• NOVE • ANDRÉ
Fogo!
O ar pesado ao meu redor faz - me sufocar. Corro do meu quarto desesperado procurando por ela. Tropeço em algo que nem sei o que é. Minhas mãos atingem o chão da cozinha e a dor é instantânea. Ela percorre meus braços e sufoco um soluço.
Vidro!
Com a fumaça negra pairando no ambiente, ergo minhas mãos para vê - las sangrando. A dor parece aumentar. Com dificuldade me coloco de pé, minha garganta está seca e parece que engoli arame farpado. Vou até a sala e nada dela. Algo explode na cozinha e me joga com tudo contra a janela da sala. A cozinha é dividida por uma meia parede de mármore da sala.
- Mãe! - grito a plenos pulmões. Mais fumaça se infiltra através de minha garganta. Meus olhos ardem e choro um pouco.
Então eu sinto o início da queimadura. O cheiro de pele queimada, a dor dilacerante. Olho para o foco da dor e meus olhos se arregalam. Há fogo em mim. Em minha roupa e tronco.
- MÃE!
- O que foi garoto? - pulo se possível for, quase meio metro acima do colchão. Tio Mika entra no meu quarto acendendo a luz. Pisco algumas vezes para ajustar minha visão. Olho para fora da janela observando que ainda está escuro lá fora, o céu banhado em estrelas. Ainda é madrugada.
- Nada tio! - esfrego meu rosto bruscamente. Sinto o suor abundante em meus dedos.
- Tem certeza? - se encosta ao batente de minha porta. Aquiles apareceu se enroscando em suas pernas. Definitivamente eu perdi meu cão para meu tio.
- Tenho! Preciso de um banho só isso! - sinto minha blusa um tanto úmida por causa do suor.
- Sonhou com aquele dia não é?
- Tio...- fico de pé, o movimento faz com que os lençóis que usei para dormir durante essa noite terrivelmente quente vão para o chão. Aquiles parece ver um pote de ouro diante de si pois praticamente saltita em direção ao amontoado de tecido.
- Converse comigo garoto! Sou seu tio lembra? Que te criou a maior parte de sua vida. Não se feche em si mesmo André, não assim. - pede suavemente. Os olhos claros cansados, sua respiração rápida.
- Você está bem tio?
- Vou ficar. Quero saber de você!
- Posso tomar um banho primeiro? Esse suor está acabando comigo! - sinto meu rosto se transformar em uma careta. Ele ri baixinho.
- Deve! Vou fazer um café que tal?
Enquanto a água fria desliza por meu corpo, relaxando meus músculos tensos me permito pensar um pouco. Toda vez que fecho meus olhos desde que acordei desse maldito pesadelo, as imagens vem de maneira intensa em minha mente. A fumaça negra tomando todo o ambiente, o horror de estar preso lá dentro, o desespero enquanto procurava por ela, a ardência em minha garganta parecia tão real, a dor causada pelas queimaduras. Tudo. Ergo minha cabeça deixando a água chicotear contra meu rosto, me distraindo das lembranças que tanto tento esconder por anos. Enquanto me lavo, sinto o relevo não desejado em minha pele. As marcas estão aqui. Sempre estarão, me acompanharão para a vida toda.
Sou atraído em direção a cozinha pelo aroma do café recém feito. Encontro Aquiles sobre os pés de tio Mika enquanto ele serve o líquido preto e quente em xícaras que nunca vi na vida. Abro a geladeira e procuro pelos doces maravilhosos que Liliane faz. Resmungando quase entro na geladeira mas não os encontro.
- Onde estão?
- Os doces?
- Sim! - bato a porta da geladeira agora nervoso.
- Você comeu o último ontem, não se lembra?
- Não! - me sento ao seu lado na bancada. Depois de tomar um pouco de café, me sinto um pouco mais humano.
- Não se preocupe, encomendei uma outra leva com Lili ontem pela manhã.
- Aquela mulher tem mãos mágicas. - digo distraidamente. Aquiles cansado de ficar entre nós, vai em direção ao meu quarto.
- Seus talentos vão além da cozinha.
- Pergunto mais uma vez: por que não investe nela?
- Como já respondi: é complicado.
- Você gosta dela.
- Não nego! - suspira. - Você não entende.
- Tem razão!
Ele não discute. Ambos nos perdemos em nossos próprios pensamentos tumultuosos. Depois do pesadelo que tive a pouco, era rotina meu dia ser uma merda com o estresse percorrendo cada célula minha. Mas não é o que acontece. Estou um tanto áreo, isso é fato. Mas em meus pensamentos ele me vem a minha mente. Um homem que parece ter um coração bom demais para seu próprio bem. Um homem de sorriso intenso, olhos azuis escuros, sobrancelhas escuras onde uma delas é falha mas nem esse mero detalhe tira seu charme. Um homem que me tem confuso em mim mesmo. Não era meu desejo me envolver com ninguém enquanto estou aqui, essa era a última coisa que eu desejo. Mas como lutar contra seu próprio coração?
- Como foi o chá de bebê surpresa que fizeram para Manuela?
- Foi ótimo. A menina não parava de sorrir e agradecer a todo o momento.
- Ela parece ser uma boa pessoa. - digo simplesmente. Meu tio me olha seriamente.
- Fala como se a conhecesse.
Aceno lentamente. Ontem ele apareceu no escritório me convidando para participar do chá de bebê surpresa que a família de Pedrinho organizou para Manuela. Antonella, a bebê que chegará em breve não tinha nada. Então toda a família e amigos próximos se juntaram e fizeram essa surpresa para a moça. Uma moça que chegou na vida deles do nada mas que já conquistou o afeto deles. Convite que eu simplesmente recusei. Não sabia se estava pronto para vê - lo tão cedo novamente.
Quase tivemos uma discussão no hospital. Eu realmente não deveria me meter nos assuntos dele. Mas sem minha permissão minha boca liberou aquelas palavras. Eram palavras de preocupação. O que é um tanto sem nexo pois não ao menos nos conhecemos. Mas eu de alguma forma quero protege - lo, ainda que de uma mulher muito grávida.
- Não a conheço. Somente ajudei Pedro a leva - la ao hospital.
- E por que só estou sabendo disso agora?
- Não vi necessidade de contar. - dou de ombros. Ele apenas anui.
- Seu pai está na cidade. - deixa as palavras flutuarem entre nós como algo simples, o que não é. Continuo a degustar do café perfeito que fez. Seus ombros caem e ele suspira. - Chegou ontem.
- Veio te ver?
- Sim, você estava no escritório.
- Tudo bem.
- Ele virá amanhã para jantar.
- Hum...
- Vocês precisam conversar filho.
- Tudo o que quiser tio. - me coloco de pé, os músculos tensos mais uma vez. O sono perdido voltando com força total. Vou até a pia e jogo o restante do café no ralo.
- Como você está bem com isso filho? Você é prioridade. Se não estiver tudo bem para você, podemos cancelar.
- Não precisa tio. É sério! - forço um sorriso. Beijo sua testa e caminho a passos firmes em direção ao meu quarto.
Meu dia foi totalmente corrido. Pilhas de processos para organizar, uma visita ao cartório que fica na cidade vizinha e uma ao fórum que graças a Deus fica aqui mesmo. É quase duas da tarde quando meu estômago ronca e me lembro de comer. Otto fica a poucos metros do escritório e me encaminho até lá, com a boca enchendo d'água ao me lembrar da comida maravilhosa que comi tem poucos dias lá. A mesma garçonete ruiva, sorriso polido e aura alegre me atende. Enquanto espero pelo minha comida, tomo um pouco de chá gelado, me aliviando assim do calor absurdo que está fazendo.
Uma movimentação se faz na entrada do pequeno e bem cuidado restaurante. Dou de ombros no mesmo momento que meu celular vibra em meu bolso. Tiro - o e deslizo o dedo através da tela, encontrando uma mensagem de tio Mika. O chá quase faz um caminho errado, buscando respirar calmamente, leio a mensagem devagar. Soltando o ar que nem sabia prender.
"Seus doces serão entregues a noite! Lili teve um imprevisto." Tio Mika
Engulo em seco, meu coração acelerado. Meu tio tem testado que não sofro de problemas cardíacos. É cada susto que ele me dá. Com um lenço que carrego sempre comigo, limpo o suor do meu rosto, afrouxando a gravata. Uma sombra se ergue sobre minha mesa e ergo o olhar para quase cair para trás.
Gustavo Lins.
Meu pai que havia mais de dez anos eu não via está parado bem diante de mim. Ele conseguiu me deixar um tanto sem fala. Quando me ligou semanas antes para avisar que iria se aposentar e vir para cá, eu tentei duramente acreditar nele. Mas fica difícil faze - lo quando essa pessoa em questão nunca honrou nenhuma promessa que fez nada vida.
Arrancando a maldita gravata de vez, me deixo cair na cadeira de forma despreocupada. Pouco me importando com as etiquetas de educação que recebi ao longo da vida. É demais para eu lidar. Primeiro o pesadelo que tive essa madrugada que nada mais foi do que a lembrança do que aconteceu naquele dia. E agora meu pai aparece.
- Pai!?
- Você parece impressionado! - abre os três primeiros botões de sua camisa social preta. Afrouxando sua gravata vermelha. O movimento me tem engolindo em seco. Além de sermos extremamente iguais em aparência, nossos trejeitos também se igualam. Deixo o chá de lado e engulo uma boa quantidade de água gelada. Minha garganta de repente seca, agradece. - Posso me sentar com você?
Dou de ombros, com a mão indico a cadeira diante de mim. Ele faz sinal para a garçonete e logo a ruiva vem lhe entregar o menu, assim como uma taça com água e chá. O mesmo que fez comigo, dez minutos antes. Depois que ele fez seu pedido, ela se vai. E então o silêncio impera entre nós. Me lembro de responder tio Mika.
"Tudo bem tio! Como você está?" André
Sinto o olhar de Gustavo queimar em mim. Não me importo. Esperei a vida toda por uma migalha de sua atenção. E o que recebi? Indiferença e promessas vazias. Estou soando um tanto amargo.
"Vivo!" Tio Mika
Reviro meus olhos diante do seu humor.
"Estou falando sério tio!" André
"E eu também garoto! Agora, pare de trocar mensagens comigo e vá comer com seu pai! " Tio Mika
"Mas como?" André
Ele não me responde mais. Guardo o celular e me viro para ver meu pai me encarando seriamente. Dou um suspiro pesado, esfrego um dedo entre minhas sobrancelhas e lhe dou um sorriso apertado.
- Falei com seu tio a pouco. - cruza os dedos sobre a mesa.
- Entendo.
- Como você está?
- Bem!
- E o escritório? Está se habituando aqui?
- Sim!
- Você não parece muito contente em me ver! - diz simplesmente. Dou de ombros. Merda estou parecendo uma criança birrenta e não um homem de trinta e sete anos. Tento relaxar meus ombros.
- Não é isso...pai. É que não nos vemos tem mais dez anos, então você resolve se aposentar e acha que vamos nos encontrar em uma restaurante e vamos conversar como se nada tivesse acontecido? - digo calmamente. Me assustando com a calma que se apoderou de mim agora.
- Tem razão! Eu sou culpado por nossa relação ser assim. Me perdoe filho?
- Devagar pai. Um passo de cada vez! - olho para o teto do restaurante no mesmo momento que somos servidos.
O silêncio cai entre nós, esse diferente do anterior não é pesado. É cômodo apenas. Me esqueço do homem a minha frente assim que dou a primeira garfada quase soltando um gemido alto e vergonhoso em público. A comida como imaginava está uma delícia.
Depois de almoçarmos, conversamos um pouco mais. Os assuntos giravam em torno de coisas banais. Nada muito profundo. Não estava preparado para lidar com algas coisas ainda. Ele foi para a pensão onde vai ficar até encontrar a casa para ele aqui. Sem palavras Gustavo estava afirmando que veio para ficar mas preferi não tocar nesse assunto, muito menos ter esperança. O restante do meu dia se passou comigo orientando minha agora secretária Luiza. É uma boa moça mas é um tanto preguiçosa.
Me tranco em meu escritório e pego o pedido de adoção que nunca consigo me aproximar. Coloco meus óculos e ajusto a temperatura do ar condicionado. Abro o arquivo perdendo o ar ao ler o nome do solicitante.
Puta que pariu!
[.....]
Com as ideias a mil em meu cérebro cansado, chego em casa já arrancando minhas roupas pelo caminho enquanto ando até o banheiro. Aquiles não está a vista assim como meu tio. Na certa eles sairam. Somente de cueca boxer vermelha, espalmo ambas as minhas mãos sobre o balcão escuro do banheiro, a temperatura me faz arrepiar por causa da diferença de temperatura. Me olho no espelho. Somente me olho, mais nada. Círculos escuros estão sob meus olhos e não os havia notado. De repente o cansaço do dia somado a madrugada com o sono interrompido vem com força total sobre mim, além de minha preocupação com a saúde de tio Mika. Meu corpo clamando por uma cama onde eu possa dormir por dias.
Ligo o chuveiro e entro debaixo da água quente. Suspirando em alívio. Meus músculos e mente agradecendo imensamente. Tento esvaziar minha mente mas o arquivo que li hoje não me deixa pensar com clareza. Me pergunto o por que ele fez aquele pedido. Ele na certa deve ter seus motivos.
Eu por exemplo, nunca me imaginei tendo filhos. Não com meu histórico familiar de indiferença, mesmo sendo criado por tio Mika a maior parte da minha. O medo de ser uma cópia fiel de Gustavo me assusta a níveis que desconheço. Mas em um futuro distante quem sabe? Pisco meus olhos abertos. O que estou pensando?
- Jesus!
Saio do chuveiro, me seco e visto um short de tecido fino seguida de uma blusa. Ajusto o ar condicionado do meu quarto e me jogo na cama. Não demora muito e estou sendo sugado para a terra dos sonhos. Acordo com a campainha tocando. Demora um pouco para eu me orientar e me lembrar que cheguei do trabalho às cinco, teu um banho e me deitei para dormir. Respiro aliviado ao ver que ainda é quinta - feira. Me sento na cama esfregando meu rosto e bocejando dou passos lentos até chegar a sala. Durante o percurso ainda bêbado de sono, percebi que tio Mika ainda não havia chegado.
Abro a porta, a sonolência de repente deixando meu sistema. Minha boca se tornando seca e a respiração vertiginosa. Pedrinho tem uma embalagem de papelão nas mãos, a logo com o nome de sua tia é gritante pois é de cor amarela. Os cabelos escuros presos em um coque baixo, imploram por meu toque. Fecho minhas mãos em punhos, olhando para o lado. A blusa azul se aperta em seu corpo e tento a todo custo não encarar muito seu tronco, não posso parecer um adolescente com seus hormônios a flor da pele.
Ele tem um mínimo sorriso enfeitando o rosto livre da barba. A calça jeans escura e apertada mostra mais do que o aceitável. Me pergunto o que acontece com as roupas dele? Pois são todas apertadas demais para seu corpo grande. Um pigarro me tira de minha análise, sei que fui pego no flagra.
- Hum.. André?
- Oi...
- Aqui está sua encomenda! - Pedrinho praticamente enfia a caixa retangular de papelão na minha cara. Seguro - a firmemente para que não caia. São doces afinal de contas e amo doces.
- Obrigado! - ele anui e se vira lentamente para ir embora. Sem controlar meus olhos, olho para sua bunda. E porra!
- O que disse? - Pedrinho se vira totalmente para mim. Me privando da visão majestosa que é sua bunda. Pressiono meu dedo indicador entre minhas sobrancelhas percebendo que disse o palavrão em voz alta.
- Nada!
Seus passos continuam lentos. Ele se aproxima de seu carro e para totalmente. Meu ombro ainda está encostado no batente da porta. Olho para baixo e amaldiçoo baixinho. Meu short de tecido fino não faz nada para esconder minha ereção. Baixo a caixa no mesmo instante que Pedrinho praticamente marcha em minha direção. Engulo em seco.
- Aceita sair comigo?- diz rapidamente assim que chega bem perto de mim.
- Por que o convite? - ergo uma sobrancelha diversão. Tento conter o sorriso que ameaça rasgar meu rosto em segundos. Pedrinho pisca uma vez passando seu peso de um pé para o outro. Acho que a coragem dele está se esvaindo. Mas ele me surpreende, erguendo o queixo de forma desafiadora.
- Bem, na última vez que nos vimos, você deu a entender que nos veríamos mais vezes. Então eu pensei: por que não? - dá de ombros. A maldita blusa que parece ser três tamanhos menor que ele, aperta seus músculos. Porra! Desvio rapidamente meus olhos.
- Tem razão!
- Sobre? - me dá um olhar divertido. Sinto o entusiasmo dominar cada célula do meu ser. Não devia mas gosto da coragem e ousadia dele.
- Por que não? - me aproximo mais um passo com a caixa ficando entre nós. De jeito nenhum ele verá o quanto me afeta. Ele engole em seco, sua língua rosada sai para umidecer os lábios que imploram por minha boca. Somos quase da mesma altura, na distância que estamos, posso sentir seu perfume. Uma mistura de côco e canela e é bom, se isso é possível. Minhas narinas se alargam, ele pega o movimento. Uma faixa escura de cabelo escapa do coque baixo que fez, meus dedos se contorcem novamente tamanha a vontade que tenho de coloca - la atrás de sua orelha.
- Então você aceita? Vai ser divertido, o circo vai ficar por um mês inteiro na cidade.
- Circo? - ele assente lentamente. A sobrancelha escura com uma falha se eleva. - Faz tempo que não vou a um. - me lembro que fui muitas vezes com tio Mika. Penso comigo mesmo.
- Essa é sua chance de relembrar os velhos tempos! O que acha?
- Te pego em sua casa às seis pode ser?
- Claro! - ele suspira baixinho. Os olhos estão fixos em meu rosto, eu não desvio o olhar. Mesmo querendo descer meus olhos e comprovar que ele está tão excitado quanto eu. Ficamos um tempo somente olhando um para o outro. Pigarreio puxando o ar com força para meus pulmões. Grande erro, seu perfume me envolve com tudo. Minha boca se enche d'água enquanto meus olhos descem para seus lábios. A vontade de enfiar minha língua em sua boca é grande. - Bom, tenho que ir!
- Ok... - digo enquanto ele dá passos agora de costas para mim.
- Espera! - ele para. Seus ombros largos descendo e subindo.
Respiro algumas vezes e sentindo que estou mais controlado, deixo a caixa retangular sobre a mesa que fica na varanda, ando a passos rápidos até Pedrinho. Meus pés descalços absorvem a umidade da grama. Com um palmo de distância entre nós, faço o que tinha vontade desde o momento que abri a porta. Ergo minha mão lentamente, ele parece prender a respiração. Coloco a faixa de cabelos escuros atrás de sua orelha. Toco sua pele e ele se arrepia todo. Aproximo meu rosto do seu, agora poucos centímetros nos separam, nossas respirações correm velozmente. Sua mão toca meu peito, mesmo sob a blusa posso sentir o seu toque como e expulso uma respiração violenta ao sentir a quentura de sua palma sob o tecido. Sei que ele pode sentir o quão rápido meu coração bate e no fundo sei que é por ele. Nunca senti por ninguém o que sinto por ele. Ainda é meio confuso para mim. Mas de uma coisa tenho certeza: Pedrinho terá em mãos o poder de me destruir.
- André...eu acho que quero te beijar!
- Você não é o único! - minhas mãos criam vida própria. Puxo seu rosto em direção ao meu...
- Menino Pedrinho! Que bom vê - lo! - pulamos para longe um do outro.
19/07/2019
Capítulo postado com sucesso. Espero que gostem e por favor comentem. Meus bebês agradecem.
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