Salvação ou Perdição?
Teresa não tardou a acordar o Carlos. Ela disse que tinha visto um barco vindo e que acreditava que era os donos da casa. Carlos logo tratou de levantar e se vestir.
Teresa foi correndo para o andar de baixo e viu Paulo e Daniel em uma posição bem comprometedora. Mas ela não ligou para aquilo, então acordou ambos.
Assim que ambos abriram os olhos, eles perceberam que dormiram de conchinha. Então logo se afastaram. Teresa avisou que os donos estavam vindo. E eles começaram a arrumar o local.
Teresa pegou todos os copos e pratos que eles usaram e foi lavar eles as pressas. Paulo e Daniel arrumaram a sala, e o Carlos arrumou o quarto de cima.
Em pouco tempos eles já tinham ajeitado tudo. E estavam prontos para sair, logo eles tomaram rumo a porta, Teresa foi na frente e assim que ela abriu a porta. Ela viu os donos da casa subindo o morro conversando.
Ela mandou todos voltarem e procurar um lugar para se esconderem, a sorte que os donos estavam entretidos numa conversa e não viram Teresa.
Naquele momento o coração de Todos alí batiam mais rápidos que trem - bala. Eles procuraram uma porta dos fundos, mas não encontraram nada.
Uma sensação de pavor subiu no corpo de cada um ali presente, eles não sabiam explicar o porquê disso. Talvez o medo de serem presos ? Naquele momento essa era a coisa mais plausível para eles.
Teresa se aproximou da janela para olhar o lado de trás da casa, e ela podia jurar que viu o Daniel pelado correndo. Mas ela logo tirou esse pensamento da cabeça.Ela presumiu que o nervosismo fez ela ver coisas.
— Ei, Teresa. — assim que ela ouviu alguém a chamando ela se virou e viu Daniel a chamando, ela foi até ele e ele a levou para o corredor que ia em direção a cozinha.
Ele foi até uma porta que havia no corredor e a abriu. Ela olhou e viu uma escada que descia, ela logo supôs que alí era o porão. Não perdeu tempo e desceu as escadas.
No final das escadas, elas deu de cara com Paulo e Carlos, eles começaram a procurar uma saída por alí, mas não acharam nada.
Teresa já estava totalmente desesperada, pois o pai dela era o prefeito recém eleito da cidade deles e seria um escândalo se descobrissem, que ela era uma invasora de casas alheia.
Após alguns segundos eles começaram a ouvir vozes e passos, no andar de cima.
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Ana e Vítor Alves, os donos da casa. Eles entraram em suas casas conversando sobre a viagem que eles fizeram. Eles estavam contentes por terem saído e se divertido bastante.
Eles olharam em volta para ver se tinha algo fora do lugar, mas não acharam nada suspeito.
Eles tinham por volta de trinta e cinco anos. Ana tinha cabelos negros até as costas, sua pele era branca e os seus olhos castanhos. Vítor tinha cabelos castanhos cacheados, tinha uma pele morena e olhos castanhos claros.
Vítor sentou cansado no sofá, já Ana. Subiu para o andar de cima, ela estava cansada também e precisava de um banho. Chegando no banheiro, ela começa a se encarar no espelho.
Quem a olhava pensava que ela tinha dez anos a menos, pois pessoas na condição dela envelhecia um pouco devagar. Vítor não era a exceção. Pessoas como ela quando se olhava em um espelho ficava em uma espécie de transe. Nem ela sabia o motivo, talvez fosse uma falha na genética. Mas a verdadeira resposta para isso ninguém sabia.
Ela sai do transe e os seus olhos vão para o sabonete. O sabonete está molhado e com espuma. Pelo tempo que eles viajaram não deveria estar assim, então ela presumiu que tinha alguém na casa.
No andar de baixo. Vítor decidiu tomar um copo de vinho, então ele foi até a prateleira, ele notou que tinha um vinho a menos. Mas ignorou isso. Ele foi para a cozinha e chegando lá, foi pegar um copo.
Quando ele pegou o copo, ele reparou que ele estava molhado, e depois de pensar por poucos segundos, ele também percebeu que tinha alguém na casa.
Ele foi devagar para a sala e viu Ana com a espingarda que eles deixavam guardada em mãos. Com uma pequena troca de olhares, ambos já entendiam o que estava acontecendo alí.
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No porão, todos estavam em silêncio. Estavam lá por alguns minutos. Carlos olhou em volta na tentativa de achar uma saída por lá, mas aquele porão era totalmente fechado.
A única alternativa deles era subir as escadas e orarem para não serem pegos, de maneira alguma. Após trocas de olhares decisivas, eles decidem subir.
Subiram calmamente nas escadas, sem fazer o barulho. A respiração deles era o mais devagar possível. A tensão se fazia presente naquele local e o medo também.
Por quê de tanto medo? Nem eles ao certo sabiam a resposta. Adrenalina? Sim, de fato, a adrenalina estava presente ali. E o misto dos dois deixavam as coisas ainda mais difíceis de lidar.
Eles chegaram na porta do corredor. Paulo abriu ela devagar, para não fazer barulho. Assim que ele abriu ela toda ele colocou a cabeça para fora, não vendo ninguém. Ele acenou para os amigos.
Então todos chegaram mais perto. Depois de uma pequena troca de olhares, eles começaram a andar em direção à porta. Andando devagar, para não atraírem barulho.
Quando chegaram na sala, eles decidiram correr. Eles conseguiram atravessar a porta. Estavam correndo para longe dali. Eles acharam que tinham conseguido, mas um barulho de arma bem alto fez eles ficarem totalmente paralisados no local.
— Ora, ora. O que temos aqui? Um bando de invasores. — Disse Vítor — E o que fazemos com invasores, amor ?
— Nós o matamos — Disse Ana, após isso eles começaram a gargalhar de uma forma sádica.
Os jovens olharam para trás. Os olhos deles foram diretamente na espingarda nas mãos de Ana. Eles tremeram da cabeça aos pés. De começo eles acharam que era apenas uma brincadeira, mas com a aproximação dos donos da casa, a esperança de que fosse brincadeira ia se esvaindo aos poucos.
— Por favor, não faça nada com a gente. — falou Teresa com voz de choro.
— Não vou te iludir. Você vai morrer aqui. — disse Ana, fazendo Teresa chorar.
— Então, amor. Não vamos enrolar. Vamos matar logo eles e aproveitar e enterrar os outros. — falou Vítor indo na direção deles. Ele tirou uma pistola do quadril e apontou para eles.
— Ah, sim, os outros. Eu tinha até me esquecido deles. Vou lá pegar eles com essa garotinha e com esse garoto com cara de viado — falou Ana apontando para Teresa e Daniel. — E você leva esses dois para cavar o buraco. — falou apontando para Paulo e Carlos.
— Okay, amor. Vamos logo, rapazes. Não queremos enrolar. — falou ele apontando para um lugar na floresta para que os garotos fossem. E assim eles foram para a floresta com o Vítor.
— Vamos. — falou Ana autoritária, apontando para um atrás da casa e assim eles foram.
Chegando no local Ana mandou eles abrirem a porta. Com muita relutância eles abriram, assim que eles abriram um jato de frio veio de encontro aos corpos deles.
Ali era uma espécie de freezer. Ana mandou eles entrarem, Teresa achou que ela trancaria eles lá dentro, para morrerem de frio. Mas pelo o contrário. Ana mandou eles pegarem dois sacos pretos que estavam alí, e sair rápido.
Teresa e Daniel obedeceram de imediato. As sacolas eram pesadas, mas não tanto. Eles levaram com um pouco de dificuldade para o lado de fora.
Do lado de fora Ana mandou eles irem de encontro aos outros. Estava tudo bem até Teresa tropeça e cair. Deixando o conteúdo do seu saco cair também.
Assim que o conteúdo caiu, Teresa e Carlos ficaram petrificados. Uma cabeça caiu da sacola e foi rolando pelo o chão. Mas o que mais deixou eles petrificados foi, que a cabeça era a da Ana.
— Vo- você? Aquela alí é você? — perguntou Carlos confuso. Teresa não falava nada, apenas chorava.
— Em partes, sim. Para ser mais específica, eu sou uma versão melhorada dela. — falou Ana com um tom de superioridade. — Não vamos enrolar. Vamos embora, agora.
Com muita relutância Teresa pega a cabeça e coloca rápido no saco. Eles seguem o caminho de encontros aos rapazes.
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— Vamos!!! Cavem mais rápido, não tenho o dia todo — falou Vítor para eles impaciente.
Paulo e Carlos estavam cavando a algum tempo, o buraco estava com um tamanho considerável. Cabia lá umas quatro pessoas já. E isso só deixava eles mais desesperados.
Não podiam fugir, pois o Vítor estavam apontando uma arma para eles, então tudo que restava era continuar a cavar o buraco.
Carlos estava cansado e pediu um tempo de descanso, após pensar um pouco Vítor resolveu dar os minutos. Carlos sentou no chão e olhou a sua volta. Foi quando os seus olhos caíram em Teresa.
Teresa estava no arbusto os observando, mas ela estava pelada, coisa que não passou despercebido por ele. Ele se questionou, será mesmo Teresa ? Ou a minha cabeça quer me pregar uma peça.
Para ele com certeza era a Teresa. Ela tinha os mesmos cabelos ruivos dela, os mesmos olhos azuis dela, A mesma pele branca. Mas algo estava errado. Teresa nunca ficaria pelada, no meio do mato.
Ele foi tirado dos seus pensamentos por um barulho, do lado oposto que ele olhava. Era…. A Teresa? Sim ela mesmo. Ela estava carregando um saco, juntamente com o Daniel, e com Ana logo atrás, apontando uma arma para eles.
— O buraco já está pronto? — perguntou Ana olhando para Vítor.
— Está sim, amor — respondeu Vítor.
— Então vamos acabar logo com isso. Vocês dois — disse apontando com a arma para Teresa e Daniel — Virem o conteúdo do saco no buraco.
Com muito receio eles levaram o saco até o buraco que estava em um tamanho considerável e virou o conteúdo do saco no buraco. Foram caindo várias partes de corpo humano.
Paulo não aguentou, e começou a vomitar, em um canto. Carlos olhou para aquilo aterrorizado. Teresa apenas chorava. Daniel tentava não mostrar nenhuma reação. Ana e Vítor riam com a reação deles.
Por fim caíram as cabeças. Carlos olhou para aquilo mais aterrorizado ainda, pois era a cabeça das pessoas que os ameaçava que estava no buraco.
— São…. São vocês ali dentro — disse Carlos apontando para as cabeças lá dentro.
— Não são exatamente nós — disse Ana — Nós somos mais: Rápidos, fortes, inteligentes e muito… Muito mais mortais — falou com um sorriso sádico no rosto.
— Então… Quem vai ser o primeiro? — perguntou Vítor apontando a arma para eles.
Nesse instante Vítor caiu no chão e uma pedra um pouco grande caiu do lado dele, a pedra estava suja de sangue. Ana se virou para trás, e nesta hora um vulto foi para cima dela e a jogou no chão.
Carlos e os outros começaram a correr para longe dalí. Eles nem olharam para trás, para ver o que acontecia. Eles correram em direção a casa. O desespero foi grande que eles nem pensaram em outro local para ir.
Chegando na casa eles finalmente desabaram. Teresa chorava freneticamente. Carlos e Paulo estavam muito cansados e ofegantes. Daniel foi até o banheiro e vomitou, como nunca tinha vomitado antes.
Uma hora havia se passado e finalmente eles haviam se recuperados. Depois de uma pequena conversa eles decidiram ir embora dalí, eles não sabiam o que aconteceu. Paulo foi o único que se atreveu a olhar para trás e ele jura ter visto o Carlos batendo a cabeça da Ana com uma pedra.
Nesta hora, Teresa fala que viu o Daniel pelado atrás da casa. Carlos fala que viu Teresa também pelada no arbusto. Após compartilharem isso um com os outros eles decidiram sair dali o mais rápido possível.
Eles foram em direção a porta, mas quando abriram a porta eles paralisaram.
Eles viram a si mesmo, sentados na varanda. Eram totalmente iguais. Os mesmos cabelos, olhos, altura e o mesmo rosto. Era como se fosse um espelho refletido deles.
— Eai? Como vão? — perguntou a cópia do Paulo….
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N/a: Espero que tenham gostado ❤
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