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Capítulo 9

"eudaimonia (s.f.)

é como se chama a sensação de ser tomado por um sentimento bom sem explicação. é aquela vontade de viver que surge quando menos se espera e mais se precisa. é o universo nos dando um abraço de esperança, é sentir que somos o melhor de nós."*

Camila

Queridos leitores,

Faz um tempo que não apareço aqui, mas hoje acordei com vontade de falar do amor. Eu sempre falei de amor neste site ao mesmo tempo em que falava de dor, contudo, a vida é muito melhor amando, certo?

Bom, eu sou fã de sitcoms (antes que me perguntem, eu amo tanto Friends quanto How I Meet your Mother) só que hoje vou falar de algo que assisti em HIMYM. Há um episódio que o Ted ouve um outro personagem falando da palavra alemã Lebenslangerschicksalsschatz, que significa "o tesouro do destino ao longo da vida" e afirma que todos nós encontramos nosso tesouro na vida.

e isso me fez questionar algo: é certo designar que alguém é nosso tesouro? Por que nós não somos nossos próprios tesouros? Sempre falamos tanto do amor pelo outro, porém, por que não falar do amor por nós mesmos? Vale a reflexão. Ser amado é incrível, contudo, amar a si mesmo é revolucionário.

Seja seu próprio Lebenslangerschicksalsschatz.

P.S. Eu falo tanto de amor nesse site que ele deveria chamar Resenha Amores e não Resenha Dores.

Não se esqueçam que na semana que vem tem a publicação de meu primeiro livro. Espero vocês no lançamento <3

Com amor,

B.C.

Ou melhor, Camila Bian

Clico em "publicar" e me deito na cama novamente. Minhas aulas de hoje são na parte da tarde, então pude dormir um pouquinho mais que o normal. Contudo, acordei com o telefonema de bom dia de Tomás. Mesmo depois de uma semana do show de estréia da turnê de Reconvexo, todos os tabloides ainda comentam sobre. Meu namorado está radiante e eu não poderia estar mais orgulhosa dele.

Fico feliz em como estamos conseguindo realizar nossos sonhos: eu lançando meu livro na semana seguinte e Tomás fazendo sucesso com sua banda. Tudo dando certo para ambos.

Levanto-me da minha cama e vou até o banheiro tomar um banho. Entro e me deparo a tremenda bagunça que Alissa deixou antes de sair. Quase não estou vendo minha amiga nos últimos dias e sempre que a vejo ou ela já está dormindo ou está com pressa para sair de novo. Na noite anterior, questionei do porquê estar sempre apressada, ela fica zanzando por aí mesmo quando não está em aula. Alissa apenas me disse:

- Ando enrolada com algumas coisas.

Deixei quieto para não invadir seu espaço. Entretanto, não consigo deixar de me sentir solitária desde que Jô precisou ir embora. Andei almoçando com Jean, mas ele tem sua vida social para se preocupar. Tomás vem sendo meu alicerce, só que eu estaria mentindo se eu dissesse que a distância esteja sendo apenas um detalhe. Sinto falta de seu toque, de seu beijo, de seu cheiro, coisas que não vem no pacote de mensagens e ligações da operadora.

Dou um jeito no banheiro, tomo meu banho rápido e em pouco tempo já estou quase pronta para ir almoçar antes da aula. Me olho no espelho e gosto do meu look escolhido: uma salopete jeans branca, com uma blusinha ombro a ombro florida. Tiro a toalha do meu cabelo e começo a pentear quando ouço meu celular tocar, avisando ter uma mensagem nova.

Vejo que é de Alissa:

Amiga, sei que estou ausente nos últimos tempos, vamos almoçar juntas hoje? Tenho algo para compartilhar.

Respondo rapidamente:

Claro, te encontro no refeitório daqui 20 minutos.

Assim que envio a mensagem, vejo uma notificação que tenho um seguidor novo no Instagram: JCastilho. Franzo a testa e clico para ver quem é. Ao entrar no perfil me deparo com fotos de Julian.

Julian sem camisa;

Julian em paisagens naturais;

Julian lendo;

Julian praticando esportes radicais.

São fotos realmente bonitas e por isso, o sigo de volta. É bom ter uma amizade com pelo menos um colega de sala.

Acabo de me arrumar rapidamente e saio do meu dormitório. Ando calmamente pelo meu caminho costumeiro até o refeitório, contudo, preciso ir por um desvio, pois estão cortando a grama.

Não faço esse caminho normalmente e por isso nunca percebi o quão bonito e romântico é a paisagem. Há diversas árvores e perto do prédio mais próximo, há flores suspensas em um teto vazado de madeira. Sigo para ver mais desta decoração linda, mas me detenho ao ver um casal se beijando intensamente.

Começo a me afastar, contudo, paro e olho novamente ao ouvir uma risadinha familiar. É quando percebo que quem está beijando uma menina baixa, com cabelo platinado e bem curtinho é Alissa.

Saio de minha surpresa inicial e começo a me retirar lentamente para não atrapalhar, entretanto, ouço minha amiga me chamar:

- Camila? Eu posso explicar... - sua voz soa tensa.

Olho para Alissa e sorrio, divertida.

- A única coisa que você precisa me explicar é onde aprendeu a ter tanta pegada assim.

A moça do cabelo platinado sorri e vai até onde está a negra da pele reluzente.

- Olá, prazer, sou Camila - me apresento.

- Sou Morgana, é um prazer conhecê-la.

Olho para Alissa que ainda parece meio tensa e pego sua mão.

- Por que não me contou, amiga?

- Não sei, as pessoas sempre se afastaram de mim quando descobriam minha orientação sexual e eu não queria te perder - ela olha para baixo.

Morgana segura sua mão livre.

- Ela estava preocupada com sua reação - explica

- Eu jamais me afastaria de você por conta disso, amiga. Nós não nos conhecemos há muito tempo, mas você já é muito importante pra mim. O importante é a bondade no seu coração, não quem você beija na boca.

Uma lágrima escorre pela bochecha de minha amiga.

- Estou tão aliviada de você saber de tudo. Estava me sentindo mal por não contar nada, mas tinha muito medo.

- Não tenha medo de ser quem você é, Ali - digo e a puxo para um abraço.

Quando nos separamos, ambas estamos com os olhos lacrimejando.

- Certo - limpo as lágrimas - Morgana, nos acompanhe no almoço?

Ela me olha surpresa e depois sorri, animada.

- Claro!

Coloco-me no meio delas e passo meu braço por seus braços.

- Eu sou uma escritora de romance, então tratem de me contar como se conheceram, primeiro beijo, primeira declaração. T-U-D-O.

Elas riem e caminhamos até o refeitório, conversando.

***

Chego mais tarde que o normal em minha sala. Felizmente, ninguém pegou meu lugar e me sento, sorrindo sozinha com a história fofa que Alissa e Morgana me contaram. As meninas se conheceram oficialmente no dia da festa na casa de Julian e ficaram naquele mesmo dia. Era pra ser apenas uma ficada, mas não conseguiram ficar longe uma da outra.

Tão lindo que me deu vontade de começar escrever outro romance.

Se eu fosse escrever toda história que tenho ideia, eu não faria mais nada na vida.

O que não seria ruim.

- Então, quer dizer que estudo com uma pessoa famosa - diz alguém no meu ouvido.

Levo um susto tão grande que quase caio da cadeira. Olho indignada para a pessoa que me assustou e dou de cara com os olhos cinzas de Julian.

- O quê? - pergunto depois do meu coração não parecer mais que vai sair pela boca.

Ele se senta na carteira atrás de mim.

- Você vai lançar um livro, tem um site famoso. Não sabia que estudava com alguém famoso.

- Não sou famosa, meus livros um pouco.

Julian bufa e passa a mão por seu cabelo castanho. Vejo sua camiseta escrito "How you doing?" fazendo referência a Friends. Tento disfarçar mas não consigo evitar o sorrisinho.

- Gosta de Friends? - pergunto.

- O quê? - é a vez dele de ficar confuso.

Aponto para sua camisa.

- Gosta de Friends? - repito.

- Ah...É minha série favorita. Você também gosta?

- Eu amo também - confesso.

- Linda, inteligente, engraçada, famosa, gosta de Friends...O que estou esquecendo?

- Que tenho namorado - dou uma piscadela.

- E corta o barato dos outros.

Rio e me viro para frente, pois a professora chegou.

A aula é sobre Literatura Brasileira, disciplina que estava muito ansiosa para ter e anoto cada vírgula que a pessoa diz. No final da aula, ela anuncia um trabalho:

- Para a próxima aula, quero que vocês façam uma pequena análise em dupla sobre algum poema de autores brasileiros. Além disso, faremos um sarau e todos terão que declamar os poemas escolhidos. Vou dizer o nome de alguns e vocês vão levantar a mão para qual se interessarem e com isso, teremos as duplas. Certo?

Todos nós assentimos em concordância.

- Olavo Bilac.

Olho em volta e vejo duas meninas levantando as mãos, ambas se olham felizes por fazerem juntas. Começo a ficar ansiosa. Não conheço muitas pessoas na sala e interagir com desconhecidos não é minha coisa preferida de se fazer.

- Cecília Meireles.

Penso em levantar a mão mas estou querendo um autor específico. Dessa vez, quatro pessoas levantam as mãos e a professora orienta que todos poderão poder o trabalho com a mesma autora, desde que seja poemas diferentes.

- Carlos Drummond de Andrade.

Levanto a mão tão rápido que meu braço dá um estalo bizarro.

- Ótimo - diz a professora olhando para mim e depois anotando em seu caderno - Camila e Julian.

Olho para trás, para o garoto dos olhos castanhos que me dá um sorrisinho petulante.

- Olá, colega de trabalho.

- Não sabia que gostava de Drummond - sussurro.

- Tem muitas coisas que você não sabe, Cami - diz dando uma piscadela.

Viro - me pra frente mas já não presto mais atenção em quais autores o resto da sala escolheu. Não esperava fazer o trabalho com Julian, mas pelo menos é com alguém que já conheço.

Será interessante ver o lado sensível de Julian Castilho.

O que acharam do capítulo?

O que estão achando de Julian?

Gostaram de conhecer mais um pouco da Alissa?

Espero que tenham gostado.

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*Significado retirado do livro dos Ressignificados de João Doederlein vulgo Akapoeta.

Até a próxima <3

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