Título: Jogos da Ascensão, As Primícias
Autor: Fakel Barros
Tipo: Primeiro livro de uma duologia
Classificação Indicativa: Livre
Editora: Wattpad

Alguns anos atrás conheci o Wattpad através de uma página do Facebook sobre A Seleção. Naquela época não existiam muitos livros sobre realeza, por isso quando descobri esse mundo, a primeira coisa que fiz foi ir à procura de histórias do mesmo estilo. Foi assim que encontrei Jogos da Ascensão da Fakel Barros.

Agora, uma coisa que você precisa saber, é que tenho o péssimo hábito de ler o último parágrafo de um livro antes de iniciá-lo de vez. E hoje ainda é estranho pensar o quão confuso foi lê-lo e resolver dar uma chance da primeira vez.

Veja bem, eu sou completamente apaixonada por distopias e depois de um tempo você acaba enxergando certos clichês neles. Katness, America, Tris, Cia, Day e Mare - apenas para citar alguns - tinham algo em comum, que era a esperança de mudarem de vida. Assim não poderia ser diferente com Danitria, a protagonista desta. Entre outras coisas que falarei quando terminar o segundo livro dessa duologia.

Logo nos primeiros capítulos, após conhecermos sua vida em Etama, um país na América do Sul, ficamos sabendo sobre a existência dos tais jogos. Da primeira vez que a li não me importei com coisas que dessa vez me incomodaram bastante. E primeiro quero falar sobre a falta das provas desses jogos. Queria muito que se tivesse dado mais atenção a isso e menos ao romance, porém, até entendo os motivos por detrás disso.

O segundo problema foram os erros gramaticais persistentes, que segundo a autora em sua nota, estão sendo corrigidos.

Um terceiro problema é que mesmo que eu ainda tivesse me apegado a determinado personagem a ponto de incluído a minha modesta lista de crushs literários, um de seus defeitos me deixou e ainda deixa com um pé atrás. Acho ótimo quando autores mostram que seus personagens não são perfeitos, entretanto esse aqui em questão em determinados momentos se achava no direito de fazer o que bem entendia, tratando algumas pessoas incluindo a personagem principal como bem entendia, machucando verbalmente quem estivesse em seu caminho para logo em seguida pedir desculpas como se estivesse tudo bem. E não, não está tudo bem!

E um quarto problema que na verdade é algo meu, é que eu não gosto desses personagens que se machucam a torto a direito fazendo com que todos a sua volta fiquem com essa impressão de fragilidade exagerada. Mas há quem goste e pode ser o seu caso.

A linguagem da autora é bem leve, mesmo nos momentos mais críticos da história, fazendo a leitura ser bem rápida. Eu só queria que houvesse mais dos jogos mesmo, ainda que fique claro nos capítulos finais que era apenas um eufemismo para outro acontecimento que será explicado no segundo livro.

Na minha humilde opinião, o Príncipe Thomas poderia ter aparecido mais e se desenvolvido mais aos nossos olhos antes de ter revelado seu "segredo". Pois, ficou parecendo que era apenas uma brecha para a protagonista conseguir o que realmente desejava.

E quanto aquele final comentado anteriormente, me deixou frustrada por dias antes de passar a entender seu motivo e acabar sendo bem coerente.

Se vale a pena lê-lo? Bem, se você não se incomodar com nada dito a cima, vá em frente e te desejo uma boa leitura.

Com todo carinho,