Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Aquele da moça da balada

— Ombros curvados, sozinho no bar, imagino que está pensando na ex. — digo ao ver um moço de cabelos castanhos sentado mexendo em sua bebida.

Reconheço-o instantaneamente.

Tomás Ferraz, vocalista famoso da banda Reconvexo.

Apesar de saber do tamanho de seu sucesso, nunca gostei de tratar pessoas famosas como se fossem um ser místico. São apenas pessoas com uma carreira bem sucedida.

Ele me olha com surpresa quando termino de falar, mas logo dá de ombros.

— Não gosto dessa palavra para definir Camila. — responde, tomando um gole de sua bebida.

Olho-o, curiosa. Aproveitando a distração para não pensar em meu próprio coração partido.

— Já faz quanto tempo? — pergunto, simplesmente.

— Três meses.

Assinto com a cabeça mesmo sabendo que sua mente está viajando para quilômetros de distância.

— Imagino que é a primeira vez que está saindo depois do término.

— Acertou mais uma vez.

— Uma pessoa sofrendo por amor sempre reconhece outra.

Tomás me de canto.

— Também está com o coração partido?

Assinto mais uma vez e bebo um gole de minha vodka.

Ando bebendo com tanta frequência esses dias que o rastro de ardor que ela me deixa na minha garganta já não me incomoda mais.

— A vida é cruel para quem acredita no amor. Por isso que tem tanta gente com o coração fechado a sete chaves. - sinto meus olhos se encherem de lágrimas e eu respiro fundo.

Ele assente, solidário.

— Isso é verdade. Camila terminou comigo para me proteger, sei os motivos dela. Ela vai voltar para mim.

Estreito os olhos.

— Mas por que você não foi atrás dela?

— Estou dando um tempo e ela.

Franzo a testa, indignada. Duas pessoas que se amam não devem ficar separadas.

Tudo que eu queria era que Andy sentisse minha falta como Tomás Ferraz sente dessa tal de Camila.

— Já não se passaram três meses? O que está esperando para ir atrás dela?

O cantor olha para mim como se eu ter dito o óbvio não era tão óbvio assim para ele.

— Eu também não sei.

Percebo, então, que dei meu grande conselho da noite. Por isso, brindo meu copo com o seu e me levanto para voltar a caminhar sem rumo pelo clube.

Talvez dar mais conselhos de amor. Eu fico sensível e incrivelmente sábia quando estou bêbada.

— Corra enquanto há tempo. — digo simplesmente e me retiro.

Desço da área VIP e caminho entre as pessoas pulando e dançando. Ser uma cliente fiel me garantiu entrada para o mesmo lugar que os famosos. Em certo momento, olho para trás e vejo Tomás indo embora. Espero ter ido atrás do amor de sua vida. 

Normalmente minha noitada vai até as seis da matina, contudo, hoje resolvo ir embora mais cedo. Chega um momento que toda essas coisas superficiais deixam de servir como refúgio, às vezes tudo que a gente precisa é sentir toda aquela dor para conseguir seguir em frente. 

No fim, a conversa com o cantor deve ter ajudado mais a mim do que ele. 

Saio do clube para o ar mais fresquinho e sinto a tontura e enjoo tão comuns toda vez que eu bebo. Tiro meu salto que está machucando meu dedinho e saco o celular para chamar um Uber. A tela de meu telefone parece ter sido duplicada e eu aperto os olhos para focar as letras até que alguém tromba comigo e me derruba com tudo no chão. 

— Não olha por onde anda não? — pergunto com a voz enrolada e olho para a pessoa.

— Bethany? 

Fico olhando para ele por alguns segundo, pensando que merda eu tomei na balada para estar tendo alucinações.

A miragem se abaixa e me puxa para cima. 

— Você está bem? — pergunta.

— Eu só posso ter bebido demais que eu comecei a ver coisas. — digo em voz alta uma coisa que era para ter sido só em meu pensamento. 

O homem ri. Aquela risada maldita. Aquele sorriso que assombra meus sonhos. É real. É ele mesmo. 

— Andy? 

Seus olhos azuis que sempre deixaram minhas pernas bambas me encaram.

— Acho que nos dois fomos pegos de surpresa, mas sim, sou eu.

— Eu...Eu — procuro meu celular que devo ter derrubado no chão. 

— Esta procurando isso? — ele estende meu smartphone.

— Hã...Sim. Obrigada. — pego-o e tento ligar, mas sem sucesso. — Merda!

— Eu estou de carro, você quer uma carona? — Andy oferece. 

— Não sei...

— Bethany, você está bêbada, não vai deixá-la sozinha aqui. Aceite minha ajuda, por favor. 

Observo seu rosto que foi a primeira coisa que eu vi por muitas manhãs e que me faz falta diariamente. 

— Tem certeza? — pergunto, incerta e meio confusa por conta do álcool em meu sangue. 

— Claro que sim, vamos.

Andy me guia até seu carro, o mesmo em que nos agarramos tantas vezes, embriagados de amor. Ele me coloca no banco do carona, afivela meu sinto e depois dá a volta para entrar no lado do motorista. 

Olho para meu ex enquanto ele dirige e as luzes da rua refletem seu rosto.

— Por que você me deixou? — pergunto antes que eu conseguisse segurar minha língua.

— Nós não estávamos dando mais certo, Beth. — diz calmamente.

— Poderíamos ter resolvido junto, com diálogo como todo casal. Mas você não pensou duas vezes em me deixar. — jorro toda minha frustração nele e vejo a surpresa estampar seu rosto. 

— É isso que você acha? Que foi fácil terminar com você? Que eu não sinto sua falta todos os dias? 

Encaro seu rosto.

— E por que não me procurou? Você arrasou meu coração, Andy. — minha voz sai baixinha e falhada.

O homem para em frente a um condomínio que vejo ser o meu e olha para mim.

— Eu achei que você não iria querer me ver mais. Você sempre foi mais forte e determinada que eu, Beth. Achei que você seguiria em frente tranquilamente. 

Lágrimas começam a escorrer por meu rosto.

— Como eu iria seguir em frente tranquilamente após perder o amor da minha vida?

Ele limpa as lágrimas e acaricia meu rosto. 

— Sempre odiei te ver chorar, ainda mais por minha causa. 

— Andy, não fale palavras bonitas se forem vazias. — digo seriamente. — Eu preciso ir. 

— Eu te levo para cima. 

— Eu consigo sozinha. — respondo rapidamente. 

Desço do carro e assim que dou um passo a frente, tropeço meu próprio pé e sinto Andy me segurar pela cintura.

— Vamos. — ele me pega no colo e me leva até meu apartamento. 

O embalar do movimento começa me deixar sonolenta e a última coisa que eu vejo é a porta de minha casa ser destrancada. 

***

Acordo com sol na cara e uma dor de cabeça terrível. Estou deitada de bruços com o travesseiro todo babado. Olho para cima e vejo um copo de água e remédio na mesinha do lado da minha cama. Franzo a testa, confusa. 

Levanto-me, vou até o banheiro, escovo meus dentes e assim que eu saio rumo a cozinha, sinto cheiro de ovos. 

Mas não qualquer ovos. 

Era os dele. 

Lembranças da noite passada invadem minha mente e percebo que só pode ser Andy na minha cozinha. 

Caminho lentamente seguindo o cheiro e vejo ele só de bermuda mexendo na frigideira. Meu coração se aperta. 

— Você ainda está aqui. 

O moço dos olhos azuis me olha surpreso.

— Que susto, Beth!

— Por que você ainda está aqui? — cochicho, sem conseguir aumentar o tom de voz. 

Ele se detém, me olhando antes de caminhar em minha direção. 

— Não quero mais fugir dos meus sentimentos. Eu estou aqui — coloca uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. — porque eu te amo, Beth. Amo com todo meu coração. 

— Você... O quê? — cambaleio para trás, chocada.

— Eu. Amo. Você, Beth. — repete devagar. 

Se é a decisão certa ou não, eu não sei, mas para mim, nesse momento, a única coisa que eu posso fazer é colar meus lábios no do homem que eu amo. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro