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• QUARENTA E OITO • ANDRÉ

Londres não é mais meu lar.

A constatação de que o lugar onde vivi a maior parte de minha vida, já não me pertence, não causa tanto medo quanto pensei que sentiria. Mais de um ano atrás quando deixei esse apartamento juntamente com meu escritório, no qual coloquei parte de minha energia, para que pudesse estar entre os mais privilegiados do país. Pensei que ao retornar tudo voltaria ao seu lugar. Nunca estive mais enganado. Ao fitar cada móvel desse apartamento, não me sinto mais parte dele. A sensação de ser um estranho em um lugar, que era meu refúgio anteriormente é surreal.

Quando soube da doença de meu tio. Não pensei duas vezes em acertar as coisas aqui e partir para o país que me acolheu quando mais precisei. Para os braços daquele que me confortou quando tudo o que queria era desaparecer. Para a casa que foi minha quando tudo ao meu redor ruiu. Eu só pensava em chegar na pequena cidade que ele chamou de lar a maior parte de sua vida e retribuir todo o carinho e cuidado que tive, quando jovem.

Não pensava em um relacionamento. Não achava que encontraria o amor ali, a aceitação que tanto procurei, o lar que busquei durante toda a minha vida. Mas foi só eu me encontrar com um par de olhos risonhos que tudo mudou. Mesmo sem eu querer, me vi envolvido por sua gargalhada escandalosa, seus monólogos, seus suspiros. Me vi rendido completamente a ele. Mesmo não sabendo desse fato no início.

Os dias foram se tornando semanas e as semanas em meses, então ali estava eu. Declarando meu amor por ele. Sem vergonha, sem puder e sem amarras. Eu era totalmente dele e ele era meu, mesmo não tendo dito as três palavras em retorno às minhas. Viajei depois de minha briga com Gustavo e o tempo que passei aqui trabalhando e arrumando tudo para que eu possa voltar para os braços daquele que sempre vou amar, pude pensar.

Ele está arrependido, estamos nos aproximando aos poucos. Ele me escondeu o fato de ter uma filha, uma irmã que amei sem ao menos conhece - la mas que ficará para sempre em meu coração. É hora de acertar as coisas entre nós. Aceitar que o tempo não volta atrás e que o certo a se fazer, é viver o hoje como se fosse o ultimo dia.

Por isso aceno lentamente para a atendente, confirmando que vou ficar com a aliança que me atraiu assim que cheguei aqui. Chegando ao Brasil, pedirei a mão de Pedrinho em casamento. Não precisamos casar imediatamente. Darei todo o tempo que ele pedir, mas eu me casarei com esse homem que me tem louco a cada minuto. A aliança é grossa, em prata pura com uma única e minúscula pedra cravada no centro. De cor azul escura, que me lembra seus olhos. Olhos que vêem muito além de mim.

Me sentindo no topo do mundo, disco seu número enquanto a simpática moça, embala a caixinha para mim. Antes que fale qualquer coisa, me adianto, meu peito se aquecendo pelo simples fato de ouvir sua respiração.

- Você está no Lar de Luz. - digo a primeira coisa, ao ouvir as crianças loucas no fundo.

- Sim, como sabia?

- Bem, os gritos dizem muita coisa.

- Tem razão. Decidi vir um pouco aqui. Dudu estava com saudades dos coleguinhas que fez aqui e daqui iremos para o cinema. Sabia que será a primeira vez dele em um?

- As crianças amam esse menino. Bem, nesse momento quero bater nos pais dele.- meus dentes rangem quando o instinto de proteger as crianças que são parte de minha vida, se apodera de mim.- Imagino pelo que passou nas mãos das pessoas que deveriam protege - lo.

- Nem me fale. Mas o que importa é que ele está no lugar onde há afeto e carinho para todo o lado. - diz seriamente.

- Sim, é isso que importa. - ficamos em silêncio. - Só liguei para ouvir sua voz. - revelo sem me importar, parecer um desesperado.

- Oh que fofo. - bufo revirando meus olhos.

- Diga que está com saudades.

- Estou com saudades André Lins. - confessa com tanta sinceridade que me faz perder o ar. Ainda posso ouvir toda a agitação do outro lado. Escuto - o tomar uma respiração profunda, para logo dizer as palavras que me fariam literalmente tropeçar dentro da joalheria. Suzan, vejo o nome em seu crachá não se aguenta, tapando a boca para não denunciar sua risada. - Eu te amo André Lins. André? Tudo bem aí? - pisco algumas vezes, lembrando - me de respirar.

- Sim. Mas isso não se faz. Muitos quilômetros nos separam, como vou provar para você que te amo também? - não consigo evitar de provoca - lo. Ele ri somente.

- Você fez antes de ir embora. - me lembra suavemente.

- Tem razão, mas não custa nada repetir não é?

- Não, não custa. - ri baixinho. - Tenho que ir, nos vemos depois de amanhã.

- Tenho uma surpresa para você. - jogo sabendo que ele ficará se roendo até a alma de curiosidade.

- Oh, agora fiquei curioso. - posso imagina - lo pulando em seu lugar, parecendo uma criança.

- Nos vemos depois de amanhã. - desligo deixando - o puto do outro lado.

Efetuo o pagamento, saindo da joalheria cantando baixinho de alegria. Meu estômago ronca me informando que precisa de comida e atendendo seu pedido, vou para meu restaurante favorito. Sempre gostei de ir nele, até quando saía tarde do escritório. Eu me dirigia até ele, pegava minha mesa de sempre e degustava da melhor comida de Londres. Foi lá também que vivi alguns momentos que prefiro não lembrar, como os pedidos fracassados de casamentos. Mas não me importando, aceno para a hostess e ela rapidamente, né encaminha para minha mesa. A música baixa embala o ambiente, tornando tudo mais leve e suave.

A conversa ao redor não me incomoda, espero por minha refeição treinando em minha mente o pedido que farei daqui a dois dias. Sentindo minha garganta seca, me inclino para que possa ter acesso a taça com água gelada. Paro no meio do movimento, quando uma pessoa vagamente familiar. Assim que sua atenção se fixa em mim, um sorriso completo enfeita seu rosto, o qual não retribui. Isso não o abalou no entanto.

London Ayes é a perfeição em pessoa. Alto, ombros largos, braços se dar inveja em qualquer um, pernas firmes e uma pele negra que brilha a luz ambiente, fazendo - o parecer quase etéreo. Uma visão extremamente sensual. London é a sensualidade em pessoa e acho que foi isso que me fez cair de amores por ele, após anos de amizade. Ao seu lado, um homem de igual beleza tem sua mão firmemente fechada na sua. Ele é tão alto quanto o agora marido. Cabelos raspados rente a cabeça, queixo forte e olhar intenso. London não diminui a velocidade de seus passos, se colocando diante de mim. Não me levanto para cumprimenta - lo apenas ergo o queixo para ambos.

- André.

- London.

Silêncio entre nós. O marido salta de uma perna para a outra, parecendo constrangido. Tomo um pouco mais de minha água, totalmente imperturbável por sua presença. Eu temi por nosso reencontro por muito tempo. Com medo de que antigos sentimentos surgissem, me desestruturando, me fazendo ser fraco aos seus olhos. No início, antes de tudo, assim que cheguei ao Brasil ainda tinha uma esperança de que pudéssemos voltar, mas não aconteceu. Pedro Bianco Melo aconteceu em minha vida e não poderia estar mais grato por isso. Respiro normalmente, notando que não sinto nada. Eu o amei, não vou mentir mas foi só isso. Nosso tempo já passou, ele agora é casado com o homem que lhe faz feliz e eu estarei em um altar quando for da vontade de Pedrinho.

- Você parece mudado. - seus olhos castanhos claros esquadrinham cada centímetro de meu rosto e parece que esse fato o incomoda.

- Você acha? - dou de ombros. Ele assente devagar.

- Há algo...

- Eu finalmente percebi que o problema não era eu London. - digo diretamente, olhando em seus olhos. Desviando o olhar do meu, engole em seco. O marido olha de mim para ele, sucessivamente. Me lembro de nossa última conversa, onde ele deixou bem claro que o problema era eu. Pigarreia trazendo o marido para mais perto, com um sorriso tenso o apresenta finalmente.

- Esse é Weslley Kingston, meu marido. - ele aperta minha mão. - Wells, esse é André. Um grande amigo e ex namorado.

- Prazer em conhece - lo.

- O prazer é meu. - depois disso trocamos mais algumas palavras, eles se sentam em outra mesa e tem sua refeição, assim como eu.

Acredito que minha vinda para Londres tenha sido também para fechar um ciclo. Para que eu pudesse seguir em frente, finalmente entendendo que o problema não era eu. Se não tive um futuro com London, foi por que não era para ser.

[....]

Caminho pela última vez pelas ruas de Londres. As pessoas tão características do lugar, os cafés e as boutiques, tento gravar tudo em minha mente, para me lembrar com muito carinho dessa cidade. Desfruto da brisa gélida que sopra em meu rosto, meu nariz está frio e aposto que um tanto vermelho. Meu celular toca em meu bolso, o minúsculo sorriso que havia em meu rosto se apaga assim que vejo o número piscando na tela. Penso em não atender, em recusar e aproveitar um pouco mais. No entanto, um sentimento de urgência se aposta do meu coração e atendo antes que me arrependa.

- Gustavo.

- André meu filho! - o tom de urgência em sua voz me colocou em alerta máximo.

- Pai, o que aconteceu?

- Eu não sei como te dizer isso...- ele funga, sinto minhas sobrancelhas se juntarem. Gustavo Lins, o homem que nunca vi chorar ou se abalar por nada está chorando? Paro me apoiando em uma parede.

- Pai, só diga.

- Filho, é Pedrinho...

- O que aconteceu com ele? Ele está ferido? Eu falei com ele tem menos de duas horas e...- sinto meus olhos aderem, a vontade de sentar no chão e chorar como um bebê é forte, mesmo não sabendo ao certo o que houve. Algo no meu interior diz que é grave.

- Eu acho que deveria voltar antes do previsto filho.

- Pai! O que aconteceu? - cuspo entre dentes.

- Aquele grupo de pessoas que vinham agredindo...

- Não... não! Não! Não.

- Filho, eles o pegaram na estrada da cidade vizinha.

- Porra! Eu...eu estou indo. Mas como ele está?

- Chegou ao hospital tem menos de cinco minutos, os médicos não deram nenhuma informação sobre o estado dele.

- Estou indo.

- Estamos te esperando filho. - houve um minuto de silêncio. Não consegui desligar o celular e pelo que parece ele também não.

- Obrigado pai.

- Não agradeça.

Me despedi do pessoal do escritório com a mente enevoada, fiz minhas malas automaticamente e tranquei meu apartamento sem nem perceber. Comprei uma passagem via celular mesmo, consegui um vôo só as dez da noite. Mas não me importei, fui para o aeroporto ficando lá até o momento que meu vôo foi anunciado. Ainda meio entorpecido, entro me sentando em meu lugar e enquanto o avião inicia a subida, eu deixo lágrimas silenciosas e doloridas escorrerem por minhas bochechas. Não ligando se tenho plateia ou se estou fazendo papel de ridículo. Meu namorado, amor da minha vida está em um hospital depois de ser agredido brutalmente por pessoas que não tem um mínimo de bondade em seus corações. Regidas pelo preconceito puro e simples, que não pensam que antes de tudo somos todos seres humanos, feitos do mesmo material.

Quando chego ao Brasil, não choro mais. Apenas há o sentimento de perda me assaltando com tudo, feito as ondas batendo contra as pedras. Quem me recebe é o próprio Gustavo, não penso somente ajo. Pegando - o em um abraço apertado, ele ofega pela surpresa mas não me afasta, retribui o abraço que tanto precisei por anos. Somos praticamente da mesma altura mas ainda assim pude enterrar meu rosto em seu pescoço, buscando por conforto. Não sei por quanto tempo ficamos ali, no aeroporto envolvidos em nós mesmos. Quando me sentia um pouco melhor, me afastei lentamente. Meu pai tinha um minúsculo sorriso em seu rosto, olhos avermelhados e olheiras sob eles. Os cabelos fora de ordem, como se tivesse passado a mão por ele muitas vezes.

Coloco minha bagagem no porta malas de seu carro, colocamos o cinto de segurança e o caminho é feito em silêncio. Nenhum de nós tinha palavras para dizer nesse momento, eu só queria chegar logo em Pedrinho. Ver que estava tudo bem com ele, eu queria acreditar nisso. Esse foi o motivo principal de não pedir por atualização do estado dele, pois dependendo da resposta, não sei se seria forte o suficiente para chegar a ele. Quando o carro passa pela placa, onde está escrito "Bem vindo, a Campos de Esperança." A sensação que tenho é de que fiquei fora por anos e não pouca mais de um mês.

- Vamos passar em casa...

- Não!

- Mas André...- fixo minha atenção em seu perfil. As mãos firmes no volante.

- Quero ir para o hospital.

- Você acabou de chegar de viagem, troque pelo menos de roupa e coma algo...

- Por acaso está surdo? Eu disse não!

- Tudo bem. - não disse mais nada pelo resto do caminho.

- Olha, me desculpa...- com um encolher de ombros.

- Eu no seu lugar, faria o mesmo.

A entrada abarrotada de carros do hospital surge diante de nós. Com muito sacrifício conseguiu estacionar, mas nem eu e muito menos ele saiu. Ambos permanecemos por um tempo em silêncio, olhar fixo no painel do carro. Só nossas respirações eram ouvidas e se eu puder arriscar, o bater frenético de nossos corações.

- Quando estiver pronto.

- Ok. - mas não me movi. Minhas pernas não obedeciam.

Silenciosamente, salta do carro. Abre minha porta e me ajuda a ir. Na recepção avisto Suzy, ela tem os olhos vermelhos e a aparência cansada. Com passos trôpegos, me debruço sobre o balcão na recepção. Balbucio palavras incompreensíveis, ela se ergue, o uniforme do hospital justo em seu corpo mas não chega a ser vulgar, sua mão toca e aperta meu ombro. Puxando o ar com força, confirmo que não respirava. Sinto a presença de meu pai ao meu lado, tomando a liberdade, conversa com ela. Não escuto o que falam, só fico agindo como um espectador, enxergando tudo de fora. Assentindo levemente, sou conduzido por meu pai por um branco e enorme corredor.

Chegamos a uma parada em uma sala privada. Não me lembro como cheguei aqui. Nos sofás de cor creme e aspecto acolchoado estão os familiares dele. Os primos e tios que moram longe e que viriam para a festa de aniversário de Ella que seria amanhã. Luara, Lili e dona Maria das Flores estão de pé, acho que nervosas demais para ficarem sentadas. Tomas está abraçado com uma mulher que parece ser sua mãe, não avisto Vagner por perto.

- Onde...onde ele está? - encontro minha voz. Ela soa tão rouca até para mim.

- Oh André...- dona Maria das Flores diz vindo em minha direção. Seus braços me envolvem com força. Para uma senhora pequena e idosa ela é bem forte e eu não sabia que precisava de sua força.

- Eu preciso vê - lo.

- Temos que falar com o médico responsável. Ele não pode receber visitas, está na UTI.

- O que?

- Os... ferimentos foram muito graves e tiveram de coloca - lo em coma.

- Meu Deus! - procuro ao redor por Luana. A mulher que me acolheu como uma mãe faria com um filho.

- Tiveram que ceda - la. Henrique e Vagner estão com o médico agora e Saint chegou tem pouco tempo.

- As crianças? Elas estavam com ele na hora...

- Estão com Moira. - respiro mais aliviado, essas crianças se tornaram meu mundo sem eu ao menos perceber. Olho ao redor ainda buscando por meus sogros e o médico.

Como se tivessem sido invocados, ambos entram na sala. Cambaleio parecendo um bêbado ao ver o estado do meu sogro. Os cabelos loiros estão uma bagunça, os olhos azuis escuros apagados, a postura derrotada. Vagner não está muito diferente dele. Me adianto pouco me importando em estar passando na frente de sua família. Pedrinho é meu tudo, minha vida e meu coração. Não posso perde - lo. Não desse jeito.

- Como ele está?

- Não nos conhecemos pessoalmente mas meu sobrinho me falou muito sobre você. Sou Santiago Moura, tio dele e também médico neurologista. - aceno lentamente sem o que dizer. - Pedrinho chegou aqui com múltiplas fraturas, traumatismo craniano e uma possível hemorragia interna. Essa última foi confirmada durante o exame feito assim que deu entrada. Passou por uma cirurgia onde teve o baço retirado por estar rompido. Os exames...- ergo uma mão em frente ao seu rosto, a cabeça fervilhando por muitas imagens do seu estado nesse momento. Sinto lágrimas percorrerem meu rosto, não sinto vergonha em chorar na frente deles.

- Desculpa mas eu só preciso vê - lo. Por um minuto que seja. - compreensão e empatia iluminam seu rosto, cópia fiel do filho.

- Eu entendo. Como ele está na UTI as visitas são restritas, vou te acompanhar até uma sala onde colocará as roupas adequadas para que possa entrar lá.

Como ele havia dito, assim eu fiz. O segui até a sala, coloquei as roupas adequadas e o segui por uma área do hospital onde não havia muitas pessoas transitando a não ser médicos e enfermeiros. Através de uma enorme parede de vidro, eu o vejo. A imagem dele nesse momento, me faz ter os joelhos fracos. Seu rosto não é o mesmo, não o reconheço. Um soluço alto rasga o ar, olho ao redor a procura da fonte de tal som. Percebo segundos depois que ele partiu de mim.

- Olha, se quiser um tempo para se recompor, eu espero o tempo que for.

- Eu quero entrar.

Ele assente gravemente e espera meu tempo. Quando estou mais calmo, entro na sala fria onde ele está, o som agudo das máquinas quase machucam meus ouvidos. Quando estou perto de sua cama, a realidade de que foi pego tão forma tão covarde, se torna real. Quando recebi a ligação de meu pai ainda em Londres, eu tinha a esperança de que tudo fosse um sonho. Mas ao pegar em sua mão tão fria, deixo o choro desesperado sair. Com cuidado levo sua mão a minha boca, beijo - a tão levemente quanto uma brisa, assim não o machuco ainda que sem a intenção de faze - lo.

- Eu voltei Pedrinho. - limpo meu rosto. - Voltei como disse que faria. Voltei para você. Por favor não me deixe.

Digo para ele, a sala e muito menos nossa realidade se altera. Pelo tempo que me resta, fico ali. Desfrutando de sua companhia, tão silenciosa que machuca - me por dentro.

- Não me deixe!

22/08/2019






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