┊Chapter Three ➳ If you want my friendship then no secrets
A personalidade da Eleanor é o meu coração inteirinho, eu adoro aaaaa
ENFIM TEMOS NOSSA KATARINA! Assim como um pouquinho mais sobre essa tal de Eloíse Gilbert hihihihi
Atualmente
Eleanor Delacour
"Se você quer minha amizade, então sem segredos"
ELOÍSE GILBERT ERA UMA GAROTA INTERESSANTE, ela se dividia entre tentar ser a pessoa racional e não deixar sua tia, Jenna, passar vergonha, ao mesmo tempo em que ria descontroladamente das coisas que a mulher loira fazia.
Acabei pedindo uma enorme porção de batata frita para nós três comermos e refrigerante, discretamente usei o refrigerante de Jenna e fiz uma poção para a deixar mais sóbria no mesmo, então lentamente ela voltava a ser racional, ela parecia ter percebido que Eloíse estava falando a verdade e não sabia de toda aquela confusão.
— Então, o que você gosta de fazer?
Ela me encarou enquanto pegava uma das batatinhas e molhava lentamente no ketchup.
— Gosto de pintar e aprender sobre arte — diz animada — passei o último ano num internato de Artes em Londres, um lugar incrível! Aprendi e vi tantas coisas novas, foi simplesmente maravilhoso.
— Tenho um amigo que adora pintar também, Nik usa a arte para se expressar.
Os olhos dela brilharam.
— Nik?
— Esse não é o nome do seu ex namorado? — Jenna murmurou pensativa — que vivia fazendo desenhos para você?
Senti meu corpo congelar por alguns momentos enquanto eu pensava nas probabilidades daquele híbrido idiota já saber muito bem das doppelganger porque brincou com uma delas em Londres.
Ele poderia ter mencionado isso para mim, aquele bastardo.
— OH! Você é A Eleanor — Eloíse disse apontando em minha direção — Você namora o irmão mais novo dele, não é?
Controlo a vontade de fazer uma careta.
— Namorava — corrigi rapidamente — não foi um término agradável.
Jenna apoiou a cabeça no meu ombro, havia um biquinho chateado em seus lábios.
— O idiota traiu ela, deveriamos fundar um grupo de mulheres que foram traídas por homens babaca e se juntar para espancar eles de madrugada.
— Jenna! Que mente perversa você tem... Adorei.
Eloíse riu, parecendo se divertir ao ver aquele lado da tia.
Ao longo dos séculos, aprendi que você nunca deve duvidar do que uma mulher que fora traída seria capaz de fazer.
— O que está fazendo na cidade, afinal? — a doppelganger perguntou curiosa.
— Minha irmã mais nova se meteu em problemas, decidi vir atrás dela e limpar a bagunça antes que ela fizesse algo bobo.
Eloíse jogou a cabeça para trás e bufou.
— Irmãos são tão complicados! — resmungou — tenho uma irmã gêmea e um irmão mais novo, juro, esses dois mudaram tanto desde que eu fui para o internado que agora que estou aqui, é como se não conseguisse os reconhecer. Tenho certeza que estão escondendo algo de mim, eles nunca tinham mentido para mim antes.
Estava óbvio que aquilo era uma coisa que vinha frustrando e magoando muito a garota, senti pena dela naquele momento.
— Irmãos são uma benção e um castigo ao mesmo tempo, acredite em mim.
Ela deu um pequeno sorrisinho.
— Nunca ouvi tanta verdade numa única frase.
Meu celular começou a tocar me fazendo bufar, pego o mesmo de dentro da bolsa e vejo o nome de Niklaus, eu não tinha um segundo de paz?
Rapidamente atendo a ligação.
— Pensei que tínhamos concordado que eu poderia fazer o que quisesse nas próximas horas.
— Eu nunca concordei com isso — retrucou prontamente — Isobel foi pegar a nossa isca, sugiro que você volte para cá, Maddox vai precisar de ajuda e temos muito o que fazer... Os jogos começaram, love.
Reviro os olhos.
— Ótimo, estou indo.
Desliguei o celular antes que ele respondesse e virei para as duas garotas que me encaravam curiosas.
— Eu adoraria ficar mais, mas o meu amigo achou a minha irmã e eu preciso ir ver ela agora — a mentira sai com facilidade — mas talvez possamos trocar nossos números para podermos marcar de sair novamente?
Eloíse sorriu e rapidamente pegou meu celular e colocou seu número e o de Jenna.
— Prontinho, depois só me manda uma mensagem para a gente poder salvar o seu número. Foi bom lhe conhecer, Ellie.
Achei fofo o jeito como ela pronunciou o meu apelido.
— Também gostei de conhecer vocês, Izzie — digo vendo ela sorrir — Jenna.
Dou um beijo na bochecha de cada uma e coloco uma boa quantia de dinheiro em cima da mesa, pego minha bolsa e o celular, acenando para as duas antes de sair do local.
Entro no carro e vejo que havia uma mensagem mal humorada de Niklaus por eu ter desligado em sua cara, o que me faz sorrir. Ligo o carro e acelerei em direção a casa onde estávamos ficando, ultrapasso um carro incrivelmente lento e ouço a garota loira que dirigia o mesmo me xingar.
Ela me xingava como uma velha, o que me faz gargalhar e acenar para ela pelo espelho.
Quando chego em frente a casa, estaciono o carro e pego minha bolsa, saindo do mesmo e já pensando em todas as provocações que eu poderia fazer com o híbrido, aquilo seria divertido, se o irritasse o suficiente, iria saber toda a verdade, sempre funcionava.
Abro a porta da casa e dou de cara com um corpo jogado no hall de entrada, cutuco o mesmo com a pontinha do meu salto, bom, o homem não estava morto.
— Eleanor, que bom nos dar a honra da sua presença após ter desligado na minha cara — Niklaus diz surgindo com um copo de bebida — me lembro de uma época onde você era mais educada.
— Lembro de uma época onde eu me importava com o que você achava de mim... Ah, desculpe, erro meu, isso nunca aconteceu.
Ele revirou os olhos.
— Creio que já viu nosso convidado, Alaric, meu novo brinquedinho.
Olho para o corpo do homem e pulo por cima do mesmo, caminhando até Niklaus e roubando seu copo de bebida, tomo um gole lento antes de lhe devolver o copo.
— Aquele ali é o ex-marido de Isobel? Agora entendo porque ela decidiu desaparecer.
Klaus riu.
— Maldoso, Love.
Aproveito o momento para lhe encarar, dou um sorrisinho irônico e vejo seu olhar focar em mim, ele arqueou a sobrancelha.
— Sabe o que é maldoso, Niklaus?
— Sinto que há uma resposta específica para isso, mas não faço a mínima ideia do que poderia ser.
Cutuco seu peito coberto pela jaqueta com a ponta da minha unha.
— Maldoso é você manter segredinhos sujos de mim — digo lentamente, analisando sua reação — como uma bela jovem que é apaixonada por artes, sangue Petrova, doppelganger gêmea... Uhum... Qual o nome da lindinha? Oh, Eloíse Gilbert.
Niklaus perdeu o bom humor imediatamente e me encarou irritado, segurando meu dedo com força o suficiente para quebrar o mesmo.
— Ela está fora do seu alcance, entendeu?
Reviro os olhos com tédio.
— Você iludiu a pobre garotinha?
Ele bufou.
— Esse assunto não está em discussão, Ellorah — resmungou mal humorado — se eu souber que você encostou um dedinho sequer nela...
— Já disse que não me dou bem com ameaças, Niklaus — retruco prontamente — agora, vamos ser sinceros aqui. Se você quer minha amizade de volta como diz que quer, então não pode ter segredos aqui, entendeu?
O híbrido passou os próximos segundos em silêncio enquanto me analisava, ele acabou suspirando, se dando por vencido.
— Ótimo. Conheci Eloíse no ano passado enquanto fazia uma bela visita a Londres, havia uma exposição de Artes que eu estava ansioso para ver, a conheci durante a exposição.
— O que mais? Você sabe que eu adoro uma boa história de amor... E eu trabalho com detalhes, caso você tenha esquecido.
Niklaus revirou os olhos e seguiu para a sala, prontamente o segui e me joguei no enorme sofá enquanto ele se servia de mais bebida, depois se sentou na poltrona e me encarou.
— Primeiro achei que era Katarina, porém como nós dois sabemos, errei. Percebi se tratar de mais uma doppelganger e pensei ser meu dia de sorte, quem diria que eu encontraria uma tão aleatoriamente? Então me aproximei dela, descobri que uma das obras era dela... O jeito que ela falou sobre aquele quadro me impressionou — murmurou pensativo — ela exalava paixão. Decidi que já havia esperado mil anos para quebrar a maldição, poderia esperar mais alguns meses, me aproximei de Eloíse e começamos a nos encontrar sempre que ela tinha um tempo livre entre as aulas.
Aquilo ali estava ficando cada vez mais interessante.
— A arte unindo as pessoas.
Niklaus sorriu.
— Em algum momento ela se apaixonou por mim e talvez eu tenha gostado dela, começamos a namorar... Seria uma pena sacrificá-la, porém, descobri o que os humanos chamam de ganhar na loteria: Eloíse tinha uma irmã gêmea.
— Ou seja, Elena Gilbert — completei pensativa — alguém da linhagem deve ter ficado com algum bruxo ou bruxa, o que fez a linhagem ter mais magia do que deveria e resulta no surgimento de uma bruxa.
Ele me encarou curioso.
— Bruxa?
Dou de ombros.
— É um jeito que a magia que originou as doppelganger acha para se livrar da magia extra, cria uma bruxa e pronto, a linhagem fica normal novamente — explico lentamente — extremamente raro de acontecer, se quer mesmo saber...Você notou que ela era uma?
— Ou talvez ela não saiba.
O encaro incrédula.
— Como ela não saberia que é uma bruxa? Os poderes já devem ter aparecido e...
Niklaus virou o copo de uma vez só e apontou para mim, parecendo agitado, mil coisas pareciam surgir em sua mente enquanto ele levantava e andava de um lado para o outro na sala.
— Você vai se tornar amiga dela — decidiu agitado — você vai fazer ela confiar em você e vai a ensinar magia. Entendeu?
Levanto do sofá rapidamente.
— Primeiro, não me dê ordens, Niklaus! Segundo, eu não ensino magia para suas namoradas só porque você quer ou estou abrindo a droga de um coven para bruxas desamparadas.
Ele bufou.
— Ellorah, se a irmã dela e os amiguinhos descobrirem que Eloíse é bruxa, vão usar ela — murmurou — e nós não queremos que ela seja usada, certo?
Cruzei os braços, a pirralha significa mais para ele do que o idiota está me dizendo?
— Eu vou a conhecer melhor e descobrir se ela é digna, mas se ela for um caso perdido, não irei me responsabilizar por isso, está me entendendo?
— Ok, ok!
— E você vai estar me devendo um favor.
Niklaus me encarou incrédulo e abriu a boca para retrucar, porém somos interrompidos por Maddox que surge arrastando o corpo de Katarina, o que me faz arregalar os olhos e ferver de raiva.
— O QUE INFERNOS VOCÊ ESTÁ PENSANDO?
Maddox congela e deixa o corpo de Katarina cair completamente no chão, ele encara o híbrido idiota ao meu lado como se estivesse procurando uma resposta.
— O mestre Mikaelson mandou pegar a garota...
Me viro para Niklaus que suspira e coloco as mãos nos bolsos da calça enquanto encara o corpo de Katarina pensativo.
— Eu sabia que estava esquecendo de falar algo — murmurou pensativo — Ellie, pedi para meu caro Maddox aqui sequestrar Katarina, para que eu possa ficar de olho, sabe? Espero que não tenha nenhum problema para você.
Respiro fundo e vou até Katarina, pegando o corpo da garota desacordada e colocando com cuidado em cima do sofá, ajeito as almofadas gentilmente e encaro os dois que me olham com atenção, aponto o dedo para Klaus, controlando a vontade de colocar fogo nele.
Isso não vai o matar, minha mente me lembrou de forma amarga.
Porém poderia doer.
— Mais uma coisinha engraçadinha assim e teremos problemas, entendeu? E Maddox, se você machucar Katarina, irá assinar sua sentença de morte.
O bruxo deu um passo para trás enquanto Niklaus apenas revirou os olhos.
— Não sejamos dramáticos — Klaus retrucou com tédio — Maddox aqui só sequestrou sua amiguinha porque Katarina tende a fazer planos bizarros para sobreviver e isso poderia nos atrapalhar, sabe? E eu duvido que ela viria por livre e espontânea vontade, se os últimos quinhentos anos servirem como algum tipo de indicativo.
— Se ela não tivesse fugido por quinhentos anos, você a teria matado!
Klaus suspirou frustrado.
— Ellie, essa não é a questão aqui, ok? — resmungou jogando as mãos para o alto — nós temos o professorzinho de história e Katarina, agora vamos continuar o plano sem maiores dramas.
Respiro fundo e passo a mão pelo cabelo, ajeitando o mesmo enquanto tentava me concentrar.
— Você vai trocar de corpo?
— Sim — Niklaus respondeu rapidamente — vou ficar no caixão que já preparei e você vai junto com Maddox para o apartamento do professor ali, onde vocês vão me colocar no corpo dele e a próxima parte do nosso plano vai se iniciar. Dúvidas?
Maddox o encarou nervoso.
— O que a gente faz com a vampira ali, meu mestre?
Me coloco entre ele e o corpo de Katarina no sofá, uso minha magia e o empurro alguns metros para trás, como aviso.
— Eu já avisei que se você tocar nela, não é de Klaus que vai precisar ter medo.
— Eu avisei que ela é temperamental — murmurou — leve Katarina junto, mas tome cuidado com a vadia, se não você vai ter que aguentar Eleanor surtando e acredite em mim, não é tão divertido quando isso acontece.
Dou um sorrisinho inocente.
— Quando eu me irrito, as pessoas tendem a morrer.
— Ou guerras acontecem... Enfim, podem ir fazer a parte de vocês enquanto eu faço a minha, nos vemos em algumas horas onde infelizmente será o rosto sem graça do professorzinho.
Reviro os olhos e pego Katarina no colo com cuidado e Maddox prontamente me segue, desvio do corpo apagado de Alaric que ainda estava jogado no hall de entrada e abro a porta com magia, vou até o carro e novamente usei magia para abrir a porta de trás, onde coloco a vampira delicadamente deitada no banco de trás.
Fecho a porta e encaro Maddox que me encarava curioso.
— E o humano?
Dou um sorrisinho e abro o porta malas do carro, o bruxo faz uma careta e vai até o corpo de Alaric, o arrastando até o carro enquanto eu espero pacientemente.
Maddox coloca o corpo no porta malas e eu rapidamente fechei a tampa, entro no banco do passageiro e entrego a chave para o bruxo, que logo liga o carro e acelera pelas ruas, dou uma olhadinha para ver se Katarina não havia caído, felizmente estava tudo sob controle.
O bruxo suspirou ao meu lado, chamando a minha atenção.
— É um prazer estar na sua presença, senhora Mikaelson... Delacour, quer dizer — diz nervoso — creio que não tem noção da sua importância na sociedade bruxa, mas você é uma verdadeira referência para diversos clãs.
O olho entediada.
— Metade da sociedade bruxa gostaria da minha cabeça em uma bandeja de prata.
— Mas... Você é uma das bruxas mais poderosas que algum dia o mundo já viu. Porque você não tem um coven?
Dou de ombros.
— São complicados demais e exigem responsabilidade — respondo entediada — e por novecentos anos meu coven se resumiu a mim e meu querido ex-marido, era mais seguro assim.
Maddox me encarou curioso.
— Kol não é um bruxo.
— Mas aquela velha raposa é um gênio quando se trata de magia, acredite em mim. Você o acha invencível e perigoso sendo um vampiro? É que você não o conheceu quando era um bruxo, era mil vezes pior.
Ele não continuou o assunto, o que eu agradeço mentalmente enquanto foco meu olhar na janela.
O caminho para o prédio onde o professor morava foi rápido, Maddox estacionou o carro e eu prontamente sai do mesmo, entrando no local e vendo que o térreo estava vazio. Tirei Katarina do carro enquanto o bruxo tirava Alaric do porta malas, levamos os dois corpos apagados pelas escadas e paramos em frente a porta que ele apontou.
— Tem a chave?
Maddox largou Alaric no chão e levou a mão até o bolso do mesmo, tirando de lá um molho de chaves e as balançou.
— Aqui.
Peguei elas e abri a porta, o bruxo entrou primeiro e eu movi meu pé, notando que não havia barreira nenhuma ali, o que era algo profundamente idiota, porém útil no momento.
Entrei e coloquei Katarina no sofá enquanto Maddox jogava Alaric no chão sem nenhum cuidado, olhei ao redor e fiz uma careta totalmente desanimada, que apartamento mais sem graça, como ele aguentava viver aqui? Notei uma mesinha com bebidas, o que me fez um pouquinho mais feliz.
Me servi de um copo de Bourbon e me virei para o bruxo, que arrastava uma cadeira até o meio da sala e colocava o corpo de Alaric ali, para preparar as coisas para o feitiço.
— Acho que enquanto você se diverte aí, vou fazer um lanchinho.
Maddox arqueou a sobrancelha enquanto tirava as coisas de uma bolsa que ele havia trazido.
— Tem bolsas de sangue aqui, o mestre pediu para trazer para você.
Ele jogou uma bolsinha para mim e eu rapidamente a peguei, abrindo a mesma e começando a beber o sangue, não era tão bom quanto direto da veia, mas teria que servir por enquanto.
Assim que terminei, comecei a ajudar com o feitiço, conectando os recipientes com sangue no corpo enquanto Maddox espalhava as velas, não era meu feitiço favorito, mas ele havia sido verdadeiramente útil ao longo dos séculos, principalmente para criar pistas falsas e fugir de Mikael.
— O mestre disse que foi você que inventou esse feitiço.
Terminei de conectar a agulha e me levantei, prendendo o cabelo num coque.
— Era 1415, Klaus dizimou um Coven inteiro junto com Elijah, por terem tentando sequestrar Rebekah. Encontrei alguns grimórios interessantes e um dos feitiços me deu a ideia de transferir a consciência para outro corpo, demorei alguns dias para conseguir criar um feitiço decente, Kol me ajudou — murmuro — juntos conseguimos o criar, foi nosso maior orgulho da época.
Maddox me encarou curioso.
— Kol, o jeito que você fala dele... Ainda o ama?
Dou de ombros.
— Eternidade é tempo demais para amar ou odiar alguém, mas confesso que nesse último, eu me esforço... Pronto, podemos começar.
Acendo as velas que Maddox havia espalhado e coloco as mãos ao redor da cabeça do humano, respiro fundo e fecho os olhos, começando a sussurrar o feitiço de forma precisa.
Sinto a minha magia se enrolando ao redor de Niklaus e o transportando até onde estávamos, era um processo lento. Devagar a consciência dele começou a entrar no corpo de Alaric, o professor tentou lutar contra, mas fora rapidamente vencido pela força estrondosa do original.
Ouço um barulho, que prontamente ignoro focando em terminar o feitiço.
Quando enfim fica pronto, dou um passo para trás e sorri ao ver Niklaus levantando, noto que Katarina havia tentando correr, porém deu de cara com uma barreira que Maddox havia feito.
Niklaus anda lentamente até ela e segura o rosto da mesma, que exalava pânico.
— Katarina... Que saudade.
— Klaus?
Reviro os olhos e dou uma tosse, que faz a vampira notar minha presença e suspirar de alívio, correndo até mim e me puxando para um abraço apertado, que eu prontamente retribuí.
— Ellie!
— Olá, irmãzinha — cantarolei beijando sua testa — sentiu saudades?
Ela colocou as mãos nos meus ombros enquanto me encarava desesperada.
— O que você está fazendo junto com ele, Eleanor?
Klaus tossiu, dando um sorrisinho irônico.
— Não esqueça que eu posso lhe ouvir, Katarina.
— Respondendo sua pergunta, digamos que eu negociei sua liberdade em troca de dar uma ajudinha ao híbrido psicótico ali — respondo tranquilamente — mas por enquanto, você vai ter que ficar presa com a nossa companhia.
O híbrido se jogou no sofá e sorriu irônico.
— Não confio em você e nesse seu instinto de fazer tudo para sobreviver, não preciso de ninguém estragando meus planos.
Me sento no sofá ao lado de Klaus que passou o braço pelos meus ombros, ainda encarando Katarina de forma irônica, provavelmente se divertindo com toda aquela situação e do óbvio medo da garota dele.
Sempre tão vingativo...
Katarina o encarou extremamente desconfiada e eu não a julgava por isso.
— Então você só quer que eu fique aqui para não atrapalhar seus planos de quebrar a maldição?
O híbrido ao meu lado sorriu.
— Você felizmente não tem escolha, porém o meu acordo com sua amiguinha aqui me impede de lhe matar ou lhe torturar gravemente — explicou calmamente — então não me provoque.
— Vamos conviver pacificamente aqui, ok?
A vampira me olhou incrédula, em seguida olhou para Klaus e depois para Maddox, que estava em silêncio no canto da sala.
— Ok... Por você.
Klaus bufou.
— A amizade de vocês é tocante — resmungou.
O ignoro e levanto do sofá, indo até a cama de casal e começando a arrumar a cama sob o olhar atento dos três.
— Kit Kath e eu dormimos na cama e você fica com o sofá — aviso séria — já que eu duvido que vá deixar minha melhor amiga ir para casa comigo e eu não confio em você sozinho com ela, ou seja, vamos dormir todos aqui, menos Maddox, você já pode ir.
O bruxo fez uma reverência e juntou suas coisas, indo embora em seguida e deixando apenas nós três no apartamento.
— Como assim eu fico com o sofá? — Klaus retrucou — não, sem chance que a vadia ali vai ficar com a cama enquanto eu durmo nesse sofá horrível. Esse corpo aqui é humano e eu vou acordar com dor.
Reviro os olhos.
— Eu vou ficar com a cama e me recuso a dormir na mesma cama com você, ou seja, a escolha óbvia é Katarina;
A vampira sorriu animada.
— Deve ser um abalo para o seu ego que Eleanor prefira dormir comigo.
Klaus bufou.
— Não use esse tom malicoso na provocação, vocês só vão dormir, se fosse sexo, definitiamente eu seria o escolhido aqui.
Mordo o lábio inferior, tentando não rir de como eles pareciam crianças discutindo.
— Ou talvez eu escolhesse minhas mãos — sussurro falsamente pensativa.
Katarina não aguentou e gargalhou enquanto Klaus me encarava emburrado, ele cruzou os braços e jogou a cabeça para trás.
— Vocês duas são um inferno juntas!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro