001 ➳ Depois de muito tempo querendo postar uma fanfic com o Kol.... CONSEGUI!

002 ➳ Agora algumas explicações básicas: Ellorah era irmã mais velha (um ano de diferença) de Tatia, ela tinha uma péssima relação com os pais, Esther e os Mikaelson eram o mais próximo de uma família de vdd que ela tinha.

003 ➳ Vai ter diversos capítulos no passado explicando alguns momentos.

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Ellorah Mikaelson

"Promessas e família, para sempre"

— LADY MIKAELSON?

Me virei lentamente e me deparei com o lorde que estava oferecendo aquela gloriosa festa de aniversário para Niklaus, meus olhos imediatamente pararam na garota ao seu lado, ela não deveria ter mais de dezoito anos.

Idêntica a minha irmã mais nova.

— Sim?

Trevor sorriu ao lado de lorde e deu um passo em minha direção, pegando minha mão coberta por delicadas luvas e levando até os lábios, onde depositou um beijo educado.

Kol o mataria se visse isso, o pensamento me divertiu profundamente.

— Esta é a senhorita de quem lhe falei mais cedo.

Me virei para a garota que parecia tímida e envergonhada, a semelhança entre ela e Tatia chegava a ser assustadora, ela pegou as bordas do vestido e fez uma reverência para mim, notei as batidas de seu coração ficando cada vez mais rápidas, a garota estava nervosa em me conhecer.

Sorri amorosamente para ela, um sorriso que apenas minha família ganhava.

— É um prazer, Lady Mikaelson.

— Oh, por favor, me chame apenas de Ellorah. Qual o seu nome, senhorita?

Trevor ficou surpreso com minha simpatia espontânea, não era algo que muitos viam de mim.

— Katarina Petrova, minha senhora.

Pego as mãos da garota e suspiro triste, a saudade de Tatia apertava meu peito de forma esmagadora.

— Você me lembra a minha irmã mais nova, sinto falta dela... Tem irmãos mais novos, Katarina? — pergunto sem conseguir me conter, afinal, minha curiosidade sempre levava o melhor de mim — Ou mais velhos?

Notei a tristeza que passou por seus olhos castanhos, era como os meus deveriam ficar quando  me lembrava de minha irmãzinha e seu filho, família. Naquele ponto, sentia que já fazia uma eternidade desde a última vez que escutei a voz de Tatia, quando ainda era humana, na época que ainda éramos próximas.

Quinhentos anos que se passaram de forma lenta e todos os dias, rezava aos deuses para que nunca me esquecesse de minha irmã... Mesmo que por um longo tempo, as coisas não tenham sido boas entre nós duas.

— Tenho uma, infelizmente não a vejo desde que fui embora de casa.

— Entendo — murmuro solidária — o mesmo comigo... Parece que faz uma eternidade desde que vi minha irmã pela última vez.

Os olhos de Katarina lacrimejaram, a saudade de sua família parecia grande e ignorando todas as ordens de etiqueta, puxei a garota para um abraço caloroso, era como ter Tatia novamente em meus braços.

A sensação familiar fora bem vinda.

Katarina me abraçou apertado, acariciei suas costas carinhosamente, no final, ela ainda era apenas uma jovem que não tinha ideia que estava prestes a entrar na cova do leão.

Ou do lobo.

Me afastei dela e beijei suas bochechas.

— Garotas precisam se unir, Katarina — digo séria — a partir de agora, podes contar comigo.

Ela sorriu agradecida.

— Obrigada, minha senhora.

— Por favor, apenas Ellorah. Senhora faz com que pareça mais velha do que realmente sou.

Katarina me encarou curiosa.

— Lorde Trevor disse que a senhor... Você — rapidamente se corrigiu, corando — é casada com o irmão de Lorde Mikaelson.

Sorri com a menção do meu marido, ele sempre fazia questão de dizer com orgulho que eu era sua esposa, mas nunca dizia isso de uma forma que parecesse que era apenas para isso que eu servia, como os homens daquela época. Kol nunca havia duvidado da minha força, nem por um único instante.

Uma das razões pelas quais eu o amava.

Era uma pena que no momento ele se encontrava com uma maldita adaga em seu coração, preso em um caixão.

— Sim, meu marido é um aventureiro, normalmente vou com ele em suas grandes viagens, mas não estava me sentindo bem e achamos melhor que eu ficasse com seus irmãos, sabemos como uma viagem pode ser desgastante.

A pontada dolorida em meu coração surgiu, mas me esforcei para não permitir que isso me afetasse.

— Irmã?

Não precisava virar para saber que Elijah estava bem atrás de mim, notei os olhos da menina brilhando para o homem, o que secretamente me divertiu.

— Oh, Lijah! Pensei que teria de ficar sozinha nesta festa, mas felizmente Trevor me apresentou esta bela moça.

Elijah se colocou ao meu lado e carinhosamente beijou minha testa antes de se virar para a garota, sua expressão poderia não demonstrar nada, porém sabia que ele havia ficado tão afetado quanto eu ao ver aquele rosto igual ao de Tatia.

Ele sorriu educadamente como o bom cavalheiro que era.

— Elijah Mikaelson — diz beijando a mão da garota — é um prazer a conhecer...?

— Katarina, meu lorde.

Observo a interação dos dois com interesse.

— Lijah, por favor, dance uma música com minha mais nova amiga — digo enquanto coloco a mão em seu braço — preciso encontrar Nik, faça companhia para Katarina enquanto isso, espero que cuide bem dela.

Elijah me encarou divertido antes de assentir.

— Prometo não deixar esta bela moça ser consumida pelo tédio enquanto você não volta.

Sorri satisfeita e olhei para Katarina, piscando em sua direção.

— Cuide bem de meu cunhado, as moças desta festa estão quase se matando por ele e eu odiaria que Lijah fosse machucado em uma briga de damas por sua atenção.

Me afasto dos dois e vou para fora do salão onde ocorria a festa, os corredores estavam tão cheios quanto o salão.

Caminho entre o labirinto de corredores até chegar no quarto de Niklaus, sua respiração ansiosa fora a primeira coisa a chamar minha atenção. Abri a porta lentamente e o vejo parado em frente ao espelho, uma expressão nervosa em seu rosto.

Imediatamente me aproximei e o abracei de lado, encarando nossa imagem no espelho prata.

— Enfim estamos perto de quebrar a maldição, irmã — murmurou — esperamos quinhentos anos para este glorioso momento... Vamos fazer um exército de híbridos que vão nos ajudar a derrotar Mikael, teremos nossa liberdade... Kol será livre e você enfim poderá ter a vida que sonha ao lado dele.

Era um pensamento sonhador, a liberdade.

— Vamos parar de fugir e ser uma família completa, você e Lijah talvez encontrem seus amores verdadeiros e eu ganhe novas irmãs.

Niklaus riu.

— Encontrar o amor verdadeiro está em último em meu pergaminho de preocupações, por favor, pare de jogar pragas em mim.

O encarei divertida, notando que lentamente seus ombros relaxavam.

—Aposto que vai ser uma morena nervosa — provoco — vai lhe colocar em uma coleira!

Ele arqueou a sobrancelha, cutucando minhas costelas e me provocando risos. Nik me atacou com cosquinhas furiosas e eu bati em seus ombros, tentando o fazer parar enquanto gargalhava.

— Do mesmo jeito que você fez com meu irmão Selvagem?

Consigo me livrar de suas cócegas e aponto o dedo acusadoramente em sua direção.

— Como se eu fosse capaz de parar Kol e suas travessuras!

Nik me encarou irônico.

— Todos nós sabemos que Kol segue você como um cachorrinho, por favor — provocou — ele fica a olhando como se você fosse a mais bela das deusas.

Se eu fosse humana, já estaria completamente vermelha.

— Espero que um dia você encontre alguém assim, que quando você estiver olhando em seus olhos, perceba que mais nada no mundo importa, que seria capaz de lutar até contra os deuses por essa pessoa.

Ele suspirou.

— Pragas, mulher — resmungou divertido — o dia que eu vou me ajoelhar pelo amor ainda vai demorar para acontecer. Agora vamos focar no que importa, temos uma gloriosa festa de aniversário à minha espera.

Nik me ofereceu seu braço e eu rapidamente o aceitei, sendo conduzida para fora do quarto.

— Quando formos livres... Promete que nunca mais vai me separar dele? — sussurrei insegura — Nik, ficar sem ele me deixa com essa dor que não fica mais leve.

Ele me ofereceu um sorriso doce, me lembrando do garoto que era o único que entendia como era difícil não ser amado pelos próprios pais, como era ser uma aberração. O mesmo garotinho que me ajudava a cuidar dos meus machucados da mesma forma que eu cuidava dos dele.

"Sempre protegemos um ao outro". Nik havia prometido numa das piores noites, "Para sempre"

— Quando formos livres, matarei qualquer um que atrapalhe você e meu irmão, você tem minha palavra — diz repentinamente sério.

Sua promessa deixa meu coração mais leve, apoio a cabeça em seu ombro enquanto andamos por aquele estranho labirinto de corredores até chegar na festa.

Niklaus suspirou.

— Nosso grande momento está chegando, minha querida.

Sorri carinhosa para ele.

— Quando quebrarmos a maldição, estarei ao seu lado, prometo —murmurei baixinho — há quinhentos anos prometi que seria a bruxa que o ajudaria.

Ele concordou, olhou ao redor do salão lotado e localizamos facilmente Elijah e Katarina conversando num canto, o rosto corado da garota chamou minha atenção e eu suspirei, conhecia aquele sorriso que brincava no rosto do vampiro.

Puxei Nik até os dois, a garota sorriu animada ao me ver.

— Ellorah! — Katarina saudou feliz — você perdeu duas moças se jogando em cima de seu cunhado e quase levando todo o vinho junto.

O pensamento da cena me fez rir.

— Espero que você tenha defendido a honra de meu nobre cunhado — digo divertida — essas damas estão desesperadas para se aproveitarem dele.

Niklaus gargalhou, chamando a atenção da garota, que corou.

— Ainda não fomos apresentados, senhorita — diz se aproximando da garota — sou Klaus.

Katarina me encarou e eu sorri, a incentivando.

— É um prazer, meu senhor... Sou Katarina.

Agarrei o braço de Elijah que me encarou sarcástico após meus comentários sobre sua honra, o que me fez sorrir ainda mais.

— Você está me devendo uma dança, Lijah.

Ele concordou e prontamente me conduziu até a pista de dança, nos infiltrando no meio dos casais.

— O que achou da garota?

Tentei focar na dança, tentando não ouvir enquanto Klaus jogava seu charme para cima da garota, que infelizmente não tinha a mínima ideia de onde estava se metendo e o que escondia por trás dos belos olhos de Nik.

— Sua aparência tão igual a Tatia me abalou um pouco — admiti, baixinho — mas nada que eu não seja capaz de superar. E você?

Elijah suspirou.

— O mesmo, é impressionante a forma como não consigo entrar nem uma única diferença entre as duas quando se trata de suas aparências.

— A magia faz coisas engraçadas, cunhado — murmurei — nunca devemos duvidar dela.

Uma expressão séria surgiu em seu rosto.

— Aprendi isso ao longo dos nossos séculos... Nunca irei entender o talento que você e Kol têm para lidar com algo tão instável como magia.

Sorri para ele.

— Alguns simplesmente nascem para isso.