Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

• TRINTA E QUATRO • PEDRO

Duas semanas haviam se passado desde a visita surpresa de Vinícius o novo delegado da cidade e tio de Ella. Todos os dias desde lá, eu acordo pensando que vou receber alguma carta do juiz me convocando a alguma audiência onde terei de brigar por minha bebê. Mas isso não aconteceu. Seguimos nossas vidas normalmente, meus pais estão ainda mais ligados a Ella e acho que eles sentem meu medo. André ficou alguns dias afastado pois tio Mika andou doente e na sexta passada tive um dia cheio de risadas e muito sorvete com Dudu. Raquel não comentou nada comigo sobre o namorado ou algum desejo dele em ver minha filha, quando nos vimos quando pegava Dudu para um passeio. Na verdade ela ficou bem distante e não entendo o motivo.

- Me leva para onde você foi amigo!

- Não fui a lugar nenhum Layla! - lhe jogo um lápis. Acerta a testa dela, que devolve me jogando uma caneta.

- Seu corpo pode estar aqui mas sua mente não.

- Só pensando! - dou de ombros.

- Enquanto falo dos atributos de ter um negão como o Gil na minha vida. Você está só pensando? Algo está muito errado!

- Não seja uma tarada. Não quero saber o tamanho do documento do Gil, trabalho com ele. Não preciso dessa imagem na minha mente.

- Não seja bobo Pedrinho! Gil não liga! - empurra seu ombro com o meu. - Mas me diga, o que tira sua paz?

- O tio de Ella apareceu na cidade.

- Mentira!?

- Verdade! - prendo meus cabelos novamente procurando algo para fazer com minhas mãos ansiosas. Seus olhos estão arregalados, a boca pintada com um batom roxo está aberta em espanto.

- E?

- Tenho medo dele querer me tirar ela.

- Isso é possível? A guarda foi passada para você pela mãe não é?

- Sim, mas ele é o tio e...

- Não tem nada de "e". - estala os lábios em frustração. - Você é o pai dessa princesa. Quem passa a noite com ela quando tem cólica ou por que a bichinha simplesmente quer brincar em plena madrugada. Lhe dá de mamar, brinca com ela e o mais essencial: lhe ama com todo o coração. Nem sangue pode contra isso.

- Eu sei mas só tenho medo. - seus braços se enrolam ao meu redor. Seus lábios se chocam contra meu rosto.

- Não tenha. Se precisar de testemunhas, você tem a mim e ao Gil.

- O que tem eu? - o homem chega enlaçando sua cintura. A diferença de suas cores é bonita de se ver, eles parecem se completar.

- Será testemunha junto comigo de Pedrinho.

- Por que?

- Há um corpo sob o museu. Pedrinho o matou anos atrás! - Layla diz seriamente. Gil engole em seco, quase gargalho de seu medo. O homem é tão alto quanto meu pai com quase dois metros de altura. Mas coloca uma barata perto dele para ver. O homem surta, gritando como uma menininha.

- Isso é verdade Pedrinho?

- Jesus você ainda acredita na Layla! - ele ri aliviado. Sua risada estrondosa combinando com seu tamanho.

- Graças a Deus!

- Medroso!

- Mas é sério. Obrigado pelo apoio, não sabem o quanto isso significa para mim. - logo sou levado para um abraço em trio. Gil não mede sua força e quase me quebra ao meio. - Solta Gil, força demais amigo.

- Desculpa Pedrinho!

- Loiro delícia chegando na parada!

- Eu ouvi isso Layla! - Gil diz com um bico enorme. Reviro meus olhos. Esses dois.

- Só tenho olhos para você amor! - dá um tapinha no rosto dele.

- Boa tarde!

- Tarde amor! - recebo um beijo rápido. André olha para minha blusa, sua careta é visível. Ele ainda implica com minhas blusas por serem apertadas. - Só vou pegar minha bolsa ok?

- Eu espero aqui.

Pego minha bolsa verificando se há ligações ou mensagens por parte de minha família. Há somente uma foto de Ella deitada na cama somente de fralda, pés para cima e a cabeça sobre o peito do meu pai que passou o dia com ela, já que hoje é sua folga. Envio emoji de corações para minha mãe, bloqueando a tela. Tranco minha sala e logo estamos em meu carro. André veio de táxi para poder ir comigo. Ele faz muito isso. Enquanto lhe concedo o lugar no banco do motorista, me deixo cair ao seu lado. O cansaço do dia cobrando seu preço. 

- Como foi seu dia?

- Normal! - dou de ombros. O olho de lado. Os lábios estão franzidos e as sobrancelhas loiras tão juntas que quase se tornam uma. Aperto sua coxa suavemente. - E o seu? Tio Mika está melhor?

- O homem até me expulsou de casa para me encontrar com você. Ele está bem, acredite. - diz tentando parecer bravo. Com tio Mika doente, André fechou o escritório para ficar em casa com ele.

- Como foi sua consulta? - os músculos sob a palma de minha mão ficam tensos. - Se não quiser falar, tudo bem.

Não diz nada, apenas se deixa dirigir. Me lembro de que ele me abriu um pouco de sua vida duas semanas atrás, o que foi uma vitória para alguém que não sabia nada do cara com quem estava dormindo. Havia percebido desde sempre que ele não tinha amigos, não se preocupou em conseguir um aqui e nunca o vi falando ao telefone com qualquer um que tivesse deixado para trás em Londres. Uma incógnita. Assim era André para mim, o que me surpreendeu quando ele começou a falar. Mas sei que há mais coisas em seu passado, coisas que as vezes lhe perturbam o sono. Vejo quando ele treme ou balbucia algo em um sono agitado. Em todas as vezes que ele dorme lá em casa, me levanto e observo como ele sofre. Não o chamo por não saber como vai reagir, por isso eu deixo que ele se acalme como acontece dez minutos depois, nem antes ou depois.

Por isso que quando ele mencionou que havia procurado ajuda, eu apenas o abracei e não perguntei o motivo mas creio que seja algo relacionado a sua mãe.

- Boa.

- Isso é bom não é?

- Sim! Nessa falamos sobre meu pai. Entendi que todos nós cometemos erros e que Gustavo quer remediar os seus ao se aproximar novamente.

- Está de acordo com isso?

- Estarei em algum ponto. - fez pouco caso. Respirando fundo, beijo seu pescoço rapidamente.

- Vamos passar na Lisa? Estou com saudades de Vó Flores e podemos passear um pouco antes de voltar para casa, o que acha?

- De acordo. Também estou com saudades dela.

- Ela fala que costuma estar lá muitas vezes por semana.

- Sim. O perfume dos lírios me acalma e a conversa com sua avó é boa.

O restante do caminho foi feito em silêncio. Ao nos aproximarmos de Lisa, meu queixo vai ao chão. Há três carros pretos monstruosos estacionados em frente a Lisa.  André me olha com uma pergunta no olhar, dou de ombros como se dizendo que não sei do que se trata. Ele estaciona bem a frente da pequena comitiva. Olho para os vidros que refletem o Sol de fim de tarde, as flores de diversas cores e formas lá dentro compõe uma imagem bonita e digna de uma foto para gravar essa momento para sempre. Antes que possamos chegar a entrar no lugar, dois seguranças com tanto músculos quanto uma casa, entram em nosso caminho. Ergo uma sobrancelha divertido. Penso que na certa aí dentro está mais uma celebridade que ouviu falar de Lisa e veio ver com os próprios olhos o lugar que tem ganhado muitas matérias na TV e internet. Meu avô até hoje não acredita que o governador de São Paulo esteve aqui na semana passada. Creio que quando ele criou esse espaço em homenagem a sua esposa morta há anos, ele não imaginava que ficaria tão conhecido.

- Oh, esse é meu neto e seu namorado. - reviro meus olhos ao ouvir o termo "namorado". Ainda não nominamos o que temos mas para minha avó, estaremos nos casando em um futuro próximo. - Ele não oferece riscos para vocês, acreditem.

- Eu sei disso dona Maria das Flores. Mas esses caras vêem até o vento soprando de forma errada como ameaça. - pisco algumas vezes diante da voz tão grave e com um sotaque que não soube identificar. O homem que caminha até nós tem que ser o epítome da beleza. O sorriso gigante em seus lábios rosados, os olhos que acompanham o movimento, o dente da frente mais proeminente que o restante mas que não lhe tira sua beleza, pelo contrário lhe dam um charme a mais e há os cabelos. Castanhos claros praticamente loiros e que chegam até os ombros largos. Forço meus olhos a ficarem em seu rosto que é rodeado por uma barba espessa da mesma cor do cabelos.

- Deixem os rapazes passarem, não vou levar um tiro só por socializar. - ele revira os olhos.

- Não brinca com isso amor. Sabe que não gosto disso. - uma mulher pequena mas com curvas generosas surge ao seu lado. O olhar de amor intenso que há entre eles é palpável. O ar ao redor deles faísca.

- Me desculpe printsessa! - beija sua testa, nariz e bochechas. Segura seu rosto e lhe beija os lábios. - O que estão esperando? - diz para os seguranças. Eles com uma carranca dão passagem. Pego na mão de André e entramos.

- Seu neto é muito bonito sabia? - a mulher diz, o sorriso bonito e sincero em seus lábios me dá vontade de apertar ela. Ela é fofa e tem esses cabelos brilhantes.

- E eu não sei? Esse é Pedro e seu namorado André. - sou abraçado por minha avó.

- Vó! - me ignora arrancando uma risadinha da moça. Até sua risada é bonita. - Prazer em conhece - los. - fui lhe apertar a mão mas sou pego de surpresa ao ser abraçado como se fossemos conhecidos de longa data.

- O prazer é nosso.

- André. - ele assente firmemente. A moça entende seu jeito se mantendo perto do marido, suas alianças enormes podem comprovar isso.

- Vocês formam um bonito casal. - sinto meu rosto queimar. Fico feliz por ser visto como bonito. Não é todo mundo que aceita de bom grado.

- Sei que está assustado com esses carros e esses homens enormes na entrada de Lisa mas é necessário. Eles são influentes e precisam de segurança. Esse é Tyler Nikolaiev e Belinda Nikolaiev. Estão de passagem pela cidade.

- Conheço esse nome de algum lugar.

- A família dele é dona das indústrias de perfumaria Nikolaiev.

- Eu tenho um perfume da sua família! - tapo minha boca diante de minha garfe. Tyler não se aguenta, ri escandalosamente. E alto, o homem não tem travas nem nada.

- Não se contenha, fico feliz que nossos produtos lhe satisfaçam. - suas sobrancelhas se juntam e uma careta se apodera de seu rosto. - Merda, aquele comercial maldito ainda está em mim.

- Relaxa amor, logo você esquece as falas tudo bem? - ele lhe pisca um olho, agarra sua cintura de forma bruta, arrancando um gritinho dela. E beija sua boca de forma quase animal. - Ty, não estamos sozinhos.

- Nem percebi printsessa!

- Você não tem jeito russo safado!

Me permito gargalhar com minha avó. André ao meu lado, tem um pequeno sorriso direcionado ao casal. Um olhar diferente cruza seu rosto mas logo se vai.

- O que estão achando de Lisa?

- Adorando. O que as matérias dizem sobre o lugar não faz jus o suficiente. - ela deita a cabeça no ombro do marido.

- E os cheiros por todo o lugar. É calmante.

- Niet! É meu! - uma menina com no máximo nove anos surge. Os cachos castanhos e revoltos lhe dão um aspecto selvagem. Os olhos escuros brilham em frustração.

O menininho ao seu lado tem o rosto franzido. A postura idêntica ao pai enquanto sinaliza freneticamente e arrisca algumas palavras. Percebo o aparelho auditivo em sua orelha esquerda. Os cabelos lisos e pretos rivalizam com os olhos verdes no rosto vermelho.

- É meu sim, Rapha! Achei primeiro. - balança o caderno no ar.

- Ei, o que está acontecendo? - Belinda se ajoelha diante dos filhos. O marido tem um sorriso de lado enquanto se encosta no balcão despreocupadamente.

- Eu achei esse caderno primeiro Mat'!

- Filha, onde encontrou isso?

- Lá! - aponta para o escritório. Me lembro de que deixei esse caderno junto com um estojo de lápis de cor para quando finalmente tiver Dudu comigo e ele estiver na Lisa.

- O que eu disse sobre mexer nas coisas que não são suas?

O menino ri silenciosamente. A mãe lhe envia o temido olhar, o sorriso morre instantaneamente. Ele se aproxima do pai, que lhe pega no colo e o deposita sobre o balcão. Olhando nos olhos do menino, sinaliza. Ele fica emburrado mas logo beija o rosto do mais velho.

- Que não pode mamãe.

- Então é hora de devolver para seu dono não é?

- Sim!

- Hum...me desculpa me meter mas pode deixar com ela. Eu comprei para quando meu filho estiver aqui, mas pode ficar com ela.

- Você tem um filho?

- Oh, uma bebê de cinco meses e estou para adotar Dudu com sete anos.

- Oh, que lindo!  Adotar é um ato de amor tão bonito.

- Sim! - sinto meus olhos úmidos mas não choro.

- Posso leva - los até o escritório? Lá tem mais um caderno e um estojo de lápis de cor. - vovó diz timidamente.

- Se não for incomodar. - Belinha sorri. - Raphael, sem bagunça ok? - gesticula.

- Tu - tudo bem ma - mãe! - gesticula em retorno.

Logo as crianças desaparecem dentro do escritório com minha avó, que adora uma criança. Vou até a geladeira na cozinha e busco suco para eles que agradecem. Nos sentamos nas mesas que ficam do lado de fora da estufa. Os seguranças não saem do lugar. Enquanto conversamos como se nos conhecêssemos há anos e não por menos de meia hora, me pego ansiando pelo que eles tem: um amor tão forte capaz de ultrapassar tudo e todos.

13/08/2019












Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro