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• TRINTA E SETE • PEDRO



- Está bom assim?

- Hum... não. - fazendo um quadrado com suas pequenas mãos, tenta me enxergar através delas. Os olhos castanhos escuros me fitam com admiração.

Coloco ambas as minhas mãos sob meu queixo, fazendo questão de colocar um beicinho em meus lábios, o que acabou arrancando uma gargalhada alta e sonora dele.

- Assim?

- Sim! Sim!

- Tudo bem, só não demora muito. Vou acabar sentindo câimbras nos braços.

- Juro que não vou demorar. Só falta seu braço tio Pedrinho.

Rindo silenciosamente, passamos um pouco mais de tempo sentados na mesa redonda com quatro cadeiras azuis, da lanchonete. O lugar estava abarrotado de pessoas mas não pensei duas vezes em entrar aqui quando Dudu, olhou para a fachada e pediu quase implorando por batatas fritas. Confesso que eu tinha a intenção de negar, pois não eram nem cinco da tarde. O certo seria leva - lo para um café da tarde, mas ele pediu com um jeito tão manhoso que me convenceu.

Do nada a sensação de estar sendo observado me acerta com força. O frio subindo pela minha espinha me paralisa por um instante. Saindo de minha posição, olho freneticamente para todos os lados, ao meu redor as pessoas comem e conversam animadamente. Há um casal em uma mesa no canto que se não estivessem em um local público, com certeza chegariam aos finalmente. Mas não vejo ninguém de estranho ou aterrorizador.

- Olha tio Pedrinho! Gostou?

- Adorei! - passo meus dedos pelos traços imaturos mas que contém tango amor que me sinto tocado profundamente.

Olhando para o perfil do menino que conquistou meu coração assim que nossos olhos se cruzaram, agora que seu desenho está pronto. Se encontra completamente focado em afundar suas batatas no molho de queijo e comendo - as com desejo. Ele realmente parecia estar com muita vontade de come - las.

- Posso levar para casa?

- Você quer? - seus lábios se expandem em um sorriso completo. Limpo com suavidade o canto de sua boca com o guardanapo que há no suporte sobre a mesa.

- Claro. Esse também vai para o cantinho do Dudu. - seu rosto parece se iluminar como um parque de diversões.

Mais uma vez olho ao redor quando novamente sou atingido pela sensação de estar sendo espreitado. Deve ser algo de minha cabeça, o lugar está abarrotado de gente, muitos podem estar uma vez ou outra observando a mesa onde estamos.

- Aqui! - destaca o papel do caderno. Esse é o terceiro caderno de desenho que compro para ele. Dobro calmamente sua mais nova obra de arte, coloco dentro de minha bolsa. - Quero sorvete tio Pedrinho!

- Já não consumiu gordura demais?

- Só hoje!

- Me disse isso duas semanas atrás.

- Só queria um pouquinho. - faz biquinho. Beijo seus cabelos fazendo sinal para o funcionário. - Não diz para sua tia Raquel!

- Eu juro!

Em menos de dez minutos, o funcionário do lugar que tem nos atendido desde que chegamos, coloco diante de meu filho uma cesta com sorvete de vários sabores. Há tanta calda de chocolate e muitas jujubas. Meio hipnotizado acompanho cada movimento dele. As vezes calda cai em sua blusa e vejo que não vai ter jeito. Raquel saberá que ele tomou sorvete novamente. Quando ele termina, é hora de voltarmos. Pago o que consumimos e ainda saio com o número de telefone do funcionário que nos atendeu durante o tempo que passamos lá. Confesso, ele é bonito mas ele chegou tarde. Meu coração já foi tomado.

Arrumo o cinto de segurança em Dudu e o faço ficar confortável sobre o assento de elevação, que fica ao lado da cadeirinha de Ella. Antes que eu entre em meu carro, esbarro em alguém. É tão forte que me vejo no chão em um piscar de olhos.

- Papai! - escuto Dudu gritar. Aquilo me aquece até a alma.

- Oh, me desculpa! Deixa eu te ajudar! - uma mão robusta surge na linha dos meus olhos. Sou puxado para ficar de pé e sinto um incômodo em meu ombro.

- Merda, meu ombro! - sussurro acariciando o lugar.

- Me desculpe mais uma vez. Não o vi!

Paro para prestar atenção no homem diante de mim. Ele é tão alto quanto eu. Mas não tão forte, pernas longas, braços encobertos por camisa de mangas longas nesse calor infernal. Cabelos escuros com um corte desorganizado e olhos também escuros. Sua expressão é de desculpas, mas seus olhos são maliciosos. Me afasto um passo me aproximando de minha porta.

- Não é nada! Tenho que ir.

- Tem certeza? Se machucou quando caiu? Posso leva - lo ao hospital. - diz para mim, mas seus olhos estão no meu carro.

- Tenho certeza! - mais rápido do que nunca, entro, coloco o cinto de segurança e dou partida deixando o homem no mesmo lugar de nossa queda. - Tudo bem aí Dudu?

Silêncio me recebe. Ando por mais uns metros e é quando posso ouvir o fungada seguido de um gemido.

- Dudu? Por que está chorando?

- Eu quero ir para casa! - diz entre ofegos.

- Nós já estamos indo.

- Quero ir com você!

- Ainda não é o momento bebê! - minha garganta de repente se tornou seca.

- Promete não me deixar! Promete?

- O que aconteceu?

- Não quero que me deixe! Não quero! - chora copiosamente. Paro no acostamento e logo estou saltando para fora. Vou em direção ao banco de trás, abrindo a porta para encontrar Dudu desesperado. - Ei, ei! - o livro do cinto e em instantes ele está em meu braços.

Enquanto ele se acalma, olho para a estrada. Nesse horário ainda há um fluxo pequeno de carros tanto indo quanto vindo. Quando os tremores deixam de sacudir seu pequeno corpo, o afasto um pouco para que eu possa olhar em seus olhos, agora avermelhados. Agredidos pelas lágrimas constantes. Beijo sua testa, bochechas e nariz. Após esse último, ele ri baixinho.

- Você é meu filho, entende? Logo estaremos juntos, tão juntos que faremos inveja em qualquer cola que existe.

- Estou com medo.

- Medo? Por que?

Ele nega com um movimento brusco. Afundando seu rosto em meu pescoço, deixando claro que não vai dizer mais nada. Com um pouco mais de persuasão, consigo fazer Dudu retornar ao banco de trás. De volta em meu lugar, tomo algumas respirações profundas dando partida. Quinze minutos de um silêncio cômodo, estaciono em frente ao Lar de luz. Mas não entro imediatamente. Me viro para trás encontrando meu filho adormecido. Os portões se abrem e deles Raquel aparece. O sorriso que me oferece não alcança os olhos e confesso que isso tem me tirado do sério. Ela parece distante de mim, como se eu tivesse feito algo ruim com ela.

Com meu filho ainda dormindo em meus braços, passo por ela. Cumprimento silenciosamente as crianças que estão no pátio e subo as escadas em direção ao seu quarto. Deito - o em sua cama, deixando - o confortável em meio aos lençóis coloridos que foram um presente de seus avós. Fico por um momento somente olhando seu peito subir e descer com respirações constantes.

Meu filho.

Um sorriso brinca em meus lábios ao imaginar que muito em breve, não terei de deixa - lo aqui todas os fins de tarde. Consequentemente uma parte do meu coração. Saio muito a contra gosto de seu lado, cumprimento às funcionárias pelo caminho até o andar de baixo. Encontro com minha amiga no mesmo lugar que a deixei assim que cheguei. Nos portões.

Cruzo meus braços, ficando ao seu lado. Sem abraços ou piadas. Nada parece ser como antes.

- Vai me contar o que está acontecendo ou vou ter que advinhar?

- Não tenho nada para contar Pedro!

- Bem, esse já é um sinal. Para você agora eu sou Pedro, não o Pedrinho. - o sarcasmo não pode ser contido em minhas palavras. - Olha, somos amigos tem tanto tempo. Só me decepcionei com você quando Dudu e outras crianças foram maltratadas pela vaca da sobrinha do prefeito e você nem ao menos chamou a polícia. Mas para mim passou, pois fiz questão de processa - la e fazer com que ela nunca trabalhe perto de uma criança novamente.

- Eu me arrependo até hoje por aquele dia!

- E eu acredito. Agora, você começar a me tratar como um estranho de uma hora para outra, me machuca demais.

- Eu namoro com Vinícius, como você sabe. - diz após um longo tempo.

- Claro, mas isso nunca foi um problema para nós.

- Eu tenho que ficar do lado dele.

- Em que sentido?

- Ele é tio de Ella...

- Minha filha, só para te lembrar! - pontuei ficando nervoso e sabendo onde ela quer chegar.

- Filha da irmã de Vinícius. Sobrinha dele. - me afasto dela como se sua simples proximidade me queimasse. - Pedro, meu namorado tem direito a ter a sobrinha...

- Nós terminamos por aqui Raquel!

- Não, não terminamos. Ela tem uma família.

- Tem! - bato no meu peito. O som oco viajando entre nós. Eu já estou gritando na frente do abrigo, mas estou pouco me fodendo. - A minha, pois a biológica pouco se importou se ela iria para um abrigo ou não. O corpo de Manu foi enterrado aqui pois aqueles que deveriam ama - la incondicionalmente, fizeram pouco caso. Acho que para eles, não fazia diferença se ela fosse ou não enterrada como indigente  Enquanto o irmão estava fora do Brasil.

- Ele não sabia!

- Foda - se! - grunhi as palavras, parecendo um louco. Agora estamos frente a frente, nossas respirações se misturam entre nós. Ela um pouco mais baixa que eu. - A infância toda dela, ela foi posta de lado, nunca o que fazia era bom o suficiente. Ele via como ela era tratada por toda a família e nunca fez nada. Era tratada como nada e ele estava ali a par de tudo. Ele te disse isso? - ela me responde um óbvio "não" desviando o olhar. - Ele apareceu na minha casa semanas atrás procurando pela irmã que já não está entre nós. Sumiu e apareceu novamente em busca da sobrinha. Mesmo com o medo me rasgando em pedaços, permiti que ele pudesse vê - la naquela noite. Assim como quando ele tivesse vontade, contanto que ligue antes para avisar.

- Você não entende...

- Manuela fez documentos onde diziam que Ella era minha. Para mim, um estranho que ela ficou por perto menos de dois meses. Um estranho em quem confiou acima da maldita família dela. Ela odiava a ideia de que sua filha fosse parar em um abrigo. Eu prometi cuidar da nossa bebê e é o que estou fazendo.

- Eu só... é o sangue dele.

- Você mais do que ninguém deveria lembrar que laços sanguíneos não significam nada. - meu celular toca em meu bolso. - Tenho que ir. A partir desse momento, você é Raquel, assistente social do Lar de Luz e eu Pedro Bianco Melo, pai de Dudu. Terminamos aqui.

- Pedrinho...- diz quando estou perto do meu carro. Não me viro apenas conecto o celular no dispositivo Bluetooth do carro, coloco o cinto de segurança e dou partida.

- Alô? - minha voz sai quebrada e sei que não poderei esconder nada dela.

- O que aconteceu príncipe?

- Só tive uma decepção, vai passar!

- Pela sua voz, não vai tão cedo. Ella está aqui conosco.

- Sequestrou minha filha?

- Ela só queria passar um tempo com seus avós. Ela me disse!

- Ela não fala mãe!

- Ela fica tímida com você por perto. - ela ri alto, posso ouvir os sons fofos de Ella. Uma lágrima escorre pela minha bochecha, com a simples ideia de não te - la em minha vida. - Só vem para casa bebê!

[....]

- Ela te disse isso?

- Com todas as letras! - dou um gole em minha água. Terminei de contar sobre a discussão que tive horas atrás.

Eu quero muito beber uma garrafa inteira do meu vinho favorito, ficar bêbado pelo resto da noite mas como tomei um relaxante muscular para meu ombro, essa opção está fora de cogitação. O tombo que levei foi sério. Meu ombro e parte do meu braço estão adquirindo um tom roxo escuro. Na hora do ocorrido, eu não senti tanta dor. Só fui faze - lo quando fui abraçado fortemente por minha mãe.

- Eu gostava da Raquel. - as sobrancelhas loiras de meu pai estão juntas, quase se tornando uma. Ele está tão decepcionado. Foi difícil ele se abrir para ela, me lembro que minha amiga achou por um longo tempo que ele não gostava dela. Mas expliquei que ele era assim mesmo, que precisava de tempo para confiar.

- Eu sei amor! - mamãe beija seus lábios. - Das pessoas podemos esperar qualquer coisa.

- Mas me conta, como estão os preparativos para a festa surpresa do Dudu? - vô Geraldo muda de assunto. O que agradeço mentalmente, preciso pensar em outra coisa.

- Está tudo certo para domingo. Consegui autorização do dono do abrigo para fazer a festa lá. Sei que as crianças vão adorar.

- Vou levar minhas tintas próprias para crianças.

- Pelo amor de Deus filha, não me vai organizar uma guerra de tintas lá!

- Pai, assim me ofende!

Minha tia ri escandalosamente na cozinha. Vem de lá trazendo uma travessa de queijo e presunto cortados. Colocando na mesa de centro.

- O importante é que meu neto ficará feliz com a festa que estamos organizando.

- Sim! - continuo perto da janela. Um carro muito conhecido por mim para meio torto ao lado da calçada. Com passos firmes e rápidos André chega a porta dos meus pais e bate de maneira forte. Eu mesmo atendo. - Oi.

- O que aconteceu com seu ombro?

- Um acidente! - ergo meu ombro bom. Ele não pisca olhando para toda a extensão roxa.

- Contando...

- Vamos ao hospital! - agarra meu pulso, no mesmo momento tia Lu ri e diz algo como "eu disse, Henrique 2.0".

- Não, meu pai me examinou! - bufando fecha os olhos, eu vejo quando ele conta suas respirações.

- Oi gente! - lança um sorriso constrangido para minha família. - Me desculpe aparecer assim.

- Somos namorados, acho que pode aparecer a qualquer momento. - lhe dou um sorriso fraco em retorno.

- É, acho que sim! - beija minha boca profundamente. Um gemido corta o ar, só não sei de quem partiu.

- Eita que hoje tem!

- Tia, menos por favor!

- Quer conversar? - deixa sua testa cair contra a minha.

- Só vou colocar uma camisa.



PEDRINHO COLOCANDO ORDEM NA BAGAÇA KLKKKK

16/08/2019

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