Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

09. Conspiradores

"Devemos seguir sempre o caminho que conduz ao mais alto."

Platão

⊹──⊱✠⊰──⊹

PALÁCIO DE LEONTIUS
PORTO REAL, REINO DE LEONTIUS

⊹──⊱✠⊰──⊹

SE HAVIA ALGO QUE EU MAIS gostava no palácio, eram as belas colunas de mármore com ouro, que aumentavam ainda mais o ar refinado que o lugar exalava. Há muito tempo este lugar havia sido um verdadeiro mégaro, com fogos ardendo e estátuas, um templo para os deuses antigos, cujos nomes já haviam sido esquecidos por grande parte das pessoas; porém, o espaço fora reformado, aumentado de tamanho, e transformado em um grande e luxuoso palácio, e um templo para os deuses novos fora construído mais ao longe.

Acendia as velas de meu salão sozinha e lentamente, era o máximo que minhas mãos conseguiriam naquele momento. Fogos já estavam acesos na sacada, e sentia o olhar de Chrysaor sobre mim; ele havia se oferecido duas vezes para me ajudar e por duas vezes recusei. Torcia para que não o fizesse uma terceira.

— Você não fez as paradas necessárias em sua viagem de ida e volta! — seu tom saiu alto e acusativo.

— Fale baixo — ordenei, acendendo a última vela e apagando a pequena chama que utilizava para isso — Claro que não parei ao longo do caminho. Agradeço sua preocupação com minha saúde, mas sabe muito bem que não posso demonstrar fraqueza fora dessa palácio. As pessoas já comentam pelas ruas sobre como vou morrer... não posso aparentar estar às portas da morte mesmo que eu esteja.

Chrysaor pressionava os lábios e franzia o cenho, não parecendo muito satisfeito.

— Não irei discutir isso com você, não agora — suspirei, sentando na poltrona atrás da mesa — Podemos voltar ao assunto?

— Muito bem — aceitou a contragosto — Estava pensando. Por tudo o que me contou, claramente Despoine planeja algo. A questão é: Evios está ciente ou não disso? — pausou — Será que ela está agindo com o apoio dele?

— Duvido muito — falei — Três anos atrás ajudei Evios a esmagar a rebelião de seus barões, ele está em dívida comigo. Além disso, não é de seu feitio iniciar confrontos assim, e sempre fomos cordiais um com o outro. Mesmo assim, é bom mantermos os olhos nele.

— Tenho uma teoria — Chrysaor pareceu hesitante.

— Diga então — pedi, enchendo as duas taças de prata, que estavam sobre a mesa, com o vinho do jarro.

Ofereci uma a ele, que aceitou e bebericou o vinho antes de voltar a falar.

— É apenas uma hipótese, não temos como saber se é verdade ainda — frisou — Mas... não acha que talvez Despoine tenha se unido com os barões rebeldes de Vrachos? Os mesmos de três anos atrás.

— Se isso realmente estiver acontecendo, será bem feito — torceu os lábios — Eu aconselhei Evios a matar os traidores, mas ele escolheu dar ouvidos à esposinha e os poupou — respirei fundo — Se alguém trai uma vez, irá trair outras mil, e ao que parece ele escolheu não compreender isso. Precisamos descobrir o que está acontecendo em Vrachos, Chrysaor.

— Precisamos, e com urgência — concordou — Porém, temos tempo suficiente para prudência.

— Quantos dias faltam para o retorno de meu tio?

— Ele retornará de Gaheris daqui à 20 dias — respondeu — Juntamente com Evios Vrachos e Simonides Prásinos.

— E daqui à 30 dias teremos o Banquete da Amizade, e este é o ano de Vrachos ser anfitrião — murmurei, pensativa — Talvez seja...

Infelizmente, nesse momento comecei a tossir sem conseguir concluir meu raciocínio. Levei meu lenço à boca, sentindo os olhos lacrimejarem, e Chrysaor estendeu rapidamente a taça em minha direção. Ele estava preocupado, manteve-se em silêncio até que minha tosse se acalmasse.

— Você falava sobre o Banquete da Amizade — ele me encarou.

— Será daqui à 30 dias, e é a vez de Vrachos nos receber — repeti — Talvez seja uma boa oportunidade para descobrirmos de vez o que está acontecendo, ou se de fato há algo acontecendo.

— Podemos escolher alguns homens de nossa comitiva para espiar ao redor, enquanto estivermos em Vrachos — sugeriu — Dez bons homens para...

— Não — o cortei, calmamente — Se Despoine realmente estiver tramando algo com o apoio dos barões, ela terá olhos e ouvidos em quase todos os lugares. Se algum de nossos homens for pego, será um desastre. Nem mesmo Evios deixaria isso passar sem consequências.

Chrysaor pareceu pensativo por alguns instantes, até que ergueu as sobrancelhas.

— Eu tive uma ideia — declarou, em seu tom mais satisfeito.

— E irá dividir comigo? — ergui uma sobrancelha.

— É claro que sim — ele deu um leve sorriso — Você está certa, pois o melhor seria que não tivéssemos ligação direta com quem fosse espionar. Podemos usar apenas um homem: aquele que conhecemos como Basilides Ariti.

Isso pegou-me de surpresa.

— Por que pensa ser uma boa escolha?

— Infelizmente, — torceu o nariz — preciso admitir que ele tem habilidades invejáveis, matou dez de meus homens sozinho e não foi visto por ninguém. Eu mesmo estaria morto se não fosse por Eurynax chegando naquele momento para repassar-me alguns relatórios.

— Continue — pedi.

— Ele tem uma boa capacidade em evitar ser visto e tem passos leves, será um bom espião. Sem contar que ele não será um rosto conhecido, poderá se passar por um servo ou guarda, e se esgueirar pelo palácio de Vrachos enquanto as atenções estiverem voltadas para você e os outros dois reis.

Ergui a mão e esfreguei delicadamente a têmpora esquerda; começava a sentir uma leve dor de cabeça. Eram tantas coisas em que se pensar.

— Então você acredita que ele espionaria sem ser pego?

— Não posso afirmar, mas creio que sim — respondeu.

Basilides era praticamente um mercenário, entretanto, parecia querer tentar levar uma vida calma — ou a mais calma que conseguisse, levando em consideração seu temperamento um pouco difícil. Estava um pouco hesitante em colocá-lo nessa missão.

— Irei conversar com Basilides à sós — decidi — Será mais fácil ele confiar em mim e aceitar espionar Vrachos.

Eu poderia forçar qualquer pessoa a fazer o que eu quisesse, entretanto, preferia convencê-las a aceitarem —, bem, quando não eram inimigas. Quando aceitavam, não haviam ressentimentos. E quando não haviam ressentimentos, não haviam problemas desnecessários para mim.

— Ele deve chegar a qualquer momento, já mandei um servo chamá-lo — Chrysaor relaxou na poltrona — Disse que tinha algo importante para falar comigo, senti que dizia a verdade, então será melhor que diga diante de você também. Com certeza tem algo a ver com os três homens que Eurynax prendeu hoje.

— Por falar nisso, já estão despertos? — indaguei; sabia que estavam desacordados quando foram jogados nas celas.

— Até o momento em que saí de meus aposentos para vir aqui, não — respondeu — Estou preocupado com você.

A súbita mudança de assunto me espantou, e o encarei com as sobrancelhas erguidas.

— Por que?

— Há mesmo necessidade de perguntar? — ergueu uma sobrancelha.

Apoiei as mãos nos braços da poltrona, forçando o impulso para me levantar e dei a volta na mesa, parando em frente a Chrysaor, que permanecia sentado. Toquei seu ombro de leve e curvei-me para beijar sua testa.

— Não se preocupe comigo — falei — Sabe tão bem quanto eu que isso não adiantará em nada.

Tinha plena consciência de quais esperanças poderia ter, e a de uma vida longa não era uma delas.

Antes que meu senescal pudesse responder algo, duas batidas soaram na porta, e ele revirou os olhos.

— Aposto que o rato de esgoto chegou — comentou, ao mesmo tempo em que um servo entrava e notificava que realmente Basilides havia chegado — Viu só? Eu falei.

— Diga a ele que entre, por favor — pedi ao servo.

Voltei para minha poltrona atrás da mesa e sentei, enquanto observava Basilides Ariti passar pela porta e entrar em minha sala particular. Ele passou os olhos por Chrysaor, assumindo um ar levemente desgostoso, até seu olhar encontrar o meu e o canto de seus lábios se erguerem em um quase sorriso, enquanto abaixava um pouco a cabeça.

— Hm... Vossa Graça? — Basilides parecia confuso sobre como se dirigir a mim.

Ofereci a ele um sorriso e apontei para a poltrona ao lado da de Chrysaor, de frente para mim.

— Venha, sente-se aqui — falei — Já jantou?

— Sim. Nas cozinhas — pestanejou, sentando no lugar que havia indicado.

Basilides estava com as mesmas vestes que tinha visto nele no meio da tarde, quando o flagrei assistindo a execução do topo de um dos tetos mais altos: túnica de linho cinza e calças de couro marrom, assim como as botas em seus pés. Os cabelos loiros e curtos estavam bagunçados, e os olhos azulados pareciam cansados; era relativamente raro pessoas pessoas de cabelos e olhos claros por aqui, Despoine Pantazis, a rainha de Vrachos, e Simonides Prásinos, o rei de Prásinos, eram um dos poucos exemplos dessa combinação.

Senti um calor agradável subir de meu ventre até minhas orelhas ao ter os olhos de Basilides encarando os meus, mesmo que discretamente; gostava daquele azul, eram do tom do céu e do tom dos mares que rodeavam a ilha. Era estranho ter essas sensações, em vinte e dois anos de vida nunca me senti dessa forma.

— Muito bem — Chrysaor tomou a iniciativa — Você havia dito que era importante falar comigo sobre algo. Agora, além de falar comigo, irá também falar com a rainha! Por isso é melhor que seja mesmo importante, e não apenas faça-nos perder tempo.

Basilides mostrou os dentes, rilhando-os, quase rosnando em direção ao senescal, mas eu ergui uma mão.

— Paz, Chrysaor — tentei não rir; a implicância mútua entre eles era engraçada.

— Ouviu a rainha, Chrysaor — o loiro assumiu um tom presunçoso, e foi a vez de Chrysaor se irritar.

— Mais uma palavra, Basilides, e eu juro que...

— Deixe Basilides falar — ordenei, e Chrysaor assentiu. Voltei-me para o outro homem — Diga-me o que queria compartilhar com o senescal.

Houve um momento de silêncio enquanto Basilides esfregava a nuca, parecendo um pouco sem jeito ao me encarar diretamente agora.

— Bom, eu fui até o Hospital da cidade, ver como as curandeiras estavam. Costumava ajudá-las enquanto passava as noites lá, com curativos, lavando cobertores, mexendo com ervas... — respirou fundo — Estava tentando, por conta própria admito, investigar Phillip...

Pareceu que Chrysaor iria interrompê-lo nesse momento, porém o lancei um olhar de advertência; Basilides permaneceu contando sobre como alguma confusão foi rumorada fora dos muros da cidade e como ele seguiu a direção indicada. Contou sobre as cartas que encontrou em uma casa em ruínas, e sobre os homens que o atacaram.

— Você está com essas cartas? — questionei quando ele chegou ao fim de seu relato. Chrysaor parecia pensativo, com certeza analisando cada palavra dita.

Basilides tirou os pergaminhos do bolso e me entregou, seus dedos roçando nos meus. Passei os olhos pelas palavras ali, tudo escrito em greekiano, um idioma que por sorte sabia ler e falar por conta de minha educação; pareciam cartas entre duas pessoas diferentes devido às variações discretas na grafia, isso era algo que passaria despercebido para a maioria das pessoas, mas eu passava a maior parte do tempo lendo cartas e documentos, tinha um bom olho para diferenças minúsculas. Infelizmente, tudo isso confirmava o que já sabíamos e temíamos: Phillip tinha informantes, e se reportava a alguém.

Entretanto, havia algo que não conseguia compreender.

— Artefato? — disse em voz alta, franzindo o cenho — Ao que ele se refere?

— Deixe-me ver — Chrysaor estendeu a mão e eu o entreguei as cartas.

— Não há como saber — Basilides deu os ombros, relaxando na poltrona — Foi nesse ponto que ele parou a carta. Não terminou de escrever.

— O pior é que você tem razão — Chrysaor pareceu detestar o fato de concordar com Basilides — Por acaso, passou por sua mente que, talvez, a curandeira que lhe informou sobre a confusão fora da cidade estivesse trabalhando com Phillip? Afinal, ela ter acertado na informação foi suspeito.

Erguendo as sobrancelhas loiras, Basilides encarou o senescal.

— Isso não seria possível... Seria? Os curandeiros e médicos mal tem tempo para sair do Hospital...!

— Para um mercenário você é bem ingênuo — Chrysaor alfinetou.

— Chrysaor está certo, Basilides — fiz a atenção do loiro se voltar para mim antes que ele pudesse atacar o moreno — Esta curandeira pode ser uma informante de Phillip da mesma forma que também pode não ser. Talvez seja sábio voltar a procurá-la, mas espere alguns dias. Acha que conseguiria descobrir algo que a ligue à Phillip? Faria isso?

Basilides me encarou por alguns segundos antes de sorrir, sem mostrar os dentes, surpreendendo-me.

— Por você, rainha Andromeda? É claro que eu faria.

Deixei um riso baixo escapar, enquanto Chrysaor bufava e revirava os olhos.

— Preciso de um descanso — Chrysaor se colocou de pé, alisando as vestes — Se já terminamos, posso me retirar, minha senhora?

— Sim, vou acompanhá-lo até a porta — me pus de pé com certa lentidão; começava a sentir o corpo dolorido — Espere aqui, Basilides, ainda preciso conversar com você em particular.

Caminhei com o senescal, e quando ele atravessou a porta, murmurei:

— Conversarei com ele sobre Vrachos. Boa noite.

— Conte-me amanhã o que se resolver.

Fechei a porta com delicadeza e voltei até onde meu outro convidado estava sentado; suas costas estavam viradas para mim, de forma que pude tocar de leve seu ombro. O senti ficar tenso por um momento, mas em seguida relaxou e ergueu o rosto para me olhar com aqueles olhos azuis.

— Meu tabuleiro de xadrez está na mesa da sacada — indiquei com a cabeça para a ampla e longa área externa que ficava ao lado esquerdo, e era acessível por portais em arco onde as cortinas eram agitadas pelo vento noturno — Vamos até lá jogar um pouco enquanto conversamos?

Ele levantou, parecendo estranhamente hesitante; esperei pacientemente para que dissesse algo.

— As noites sempre são frias por aqui. Tem... tem certeza de que é uma boa ideia ficar na sacada?

Para estar fazendo esse tipo de questionamento, era certo que ele já sabia bastante sobre minha doença.

— Não posso dizer que é uma ideia sensata, mas é do que preciso — fui honesta — Gosto de ver as estrelas e de sentir o vento em meu rosto.

Já havia aberto mão de tantas coisas que me traziam alívio, queria manter ao menos essas.

Basilides me acompanhou, sentamos um de frente para o outro; ele ficou em silêncio enquanto arrumávamos as peças no tabuleiro da mesa entre nós, o que me surpreende, já que, segundo informavam-me, sua língua ferina raramente estava silenciosa.

— Lembra-se das regras? — sorri de leve em sua direção.

— Sim, ahm, majestade — pareceu um pouco sem jeito.

— Andromeda — deixei escapar — Quando estivermos sozinhos, você pode me chamar apenas de Andromeda.

Um sorriso ergueu seus lábios e começamos a jogar. Observei-o discretamente; era quase inegável para mim que Basilides pertencera à Irmandade de Mercinia, o que o fazia ser um assassino treinado e perigoso — assim como todos os membros dessa Irmandade. Mas em seus olhos havia tristeza e cansaço, até mesmo solidão, e eu reconhecia cada um desses sentimentos porque... porque os via em meus próprios olhos sempre que me olhava no espelho.

Precisava conquistar um pouco de sua confiança se quisesse que o plano de espionar Vrachos desse certo.

— Lembra-se de nosso acordo?

— Sim — respondeu, movendo um de seus peões, com os olhos fixos no jogo — Meus serviços em troca de sua proteção.

— Tenho outra proposta, onde precisarei de suas habilidades, porém de forma diferente — dessa vez ele me encarou — Daqui à mais ou menos um mês teremos uma comemoração no reino vizinho, Vrachos. Tenho motivos para suspeitar que pessoas na corte do rei tramam algo contra Leontius, e se isso for verdade, preciso saber quem são e como estão agindo.

— E a senhora quer que eu invada um reino do qual não conheço nada e espione a corte de um rei? — seu tom levemente indignado me fez rir.

— De certa forma sim — respondi — Você iria em nossa comitiva, como meu servo, assim teria liberdade para andar pelo palácio de Vrachos. É silencioso e tem uma mente perspicaz, você é a melhor chance que tenho de descobrir algo — umedeci os lábios — Se tudo der certo e cumprir essa missão, lhe darei qualquer coisa que seu coração desejar.

Os olhos azuis observavam-me, intensos.

— E se tudo der errado e eu não cumprir a missão? — perguntou.

— Então rei Evios lhe aprisionará e condenará à morte, e eu fingirei não saber de nada, pelo bem de meu reino — respondi.

Basilides soltou uma risada seca.

— Isso deixa tudo mais simples, não é mesmo?

— Escute-me, — movi minha mão e a coloquei sobre a sua — sei que não confia em mim, mas terá minha ajuda em Vrachos, e irei prepará-lo antes. E estou sendo honesta, se obtiver êxito darei a você qualquer coisa que desejar.

— Suas mãos são quentes — ele comentou, subitamente.

— Sim, — estava surpresa pela brusca mudança de assunto — Sempre estou febril, então minha pele é quente.

Ele virou a mão, fazendo nossas palmas se tocarem e segurou minha mão, alisando meus dedos com seu polegar. Senti minha pele ficar ainda mais quente, e dessa vez não era por estar febril; a mão de Basilides era bem maior que a minha, e calosa, mas me tocava com gentileza.

— Eu acho que... confio em você, Andromeda — pareceu hesitante ao dizer isso — Não a conheço, mas acho que posso arriscar confiar em você.

Observeio-o brevemente, antes de sorrir em sua direção e apertar de leve sua mão.

— Eu estou arriscando confiar em você também, Basilides — falei — Entretanto, talvez conforme fomos nos conhecendo, poderemos ter uma confiança sólida entre nós.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro