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• VINTE E DOIS • PEDRO

O chorinho fraco flutuou até mim como em leves ondas. O sono juntamente com o esgotamento físico e mental me fizeram resmungar um pouco, quase me virando para o canto, ignorando assim o som que tem me arrancado da névoa de dono que me permiti deslizar horas antes. O som se torna mais forte e alto, pisco meus olhos abertos algumas vezes, saltando quase dois metros de altura de meu colchão quando a realização de que Antonella está acordada me bate com força.

Tropeçando em minhas próprias pernas, alcanço o corredor um pouco tonto mas consigo chegar ao quarto muito bem decorado. O berço branco com alguns detalhes rosa claro, os tapetes branco gelo, as prateleiras em um tom bege onde estavam milhares de ursos de pelúcias, o trocador portátil perto do berço e o enorme guarda roupas também claro faziam um bonito conjunto. Algo esplêndido de se observar, tudo isso era agora da pequena bebê que se retorcia energicamente em meio a manta que lhe cobria.

Um corpo magro passa por mim quase voando, solto um grito nada masculino colocando uma de minhas mãos contra meu peito que subia e descia com certa rapidez. Ofegando ruidosamente, como se tivesse corrido uma maratona e não menos de dez metros apenas, me apóio na parede.

- Jesus Cristo mãe! Que susto!

- Não é para tanto! Pensei que não tivesse ouvido - a chorar! - se inclina em direção ao berço. Ouvindo nossas vozes, seu prato mínimo se esvai. Mamãe a pega no colo suavemente, os cabelos uma zona mas ela parece não se importar com sua aparência no momento.

- Eu ouvi, mas era tão longe. Estou cansado acho!

- Te entendo bebê. - acaricia a bochecha rosada do minúsculo ser em seus braços. Ela se volta na direção da poltrona colocada perto da janela, se sentando ali. - Ela se parece com você quando bebê. Tão calma.

- Estou fazendo um papel terrível de pai, nem a ouvi direito! - esfrego meu rosto duramente. Encosto - me no batente da porta.

- Não se cobre tanto filho! É tudo novo para você. Ninguém espera que faça as coisas certas a primeira vez. Está na fase de aprendizagem. - nossa princesa escolhe esse momento para resmungar um pouco mais.

- O que ela tem?

- Essa pequena está faminta! Faz uma mamadeira para ela? Os materiais estão na bancada.

- Tudo bem! - jogo mais uma olhada na direção delas antes de seguir até a cozinha. No meio do caminho, volto com um  pigarreio rouco. Os olhos castanhos quentes daquela que tanto me ama, se fixam em mim. - E mãe?

- Sim bebê!

- Obrigado por estar aqui!

- Não agradeça, eu viria acampar aqui você permitindo ou não.

- Eu sei que sim!

A lembrança dela em uma discussão ferrenha com minha avó e tia Lu brilha alegremente em minha mente. As três pareciam mais duas gladiadoras lutando pelo prêmio maior. No meio delas no bebê conforto, ouvindo tudo atentamente estava Antonella. Mesmo que em algumas vezes elas gritassem ela não se incomodou em nada. No fim, minha mãe ganhou a discussão afirmando que era minha mãe fazendo - a ganhar no ato e claro levando meu pai junto nessa nossa aventura.

- Vou lá preparar o leite dessa pequena!

- Estamos te esperando não é, amor? - toca ligeiramente o queixo minúsculo.

Com rapidez pego tudo o que iria precisar para fazer a mamadeira de Antonella. Dez minutos depois tenho - a pronta, com passos ligeiros chego ao quarto encontrando minha bebê quase nua com suas minúsculas pernas balançando ao ar. Conversando com ela como se fosse gente grande e pudesse entender tudo o que sai de sua boca, mamãe termina de lhe colocar a fralda, minúsculas meias rosa, seguidas do body de alças longas e calça.

Entrego a mamadeira em suas mãos. Ela me olha de cima a baixo, de repente meus pés se tornaram bem mais interessantes em todo o espaço muito decorado ao redor. Sinto sua mão envolver a minha, a mesma onde tenho o alimento muito necessário para a bebê resmungona ao lado de nós. Seu dedo indicador vai para debaixo do meu queixo, erguendo - o aos poucos.

- Olha para mim bebê!

- Não sou seu bebê, mãe! - não consigo evitar bufar alto. Ela ri levemente.

- Para mim sempre será aquele bebê esperto, que adorava puxar a barba de seus tios e tentar come - las!

- Já entendi, eu era um bebê muito fofo!

- Não imagina o quanto! - suspirando me abraça de lado. Seu conforto é bem vindo nesse momento. Sobrepõe o medo correndo através de mim. - É a sua vez lembra?

- Acho melhor ser você!

- Filho, o que acontece se em algum momento só há você?

- Eu não sei. Dou meu jeito! - com um tapinha amigo em meu ombro esquerdo nú, me empurra em direção a bebê.

- Dará seu jeito agora! - comanda com o queixo erguido. Os olhos atentos em cada movimento meu, a expressão de "faça agora o que estou mandando" estampando todo o seu rosto.

Olho mais uma vez para o minúsculo ser que se agita ferozmente sobre o trocador. Suas pernas e mãos se movem velozmente. Enquanto esquadrinho cada traço de seu rosto suave, me lembro que amanhã precisamente faz uma semana que a trouxe do hospital. Uma semana que eu me nego a dar - lhe de mamar por medo que ela engasgue no ato. Por isso todos praticamente já executaram essa tarefa, menos eu. Seu inútil pai.

- Está esperando o quê menino?

- E se ela engasgar? - minha voz beira ao pânico.

- Sou esposa de paramédico esqueceu?

- E eu estou aqui para ajudar! - a voz um tanto rouca de meu pai chega até nós.

- Ok!

Com passos decididos, pego - a levando - a comigo até a poltrona estupidamente macia, me deixo afundar nela. Meu coração quase saindo do peito, minha princesa que não sabe esperar nenhum pouco fecha o pequeno punho, o esfregando contra minha pele seguido do que acho ser um grunhido versão baby. Bem, se não temos uma senhora sem paciência aqui.

A mamadeira surge em meu campo de visão. Ergo meu olhar para agradecer encontrando meus pais abraçados na pouca iluminação do quarto, sua atenção voltada exclusivamente em nós. Tomando um fôlego para dar continuidade a tarefa, levo o bico em direção aos pequenos e rosados lábios. Ela o pega com força, esquecendo - se do mundo ao redor enquanto toma aos poucos o alimento que preparei para ela. É uma cena bonita de se ver e que aquece meu peito por completo. No tempo que a observo, as peças em mim se encaixam totalmente. Sou seu provedor, seu cuidador e protetor. E não há nada no mundo que eu não faria para protege - la.

Faço com que arrote, ninando - a com cuidado. Seus olhinhos se fecham ao mesmo tempo que um suspiro de alívio salta de mim. Eu consegui.

- Sim, conseguiu meu filho! Não foi tão difícil foi?

- Falei em voz alta? - digo com a atenção pregada na pequena em meus braços.

- Está escrito em todo o seu rosto. Agora coloque - a no berço e vamos dormir. Temos um dia cheio amanhã.

- Tem razão! - me lembro que receberei a visita de Isabela Mota, assistente social do hospital. Que se revelou ser uma ótima profissional, querendo acompanhar de perto todo o tempo de minha adaptação ao meu novo status de pai.

Me lembro de Manuela. A mulher que encontrei brutalmente ferida em um beco qualquer. Com lixo e toda a sorte de sujeira existente ao seu redor. Uma pessoa linda tanto exteriormente quanto interiormente, que veio a se tornar nas poucas semanas que estivemos juntos minha amiga. Que ria comigo, me incentivou a ir atrás de André em todos os momentos que podia, que tinha medo mas se arriscou a confiar em um completo estranho que pudesse lhe proteger. Que deixou a esse mesmo estranho seu bem mais precioso. Sua filha que não teria ninguém no mundo sem aqueles documentos que estavam em poder de tio Mika. Olho para a noite lá fora, pedindo mais uma vez em pensamentos que ela esteja em um bom lugar. Onde ela tenha a tranquilidade que tanto buscava em vida.

[....]

- Nos vemos na próxima visita tudo bem? - aceno afirmativamente e abraço a mulher muito simpática a minha frente.

- Estaremos esperando ansiosamente não é princesa? - meu avô diz em uma voz muito fofa. Nossa menina em seus largos braços.

- Ela está em bom lugar, eu vejo!

- Obrigado, isso significa muito para mim. Vô poderia ficar com ela por alguns minutos? - ele acena levemente, levando para o quarto a pequena adormecida. Na cozinha escuto minha mãe trabalhar no café da manhã tardio. - Não quer ficar para o café? - digo antes que pudéssemos sair da sala. Isabela nega com um sorriso no rosto.

- Agradeço ao convite mas tenho outros lugares para ir.

Fecho a porta atrás de nós. Abraço a mim mesmo como se estivesse sentindo frio. O que seria insano se levar em consideração a temperatura alta de hoje. Com paciência ela aguarda segurando firmemente sua pata negra frente ao esbelto corpo.

- Manu tem um irmão! Você sabia?

- Sim, tentamos contato com ele. Depois de algumas horas retornou dizendo que também não tomaria conta da menina. O que me indignou a um nível que nem sei explicar. Como pode uma família abandonar um dos seus assim?

- Também não entendo. - com um olhar distante respiro algumas vezes. - Perguntei pois tenho medo de estar tão apegado a minha menina e de repente ele aparecer exigindo os direitos de tio dele. Não suportaria perde - la assim de assalto entende?

- Entendo! - sua mão pousa parcialmente sobre meu ombro. Um olhar carinhoso em seu rosto. - Não se preocupe com isso. Se um dia isso chegar a acontecer, vamos resolver da melhor forma possível.

- Obrigado mais uma vez!

- Só faço meu trabalho! - eu a abraço mais uma vez.

O que a deixa desconcertada por um breve momento. Suas bochechas escarlate. Com um aceno rápido, entra em seu carro e se vai rapidamente. Fico na varanda ainda por mais alguns minutos, os pensamentos longe. O possível surgimento desse tio me assombrando, ou os avós mudando de ideia de repente, e André.

Não nos vemos faz uma semana, mas nos falamos por mensagem de texto. As mensagens não são nada de mais, o que me leva a achar que ficaremos somente na zona da amizade, ainda que eu queira lamber cada centímetro de seu corpo bronzeado. Com uma risadinha sutil, dou um passo para entrar mas logo meus olhos pegam o carro do ano estacionando na frente de minha casa.

- Foda - se! - pigarreio algumas vezes e coloco meu sorriso mais brilhante. As vezes lidar com Vagner Melo é cansativo. E a julgar pela carranca emoldurando seu rosto, vou ouvir.

- Pedrinho! - Tomas salta do carro a passos ligeiros. Logo tenho um carrapato grudado em mim. Suas pernas e braços se enrolam ao meu redor e sua risada alta e alegre acaricia meus ouvidos. O sentimento de saudades me acertando em cheio.

- Senti sua falta carrapato! - faço cócegas em suas costelas magras. Ele ri de maneira anasalada se soltando de mim como se estivesse pegando fogo.

- Larguei! - bate em minha bunda duramente. O menino pode só ter quinze anos mas é forte como um adulto. - Tia Lua estou com fome, me alimente mulher! - a gargalhada alta e contagiante de minha mãe chega a nós, seguidos dos resmungos divertidos de meu pai. Meu irmão desaparece dentro de casa. Vagner se aproxima lentamente de mim. Sobe as poucas escadas que levam a varanda de tamanho médio aos poucos.

- Esse menino não muda nunca! - diz simplesmente, as mãos em seus bolsos. Quando está suficientemente perto, as retira. Seu relógio de marca quase me cegando quando os raios de sol reflete contra ele. Com um movimento rápido, estou dentro de seu abraço.

Como se estivesse esperando pela explosão, solto o ar com força. Fechando meus olhos brevemente, desfruto de seu afago. Nós separando minimamente, ele deixa sua testa cair contra a minha, seus olhos presos nos meus. Os quais são idênticos aos que carrego desde meu nascimento. Vagner Melo, o pai que aprendi a amar aos poucos. Até minha pouco idade de cinco anos, eu via apenas Henrique Delgado como tal. Mesmo com minha mãe falando a todo o tempo que o biológico era o homem em pé diante de mim. Demorei a aceitar mas me senti um felizardo no final de tudo. Tenho dois pais, homens diferentes em todos os aspectos possíveis, mas que tinham em comum, seu amor por mim.

- Vamos entrar pai! Preciso de café para despertar de vez.

- Sei que adora café! - diz brandamente. Ele degusta a informação como se fosse o mais puro mel. - Mas antes, preciso saber: por que não me disse que seria avô? Tive que saber através de seu tio Marcos!

- Cheiro ciúmes por aí! - ele bufa, como se a ideia fosse algo irreal.

- Não tenho ciúmes de seu tio! Agora me responda!

- Não deu tempo pai! Sabe que sou voluntário no Lar de Luz certo?

- Desde os dezoito anos! Também sabia de sua vontade em adotar! Mas e Lucas? Como fica nessa história toda? O cara não tinha uma veia paterna nele. - esfrego minhas têmporas. Merda, esqueci de informar sobre nosso término. O que foi bom, levando em conta que se Vagner descobre sobre nossa última briga, mandaria caçar ele onde estivesse.

- Terminamos.

- Quando?

- Algumas semanas atrás. Mas é passado.

- Ele te fez algo?

- Não pai! Só seguimos cada um seu caminho.

- E o tal do André? - tropeço para trás como se estivesse tonto de repente.

- Como soube dele? - nego suavemente. - Não importa, somos amigos!

- Hum...sei!

- Pai!? - me lança um olhar com muitos significados.

- Te conheço filho! - passa por mim. Os ombros bem embalados em seu terno feito sob medida. - Agora vamos entrar. Quero conhecer minha neta.

- E lá vamos nós! - sussurro o seguindo.

Encontramos meu avô agarrado a Suzy que tem o rosto iluminado por algo que ele diz a ela. Meu pai cumprimenta - os rapidamente. Tomas está seguindo minha mãe pela cozinha com os olhos fixos no que ela está fazendo, um bolo com muito chocolate. Entramos no quarto ao lado do meu, lá Henrique acaba de deixar um beijo na testa de Antonella que se move um pouco. Com um erguer de queixo, ambos os meus pais se cumprimentam como sempre faziam.

Com passos quase pesados, Vagner se aproxima do berço. Escuto - o ofegar alto, com uma sutileza sem igual se inclina para ter uma visão melhor. Seu dedo traça cada linha suave do rosto de minha filha. De repente ela ainda de olhos fechados, captura seu dedo indicador. Ele fica parado feito uma estátua de gelo. Logo uma lágrima sorrateira desce por  seu rosto. Ele a seca rapidamente. Vejo meu pai se quebrar em pedaços e subitamente ser colado como em um piscar de olhos diante de mim.

- Ela é linda filho! Será um bom pai!

Não aguentei e postei kkkkkk

Um ótimo domingo para vocês. Espero que gostem.
André e Pedrinho agradecem.

05/08/2019

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