de toda a situação.

Eu não sabia ao certo o que aconteceu após eu beijar Hans pela segunda vez. Mas repassei em minha mente os dias que fiquei de repouso. Lembro que nesse período fiz catorze anos. Não comemorei com festa, mas no dia do meu aniversário Hans me presenteou com um colar de ouro que havia um único pingente de estrela. Um tipo de joia semelhante com as jóias que eu tinha guardadas em meu escritório.

Minha costela não estava completamente recuperada, mas tive que voltar para a escola mesmo assim. Eu não poderia me dar o luxo de perder tantas matérias, pois estava no final do ano letivo.

Meu pai dispensou o motorista e passou a me levar e buscar todos os dias no colégio, até que as férias começassem. Muitas vezes, Hans me buscava. Eu adorava quando isso acontecia. Ficava em estado de graça. O melhor momento da minha rotina era me surpreender com sua figura imponente a me esperar diante dos portões da escola. O loiro alto com cara de poucos amigos era facilmente notado e muito temido.

Os alunos que me agrediram receberam uma punição, talvez não tão severa devido ao grau de seriedade que o caso tinha. Contudo, foi bom me sentir novamente justiçada ao relembrar do rosto de cada um deles na saída do colégio, principalmente quando precisavam passar por Hans. Era divertido vê-los abaixar a cabeça e desviar do caminho.

Por razões óbvias, eu estava terminantemente proibida de praticar jiu-jitsu ou qualquer outra atividade extravagante. Mas no último dia de aula, avistei Hans me esperando com dois capacetes nas mãos. Ao me lembrar, pude reviver a mesma alegria que senti quando me dei conta que eu sentaria na sua garupa e o sentiria perto de mim.

Após alguns meses da nossa viagem a Fortaleza, tentei conversar sobre os nossos dois beijos. Mas ele era sempre curto e grosso. Numa maldita frase ensaiada, me dizia:

– Esse é um assunto que não quero falar.

Inconformada, resolvi mudar minha estratégia, ou seja, tive que partir para o ataque.

À medida que o tempo passava, fui aprendendo como avançar a nossa relação. Isso me fez conseguir outros beijos, que ficaram cada vez melhores. Mas esses beijos começaram a não ser o bastante para mim. A minha paixão aguçava a curiosidade e eu estava sempre querendo ir mais além.

Difícil foi fazer Hans entender que ele não se aproveitava de mim. Precisei ser insistente, astuta e com certeza, muito oferecida. Tudo porque na minha imaturidade, essa era a única maneira de ter o que eu sempre quis.

E eu tive.

Aos poucos fui conquistando novos espaços. Mãos atrevidas, um sarro bem dado e palavras sacanas me fizeram entender como funcionava um homem. Hans sabia que a partir do instante em que permitiu o primeiro beijo, sua falsa resistência passou a não ter valor para mim. Bastou apenas uma pequena brecha para que eu a atravessasse e me aproveitasse da situação.

Quanto mais o tempo passava, mais eu conhecia os seus pontos fracos. Sabia o quanto ele gostava de ser surpreendido com uma sentada no seu colo, que apreciava na mesma medida beijos e arranhões no pescoço, e que aceitava as minhas apalpadas curiosas em sua ereção por cima da roupa.

Não tenho dúvidas que Nabokov e sua Lolita se orgulhariam de mim.

Hans dizia que eu tinha fogo. Eu ria porque ele tinha razão, eu ardia por ele. Nunca escondia esse fato. Prova disso eram as minhas provocações cada vez mais descaradas. Eu queria que ele me consumisse no mesmo desejo que eu o consumia.

Foi bom ouvir de sua boca elogios espontâneos. Quando embevecido de excitação, ele deixava escapar que gostava das minhas extravagâncias, dos meus cachos em desordem, das minhas unhas sempre pintadas em tons escuros e do meu perfume forte. Isso fez com que minha segurança aumentasse. Meu ego foi crescendo ao saber que meu tipo o agradava.

Rolávamos em sua cama, no seu quarto de solteiro na casa de seus pais. Tirávamos parte de nossas roupas, gozávamos de tanto nos esfregar.

– Você não conseguirá mais viver sem mim –, sussurrei em seu ouvido diversas vezes, rogando tal frase como se fosse um prenúncio.

Certa vez, quando eu estava prestes a completar dezesseis anos, meus tios e meus primos passaram o fim de semana no litoral. Hans, que ainda morava com eles, ficou em casa estudando, pois dentro de algumas semanas defenderia sua dissertação.

Minha entrada era livre no prédio onde eles moravam. Aproveitando dessa condição, resolvi aparecer de surpresa na cobertura dos meus tios.

Hans não gostou da minha presença. Chegou a dizer que eu era louca, que eu ultrapassava os limites do bom sendo e que precisava respeitar os espaços das outras pessoas. As duras palavras me fizeram sentar em sua cama. Lembro que fiquei algum tempo com o olhar perdido e comecei a repensar algumas coisas. Ninguém era tão severo e amoroso ao mesmo tempo como ele era comigo. Meu primo me passava valiosos ensinamentos, principalmente os de convivência. Sabia que ele tinha razão. O mais prudente seria voltar para minha casa e deixá-lo em paz. Um dia, talvez ele aceitasse o nosso relacionamento totalmente. Era só eu ter paciência.

Entretanto, eu estava longe de ser uma resignada. As repreensivas palavras de Hans valeriam muito em minha vida, isso era certo. Mas eu o amava e não estava disposta a abrir mão dos grandes passos que tínhamos dado no último ano.

Então, numa atitude decisiva, me coloquei de pé sob seu olhar avaliativo. Ele esperava que após a reprimenda eu finalmente fosse embora.

Peguei minha mochila do chão, mas em vez de ir em direção à porta do quarto, caminhei até o seu banheiro e tranquei a porta.

– O que você está fazendo, Heloísa? – ele perguntou, mas não me preocupei em responder. – Reponde, menina! O que está acontecendo? Não vá fazer bobagem...

– Calma, Hans. – respondi segurando a vontade de rir. Abri o botão do meu jeans e desci o zíper. – Não vou me matar, meu amor. Se é isso que está pensando... só vou tomar um banho.

– Você não vai tomar banho, você vai é embora! Não posso me distrair, já te disse que preciso estudar! – continuei em silêncio, tirando minha calça junto com a calcinha. – Ouviu bem? Nada de banho!

– E perder a oportunidade de esfregar o seu sabonete em meu corpo? De jeito nenhum! – falei, com deboche. Joguei minha camisa no chão e fui me livrando do sutiã. – Além disso, eu quero que o meu cheiro fique impregnado em todos os ambientes de seu convívio. Quero que lembre de mim o tempo todo...

– Sai agora do meu banheiro, Heloísa.

– Não.

– Essa casa não é sua, então se manda daqui.

Desfiz o sorriso. Sua última frase saiu num tom de voz um tanto desagradável. Eu tinha certeza que se fosse qualquer um de seus eventuais casos sexuais, ele não falaria daquela maneira. Então me coloquei diante da porta, nua e com as mãos na cintura, eu disse:

– Só sairei desse banheiro quando eu quiser! E digo mais, vou passar o fim de semana aqui, na sua casa, cuidando de você e dormindo na sua cama! – estreitei os olhos para a porta como se ele estivesse na minha frente. – Toda vez que você entra nesse ritmo de estudo, esquece de comer, não dorme, fica mal-humorado e depois cheio de hematomas de dermatite no corpo. Por isso vou ficar, porque meu lugar é aqui com você, retribuindo o que tem feito por mim.

Escutei ele respirar fundo e após alguns segundos, falou rabugento:

– Tudo bem. Contando que me deixe estudar, fique à vontade.

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Hans realmente estudou muito. Passou horas sentado na sua escrivaninha diante de uma pilha de livros e um notebook com o Word aberto. Mas com a minha presença, era obrigado a dormir, comer e fazer pausas para espairecer a mente.

Nas poucas horas vagas, eu aproveitava para progredir em nossas intimidades. Ele ainda relutava em ter uma relação sexual completa comigo. Por mais que eu implorasse, ele sempre dizia a mesma coisa: que eu era nova demais e que ainda precisava me autodescobrir. Mas ele sempre conseguia contornar a situação me mostrando outras formas de se relacionar. Com ele, aprendi que sexo é muito mais do que penetração.

Em uma das noites, acabei adormecendo em sua cama vendo-o debruçado sobre os livros. Só fui acordar no meio da madrugada ao sentir que ele estava deitando do meu lado.

– Terminou de escrever os capítulos? – com a voz sonolenta, abri os olhos

– Terminei e enviei para meu orientador. Agora preciso esperar ele corrigir meus textos.

– Isso quer dizer amanhã será um domingo de descanso para você.

– Isso mesmo.

– O que pretende fazer?

– Ir ao estádio. O São Paulo joga amanhã.

– Posso ir?

– Não sei se tem ingresso.

– Hum, que chato. – reclamei e me aproximei deixando nossos rostos próximos. – Me mostra algo novo?

Ele sabia o que aquela pergunta significava. Algo novo era o termo que usávamos para nossas intimidades.

Ele me lançou um olhar pensativo, mas, por fim, disse:

– Estou cansado.

– E eu estou excitada. – avancei dando um beijo rápido em sua boca e mordendo o seu lábio inferior. – Me ensina alguma coisa nova, ou acaba de vez por todas com minha agonia. Quero que você tire a minha virgindade.

– Você só tem quinze anos.

– Terei dezesseis em alguns dias.

– Que diferença faz?

– Nenhuma, pra falar a verdade. Da mesma forma que não faz diferença tudo que a gente anda fazendo com o que a gente ainda não fez, Hans. Pelo que entendi, meia nove é tão sexo quanto penetração. – devagar e maliciosamente, empurrei seus ombros até suas costas ficarem rente ao colchão. Sentei sobre o seu corpo disposta a jogar pesado com ele. – Você tem me mostrado o caminho do autoconhecimento e do prazer. Mas pra quê isso? Pra que você quer me dar tanta teoria, se na verdade eu preciso de prática, hein, meu amor?

O tecido leve de nossas roupas de dormir contribuía para que nos sentíssemos com mais intensidade. Eu me esfregava sobre seu pênis com lentidão. A minha intenção era sempre a mesma; enfeitiçá-lo até que deixasse a relutância de lado.

– Não me chama de amor. A gente não se ama, Heloísa. – falou severo, mas seu quadril passou a se movimentar junto com o meu.

– Diga isso por você. Mas não decida por meus sentimentos.

Hans grunhiu cedendo a minha sedução. Rebolei sobre ele e tirei minha camisola ficando apenas de calcinha. De repente, ele girou nossos corpos. Fiquei por baixo, frente a frente ao seu rosto. Recebi um beijo agressivo e comecei a remover sua camisa.

Em questão de segundos ficamos nus, estávamos afoitos e loucos por alívio.

– Peste! – falou dando mordiscadas em meus seios. – Você é uma peste que ainda vai ferrar com a minha vida.

– Eu não sei ferrar sua vida, eu só sei te dar amor.

Então ele parou. Me dei conta que ele não tinha condições de ouvir a palavra amor. Na minha falta de experiência de vida, eu não entendia como uma pessoa tão bem-criada e que recebeu todo o suporte familiar para se tornar um ser humano seguro poderia ficar travado diante do sentimento mais incrível do mundo.

Talvez o problema não fosse receber amor e sim de quem ele recebia.

Prestes a fazer meus dezesseis anos, eu pensava que estava muito aquém das mulheres que passaram em sua vida. Aquilo doía, pois ainda faltava muito para eu me tornar quem eu realmente deveria ser.

– Heloísa... – pronunciou meu nome com lamento.

Ele levantou a cabeça e seu olhar se encontrou com o meu. Suas mãos seguraram o meu rosto enquanto encostava as nossas testas. Senti seu hálito quente em meio a tentativa de controlar a respiração ofegante. Percebi o quanto ele se debatia com a própria consciência. Nossa situação era difícil para ele. Por mais que fosse eu a causadora da sedução, meu primo se sentia culpado.

Uma droga! Uma verdadeira droga!

– Por favor, Hans. – minha voz saiu como um pequeno murmúrio. – Acabe logo com isso. Seja o primeiro e o único em minha vida.

Com os olhos fechados, ele roçou nossos narizes e disse com sofreguidão:

– Eu não posso. Não é certo.

Ele se afastou deixando vazio ao meu redor. Abri os olhos e fiquei olhando para o teto durante alguns segundos. Depois avistei Hans de pé. Encarei seu perfil de lado. Com as mãos na cintura, seu olhar era distante. Tão perdido em sua introspecção e tão belo em sua nudez. Ali ele se encontrava despido de tantas maneiras que eu não saberia como descrever em detalhes tudo o que senti.

Eu só sabia que o amava. E como amava! Chegava a doer de tão forte que era.

– Sou um desgraçado. – começou a falar num tom taciturno, porém lastimoso. – Eu deveria ter acabado com isso há mais tempo. Nós somos primos, lembro do dia em que você nasceu, te vi crescer e...

– Pare com isso. – sussurrei.

Imediatamente me levantei da cama e me coloquei na sua frente. Não me intimidei por causa da nossa diferença de altura. Naquela hora, arranquei de mim uma valentia que me fez sentir maior em estatura dele.

– Não vá por esse caminho, Hans!

Segurei sua cintura e fiquei nas pontas dos pés. Senti seu membro rígido encostar na minha barriga, mas eu precisava me concentrar. Precisei ser menos carnal e ser firme diante daquela situação.

– Olha pra mim, Hans. – ordenei baixo. Suas narinas dilataram e seu semblante se tornou mais pesado. Contudo eu o faria acatar a minha ordem. – Olha pra mim, porra! – lentamente seus olhos encontram os meus. – Você nunca forçou nada! Nunca me coagiu a algo que eu estava em dúvida se faria ou não! Pelo contrário, sou eu que o seduzo e faço coisas que até Deus duvida! Sou eu que me ofereço o tempo inteiro!

Sua glote subiu e desceu enquanto mantinha o olhar fixo em mim. Ele estava confuso, o cansaço por causa dos estudos não permitia o funcionamento perfeito de suas faculdades mentais. Eu tinha dois caminhos; o primeiro seria parar com minhas investidas por um momento, só por aquela noite. O segundo caminho seria me aproveitar da situação e partir para o ataque. Um deles eu teria que escolher. E acabei escolhendo.

Deixei que aflorasse o meu querer. Eu ardia em paixão e ansiava por ficar cada vez mais íntima dele. Eu não poderia martirizar o meu desejo e deixar aquela chance passar. Por isso, abracei de vez a sua cintura rodeando com meus braços. Sua ereção continuava evidente entre nós. Isso era um bom sinal. Quanto mais débil ele estivesse, melhor seria para mim.

– Se você não tirar a minha virgindade, alguém vai fazer isso no seu lugar – pronunciei as palavras tirar a minha virgindade sabendo que para mim elas significavam fazer amor. – Não estou dizendo que vou sair por aí e transar com o primeiro homem que aparecer no caminho. Não é isso. Mas uma hora alguém vai me querer e eu vou querer esse alguém. – suspirei e voltei a falar com uma calma desconhecida. – É isso que você quer, Hans? Quer que outro usufrua daquilo que você cultivou? 

Seu olhar me lançava faíscas de raiva à medida que eu falava. A face de Hans era quase engessada, mas eu era capaz de lê-la. Anos de convivência me davam tal privilégio. Meu primo se traía nas minúcias, nos pequenos detalhes.

– O que você vai fazer comigo, Hans? Vai me liberar para outro homem ou vai terminar com o que começou?

Hans não disse nada, apenas grunhiu e tomou a minha boca num beijo violento. Logo, fui levantada do chão. Naquela hora, tive a resposta para as perguntas que eu tinha feito a ele. Maravilhada, me agarrei em seus ombros e rodeei minhas pernas em seu corpo até ser deitada na cama.

Eu sabia que para Hans aquela sempre seria a noite em que perdi a virgindade. Mas para mim, foi a noite em que fizemos amor.

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Até dia 18 de setembro, pessoal.

Não esqueçam de votar e comentar, por favor. Ficarei feliz!

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