Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

• TRINTA E CINCO • PEDRO


Ainda tenho um sorriso besta no rosto três dias depois de meu encontro com o casal na Lisa. Tivemos um fim de tarde regado a conversa sobre tantas coisas e ainda levamos os dois no bar recém reformado que fica ao lado da Xtreme. Foi uma noite muito satisfatória, esqueci por algumas horas o medo insano que venho sentindo faz semanas e ainda vem com o bônus de ver André relaxado ao extremo.

Tyler se mostrou ser um homem alegre a todo o instante, ele faz piadas e quando não tem graça ele ri sozinho delas. Bel um amor de pessoa tentava apoiar ao marido. Foi uma noite memorável e resultou em um convite para passar um tempo no Rio de janeiro com eles. Confesso que mesmo não tendo passado muito tempo com eles, vou sentir saudades.

- Esse teu sorriso está me assustando.

- Ah, só estou me lembrando do casal que esteve na Lisa três dias atrás.

- Maria das Flores me disse que o homem era quente e ainda é russo. - tia Lu sussurra enquanto abre sua cerveja.

- Ela não mentiu. Nossa, o homem passou na fila da beleza umas dez vezes.

- Trabalho com provas. Onde estão as fotos?

- Tia, eu não iria tirar fotos dele. A esposa dele estava junto.

- Ouvi também que ela é linda!

- Sim, é a mais pura verdade.

- Esse povo rico é assim mesmo.

- Eles pareciam ser pessoas tão simples sabe? Dá um banho de educação nos meus parentes por parte de pai.

- Do Vagner não espero muita coisa. - deito minha cabeça em seu ombro. Bebo um pouco do meu vinho enquanto tio Ariel está a frente da churrasqueira. Seu peito nu e sarado brilha com o suor que lhe cobre o corpo. Minha família em peso está espalhada por todo o quintal. Aquiles e Hulk correm sem descanso para lá e para cá. - Me diz, como vão as coisas com André?

- Caminhando.

- Quando vão finalmente anunciar o namoro? Sobrinho meu não pode ser lento dessa maneira.

- As coisas com André são...- olho para meus pés por um momento. - Ele não tem amigos tia.

- Isso é óbvio! O homem anda tenso a todo o instante.

- Ele me contou que desde menino tinha se acostumado em ficar sozinho, que funcionava para ele. Não demonstrei mas naquele dia, eu quis abraça - lo e tirar toda a dor e solidão que eram tão vividos em sua voz.

- Se meu cunhado não fosse tão fiel a minha irmã, eu diria que ele pulou a cerca e fabricou um André por aí. - diz com humor.

- Boba! Depois de meses nos vendo, foi um avanço em nossa "relação" que ele me contasse algo.

- Bem, como estava conversando com sua mãe meses atrás, não seja o escape de ninguém. Você merece ser amado com intensidade. Veja se é isso mesmo que quer...

- Eu o amo tia! - sussurro lentamente. Minhas sobrancelhas juntas, verbalizar o pensamento em voz alta me faz estremecer. A ideia de que não seja recíproco é quase sufocante. - Não tem volta, ele está tão entranhado em mim que não sei se sairá um dia.

- Só tome cuidado ok? Esse rapaz tem mais paredes do que posso contar.

- Eu vou. E Tatá? Quando ela vem?

- Chega amanhã, estou com tanta saudades da minha bichinha. - seus olhos brilham como nunca. A sombra de tristeza se afasta um pouco. - Seu irmão entrou em contato?

Meu sorriso desliza de meu rosto, a tristeza agora se apodera de mim. Cinco meses sem ter notícias dele, cinco meses sem uma ligação ao mensagem da parte dele. Mamãe tenta passar a imagem de que não a afeta o fato do filho estar longe mas nos momentos que pensa não ter ninguém observando, ela suspira como se tivesse perdido seu brinquedo favorito. Fê é impulsivo e vive os sentimentos com muita intensidade. O que havia entre Manu e ele era algo recente mas ele sentiu como nunca. Ele está sofrendo assim como a gente.

- Não. Ele precisa de um tempo não é?

- Você não acredita no que está falando.

- Não, mas eu tento.

- Ele vai voltar!

- É o que mais quero.

- Opa, cheguei em boa hora!

Pulei em meu lugar. O silêncio se esticou por cinco segundos apenas, então uma explosão de gritos animados inundou o ar. Ayla tem os braços magros abertos, o sorriso tão parecido com o do pai quase dividindo seu rosto em dois. Seus pais são os primeiros a lhe sufocar em um abraço de urso estilo família Ferrara. Com direito a fungadas nos pescoços. Depois disso foi preciso uma fila para que eles pudesse falar com todos, mamãe teve que pegar um copo com água para vó Flores, pois a mulher estava trêmula. O amor que essa senhora por nós, ultrapassa o nível do entendimento. Mesmo não tendo o seu sangue, somos vistos como seus bebês.

- Senti tanto sua falta!

- Não parece, quanto tempo faz que não me liga? - faço beicinho. Ela ri desfazendo o bico que criei com o dedo indicador. Envolvo meus braços ao seu redor, aspirando seu perfume.

- A faculdade está me drenando, não tem noção.

- Tenho, já estive em seu lugar antes. Como vão as coisas lá em Portugal?

- As mesmas. - seus olhos percorrem o quintal. Hulk está animado lhe cheirando os pés calçados em uma sandália de salto baixo.

- Ele não está aqui.

- Não sei do que está falando.

- Se quer se enganar, que assim seja.

- Fiquei sabendo que tenho uma prima fofa! Onde ela está?

- Na tenda com meus pais! - a levo para lá. No bebê conforto, Ella balança as pequenas pernas enquanto tenta se virar. Os cabelos estão apontando para todas as direções e as presilhas azuis com glitter que tia Lili colocou mais cedo, estão espalhadas pelo chão.

- Pedrinho, ela é linda! - Ella para ao ouvir uma voz diferente. - Posso pega - la?

- Vai em frente. - deixo um beijo em seu rosto. Procuro por André e o encontro perto da piscina. Um copo com suco de uva em uma mão e a outra enfiada em seu bolso. - Ei, por que está sozinho aqui? - digo assim que estou bem perto dele.

- Não estou sozinho, seu avô disse que não iria demorar.

- Vocês estão bem próximos não é?

- Sim. Isso é bom sim?

- Muito.

[....]

Meus olhos não deixavam o homem alto, de corpo malhado e firme andar através da cozinha. Em sua cabeça havia uma bandana azul com desenhos de cifras musicais, uma que ganhei anos atrás de meu pai. Apoio meu rosto em minha mão e com a outra tamborilo a superfície lisa e fria da bancada ao som da música que toca suavemente no aparelho de som na sala.

Já é noite e todos já foram embora. Ayla me disse que estaria aqui amanhã a noite para que pudéssemos ter um tempo só nosso, ainda que com minha bebê no nosso meio. E confesso que estou ansioso por colocar nossa vida em dia. Ela fica tanto tempo fora que não condeno tio Ariel em fazer drama ao telefone exigindo que volte para os braços do pai.

O gemido sofrido de André me tira da linha de pensamento. Guardo para mim, minha risada mais histérica. Salto do banco alto personalizado por vó Flores e vou ao seu socorro. Abro a torneira rapidamente, logo enfiando sua mão sob o jato d'água.

- Já cansou de brincar de chefe de cozinha?

- Não seja ingrato, me ofereci para fazer a comida.

- Macarrão com queijo! - dou de ombros. Recebo um grunhido como resposta.

- Continua sendo comida. - pego duas folhas de papel toalha e envolvo sua mão.

- Você é horrível homem! É a quinta vez que corta seu dedo no ralador.

- O que tem em mente? - parece se dar por vencido. Ambos caímos com suspiros de alívio no sofá.

- Pizza!

- Do Otto?

- Claro. - disco o número já gravado como favorito em minha agenda. Faço o pedido com menos de cinco minutos e somente me permito ficar ali, sentado no sofá ao lado do homem que é meu em meu coração mas que não tenho certeza quanto tempo mais ficará no Brasil.

- O que tanto pensa?

- Nada!

- Não quer me dizer, tudo bem! Respeito seu tempo.

- Obrigado! - beijo seu ombro nú. No mesmo momento seu celular vibra sobre a mesa de centro. Tentei desviar, mas eu vi o nome muito conhecido brilhando na tela. - Acho melhor atender, deve ser importante. - disse quando ele não fez um único movimento para atender a ligação.

- Não para mim. - o celular tocou mais três vezes, fazendo - me bufar.

- É sério, atenda. Se o problema for privacidade, posso ir para meu quarto.

- Não. - sua mão agarra meu pulso quando faço menção em levantar. Vejo - o atender tomando uma grande respiração. - London? - ele aguarda por uns dois minutos. O relaxamento adquirido pela tarde toda se esvaindo como água pelo ralo. - Ok!

A ligação é encerrada e logo um silêncio tenso se instala entre nós. Batem na porta e deixando - o com seus pensamentos, recebo as pizzas e pago por elas. Organizo tudo sobre a mesa rapidamente. Indo até ele com passos calmos, aperto seu ombro firmemente. Nos sentamos e comemos em silêncio. Quando estávamos no terceiro pedaço de nossas pizzas, André solta a bomba.

- Ele vai se casar! - continua a beber deu refrigerante calmamente. Não há alteração em sua expressão facial mas seus olhos são tormenta pura. Engasgo com um pedaço de massa.

- Hum... você parece perturbado com a notícia.

- Estou mas não pelos motivos que você tem imaginado.

- Que seriam? - finjo desentendimento. De repente fico com minha boca seca, para resolver o problema tomo um gole longo de suco.

- Que ainda tenho sentimentos por London.

- Você ainda tem?

- Não! - diz sem hesitação. O ar que salta de meus pulmões indicam que prendi a respiração sem ao menos sentir. - Você parece aliviado.

- Estou. Seria muita falta de amor próprio se você sentisse algo por esse cara. Ele brincou com seus sentimentos. - fico em silêncio. Terminamos nossa refeição mas não deixamos a mesa.

- Ele conheceu esse cara com quem está hoje, pouco tempo depois de as coisas entre nós ter ido ladeira abaixo. E eles vão se casar. Nos conhecemos há anos, o pedi em casamento por três malditas vezes e ele  negou. - cruza os dedos atrás da cabeça. - Mas que bom que não chegamos a morar juntos, menos dor de cabeça.

- André...

- Ele brincou comigo. Aceito que não sou material para casar ou manter um relacionamento mas seria justo da parte dele, ser sincero.

- Você é material para casar sim homem! - seguro sua mão sobre a mesa. - O dia que se sentir pronto para ter um relacionamento, verá quão bom é ser amado. - as palavras saíram rasgando minha garganta. Mas o que dizia é verdade. Agimos como se fossemos namorados, mas não éramos. Os olhos claros dele se fixam em meu rosto, ele parece querer gravar cada linha de meu rosto.

- Vamos sair na sexta - feira? - pisco algumas vezes tentando me orientar.

- Hum...

- Sair comigo! Tem alguém para ficar com Ella? Se não tiver, ela vai conosco.

Outra parte do meu coração se perde para ele, ao vê - lo incluir minha bebê em um encontro. Pigarreio fortemente e tomo um pouco de água quando as palavras se amontoam em minha garganta.

- Então iremos para um encontro?

- Será mais do que isso. Só esteja aqui na sexta.

Capítulo pequeno gente!!! Espero que gostem!!

14/08/2019



Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro