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Capítulo 38.2

"lar (s.m.)

lugar de maior segurança do mundo. refúgio. nosso. possível de ser compartilhado com outras pessoas. melhor quando compartilhado. é se sentir parte de algo. pertencer."

Camila

— So I put my hands up/ They're playing my song/ And the butterflies fly away/ Noddin' my head like: Yeah/ Movin' my hips like: Yeah. - cantamos berrando em plenos pulmões a música de Miley Cyrus enquanto estamos na estrada.

Se alguém me visse mais cedo e agora diria que estou claramente em negação por tudo que aconteceu ontem com Julian, contudo, apesar de todo o problema de ter sido traída (que não é algo pequeno), eu estava, finalmente, sentindo mais facilidade em respirar. Parece que tudo que me faltava era assumir em voz alta que eu ainda sou completamente apaixonada por Tomás e eu tenha motivos para desconfiar que isso nunca vai mudar.

Jean dirige até um pouco a mais da velocidade permitida para chegarmos logo ao nosso destino. Segundo ele, teríamos apenas 5 minutos para fazer xixi e comprar o que quer que fosse na conveniência dos postos para não corrermos o risco de desencontrar com Tom.

Sugeri que deveríamos ligar para Tomás para pelo menos avisar que estávamos chegando. Entretanto, Jean me disse que não estou no comando e que preciso assistir mais filmes românticos.

Logo eu, a própria pessoa que escreveu livros e mais livros de um relacionamento que nunca existiu com meu crush passado.

Afundo-me no banco me sentindo nostálgica. Quando eu e Tom começamos a namorar, nunca foi difícil saber que palavras usar para falar com ele, contudo, agora sinto que perdi toda a capacidade de falar algo bonito. Sinto que quando eu o ver, tudo que vai sair da minha boca serão sons animalescos e sem sentido.

Quando chegar a hora, você vai saber o que fazer, diz meu subconsciente otimista.

Você perdeu Tomás para sempre, fala meu subconsciente pessimista.

Balanço a cabeça e começo a soletrar meu nome de trás para frente para me livrar das paranoias que rondam minha cabeça.

Fecho os olhos e escuto meus amigos gritando músicas diversas, incluindo alguma da Galinha Pintadinha. Rezo secretamente para que meu lado otimista esteja certo, mesmo parte de mim acredite no lado pessimista.

— Preciso fazer xixi. — Alissa cochicha para mim em certo momento.

Viro para trás e a olho.

— O combinado é pararmos apenas na terceira hora de viagem.

— Mas eu estou muito apertada. — ela olha para Morgana dormindo ao seu lado e depois me olha aflita.

Olho para frente, para meu amigo dirigindo plenamente.

— Jean? - chamo.

— Pois sim? - ele responde.

— Será que podemos fazer uma parada?

Jean olha para mim pelo retrovisor.

— Você quer mesmo atrapalhar meu cronograma?

— É que Alissa está apertada...

— Mas estamos no meio do nada!

— Eu faço no matinho. — sugere nossa amiga da bexiga cheia.

Ele respira dramaticamente.

— Você terá no máximo 5 minutos!

Jean dá seta e para no acostamento.

— Chegamos? — Jô acorda de seu sono.

— Alissa vai urinar no matinho. — conta nosso amigo.

Nossa amiga abre a porta da mini van e sai correndo para onde o mato está mais alto. Olhamos todos para o outro lado para dar privacidade a nossa amiga. Contudo, depois do que pareceu uma eternidade, ouvimos um grito estridente.

Olho para ela, aflita e vejo frutas sendo jogadas da árvore. Alissa coloca as mãos na cabeça para proteger de ser atingida por uma manga.

— SOCORRO! — berra.

Caímos na gargalhada ao vê-la pulando pelo campo, desesperada.

— Tem algo no mato. — fala Jô.

Olho para onde ela indica e vejo o mato alto mexer.

— Deus, pode ser um animal gigante. — digo e vou para a porta do carro. — Alissa, CORRE.

Todos nós começamos a gritar para ela correr. A menina nos olha confusa, mas quando apontamos o mato e ela vê o que está acontecendo, passa a correr loucamente.

Alissa dá um salto, se joga para dentro do carro e fechamos a porta na mesma hora.

— O que diabos era aquilo? Já bastava o macaco me atacando com manga. — diz ela, ofegante.

Olhamos todos para a janela e vemos sair do mato um coelho branco. Dou uma gargalhada.

— Era um coelhinho inofensivo. — conto.

Começamos a rir loucamente.

— O que está acontecendo? — Morgana acorda e nos olha com sua cara amassada.

Isso nos faz rir ainda mais e só conseguimos parar quando nossa barriga passa a doer.

Assim que eu saio do carro e fico de pé, sinto minhas costas e pernas estalarem. 

— Deus, eu estou toda travada. — digo, esticando meus braços. 

Jean desce do carro e aparece anotando algo em uma prancheta.

— Seguinte, estamos em cinco pessoas. Um minuto para cada um ir ao banheiro e dois minutos para comprarmos algo na conveniência. — ele pega um apito do bolso e apita. — AGORA.

Olhamos confusas uma para a outra. 

— Da onde ele tirou um apito. — cochicha Jô para mim.

— Não sei. — respondo. 

— O tempo está passando. Um minuto vai virar trinta segundos.— diz ele calmamente. 

— O quê? — Morgana pergunta.

— Não! — Alissa exclama. — Eu sou a primeira.

Vamos todas apressadamente para o banheiro, com medo de levar bronca de Jean. Após ir ao banheiro, decido voltar para a van e deixar que as meninas comprem algo para mim. Sento em meu banco e fecho os olhos. Sinto-me ansiosa para chegar logo onde Tomás está, mas parece que cada quilometro percorrido eu me sinto cada vez nervosa sobre o que falar ao encontrá-lo. 

Quando chegar a hora, você vai saber o que fazer, diz novamente meu subconsciente otimista.

Você perdeu Tomás para sempre, fala de novo meu subconsciente pessimista.

Nesse momento, sinto meu celular vibrar em minhas mãos. Olho para a tela e vejo o nome da pessoa que menos quero ver no momento: Julian. Respiro fundo e recuso a ligação. 

Entretanto, parecendo não entender o recado, retorna a ligar. 

— O que é, Julian? — atendo logo no segundo toque.

— Camila. — ele suspira. — Que bom que atendeu. Eu não consigo comer, nem dormir com tudo que aconteceu. Eu...Eu preciso te pedir perdão. 

Passo a mão em meu rosto. 

— Olha, você até pode me pedir desculpas, mas não é como se eu fosse capaz de te perdoar no momento. 

O menino respira pesadamente.

— Eu entendo, eu entendo. Quero te contar que irei para a terapia. Não posso continuar deixando rastros de pessoas machucadas. 

— Fico feliz de ouvir isso, Julian. Vai te fazer bem.

Ele fica em silêncio por um tempo. 

— Eu queria ter te amado do jeito que você merece, Mila. Queria ter sido alguém bom para você como...como Tomás sempre foi. 

— Julian...

— Não, Mila. Eu preciso falar. Eu nunca mereci você e eu sempre soube disso. Além disso, Tomás é o amor da sua vida. Nada nem ninguém nunca vai se comparar ao sentimento que vocês tem um pelo outro. É puro e verdadeiro. Eu me sinto privilegiado de ter visto algo que sempre vejo nos livros, com meus próprios olhos. Vá atrás dele, Mila.

Sinto uma lágrima escorrer por minha bochecha e nem me dou o trabalho de limpa-la.

— Obrigada, Jules. — cochicho sem conseguir controlar o tremor em minha voz.

— Aconteceu alguma coisa? — Jô me pergunta, de repente.

Minha amiga assumiu o controle do volante para nosso comandante Jean descansar e eu vim para frente para fazer companhia a ela.  Todos estão tirando um cochilo, enquanto apenas nós duas permanecemos acordadas.

— Não, só estou ansiosa. — respondo não querendo falar da minha conversa com Julian, pois levaria bronca por ter atendido o telefonema.

— Até parece que te conheci ontem. Conte tudo, Mila.

Suspiro fundo, já me preparando para o sermão.

— Julian me ligou e eu atendi.

— Por que diabos você... — começa.

— Ele me disse que o Tomás sempre foi o amor da minha vida. — digo, interrompendo-a e contando o que vem rondando minha cabeça.

Ela fica em silêncio por um tempo, provavelmente surpresa com a declaração.

— E você concorda?

— Eu conheci Tom de uma forma divertida e inesperada. Foi como adormecer, uma hora você está acordado e quando menos espera seus olhos fecham. Eu não estava esperando e foi um dos maiores presentes que recebi na vida. Mesmo depois de tantos encontros e desencontros, nós ainda estamos conectados de uma forma incrível. Parece que nossa ligação independe de tempo e distância, está sempre ali. Então, acho que sim, Tomás é o amor minha vida e tenho motivos para acreditar que isso nunca vai mudar.

Olho para Joana e a vejo sorrindo abertamente.

— Você me enche de orgulho, sabe? Eu não sei se já falei vezes o suficiente o quanto você é incrível e o quanto eu me sinto privilegiada por tê-la em minha vida.

Sorrio e pego sua mão.

— Obrigada por tudo, Jô.

— Não me faça chorar, Camila Bian. — diz com os olhos cheios de lágrimas.

Estico-me e dou um beijo em sua cabeça.

— Eu não sei o que falar para Tomás quando vê-lo. — confidencio-a minha preocupação.

— Você acabou de dizer as palavras mais lindas do universo e tem a cara de pau de me dizer que não sabe o que dizer. Mila, as palavras se moldam ao que você quer dizer e não o contrário. Você vai saber na hora.

— Será? — pergunto, ainda insegura.

— Eu não tenho dúvidas. — ela responde com confiança.

Na hora que passamos pelo portal de entrada da cidade de New Island, eu entendi completamente o porquê de Reconvexo ter vindo gravar músicas aqui.

Se eu tivesse que definir o lugar em uma palavra seria aconchegante. Apesar de ter prédios de luxos, as casas estilo subúrbio foi o que chamou a minha atenção. Além disso, Joana precisou dirigir devagar pelas ruas pela grande quantidade de crianças brincando livremente.

Pareceu-me uma típica cidade em que as pessoas escolhem para criar seus filhos ou para viver sua aposentadoria.

— Estamos chegando no estúdio? — pergunta Morgana na parte de trás do carro.

— Chegaremos daqui 5 minutos com 10 minutos de atraso por culpa da fuga do coelho de Alissa. — reclama Jean, mexendo em sua prancheta.

— Ora, poderia ter sido algo assassino. — Alissa retruca.

— Camila parece estar pálida. — Jô conta em voz alta enquanto observa meu rosto.

Sinto-me entorpecida com o nervosismo de estar chegando o momento de ver Tomás.

— Acho que não consigo respirar. — digo, abrindo a janela e colocando a cabeça para fora em busca de ar.

— Mila, Tomás é um cavaleiro e a pessoa mais gentil do mundo. Você não precisa ter medo de encontrá-lo. — diz Alissa, de uma forma amorosa.

— Alissa tem razão, Mila. Vocês foram feitos um para o outro. — afirma Jean.

Fecho os olhos e começo a respirar fundo, tentando me acalmar. Fico tanto tempo nesse torpor que a voz Joana me assusta quando ela volta a falar.

— Hã, Mila, eu não queria te atrapalhar, mas nós chegamos.

Abro o olho e vejo um prédio todo espelhado.

— Como que vou conseguir entrar? — pergunto, já desesperada.

— Ficando aqui sentada que não vai ser. — diz Jean, sincero como sempre. — Vai na portaria tentar algo.

— Vamos tentar achar uma vaga e depois vamos te encontrar. — afirma Joana.

Abro a porta do carro e saio. Sinto a brisa quente beijar meu rosto enquanto caminho para a portaria do prédio. Toco o interfone e aguardo o segurança caminhar em minha direção.

— Boa tarde. O que a senhorita deseja?

— Boa tarde, senhor. Eu sou amiga de Tomás Ferraz e fiquei de encontra-lo aqui.

— Como você se chama?

— Camila Bian.

Ele olha para a prancheta em suas mãos e balança a cabeça.

— A senhorita não está na lista. Não posso autorizar sua entrada.

— Mas, senhor...

— Desculpe. Regras são regras. — o moço começa se afastar e eu coloco minhas mãos e cabeça na grade, sentido lágrimas queimarem em meus olhos.

— Camila? — diz uma voz familiar ao longe.

Olho para dentro do prédio e vejo uma jovem de cabelos negros e pontas rosas correndo em minha direção.

— Emma.

— O que está fazendo aqui?

— Eu vim ver Tomás, mas não liberaram minha entrada. Você pode me ajudar?

— Mas é claro que sim! — ela se vira para o segurança. — Bryan, a moça aqui está comigo.

Ele faz um joinha com a mão e destrava o portão.

— Ai meu Deus, muito obrigada, Emma.

Ela sorri para mim, de uma forma gentil como nunca foi.

— Tomás sabe que você está aqui?

— Não, é uma surpresa.

— Eu gostaria de te pedir desculpas por ter sido babaca com você. Eu estava cega por uma história que criei em minha cabeça com Tomás e acabei não percebendo que vocês foram feitos um para o outro e que você nunca foi minha inimiga, afinal, nunca houve disputa. Tomás sempre foi seu, Mila.

Olho-a, surpresa. O dia não estava cansando de me surpreender.

— Muito obrigada, Emma. Você me deu ainda mais incentivo para dizer para Tom que eu o amo.

Ela sorri.

— Então, corre lá dentro dizer a ele. O estúdio fica no térreo e final do corredor a direita.

Sorrio também e passo a correr o mais rápido que posso. Quando passo pela porta da frente, começo a caminha lentamente rumo a porta que Emma me disse.

Tão próxima e tão longe ao mesmo tempo, penso.

Quando estou próximo de tocar a maçaneta, a porta se abre e dou de cara com Dominic. O menino me olha com uma mistura de confusão e surpresa.

— Mila?

— Tomás está aí?

— Não, ele foi embora há quinze minutos atrás.

Olá, meus amores. Apertem os cintos que o próximo capítulo será o último e está cheio de emoções.

Imagens inéditas do Jean vendo Alissa correr de um coelho:

Nos vemos na próxima ❤️

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