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A Rainha Vermelha (AVEYARD, Victoria)

 Título: A Rainha Vermelha
Autor: Victoria Aveyard
Tipo: Primeiro livro de uma série
Classificação Indicativa: Livre
Editora: Seguinte  

Já fazia muito tempo que eu não me animava por um livro. Fiz questão de comprar pela Amazon, mandar entregar, capa dura, perfeito. A Rainha Vermelha, como eu sonhava. Gostei do livro até antes de ler a sinopse. A capa não é encantadora e maravilhosa como a da Seleção, mas é poderosa sozinha. Antes mesmo de colocar as minhas mãos no meu exemplar, já tinha decidido amá-lo para sempre.

Agora que terminei, preciso dizer que não o amo nem um pouco. Gosto só.

O livro não é ruim. Longe disso. Mas foi bastante decepcionante para mim. E tem várias coisas que eu posso citar aqui para explicar, mas vou focar só nas três mais importantes.

Antes, vou contar rápido a sinopse. Mare Barrow é uma menina pobre de uma vila chamada Stilts. E ela é uma Vermelha. Ou seja, tem sangue vermelho, é humana. E a sua sociedade (pois é, distopia) é dividida entre os Vermelhos e os Pratas, que parecem deuses, com poderes diversos, dependendo da sua família. Poderia falar mais, mas é melhor descobrir lendo.

Primeiro, o maior problema do livro: ele é como uma coletânea de YA (YA = young adult). Tudo que você pode imaginar desse gênero tem nesse livro. Poderia apostar que a autora andou lendo todos que foram lançados, A Seleção, Jogos Vorazes, Divergente etc e anotou tudo que ela queria no livro dela. Ela praticamente pegou as partes que gostava dos outros para colocar nesse. É simplesmente clichê do começo ao fim! E clichês toscos ainda, mal desenvolvidos, simples e banais. É idiota até. Desde o clímax até os menores detalhes. Ela criou, sim, um universo. Ou seja, os poderes dos Pratas. Mas nem isso é completamente original, já que existe outro livro, Fúria Vermelha, de um escritor chamado Pierce Brown, que tem a mesma base. No livro dele, que é ficção científica e foi lançado um ano antes, um cara, Vermelho, encontra uma sociedade de Dourados, que parecem mais deuses. E o personagem principal chama Darrow (a da Rainha Vermelha chama Barrow).

Longe de realmente declarar que esse livro é plagiado, o fato é que ele está longe de ser autêntico. Mesmo que a ideia do universo e da divisão de sangues fosse completamente original, todos os outros fatores da história são tão familiares, tão já usados, que é praticamente impossível você realmente não perceber que tem alguma coisa errada.

Dito isso, o livro não é chato em momento algum. A história é animada, corre rápido e não tem uma cena monótona. Eu pessoalmente acho que falta um pouco de sentimento. Tanto, aliás, que a autora deveria ter tirado qualquer sombra de romance, porque ficou extremamente superficial na narrativa dela e em meio à história. Pessoas que costumam shippar fácil vão conseguir. Outras vão ficar desapontadas se estiverem esperando algum romance.

Mas a segunda coisa que me incomodou muito no livro foi a personagem principal. Ou qualquer um dos personagens, na verdade. Eles são muito superficiais! Depois de 383 páginas, eu simplesmente não consigo dizer que conheço nem a Mare Barrow - e olha que passei a história inteira 'dentro' da cabeça dela. Ela só consegue pensar em uma ou duas coisas o tempo todo. Não é só repetitivo, é vazio. Ela é uma coisa só. Não a sinto de verdade, não sinto como se ela existisse. Deixou muitíssimo a desejar. Além de que ela termina o livro exatamente do mesmo jeito que começou. Meses dentro do mundo dos Pratas e descobrindo seus poderes e ela continua igual. Não tem um único momento de reflexão sobre quem ela é, quem está se tornando. Ela nem parece uma pessoa de verdade, é mais como um robô programado para repetir a mesma coisa o tempo todo.

Além de que teve vários momentos em que Mare é completamente dispensável. Para o desenvolvimento da história e do 'problema', praticamente o tempo todo. Mas também em algumas cenas, onde deveríamos ter alguma noção de como ela está se sentindo, e acabamos tendo a impressão de que ela não está nem participando.

Ultimamente, ando sentindo falta de personagens verdadeiros, bem construídos e desenvolvidos nos livros que leio, principalmente em YA. Não é só porque a história é escrita para adolescentes e 'young adults' que não precisa ser bem trabalhada. Os autores estão começando a achar que podem fazer qualquer coisa. E os editores estão deixando.

Meu último grande problema com o livro são os buracos da sociedade. Isso acontece muito com distopias e na maioria, dá para ignorar. Mas esse tem várias pontas soltas, várias coisas que não fazem muito sentido (como, por exemplo, o que acontece se um Prata tiver filhos com um Vermelho?). Mas prefiro não falar muito sobre isso agora, como é só o primeiro livro e a autora pode ter planos de responder essas questões mais tarde.

No final, como eu disse, o livro não é chato. É difícil de convencer, de verdade. Principalmente aqueles que já leram várias outras sagas (melhores). Mas será pelo menos divertido, na maior parte do tempo. Eu mesma tive problema, não só em sentir o romance e a tensão entre quem eu deveria shippar, mas também em sentir qualquer emoção, de ação, medo, aflição, coisas assim. Mas não me entediei nem um pouco. Nesse quesito, ele é melhor do que A Seleção. Aliás, se tivesse que recomendar para alguém, seria para alguém que gostou dos livros da Kiera Cass. Mas acho difícil dizer que gostei de verdade desse livro, sendo que deixou tanto a desejar e, as coisas que fez bem, fez porque praticamente 'tirou' de outros.

Victoria Aveyard tem muito o que correr atrás se ela ainda quer transformar essa saga em épica ou, no mínimo, única. 

Com carinho,

de Vossa Majestade,

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