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Capítulo 02: A bela noiva à luz do luar

Emily estava sentada em uma cadeira confortável enquanto escrevia sobre a mesa de madeira. O silêncio do quarto auxiliava na organização dos pensamentos da jovem. Ela escrevia uma carta de despedida para os seus pais, pois sentia que não seria justo fugir sem dar uma explicação.

"Perdoem-me a minha atitude precipitada mas foi necessário. Não poderia me casar com alguém que não me faz feliz, eu preciso encontrar a verdadeira felicidade e descobrir mais sobre esse mundo. Ficar trancada dentro de uma casa ao lado de quem não me ama, não é o destino que desejo. Sei que irei preocupá-los mas saibam que eu estou bem. Estarei feliz com o Nicolas, ele realmente tem o que eu mais preciso: Amor. Eu ainda preciso descobrir mais sobre mim e sobre os sentimentos novos que venho sentindo. Por isso, peço que tentem compreender o meu lado. Eu irei escrever sempre, é uma promessa. Nunca esquecerei da minha família e também sei que não esquecerão de mim. Eu amo vocês..."

Antes de terminar a carta, alguém bate na porta e a garota esconde a folha de papel dentro da gaveta. Levantava-se em um movimento rápido e ajeitava o vestido, respirando fundo e tentando parecer normal.

— Pode entrar.

Richard adentra no quarto acompanhado do pai da jovem, Benedito. O nobre estava com as mãos dentro do sobretudo e continha um sorriso maldoso.

— Como você teve essa audácia?! — grita Benedito irritado.

— O que eu fiz?

— Planejar se casar com outro? Um maldito jardineiro?!

Instantaneamente, o corpo da jovem treme de medo e ela dava alguns passos vacilantes para trás.

— Eu...

— Eu fiquei sem palavras quando ouvi, senhor. — comenta Richard com uma falsa mágoa. — Nunca imaginei que seriam capazes de fazer isso comigo. Eu até enviei o camponês para trabalhar aqui e olha o que aconteceu?! Esses dois traíram todos nós.

— Seu maldito...! — diz Emily avançando contra o nobre.

Porém, Benedito segura o cabelo da jovem e começa a puxá-la para longe de Richard que apenas mantém o sorriso frio. Aquele maldito sorriso que ela teria que conviver para sempre. A garota se debatia gritando de dor, os fios de seu longo e belo cabelo começaram a ser puxadas com tanta força. Os olhos cheio de lágrimas, berrando tão alto que Nicolas pôde ouvir do jardim. Ele tentou entrar na casa mas dois guardas contratados pela família Goulding o seguraram com força.

— Emily! — gritava enquanto era puxado para longe da mansão.

— Nicolas!

Benedito joga a filha na cama enquanto berrava palavras de ódio sobre a menor, ela apenas chorava desejando acordar desse pesadelo. Sua mente voltou a doer, os gritos do pai e a risada baixa de Richard a irritavam. A raiva percorria por cada veia, esquentando o seu sangue e sua paz interior sumiu por completo. Ela soltou um grito apoiando as mãos na cabeça, fechando os olhos enquanto as lágrimas molhavam o lençol branco da cama.

Os móveis do quarto começaram a se mover de forma descontrolada, eles tremiam e os vidros do lustre ficaram apontados para o loiro. Os dois homens recuavam assustados, confusos sobre a estranha sensação do chão tremendo.

— Terremoto?! — questiona Richard apoiando-se na parede.

— O que é isso?! — berra Benedito.

De repente, todos os tremores pararam. Emily abriu lentamente os olhos, tão assustada quanto os dois homens que praticamente estavam agarrados na parede. Ela sentou na cama com a respiração pesada, o seu coração estava tão acelerado que poderia parar de bater à qualquer momento.

Quando tudo voltou ao normal, Benedito respirou fundo jogando o cabelo grisalho para trás antes de proferir:

— Você está proibida de sair desse quarto até o dia do casamento!

— Mas...

— Sem "mas", Emily!

— Você deveria contar para ela, senhor. — diz Richard sorrindo após se recompor do breve terremoto. Ele ainda não conhecia o motivo de anomalia, mas deduziu ser algo momentâneo e inofensivo.

— Contar? Contar o que?

— O casamento de vocês será nesse domingo.

— O que?! Não, não!

A porta foi fechada mais rápido do que as palavras da garota. Agora ela estava trancada naquele quarto por dois dias, faltava tão pouco para o domingo. Se casar com um nobre e aumentar a posição social alegraria qualquer jovem, menos Emily. Ela deu vários socos na porta mas foi tudo em vão, não tinha força suficiente para isso.

Era somente uma moça indefesa, o que poderia fazer?

Richard parou na frente dos guardas, murmurando sobre o que aconteceu no quarto e olhava de canto para Nicolas que tentava se soltar deles.

— O que aconteceu com a Emily?!

— Nada demais, é uma pena que você não esteja convidado para o nosso casamento nesse domingo.

— Seu maldito!

— É uma pena mesmo... Eu adoraria ver a sua cara miserável aos prantos enquanto fazemos os votos. — Richard solta uma risada sarcástica e logo faz um sinal para os guardas soltarem o moreno.

Nicolas pensou em ir para cima do loiro mas sabia que seria inútil. Apenas ergueu a cabeça e ficou encarando a janela do quarto de Emily, então deu as costas e saiu daquela mansão. Havia um brilho de determinação em seu olhar.

— Tem certeza que foi uma sábia escolha deixá-lo ir? — um guarda cochicha no ouvido do loiro.

— Sim, ele não irá desistir da moça. Tenho certeza que virá resgatá-la hoje à noite, então entrarei em cena e darei um fim à felicidade deles.

— O que pretende fazer?

— Eu? Pretendo me divertir um pouco.

Essas foram suas últimas palavras antes de entrar na carruagem, sem antes olhar de canto para o quarto da garota no último andar. Ele a queria e faria de tudo para tê-la. Seria o seu objeto particular e uma ótima empregada, usaria a beleza da jovem para aumentar o seu status social. Por causa do dinheiro, saberia que o pai nunca recusaria entregar a sua filha para um nobre.

(...)

Emily andava de um lado para o outro no quarto, procurando uma solução para aquilo. Lilian apareceu pela tarde deixando o vestido de noiva sobre a cama, pouco falou com a filha mas garantiu que tudo daria certo. A Lua iluminava o ambiente escuro e silencioso. A sua cabeça doía tanto por um motivo que não sabia explicar, fez massagem no local mas pouco adiantou. Continuava perdida em pensamentos até que ouviu o som de algo se chocando contra a sua janela.

Outra pedra chocou-se contra o vidro e Emily se aproximou receosa, mas logo abriu um sorriso ao ver quem era. Nicolas estava logo abaixo olhando para sua amada, seus olhos negros brilhavam como nunca por causa da luz da Lua. Ele tinha uma beleza sutil que somente a jovem pôde ver.

Ela abriu a janela e olhou ao redor, conferindo se havia mais alguém ali. Logo, abaixou a cabeça e sorriu levemente corada para o jardineiro.

— Eu não acho que é uma boa hora para cuidar das rosas.

— Eu estou aqui para cuidar da minha rosa. Fiquei sabendo que irá se casar há dois dias, é verdade?

— Sim...

— Você... Quer isso?

— Claro que não! — protesta apoiando a mão no peito. — Eu o amo, Nicolas! E sempre o amarei...

— Eu também... Você é a flor mais bela que eu encontrei, não há outra nem no jardim de Éden.

— Nicolas... — murmura segurando as lágrimas de alegria. — Eu irei fugir daqui, acha que consegue me segurar se eu pular?

— Eu... Acho... Quer dizer, claro que consigo!

— Espere um pouco, eu preciso vestir algo antes.

Emily corre para dentro do quarto e abre a caixa em cima da cama, onde havia o belo vestido branco de noiva de sua mãe. Tirou a roupa que usava e colocou o vestido. Ela voltou para a janela e deixou o amado boquiaberto. O garoto engoliu seco enquanto seus olhos refletiam a beleza dela, a sua mente resumia-se em uma só palavra: Emily.

— Você... Você está linda...

— Como uma rosa branca?

— Mais do que qualquer rosa.

Emily sorriu involuntariamente e se preparou para pular. Nicolas respirou fundo e abriu bem os braços, apoiando com firmeza os pés no chão. Ela pulou, seu longo vestido flutuando ao ar junto com seu cabelo. Por sorte, ele segurou a moça e caiu sentado, rindo junto com ela.

— Melhor irmos... — comenta a garota se levantando e ajudando-o também. — Mas como nós iremos para longe daqui? Aliás, para onde iremos?

— Eu trouxe o meu cavalo e nós iremos para uma pequena cabana em cima da montanha. Tenho certeza que ninguém nos achará lá.

— Isso!

O casal saiu dali em um cavalo branco que corria rapidamente. Era possível ver somente a longa capa branca do vestido de noiva. Emily abraçou forte a cintura do amado, deitando a cabeça nas costas dele. Sentia-se finalmente livre e estava com quem amava. Esperou tantos anos para ser feliz, por isso fechou os olhos sendo levada por sensações tão boas e únicas. Mal sabiam que o cavalo de Richard já estava mais à frente, correndo entre o denso matagal.

— Isso vai ser divertido. — murmura sumindo entre as sombras da floresta.

Perto dali, um ser usando um capuz branco caminhava lentamente entre as árvores, observando tudo que estava acontecendo. O desconhecido continuou a andar em direção à montanha, cantarolando uma música qualquer.

(...)

— Tem certeza que ele não pode subir?

— Tenho sim. A subida para a montanha é muita estreita e perigosa para o cavalo.

— Tudo bem, então vamos seguir. — ela segura a mão do garoto e começa a subir. – Será romântico um casamento à luz do luar...

— Tudo com você será.

Ele sorria depositando um beijo na mão da amada antes de tomar a frente da caminhada, atento à qualquer perigo. O caminho era estreito e qualquer deslize ocasionaria uma queda desastrosa. Emily olhou para baixo, vendo algumas rosas brancas que cresciam no pé da montanha.

— Será que tem rosas tão belas lá em cima também?

— Não sei mas iremos descobrir logo.

— Eu acabei esquecendo de mandar a carta para os meus pais...

— Carta?

— Sim. Eu queria que eles soubessem que, mesmo com a decisão que tomei, eu os amo muito. O meu pai nem tanto mas a minha mãe... — ela olhava para o belo vestido em seu corpo e sentiu uma vontade imensa de chorar, porém controlou os fortes sentimentos. — Eu sentirei falta de seu abraço e seus conselhos...

— Emily... — ele aperta de leve a mão da amada, olhando-a por cima dos ombros. — Nós iremos visita-la o mais rápido possível, eu prometo.

— Que bom... Ela gosta de você.

Ele pisca os olhos, incrédulo.

— Gosta?

— Sim! Ela o acha uma boa pessoa.

— Ora, ora. Ela deveria gostar de mim também, eu a salvarei da pobreza. — comenta Richard.

O casal fica surpreso ao ver o loiro mais à frente na trilha, ele estava de braços cruzados com uma espada apoiada em sua cintura. As mechas de seu cabelo teimando em balançar mesmo estando presas à cartola. O olhar frio do nobre sobre os dois apaixonados faria a espinha de qualquer um arrepiar.

— O que você faz aqui?!

— Apenas quero dar os parabéns aos pombinhos. — diz ironicamente. — E Emily, você está bela nesse vestido.

— Desgraçado!

— Que rude, minha pequena. — comenta Richard aproximando-se deles.

— Afaste-se! — ameaça Nicolas, recuando um pouco. — Senão...

— Senão o que? Vai me bater com uma rosa? — o tom de ironia na voz dele causava nojo no casal. — Eu tenho algo melhor que machuca muito...

Em um movimento rápido, Richard puxa o jardineiro pela roupa e o colocava de costas para ele, apontando a lâmina da espada para o seu pescoço. Emily se segurou em uma rocha quando perdeu o equilíbrio. O loiro segurava ambas as mãos do rapaz, impedindo-o de se mover.

— Solte o Nicolas!

— Não! Ele roubou a minha noiva. Isso é muito rude... Muito rude mesmo. — o nobre diz sorrindo friamente, apertando com mais força a lâmina contra o pescoço dele fazendo um leve corte.

— Fuja...Emily... — murmura Nicolas sem tirar os olhos da amada.

— Não... Eu não irei abandoná-lo... — Emily diz com lágrimas nos olhos. — O que você quer que eu faça...?

— Ótimo, querida. Eu o solto com uma pequena condição...

— Não faça o que ele diz!

— Shiu... — Richard apertava mais a lâmina contra o pescoço dele. — Você só precisa fugir comigo agora e não precisa avisar aos seus pais. Eu mesmo direi o quanto você está feliz com o casamento.

— Maldito... — ela fecha os punhos irritada, mordendo o lábio inferior.

— Então eu soltarei o seu amado, tudo bem?

Ela olhou para Nicolas, o garoto que roubou o seu coração para sempre. A única coisa que precisava ser feita era um sacrifício para vê-lo vivo. A jovem abaixou a cabeça, suas lágrimas tocavam o chão e algumas caíam sobre o vestido. Emily questionou-se, silenciosamente, o porquê chorava tanto assim. Queria ser forte e não chorar nunca mais.

— Eu aceito... Apenas o solte.

— Não faça isso, Emily...

— Eu preciso... Eu não suportaria perdê-lo.

— Sábia escolha, Emily. Sábia escolha... — Richard fala afastando a espada do jardineiro, porém segurava firme a sua camisa e o puxava para o penhasco. — Você quer que eu o solte, certo?

— Não! Tudo menos isso!

Nicolas estava quase caindo, a única coisa que o segurava era a mão de Richard. Emily não conseguiu se segurar e correu até eles. Contudo, o loiro que estava com sua total atenção para o rapaz, se assustou com a aproximação e avançou sem querer contra a jovem, golpeando sua barriga. A lâmina quase atravessou todo o corpo frágil da agora. Ela recuou um pouco com a mão sobre o ferimento e, sem querer, pisou em uma parte frágil do chão que acabou desabando. A moça caiu da montanha. Os seus longos cabelos atrapalhavam um pouco a visão, então não sabia se Nicolas estava bem ou não.

Fechou os olhos lembrando da sua infância, longos dias conversando com flores e chorando em algum canto quando o seu pai gritava com ela. Sentiu falta das canções de ninar da sua mãe, será que ela choraria muito? Perdoou o pai por todas as crueldades que fez, perdoou a mãe por nunca ter feito nada sobre isso e perdoou Richard por ser tão egoísta. A vontade de chorar já havia se tornado incontrolável. Esticou a mão em direção ao amado, murmurando palavras de amor e juramentos que nunca poderiam ser cumpridos.

Seu corpo chocou-se contra o chão entre as belas rosas brancas que haviam. Os olhos sem vida da garota olhando as estrelas, o vestido branco todo manchado de sangue enquanto o líquido se esvairia do seu corpo e sujava as rosas. O branco das flores agora estava corrompido pelo sangue da moça. De seu olho, escorria um lágrima que tocava a grama macia. O corpo morto estava em harmonia com o ambiente, o longo vestido brilhava minuciosamente por causa das pequenas pérolas que refletiam a luz da Lua.

Nicolas gritava desesperado implorando para que a sua amada voltasse para ele. Até mesmo o loiro estava sem palavras com a cena, poderia se apaixonar para valer por Emily se ela fosse tão bela viva quanto morta.

(...)

Os dois rapazes já não estavam mais lá e o corpo continuava entre as flores. O processo de decomposição acontecia de forma lenta, mais lenta do que o normal. Porém, algo muito estranho aconteceu. Emily abriu a boca e começou a cuspir sangue, o sangue escorria pelo seu pescoço e sujava mais o vestido. Ela sentou na grama apoiando a mão sobre o corte profundo, a boca entreaberta permitindo que mais sangue saísse com extrema facilidade. Seus olhos, antes verdes, agora estavam vermelhos como o líquido ao seu redor.

Olhou para cima e não encontrou o amado nem o seu assassino. Sentiu uma enorme falta de ar, apoiando as mãos no pescoço e o apertando. Abria bem a boca tentando respirar mas não conseguia. Após alguns segundos, se acostumou com a sensação de não sentir o ar entrando em seus pulmões.

— Finalmente acordou, senhorita. — uma voz masculina ecoou pelo local.

Rapidamente Emily olhou para trás vendo um homem usando um capuz branco, seus olhos tão vermelhos quanto os dela e um longo cabelo castanho que tocava os seus ombros largos.

— O q...que aconteceu comigo? — murmura a jovem com dificuldade, vomitando mais sangue ao final da frase.

— Você está morta.

Surpresa, Emily olhava para as mãos sujas de sangue.

— O que... O que eu sou...?

— Você é a nossa salvação.

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