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• TREZE • PEDRO


Um som irritantemente monótono e alto quebra a névoa de sono que me envolvia. Viro - me para o outro lado da cama, resmungando enquanto busco pelo celular sobre o criado mudo. Pisco algumas vezes tentando me orientar e tirar a sensação de areia em meus olhos. Meus dedos encontram o aparelho, a superfície gélida me arrepia a pele.

Abrindo apenas um olho, desativo o despertador. Me coloco de pé pronto para mais uma rotina de arrumação para logo ir para o trabalho quando me lembro que hoje é feriado e que não abriremos o museu hoje. Deixo - me cair pesadamente contra meu colchão macio e quente que me chama como uma maldita sereia me envolvendo em seus encantos. Sem mais me conter me rendo ao sono novamente.

Acordo com os raios de sol quase ferindo minhas retinas. Resmungo novamente como um velho quando me lembro que deixei as cortinas abertas. Tomo um banho rápido, coloco uma camisa e um short de pano mole. Deixo meus cabelos soltos para que sequem naturalmente. Chego a cozinha pronto para fazer um café reforçado para mim e Manu quando noto o silêncio muito carregado.

Vou até um dos quartos de hóspedes que foi decorado especialmente para ela e não a encontro. Sigo para o quintal traseiro e também não está lá. Voltando para dentro de casa, envio uma mensagem para seu celular dizendo para me retornar assim que puder pois estou preocupado.

Com mesa pronta mesmo que para uma única pessoa, enquanto tomo café converso com Gilberto sobre os artefatos que estão para chegar daqui há alguns dias. E logo estaremos preparando - os para a exposição que acontecerá daqui a dois meses. Lara me liga perguntando sobre como andam as coisas com André. Quando digo que vamos sair na quinta, a mulher grita tão alto que quase me fere os tímpanos. Conversamos um pouco mais e então nos despedimos.

Levo as louças que sujei para a pia. Coloco uma música qualquer em minha playlist e lavo a louça cantando horrivelmente. Quando estou secando a última xícara, batem a porta. Paro por um momento repassando na minha mente se minha mãe ou pai passaria por aqui hoje e não me vem ninguém. Batem novamente, deixo a xícara sobre a bancada e vou atender.

- Pedrinho...- quase caio sobre minha bunda quando sua voz me alcança. Lucas sorri levemente em minha direção. Engulo em seco, ainda mantendo a porta meio aberta. Meus dedos fechados fortemente contra a madeira.

- Oh...Lucas? O que faz aqui?

- Me desculpa, sei que deveria ter ligado antes mas é que eu precisava te ver.

- Você realmente deveria ligar! - troco meu peso de uma perna para a outra. Ele acompanha o movimento nervoso e seus olhos se demoram um pouco além do recomendável em minhas coxas. Estalo meus dedos e ele afasta os olhos.

- Se eu fizesse, me atenderia? - olho para o lado ouvindo momentos depois sua risada leve. Lucas estava...diferente?

- Não!

- Eu tinha razão. Por isso resolvi aparecer.

- Eu vejo! - dou uma risadinha nervosa.

- Posso entrar?

- Lucas...

- Eu só quero conversar! Juro!

- Tudo bem! - dou de ombros. Dou um passo para o lado e ele logo entra. Uma mochila preta está pendurada em seus ombros. - Já tomou café?

- Não!

- Você, seu abusado! Fez de propósito!

- Eu não sei de nada!

Rindo silenciosamente, ele me segue até a cozinha. Se senta na cadeira em frente a bancada de mármore deixando sua mochila ao lado de seus pés. Os cabelos escuros como a noite sem estrelas estão km pouco maiores do que o habitual: cortados rente ao couro cabeludo. Os olhos azuis claros estão fixos em cada movimento meu. Faço um sanduíche para ele acompanhado de um voo de suco de melancia natural já que ele não bebe café.

Em silêncio o observo ingerir os alimentos calmamente. Com um suspiro afasta o prato e copo de seu corpo, me dá um olhar de lado e olha por um instante para as mãos, que se torcem nervosamente sobre o granito escuro e frio.

- Eu sinto sua falta Pedrinho.

- Lucas...

- Eu sei, nosso tempo já passou não é?

- Sim. - Permaneço de pé.

Lucas envolve sua grande mão na minha, deixando - me surpreso por um instante. Puxa - me e caio sentado na cadeira alta ao seu lado. Sem que eu espere, ele me abraça. Um tipo diferente de abraço. Um que eu senti falta no meio do caminho em nosso relacionamento. Um abraço completo, que me confortava por inteiro. De repente toda a nossa última briga volta com força total em minha mente. As agressões verbais, os gritos. Quando tudo se tornou essa coisa feia?

- Quero te pedir desculpas Lucas!

- Pelo o que? O único sem noção do relacionamento foi eu. - me separo um pouquinho de seu tronco. Olho atentamente seu rosto. Sinceridade brilha em seus olhos. Nunca o vi tão aberto assim.

- Por te cobrar por algo que você não estava preparado.

- Ei...

- Me deixa falar ok?

- Tudo bem.

- Eu sempre quis ter uma família sabe? Eu tenho meus pais, minhas tias, meus primos e amigos. Mas eu queria uma só minha. Um filho para quem eu pudesse dar todo o amor possível. Passar tudo aquilo que eu recebi daqueles que amo de todo o meu coração. Eu te cobrei demais e meio que joguei anos...

- Também teve culpa ok? - aperta meu ombro firmemente. - Eu era ou sou estourado demais e muitas vezes passei dos limites com você.

- Você foi um escroto as vezes. - rimos baixinho.

- Voltando... você nunca me enganou. Desde o início de nosso relacionamento disse que queria ter uma família. Eu sabia que um dia uma criança tomaria um lugar especial em seu coração e eu não poderia falar nada contra isso. Pois esse é você Pedrinho: um ser transbordante de amor. Um ser ansioso por amar e ser amado. E eu pequei em ficar com você mesmo não tendo os mesmos sonhos que os seus. Fui egoísta.

- Acho que nós dois erramos então.

- Sim! - se ergue depois de dez minutos apenas curtindo o silêncio leve que se instalou entre nós. Faço o mesmo, ficando de frente para ele. - Estou indo embora!

- O que? - sussurro não acreditando. Meus sentimentos por Lucas se resumem a afeto puro entre amigos. Antes de tudo éramos amigos mesmo que ele tenha manchado essas nossa relação também. - Quando? - digo recuperado da notícia.

- Daqui há algumas horas.

- Para onde vai?

- Rio Grande do Sul.

- Sua família é de lá! Aconteceu algo?

- Meu avó está com câncer.

- Meu Deus Lucas! Sinto muito!

- Eu sei que sente! E agradeço por sua preocupação. Só passei aqui para me desculpar por tudo e me despedir.

- Tem certeza que está realmente bem?

- Sim! Não poderia ir embora deixando as coisas inacabadas entre nós.

- Agradeço por isso de coração. - ele se aproxima e beija minha testa. Me abraçando novamente. Dessa vez mais forte.

- Eu consegui...

- O que?

- Eu vou ser pai! - sussurro as palavras ternamente. Lucas respira fundo me abraçando mãos uma vez.

- Será um bom pai!

- Tenho medo!

- Não tenha! Você vai se sair bem!

- Como sabe?

- Você exala amor por onde vai Pedrinho! Não há como você errar com essa criança.

- Veio aqui para me fazer chorar?

- Não! Estou indo...e se cuida por favor!

- Eu vou! Obrigado! - ele se vai levando uma parte de nossa história onde realmente fomos felizes.

[....]

Depois de lavar as louças do almoço, Manu me ajuda a seca - las. O silêncio entre nós é é um tanto tenso. E confesso que me sinto perdido em relação a isso, pois isso nunca aconteceu entre nós. Manu desaparecera a manhã toda, chegou pouco antes de servir o almoço com meu irmão muito feliz em seus calcanhares. Os olhos azuis claros dele brilhavam e me pergunto se ele não está envolvido demais com minha hóspede. E no fundo a vontade incontrolável de rir me domina pois eu sou outro que me encontro totalmente envolvido na situação atual que ela se encontra.

Ela se senta no sofá, Hulk vem trotando até ela. Sua língua úmida e rosada alcança seus dedos fazendo - a rir, eu acompanho. Sua enorme cabeça cai contra o ventre inchado dela. Com uma garrafa de água, me junto a ela, minha cabeça vai de encontro ao seu ombro nú, o vestido florido já está um tanto justo em seu corpo.

- Você sumiu a manhã toda! - digo suavemente. Ela suspira baixinho começando a acariciar meus cabelos soltos.

- Eu sei!

- Eu fiquei preocupado sabia? O médico recomendou repouso.

- Eu sei!

- Você sabe! - tomo um gole da água estupidamente gelada. - Posso perguntar algo?

- Já perguntou! - bufa revirando os bonitos olhos. - Vá em frente!

- Você e meu irmão?

- O que é que tem nós dois?

- Eu sinto que há algo entre vocês. O ar chega a faiscar entre vocês.

- É complicado.

- É complicado por que pretende ir embora logo? - sinto meu coração bater aceleradamente.

- Não sei! Minha partida ainda é algo que está em suspenso para mim.

- Não pensa em ir embora? - sem me conter, deixo toda a minha esperança de que ela esteja por perto por tanto tempo quanto possível, notando isso, solta uma sonora gargalhada.

- Não costumava pensar no futuro sabe? Mas depois que Antonella chegou em minha vida, passou a ser algo a ser pensado primariamente por mim. Por nós.

- Entendo!

- Eu quero um futuro bonito e brilhante para minha bebê Pedrinho. Desde o momento que a notícia de sua existência finalmente se tornou real em meu ser, eu penso somente no bem dela. E é por isso que sumi hoje a manhã toda.

- Agora me deixou curioso mulher! - beijo sua bochecha. - Se não for parecer muita invasão de privacidade, posso saber onde estava? Eu realmente estava preocupado. - suas sobrancelhas claras se juntaram momentaneamente, os cabelos louros vivos e crescidos lhe davam uma aparência quase angelical.

- Estava cuidando do futuro da Antonella.

- Não entendo.

- Eu tenho medo Pedrinho. Muito medo!

- Eu já disse que pode contar comigo e que sempre vou estar aqui para te ajudar. Não precisa ter medo.

- Como te falei anteriormente, eu não posso contar com minha família. Eu desapareci tem quase sete meses e eles não me procuraram....

- Como sabe que não o fizeram? - a interrompi quase bruscamente. Ela sorri minimamente, envolve suas pequenas mãos nas minhas enormes em comparação as suas e as aperta levemente. Seus olhos fixos na ação.

- Eu sou filha de juízes Pedrinho! Ambos, papai e mamãe são juízes muito famosos por suas causas notórias. Meus tios são advogados, desembargadores e por aí vai. Eu teria meu rosto estampado em cada parte desse país se estivessem me procurando entende? Eu sou uma vergonha para eles.

- Não, você não é! - a aperto em meus braços, seu corpo trêmula um pouco em função dos soluços que lhe assaltam. - Você errou, como todo o ser humano faz. Talvez eles só precisem de tempo entende? - sua careta é fofa, gargalho alto. - Ok, essa foi tentativa falha de consolo.

- Eu queria ter o que você tem. Amor, muito amor! Dona Luana quase te sufoca com seus beijos e abraços toda vez que te vê. Suas tias são a imagem da perfeição, sua família toda em si, é um depósito de amor. E acredite Pedrinho. Daria tudo para ter uma mínima parte disso.

- Sua missão é me fazer chorar é? Pare já!

- Só estou dizendo a verdade. É isso o que quero para minha filha. Era isso que estava fazendo hoje pela manhã. E no caminho encontrei com seu irmão, tomamos sorvete e foi muito bom!

- Então vocês estão tendo algo?

- Talvez!

- Ah meu Deus! Meu irmão finalmente vai sossegar! - quase dei pulinhos vergonhosos.

- Não é para tanto. Estamos conversando mas como te disse: tenho medo!

- Joga para o lado esse medo sem fundamento e se joga! Você merece!

- Tenho sorte de ter encontrado você sabe?

- Acho que vou ter que assaltar o sorvete na geladeira. Você está com a missão de ver derramar lágrimas que meu Deus! - me coloco de pé. Estendo minha mão em direção a sua, ela se segura em mim e a ajudo a ficar de pé.

- Posso te perguntar uma coisa? - ela se senta de frente para a bancada. Aceno afirmativamente pegando o pote de sorvete na geladeira. Pego as taças e duas colheres e levo tudo para onde vamos ficar. - Quando vai se encontrar com Dudu?

- Eles vão marcar o encontro. E confesso que estou ansioso. - termino de colocar os sorvetes nas taças. Lhe estendo a sua com o sorvete.

- Por que?

- Tenho medo que ele não goste de mim!

- Agora é eu quem digo: não tenha medo!

- Isso, não vou ter medo. Estou louco para te - lo comigo aqui.

- E como André fica nessa história? - pergunta baixinho. Engasgo com o sorvete, tendo que tomar um tempo para me recompor.

- Nós não temos nada!

- Mas você pensa em ter! Vejo isso quando tocamos no nome dele.

- Acabo de sair de um relacionamento. André é bonito, tem bom papo, foi um babaca quando nos conhecemos mas aparenta ser uma boa pessoa. É isso e creio que não procure por um relacionamento também.

- Pedrinho, poderia dar uma chance...

- O chamei para ir ao circo amanhã. Foi meio no impulso mas não me arrependo Manu. Confesso que quero pular em seus ossos mas prefiro manter uma distância segura sabe? Eu sei que vamos transar em algum momento, pois o desejo que vejo em seus olhos, é refletido nos meus. Então resumindo tudo: Dudu não interessa ao André. Ele é meu filho e só.

- Pareceu um paizão agora! Deu até orgulho!

- Boba!

- Ainda acho que deveria dar uma chance para vocês!

- Quem sabe com o tempo? Mas agora, quero viver o momento. - ela dá um soco em meu ombro, é fraco mas finjo doer horrivelmente. Lhe dando mais motivos para sorrir e me sinto no céu por isso.

Lavo o que sujamos e digo para Manu ir se deitar. Pois notei sua respiração um pouco pesada. Resolvo ligar o notebook para checar alguns e - mails e fazer algumas pesquisas. As horas se passam e eu não vejo. Perto das cinco da tarde, me espreguiço e termino com o que estava fazendo, Manu surge balançando em seu pés, a mão sobre o ventre. Corro até ela e a ajudo a se firmar.

- Algo de errado Manu? Sente dor?

- Não! Só tive uma tontura, acho que é fome!

- Um café da tarde reforçado para Manu para já!

- Não seja bobo! Suas tias estão vindo aí.

- Hum...por que?

- Eu estou com vontade de comer a torna de sua tia.

- Ok então, se senta lá no sofá que vou fazer um chá.

Assim que coloco a água para ferver, separo as xícaras levando - as para a mesa. Quando estou retornando para a cozinha, meu celular toca de forma estridente sobre a mesinha de centro. A passos rápidos vou até ele, sem olhar para ver quem me liga, atendo rapidamente.

- Alô!?

- Parece que alguém está ansioso.

- Raquel, aconteceu algo? - seu riso morre e ela fica séria.

- Não Pedrinho! Fica tranquilo. Liguei para te dar uma ótima notícia. - se cala fazendo suspense. Bufo revirando meus olhos.

- E então?

- Ontem eu te disse que a visita seria marcada talvez só para semana que vem. Estava errada, eles liberaram o encontro de vocês para amanhã. - cambaleio perdendo o equilíbrio por meros segundos. Manu tenta me firmar mas a coitada tem dificuldade até para se mover mínimos centímetros. Respirando profundamente, esfrego meu rosto. - Pedrinho? Ainda está aí? Não gostou ou tem um compromisso amanhã?

- Não é isso. - olho para o quintal lá fora. - Só me pegou de surpresa. Não deu tempo para me preparar e se ele não gostar de mim? E se...

- Pelo amor de Deus homem! Respira. Não tem como não gostar de você, é quase um crime sabe? Fica tranquilo meu amigo, vai tirar isso de letra.

- Ok, estou calmo. Será que horas? Assim ligo para Layla ficar no meu lugar amanhã, pois trabalho.

- As quatro pode ser?

- Pode, pode sim! - um riso nervoso salta de meus lábios. Manu ergue ambos os polegares para cima, em sinal de jóia. - Estaria aí no horário marcado Raquel, obrigado mais uma vez.

- Não é nada! Só faço meu trabalho e essas crianças merecem um lar com todo o amor que merecem. - ficamos em silêncio por alguns instantes. - E Pedrinho?

- Hum?

- Você será um ótimo pai, acredite!


Mais um capítulo gente! O livro está praticamente completo, então a partir de quarta - feira ás postagens serão diárias.

28/07/19














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