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• SETE • ANDRÉ


Duas semanas haviam se passado desde que cheguei aqui. Nessa pequena cidade de clima quente, localizada no interior de Minas Gerais. Desde meu último esbarrão em Pedro na padaria que não o vejo e confesso que ele tem estado em meus pensamentos mais do que o recomendável. Muitas das vezes me pego distraído pensando naquele par de olhos azuis escuros que parecem poder enxergar dentro e através de mim.

Tio Mikael continua a frequentar a casa dos Bianco nos almoços de domingo. Ele sempre me chama mas eu recuso sutilmente inventando um estudo de caso ou algo do tipo. Ele me observa por alguns segundos, parecendo procurar algo em mim mas não encontrando, simplesmente ele se vai e passa o dia com essas pessoas que o acolheram como se ele fosse um membro de sua família.

Olhando para o teto imaculadamente branco da sala, me permiti somente esvaziar minha mente de todo o turbilhão que ela tem enfrentado desde que recebi a ligação do meu tio dizendo estar doente e que precisava de mim aqui para ele. Do momento que tive que deixar minha vida em suspenso em Londres juntamente com todo um escritório de advocacia sendo cuidada por um sócio meu e melhor amigo. Do meu término conturbado com London e o embarque cheio de imprevistos de Londres para cá.

Fechei meus olhos e somente me deixei relaxar por meros cinco minutos pois de repente, a paz que tanto buscava foi quebrada pelo som de algo se rasgando. Dei um pulo do sofá e corri até meu quarto onde encontro Aquiles literalmente trucidando meus lençóis recém lavados com seus pequenos e furiosos dentes. Conto até trinta, dando respirações profundas e me segurando para não joga - lo pela janela.

O que não faria mal algum, pois a casa de tio Mikael é de apenas um andar e a altura da janela ao chão do pequeno quintal em frente a ela é de no mínimo um metro.

- Aquiles, não destrua o lençol!

Ele nem ao menos pisca em minha direção. Está muito concentrado em destruir minha roupa de cama. Vou até ele, pegando em seguida. Fecho a porta do meu quarto, passado pela cozinha e pego seu osso de brinquedo esquecido perto do fogão. Abro a porta dos fundos e libero ele para fazer o que quiser nele, até cavar um buraco tão fundo que poderia caber um corpo nele.

Me sento no primeiro degrau da escada e fico ali observando meu cachorro correr de maneira desvairada pelo quintal. Depois de gastar toda a sua energia correndo atrás de um osso falso, Aquiles vem trotando até mim, lambendo meus dedos seguidas de pequenas mordidas. Abro a porta da cozinha e sem demora corre até seu pote com água, bebendo dela avidamente.

Retiro o lençol destruído, o descartando ao ver que não há o que salvar dele. Verifico a hora no relógio sobre a bancada da cozinha e no mesmo instante meu estômago ronco alto de maneira vergonhosa. Olho para o fogão e geladeira como se fossem algo de outro mundo. Decidindo que não estou com humor para cozinhar hoje. Depois de tomar um banho rápido e usando somente bermuda jeans clara, camiseta azul escura e tênis, pego minhas chaves sobre a mesa de centro da sala, coloco Aquiles para correr um pouco mais no quintal e saio através da cidade em busca de um lugar para comer.

Entro no restaurante do Otto, um dois três únicos existentes na cidade sendo o pioneiro no lugar e logo sou direcionado a uma mesa localizada no centro do lugar. Passo os olhos por todo o lugar, mesas distribuídas por toda a extensão do salão. Um pequeno palco com alguns instrumentos no lado esquerdo e um balcão extenso e escuro. Do outro lado algo me chama a atenção.

Do lado de fora de uma janela que vai do teto ao chão, há algo parecido com um pequeno jardim com bancos recém reformados na cor bege e uma fonte muito bonita e conservada também. Parece simplista e aconchegante, remete a tranquilidade e ar puro. Me pergunto se é permitido aos clientes estarem lá ou é algo decorativo apenas para complementar toda a decoração do lugar. Sou desperto por uma moça de sorriso leve e cabelos ruivos vivos, sardas sob o nariz redondo e olhos grandes e muito verdes.

- Vejo que gostou da vista, se quiser pode se sentar nas mesas localizadas perto da janela.

- Obrigado! - pego meus óculos de sol, com e carteira me dirigindo a uma mesa que fica de frente com a vista muito tranquilizadora.

Me estendendo um menu, me deixa a vontade para escolher e me serve de uma água bem gelada. Antes de beber o líquido refrescante, não tinha ideia de quanta sede estava sentindo. Faço meu pedido e espero ser servido imerso em pensamentos. Minha comida chega e não perco tempo. Com um bom tempero e com um gosto para lá de uniforme, agradeço por tio Mikael ter deixado o endereço desse lugar em uma nota presa a porta da geladeira.

Deixo o restaurante muito satisfeito e já me programando para voltar outro dia. Além da comida ser maravilhosa, o atendimento é único. Olho as horas em meu celular e vejo que são quase três da tarde. Como não tenho nada mais para fazer o resto do dia, decido dar uma volta pela cidade. Mesmo tendo quase três semanas morando aqui não pude visitar todos os pontos turísticos e atrações da pequena cidade.

Passei pelo museu que estava aberto para visitação, o acervo em exposição era bem rico e bem cuidado. Um jovem me guiou pelos corredores decorados por quadros que enchiam os olhos. Podia não entender nada de arte mas esses em exposição eram fascinantes.

De lá fui em direção ao cinema. Era de médio porte mas que oferecia uma quantidade de enorme de filmes entre muitos lançamentos. Passei pela lista do que estaria sendo exibido hoje mas nenhum que está em exibição me chamou a atenção então, de lá segui dando voltas pela cidade até chegar em uma enorme estufa. As paredes de vidro iam do teto ao chão e o mar colorido de flores lá dentro formavam uma imagem bonita de se ver.

As portas duplas estavam abertas, assim que coloco meus pés diante delas o perfume inconfundível de lírios me acerta em cheio. Com as mãos nos bolsos, olho ao redor e entro a passos lentos. Meus olhos digitalizando cada centímetro do lugar.

Uma senhora minúscula vem até mim, um sorriso de quase dividir seu pequeno e redondo rosto e passos rápidos. Seu braço envolve o meu e até me assusto com seu ato. Ela parece bem a vontade ao me guiar por entre os corredores da estufa. O sol da tarde incidindo contra o vidro dá um certo ar mágico ao lugar.

- Boa tarde! Você deve ser André o sobrinho de Mika, estou certa?

- Hum...sim. E você é?

- Oh, me chamo Maria da Flores!

Diz como se só a menção de seu nome pudesse significar algo para mim. Como ela não explicou como conhece meu tio ou coisa do tipo, dei de ombros.

- Combina com sua ocupação! - indico o lugar com a mão livre.

- Ah, acho que isso não passa de destino.

- Não acredito em destino, acredito em fatos concretos.

- E isso não nos faz diferentes menino. - dá palmadas leves em meu braço enlaçado ao seu. Afirmo lentamente, seus olhos castanhos claros brilhando em minha direção.

- Não, não faz. - olho ao redor voltando minha atenção a ela. - Imagino que há uma história por trás desse lugar certo? Você é a dona?

- Não, o dono de tudo é meu amigo Geraldo. A primeira esposa era apaixonada por flores, lírios principalmente. Então depois de sua morte ele se empenhou em construir um lugar que ela estivesse viva mesmo que não fisicamente. Uma forma também de suas filhas não esquecerem da mãe. No início era algo bem pessoal mesmo. Mas então os poucos turistas que a cidade recebia na época começaram a mostrar interesse em visitar, Geraldo com um grande coração nunca negou. A atenção foi tamanha que saiu em revistas e jornais da época. O prefeito então procurou por meu amigo e então o lugar virou atração turística. Sem fins lucrativos, Geraldo exige somente que mantenham o lugar em ótimo estado.

- Bonita a história. Vejo que seu amigo amou muito a primeira esposa.

- Sim, isso é certo. Mas não significou que ele nunca mais pode amar outro alguém. Hoje ele está feliz com Suzy. Menina linda e de bom coração.

- A vida é feita de amores. Minha mãe costumava dizer isso. - murmuro enquanto observo um lírio branco.

- E ela não estava errada. Vocês tem uma boa relação? - sonda totalmente sem maldade. Ensaio um sorriso e apenas balanço negativamente minha cabeça.

- Vocês tem horário de funcionamento? Gostaria de visitar com mais calma. - direciono o assunto. Ela acena positivamente me lançando um olhar amoroso.

- Funciona diariamente menos aos domingos, das oito da manhã às quatro da tarde.

- Obrigado! Muito bonito o lugar e mande meus cumprimentos ao Geraldo. - me lembro vagamente que já conheço um Geraldo mas não deve ser o mesmo.

- Nós que agradecemos pela visita.

Coloco meus óculos escuros e caminho até onde meu carro está estacionado. Antes que pudesse entrar escuto meu nome ser chamado. Olho por sobre meus ombros e a vejo. O mesmo sorriso de quando cheguei. Mãos juntas em frente ao corpo magro.

- Pode não acreditar mas o destino lhe trouxe aqui com um propósito. Nunca se esqueça disso.

Engulo em seco, meu coração acelerado dentro do peito. Com um sorriso tenso e incredulidade vagando por minha mente, entro, coloco o cinto de segurança e dou partida. Acho que o dia já deu para hoje.

[....]

Acordo com um pulo ao ouvir a tosse incessante de tio Mika. Corro até seu quarto abrindo a porta o encontrando meio sentado meio curvada sobre o próprio corpo agora mais magro. Me aproximo lentamente dele e apenas espero ele se recompor. Lhe dou um pouco de água e depois de me agradecer baixinho, o ajudo a se deitar. O cubro e tomo meu lugar na poltrona perto de sua cama.

- Volte para a cama garoto! Não vou morrer.

- Claro que não, só vai colocar os pulmões para fora! - disse acidamente mas logo me arrependo quando só recebo silêncio de sua parta. Esfrego meu rosto sentindo a tensão em cada músculo meu. - Desculpa tio.

De repente sua risada corta o ar pesado entre nós. Ele ri tanto que lágrimas saem de seus olhos, escorrendo por suas bochechas. É um riso feliz e que muito tempo não o via se permitir dar. Ele olha diretamente para mim. Piscando - me um de seus olhos claros.

- Por um momento achei que seu senso de humor tinha morrido junto com sua chegada aqui.

- Tio...

- Sei que não é sua vontade estar aqui. Por isso escondi por algum tempo minha doença. Não queria e nem quero ser um peso para ninguém mas a vida não espera e eu estava ficando cada vez mais cansado. Sei que tinha ou tem uma vida em Londres. Tem seu escritório lá e não sabe o quão orgulhoso fico de vê - lo trilhar o próprio caminho sem ajuda de ninguém e muito menos fazendo pouco das pessoas.

- Eu nem sei o que dizer...- digo simplesmente. Realmente perdido desde que cheguei aqui. Ainda estou me habituando ao lugar e a rotina daqui mas é em Londres meu lugar.

- Não diga. Só deixe de ser tenso em noventa e nove por cento do tempo.

- Vou tentar tio.

- Sabia que Pedrinho te acha um babaca? - joga como se não fosse nada.

O olho boquiaberto. Sei de sua opinião a cerca de mim. Ele não deixou nada oculto naquele dia na padaria mas aí meu tio ter essa visão de mim, é estranho. Já que sempre busquei dar orgulho a ele.

- Ele te disse isso?

- Não! Ouvi por acaso ele conversar com Lua. O que fez para o menino? - disse calmamente. Evito revirar os olhos quando ele se refere aquele homem de traços fortes, corpo esbelto e bem trabalhado e olhos azuis escuros fascinantes. E que tem me tirado a paz. Não tem nada de menino nele.

- Por que eu tenho que ter feito alguma coisa?

- Por que te conheço. Te criei praticamente.

- Posso ter julgado ele mau. - Aquiles surge da porta e vem trotando para perto da cama de tio Mika. Lambe sua mão alegremente.

- Em que sentido?

- Assim que cheguei a cidade, fui fazer uma caminhada com Aquiles. Ele correu na frente e se embrenhou em um arbusto qualquer. Achando que o perdi comecei a chamar por ele. Então Pedro surge com o meu cão nos braços e cheirando fortemente a bebida. Posso ter chamado ele de bêbado.

- Concordo com ele. Você é um babaca!

- Tio!

- Nada de tio! Foi errado em julga - lo sem aí menos conhece - lo. Sabe disso.

- Está de que lado?

- Da justiça! Espero que peça desculpas a ele em algum momento André, não te criei para sair julgando as pessoas desse jeito! - disse terrivelmente sério. Eu realmente estava tomando uma bronca do meu tio por causa do Pedrinho?

- Vejo que já está melhor! Se precisar de ajuda me chame tio.

- Tudo bem garoto e não se esqueça. Se desculpe, não é feio nem nada do tipo.

- Está certo tio. Boa noite!

Puxo o ar com força para meus pulmões mais uma vez. Seco o maldito suor que insiste em descer por meu rosto. Os nervos a flor da pele. Não entendia o motivo por estar nervoso, era só me desculpar e cair fora. Nada mais, nada menos. Depois da conversa que tive com meu tio, eu realmente vi que fiz burrada. Eu mais do que ninguém sei como é ser julgado em um primeiro momento sem ter chances de defesa.

A porta se abre de repente ou não tão de repente assim pois bati mais de três vezes e demorou que fosse atendido. Engulo em seco precisando piscar algumas vezes e desviar os olhos de seu peito desnudo, gotas do que parece ser água deslizam livremente por seu peitoral definido. Pigarreio quando vejo que estou dando muita bandeira. Subo meu olhar para seu rosto e me arrependo quase que imediatamente.

Os lábios rosados e finos estão úmidos, um leve sorriso os enfeita.

- O quê está fazendo aqui? - cruza os braços. O movimento tensionando seus músculos.

Olho para o teto de sua varanda buscando calma e concentração. Nada está saindo como quero. Estou parecendo um moleque com os hormônios a flor da pele. Fascinado com seu físico em conjunto com seu rosto de traços firmes.

- Hum...vim lhe pedir desculpas.

- Sobre? - finge não se lembrar de nada e que vontade de beijar essa boca gostosa com tudo de mim. Fazendo - o se lembrar do fiasco que foi a primeira vez que nos encontramos.

- Você sabe sobre o que!

- Oh, sobre ser um babaca sempre que nos encontramos? - pousa o dedo indicador sobre o queixo perfeitamente desenhado.

- Tem razão. Fui um babaca. Por isso estou aqui para lhe pedir desculpas. Prometo mudar nas próximas vezes.

- Está dizendo que vamos nos encontrar mais vezes? - uma sobrancelha escuta e perfeitamente desenhada se ergue. Há desafio escrito em todo o seu rosto. Sem me conter dou um passo em sua direção. Sua garganta se move, um sorriso tenso se forma em seus lábios.

- Sim, é isso que estou dizendo. Se você quiser é claro! - sinto minha boca se erguer em um leve sorriso. Estou flertando com ele. Nem eu sei o que me deu para fazer isso. Ou sei! Todo ele me atrai.

- Pedrinho? - o mínimo sorriso que tinha morre em meu rosto. Uma moça muito grávida surge de dentro de sua sala e parece estar com dor.

- Manu? O que houve? Está com dor?- O jeito despreocupado vai embora e no lugar um cara nervoso surge.

- Estou sangrando! E está doendo muito! - sua careta após dizer isso diz muita coisa.

- Você! - ele aponta para mim. - Vai nos levar ao hospital!

- Mas o que? Eu tenho trabalho agora e...- me calo diante de seu olhar mortal sobre mim.

- Não estou em condições de dirigir homem. E como vê, ela muito menos. Aceito suas desculpas mas tem que nos levar ao hospital!

Mais um capítulo. Espero que gostem. Por favor, compartilhem e votem.

08/07/2019







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