Título: The White Queen
Tipo: Série de Televisão
Classificação Indicativa: Livre
Canal: Starz (Reino Unido)

Primeiramente, acredito que uma pergunta muito importante é "como você conheceu essa série?"

Eu a conheci depois de ver um vídeo no YouTube com um dos meus casais favoritos da vida, o qual eu ainda não conhecia na época. Sabe esses vídeos de shipp que você assiste simplesmente porque ama shippar? Era exatamente isso que fazia até a reprodução automática parar num vídeo do Richard e da Anne, o que bastou para atiçar minha curiosidade e pesquisar a qual série esse casal maravilhoso pertencia.

Acho que se não tivesse assistido a esse vídeo, nunca teria a oportunidade de vê-la. Obrigada, Youtube!

Ainda hoje tenho a impressão que poucas pessoas tiveram a oportunidade de conhecê-la e assisti-la. Infelizmente. A série foi lançada em 2013 e muitos nem sequer ouviram falar sobre(do meu círculo social ninguém!). Isso talvez por ser ela produzida por um canal inglês ou por não ter obtido uma alta audiência ao longo de seus episódios, por mais qualidade que ela possuísse.

Mas, nós como amantes da realeza precisamos assisti-la. Dá pra ver em uma noite apenas, que nem a louca aqui fez haha, e certamente tem tudo o que amamos nesse subgênero: intrigas, conspirações, traições, romances proibidos e personagens que amamos e que amamos odiar, além da guerra é claro.

A série traz como proposta inicial retratar a Guerra das Rosas, a famosa guerra que terminou com a ascensão dos conhecidos Tudors ao trono, por um ponto de vista feminino.

Baseada na série de livros da Philippa Gregory (A Rainha branca, A Rainha Vermelha e A Filha do Conspirador), ela possui três personagens femininas como protagonistas.

Inicialmente somos apresentadas à misteriosa Elizabeth Woodville, uma bela viúva que perdeu o marido para a disputa York versus Lancaster, pertencendo a este último lado. Os vermelhos por assim dizer.

Vemos uma mulher muito apegada a sua grande família e que tem uma ligação permeada de mistérios com a mãe Jaquetta, que já foi uma grande senhora até se casar por amor. Neste momento sua vida está tranquila, até ela esbarrar com o novo Rei da Inglaterra, Edward IV da Casa York.

Com toda sua beleza e personalidade forte e envolvente, o jovem Rei acaba por se apaixonar por Elizabeth... E se casar também, fazendo dela Rainha Consorte da Inglaterra, o que resulta numa série de conflitos dentro da corte. Se já não bastava a guerra que ocorre num plano de fundo, o Rei da Casa York ainda consegue brigar e divergir com seus principais aliados... Mas quem não gosta de intriga?

Existem mais duas personagens femininas centrais na série, uma rival direta de Elizabeth: Margarida Beaufort, a famosa mãe de Henry Tudor. Quase o oposto da Rainha Branca, Margarida vive um casamento de aparências e é uma devota que leva sua fé aos extremos. Seu maior sonho é colocar seu filho no Trono, pertencente ao lado Lancaster da força.

E ela fará de tudo, até mesmo se aliar com sua inimiga, para fazê-lo.

E por último, mas não menos importante, temos Anne Neville. Filha mais nova do Conde mais rico e influente da Inglaterra e principal apoiante da Casa York. Inicialmente uma jovem donzela cheia de sonhos doces, que foram desaparecendo conforme a vida na corte se mostrava mais árdua.

Além delas, a série está repleta de personagens cativantes e conflitantes, do sedutor George ao amável Richard, dois irmãos do Rei Edward da Casa York. Da perigosa Margarida de Anjou ao ambicioso Conde de Warwick, inimigos declarados.

Você vai ama-los em um episódio e em outro odia-los profundamente. Parece ser esse o objetivo da série: mostrar que todos têm um lado bom e ruim, assim como a maioria deles está disposta a tudo pelo poder.

Acredito que qualquer um que assista irá se emocionar, seja chorando por personagens queridos seja odiando personagens que mudaram de lado. Uma coisa fica bem clara: qualquer um pode mudar de lado a qualquer momento, seu próprio irmão pode te trair ou seu pior inimigo pode te ajudar. Tem muito drama, muito mistério e há um espaço reservado para o romance. Como eu, talvez você se apaixone por certo casal, ou termine a série odiando um deles. Mas, tudo bem, acho que esse é o objetivo da série. Há também um espaço especial para a magia nessa série e você fica em dúvida se foi sorte ou aquilo é real.

Ela não é perfeita, mas podemos bater palmas para algumas de suas atuações e as tramas do enredo que parecem nunca terminar, ainda que deixe algumas pontas soltas e mistérios não respondidos (você vai entender no final). Acho que as batalhas e o figurino ficam um pouco a desejar, mas nada muito grave.

Eu definitivamente recomendo, principalmente para as amantes da realeza histórica. Ela possui uma disputa intensa pelo poder e amores que ficaram no meio do caminho. E quanto aos nomes, uma hora você acostuma.